google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL

ANUCIOS

sábado, 1 de outubro de 2016

Plantas Curam - Chá da folha de amora



As amoras, além de serem deliciosas, trazem muitos benefícios para a saúde. Mas não apenas a amora traz benefícios. O chá das folhas da amoreira também é um ótimo remédio natural para algumas doenças, além de ajudar a prevenir outras. Leia a seguir os benefícios que o consumo do chá das folhas da amoreira podem trazer para quem quiser experimentar mais esse presente da natureza.

O que o chá das folhas da amoreira tem?

O chá das folhas da amoreira possui mais cálcio que o leite, além de ferro, potássio, magnésio, proteína, zinco, fibras, levedura e antioxidantes ( a vitamina C e a vitamina E). O sabor do chá é agradável e fácil de tomar.

Quais são os benefícios que o consumo do chá nos traz?

  • O poder antioxidante do chá das folhas da amoreira combate os radicais livres e todas as doenças relacionadas com a oxidação das células do corpo.
  • Ajuda a melhorar as funções cerebrais, ajudando inclusive em casos de depressão, desânimo e fadiga.
  • Contribui para a beleza da pele e do cabelo, combatendo também a calvície.
  • Auxilia na prevenção e controle de doenças cardiovasculares e diabetes.
  • Previne a osteoporose.
  • Melhora o funcionamento dos rins e do fígado.
  • O chá das folhas da amoreira também inibe o acumulo de gordura, incluindo a gordura visceral, que oferece maiores riscos para a nossa saúde.
  • Melhora a circulação sanguínea e o sono, além de controlar a pressão arterial.
  • Atenção mulheres! O chá das folhas da amoreira também equilibra os hormônios e atenua os sintomas da TPM e da menopausa.
  • O chá também baixa o colesterol, combate as dores de cabeça e favorece o bom funcionamento do aparelho digestivo, o que ótimo para quem sofre de prisão de ventre, além de fortalecer a flora intestinal.
  • O chá também é bom para quem tem dores musculares frequentes.
  • Além disso tudo, estudos indicam que o chá das folhas de amoreira tem propriedades bactericidas, fungicidas, anti-inflamatórias e anticancerígenas.

Tá, mas e agora, como se faz o chá?

Claro que eu não ia esquecer de deixar uma receita aqui para vocês depois de escrever todos os benefícios do chá. Vamos lá!
Ingredientes:
  • 1 litro de água fervente
  • 4 folhas de amoreira secas ou 1 colher de sopa das folhas trituradas
Modo de preparo:
  • Junte as 4 folhas da amoreira ou a colher de sopa das folhas trituradas a água fervente, cubra e deixe repousar por alguns minutos. Quando estiver morno é só coar e já pode tomar. É importante tomar esse litro antes de um dia para que o chá não perca suas propriedades medicinais.
É claro que a quantidade a ser feita do chá não precisa ser de um litro, você pode fazer a quantidade que quiser, é só diminuir a quantidade dos ingredientes.

Você já tomou chá de folhas de amora? É uma delícia, e exatamente por isso ele está sendo cada vez mais consumido pelas pessoas que gostam de cuidar da saúde. As propriedades medicinais contidas nele vão desde o alívio do desconforto vindo da menopausa, até o combate forte ao colesterol alto. Esse chá chama atenção também por ter vários benefícios principalmente para a saúde da mulher.

Descubra os benefícios desta infusão

O chá de folhas de amora é indicado para ser usado como auxiliar nos tratamentos contra dores de cabeça frequentes, insônia, alterações de líbido, depressão e enfermidades nos rins e no fígado.
Na saúde da mulher o chá de folhas de amora se mostra muito benéfico em várias fases da vida: ele alivia as dores das cólicas menstruais e o desconforto da TPM e é um dos aliados de peso durante a menopausa. O ressecamento vaginal e os calores intensos que atingem muitas mulheres, não apenas durante a menopausa, são amenizados  com o consumo do chá, que combate também a hipertensão e a glicose em excesso no sangue.
Quem sofre com dores musculares frequentes, bem como quem sofre com problemas de memória, devem consumir esta infusão. No emagrecimento o chá de folha de amora também é parceiro, ele combate a diabetes e o colesterol alto, além de ser um ótimo regulador intestinal. Por conter muitos antioxidantes, o chá evita o envelhecimento das células do corpo e melhora a aparência da pele e do cabelo.





quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Biodigestor Anaeróbico (como construir)




Biodigestor anaeróbico é um equipamento usado para o processamento de matéria orgânica, como, por exemplo, fezes e urina, de humanos como método alternativo ao convencional, vem sendo utilizado em vários locais do mundo, como por exemplo, o Palácio de Cristal no Rio de Janeiro e em muito países como tecnologia barata, eficaz e ecológica no tratamento de esgoto humano e animal. É possível instalar-se biodigestores em condomínios de prédios em capitais para biodigestar toda massa produzida. Existem empresas que fabricam o sistema e já revendem a um preço accessível todo o equipamento pronto e instalado. Um biodigestor funciona como um reator químico em que as reações químicas têm origem biológica, ou seja, são feitas por bactérias e archaeas que digerem matéria orgânica em condições anaeróbicas (isto é, em ausência de oxigênio).


O digestor anaeróbico produz 2 produtos :

biogás, que é uma mistura de gases – cerca de 75% metano e 25% CO² e

fertilizantes de ótima qualidade (bem melhores do que os fertilizantes químicos), muitas vezes misturados à água e, portanto, em forma líquida, mas em alguns processos também sólidos.

Além de fornecer estes 2 produtos, o uso dos biodigestores proporciona outras importantes vantagens :
é uma forma de se fazer o saneamento básico de uma comunidade, em que seja feita a coleta de fezes humanas e animais sem adição de água e misturada com os resíduos orgânicos, como podas de gramados, e folhas varridas da mesma comunidade;

evita a poluição do meio ambiente com os dejetos orgânicos, sobretudo das águas, que tradicionalmente foi o seu principal destino, mas também do solo

combate o aquecimento global, pela queima do gás metano, 24 vezes mais causador do efeito estufa do que o CO2 resultante da sua queima

reduz significativamente o espaço utilizado para o tratamento dos dejetos animais, em relação a outro método mais atrasado, as lagoas de decantação

elimina os maus odores dos dejetos animais

reduz significativamente as moscas.






sábado, 6 de agosto de 2016

RECEITAS DE PLANTAS COM PROPRIEDADES INSETICIDAS NO CONTROLE DE PRAGAS

   

Os alimentos orgânicos são os ideais para toda a família, por não utilizarem agrotóxicos e adubos químicos solúveis e, por serem produzidos com técnicas ambientalmente corretas. Em comparação com os alimentos obtidos na agricultura  convencional, os produtos orgânicos possuem maior teor de vitaminas, sais minerais, proteínas, aminoácidos, carboidratos e matéria seca e, ainda melhor sabor e conservação. Além do maior custo, os agroquímicos, especialmente quando aplicados incorretamente, contaminam rios, lagos e córregos, colocando em risco a saúde do agricultor, do consumidor e do meio ambiente.
     Pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA – em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz – FIOCRUZ –  realizada com frutas e hortaliças nos maiores centros consumidores do Brasil desde 2001, comprova que várias espécies cultivadas estão seriamente contaminadas por resíduos de agrotóxicos e, o que é pior, por produtos não autorizados para as culturas. Relatório recente da Anvisa, em 26 estados, pesquisando 20 espécies (frutas e hortaliças) em 2009,  revela que 907 (29%) amostras de um total de 3.130 amostras coletadas, incluindo todas as espécies pesquisadas, estavam contaminadas, alcançando no pimentão, uva, pepino, morango, couve, abacaxi, mamão, alface, tomate e beterraba até 80; 56,4; 54,8; 50,8; 44,2; 44,1; 38,8; 38,4; 32,6 e 32% de amostras contaminadas, respectivamente.
     Numa floresta nativa com muitos tipos de plantas, as doenças e as pragas existem, mas não causam maiores problemas, porque estão em equilíbrio. Na agricultura orgânica o homem deve intervir o menos possível no meio ambiente para não provocar o desequilíbrio do sistema. Mesmo no cultivo orgânico podem ocorrer desequilíbrios temporários que aumentam a população de insetos-pragas ou patógenos que causam doenças à níveis incontroláveis. Estes fatores podem ser chuvas ou secas excessivas, mudas e/ou sementes de baixa qualidade,  uso de cultivares não adaptadas, solos degradados, adubações desequilibradas e outros. Neste caso, deve-se recorrer às caldas protetoras, aos preparados de plantas e outros produtos alternativos recomendados ou tolerados no cultivo orgânico, visando o manejo de doenças e pragas nas plantas cultivadas. É importante ressaltar, que práticas tais como plantio direto, cultivo mínimo, adubação orgânica e verde, uso de cultivares resistentes às pragas e doenças, cobertura morta, rotação e consorciação de culturas, são essenciais para o sucesso do cultivo orgânico, pois conduzem à estabilidade do agroecossistema, ao uso equilibrado do solo, ao fornecimento ordenado de nutrientes e à manutenção de uma fertilidade real e duradoura.Convém salientar, no entanto, que os produtos alternativos  mesmo que na grande maioria não cause riscos ao homem e ao meio ambiente, somente devem ser utilizados quando realmente necessários. A maioria das plantas utilizadas são plantas aromáticas, medicinais e algumas ornamentais. No entanto, alguns dos princípios ativos das plantas usados, podem provocar irritação e intoxicação, por isso devem ser manipulados com cuidado, utilizando-se equipamentos de proteção e  não deixando-os ao alcance de criança ou animais.
. Preparado com alho - manejo de tripes, pulgões (Figura 1), lagarta do cartucho do milho e doenças - podridão negra, ferrugem e alternáriaO alho é um antibiótico natural, inibidor ou repelente de parasitas de plantas ou animais. Modo de preparar: moer 100g de alho e deixar em repouso por 24 horas em 2 colheres de óleo mineral. Dissolver, à parte, 10g de sabão em 0,5 L de água. Misturar todos os ingredientes, filtrar e, diluí-lo em 10 litros de água (Fonte: Abreu Junior, 1998);
.Preparado com cravo-de-defunto - manejo de pulgões, ácaros, lagartas e nematóide. Modo de preparar: misturar 1 kg de folhas e talos de cravo-de-defunto (Tagetes sp) com ou sem flores em 10 litros de água. Levar ao fogo, deixando ferver durante meia hora ou então deixar os talos e folhas picados em molho, por dois dias. Coar e pulverizar sem diluir. O cravo-de-defunto plantado em área infestada de nematóides é um repelente natural;
● Preparado com sálvia - manejo de lagartas da couve, repolho, couve-flor e brócolis. Modo de preparar: derramar 1 litro de água fervente sobre 2 colheres de sopa de folhas secas de sálvia. Tampar o recipiente e deixar em infusão durante 10 minutos. Agitar bem, filtrar e pulverizar imediatamente sobre as plantas  para repelir a borboleta branca que coloca os ovos nas folhas das plantas cultivadas, originando as lagartas que comem as folhas.
● Preparado com urtiga  nutrição, estimulante de vigor e resistência, manejo de pulgões.Modo de preparar: deixar de molho por duas semanas 1kg de folhas verdes ou 200g de folhas secas/2 litros de água. Diluir em 20 litros de água e pulverizar nas plantas e solo no final da tarde, alternando com o preparado de cavalinha. (Deffune, 2000).
 Preparado com camomila - manejo de doenças fúngicas. Modo de preparar: misturar 50g de flores de camomila em 1L de água. Deixar de molho durante 3 dias, agitando quatro vezes ao dia. Depois de coar, pulverizar a mistura sem diluir, três vezes a cada 5 dias.
● Preparado com coentro - manejo de ácaros e pulgões. Modo de preparar: cozinhar folhas de coentro em 2L de água. Para pulverizar sobre as plantas, acrescentar água. (Fonte: Zamberlan & Froncheti, 1994).
● Preparado com chuchu - manejo de lesmas e caracóis. Modo de preparar: colocar dentro de latas rasas, como as de azeite, pedaços de chuchu cortados ao meio e adicionar sal. Essa mistura é bastante atrativa para essas pragas e possibilita posteriormente, a eliminação e destruição destas pragas.
● Preparado com buganville (primavera/maravilha)- manejo do vírus do vira-cabeça do tomateiro e pimentão. Modo de preparar: juntar 1 kg de folhas maduras e lavadas de buganville (flores rosa ou roxa) com água e bater no liquidificador. Coar e diluir o macerado em 20 L de  água. Pulverizar imediatamente o tomateiro nas horas mais frescas do dia., iniciando na fase de mudas e terminando no início da frutificação. 









sexta-feira, 29 de julho de 2016

Manejo de pragas e doenças em cultivo orgânico parte 1



1. Manejo da Horta e Prevenção de Pragas

Em agricultura orgânica sempre se busca o equilíbrio ecológico e a prevenção de problemas que afetam a saúde das plantas.
Através do uso de algumas técnicas simples é possível reduzir a presença de pragas e doenças. Nesse sentido, é importante lembrar de fatores de produção que servem para enfrentar esse problema:

Manejo correto do solo e adubação orgânica, com fornecimento equilibrado de nutrientes para as plantas;

Manejo da água e da umidade (irrigação bem feita e drenagem se for preciso, no caso de solo que tem facilidade de encharcar);

Uso de rotação e consorciação de culturas;

Diversificação (plantio de vários tipos de plantas);

Respeito do espaçamento e da época certa de plantio;

Uso de quebra ventos, quando necessário;

Limpeza manual das plantas doentes e eliminação do material que foi retirado;

Manejo correto das plantas nativas;

Eliminação de hospedeiros;

Armadilhas luminosas;

A escolha de plantas resistentes;



2. Receitas de Defensivos Naturais


Mesmo com boas práticas de manejo da horta, pode ter ataques

de insetos ou doenças na plantação. Muitos produtores usam os 

agrotóxicos para prevenir e combater estes ataques. Estes 
produtos são perigosos, tanto para a saúde do/a agricultor/a 
como do consumidor e também para a Natureza. Eles matam não 
só as pragas, mas também as minhocas e os insetos bons. Além 
disso, os agrotóxicos são caros!
Existem defensivos naturais que também combatem as pragas e 
doenças sem prejudicar ninguém. Mas, é importante lembrar 

ainda que até os defensivos naturais devem ser aplicados 
sempre na quantidade e freqüência certa e somente quando 
necessário.
Se encontra um monte de receitas usando defensivos naturais, 
com vários modos de usar e varias concentrações; se for a 

primeira vez que se usa uma receita é melhor testá-la numa parte 
só da horta para comprovar o efeito da dosagem sem correr risco
de queimar as hortaliças.
Por fim, sempre lembre que mesmo não sendo agrotóxico, defensivo 
natural é produto ativo e tem que deixar pelo menos dois dias passar 

depois da aplicação para poder colher as hortaliças.


Farinha de Trigo com Detergente
Dissolver 1kg de farinha de trigo em 20 litros de água, junto com 
500 ml (meio litro) de detergente neutro.
Pode-se usar na hora. Aplicar de manhã em cobertura total nas 
folhas. O seu emprego é favorável em dias quentes e secos, com 

sol. Mais tarde, as folhas secando com o sol, formam uma 
camada que envolve as pragas e cai com o vento.

Indicações: pode servir para combater a mosca branca, ácaros, 

pulgões e lagartas na horta, por exemplo, nos pés de tomates.


Pimenta Malagueta

Bater 500 g de pimenta vermelha (malagueta) em um 


liquidificador com 2 litros de água até a maceração total. Coar o 



preparado e misturar com 5 colheres (sopa) de sabão de coco em 

pó, acrescentando então mais 2 litros de água (dá 4 litros no total).
Indicações: pulverizar sobre as plantas atacadas por pulgões, 

vaquinhas, grilos e lagartas. Fazer a colheita depois de pelo 



menos 12 dias, para evitar que os frutos fiquem com cheiro forte.


Folha do Nim (Azadirachta indica)
Misturar 250g de folhas e ramos verdes picados com 20 litros de 

água. Deixar repousar as folhas na água de um dia para outro.
Coar e pulverizar.
Indicações: O nim serve de repelente para uma grande 

variedade de insetos, inclusive lagarta, besouro, percevejo 



(Maria-fedida), pulgão, barbeiro, mosca branca, cochonilha, 

mosca do chifre, gafanhoto, nematóide, grilo, barata.


Fumo
Misturar 250g de fumo com 20 litros de água. Deixar de molho 

pelo menos 24h horas.
Indicações: o fumo é excelente inseticida tendo ação de contato 

contra pulgões, vaquinhas, cochonilhas, lagartas e outras 



pragas.



Acolheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a 



aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas 







da família da batata ou tomate (Solanaceae).



Alho
Dissolver um pedaço de sabão de coco do tamanho de um polegar 
(50 g) em 4 litros de água. Juntar 2 cabeças picadas de alho e 4 

colheres de pimenta vermelha picada. Coar com pano fino e aplicar.
Indicações: O alho é um bom repelente de insetos, bactérias, 
fungos, nematóides e serve de inibidor de digestão de insetos.

Urina de vaca
Deixar curtir a urina de vaca uns 4 dias num recipiente fechado, 
depois misturar 100ml com 20 litros de água 
Indicações: Serve, principalmente, para combater ataques de 
moscas, pulgões, e lagartas nas verduras. Ao mesmo, tempo 

serve como adubo.

Angico
Deixar 1 Kg de folhas e vagens de angico de molho em 10 litros de 
água durante 5 a 8 dias. Coar, misturar 1 litro com 5 a 10 litros de 

água, e pulverizar.
Indicações: pulgões, lagartas, formigas, outros.

3. Plantas Companheiras
O plantio de linhas de plantas companheiras pode ser benéfico 
em pequenas áreas para espantar alguns tipos de pragas. Entre 

outras, são conhecidos os efeitos repelentes das seguintes 
plantas, bastante comuns:
Alecrim repele borboleta da couve e moscas da cenoura;
Hortelã repele formigas, ratos e borboleta da couve;
Mastruz repele pulgões e outros insetos;
Urtiga repele percevejo do tomate;
Outras plantas como a erva-cidreira e o girassol são também 
indicadas para repelir pragas dos cultivos;
O gergelim é outra planta útil, que é cortado e levado pelas 
saúvas (formigas cortadeiras, Atta sp.), intoxicando o fungo 

do qual elas se alimentam.

3. Plantas Benéficas
Na vegetação natural tem plantas que servem de abrigo e 
reprodução de insetos que se alimentam de outros insetos. O 

manejo correto destas ervas e da adubação verde permitirá um 
controle natural de algumas pragas.
Dentre as plantas que servem para o manejo ecológico, está o 
sorgo granífero. No caso do sorgo, suas panículas em flor 
favorecem o abrigo e a reprodução de insetos e ácaros benéficos, 
como o percevejo Orius Insidiosus, predador de lagartas, ácaros
e trips da cebola.



Considerações:

Normalmente, quando se considera o solo como um “organismo vivo” e tratando-o com métodos ecologicamente corretos, associados ao uso de práticas preventivas, não ocorrem doenças e pragas.  Estas quando surgem, são um sinal de desequilíbrio e indicam problemas no manejo do solo. Por outro lado, quando se pratica a agricultura moderna que prioriza o uso da monocultura (cultivo de apenas uma espécie), o uso intensivo de mecanização, adubos químicos e agrotóxicos em solos desequilibrados, favorecem o surgimento de inúmeras pragas e doenças que se não forem controladas podem prejudicar parcialmente ou totalmente a produção de alimentos e, o que é pior, contaminam o solo,  rios, lagos, córregos,  e ainda trazem sérias consequências  à saúde do agricultor e consumidor. Estima-se que para cada notificação oficial ocorrem pelo menos 10 casos que não são registrados, devido a dificuldade de diagnosticar corretamente os casos de intoxicação.
     A agricultura orgânica, por sua vez, trata o solo como um “organismo vivo”, ou seja, revolvendo o solo o mínimo possível, sem uso de agroquímicos e priorizando a adubação orgânica, adubação verde, rotação, sucessão e consorciação de culturas, cultivo mínimo, plantio direto e outras que visam o equilíbrio do solo, favorecendo o desenvolvimento dos cultivos e os  inimigos naturais e desfavorecendo o surgimento de pragas e doenças. A ocorrência de insetos-pragas e doenças são a conseqüência e não a causa do problema. Por isso, em agricultura orgânica tratam-se as causas para que os resultados sejam os mais duradouros e equilibrados possíveis. Adotando as práticas recomendadas no cultivo orgânico e os métodos de prevenção, dificilmente os cultivos são atacados por pragas e doenças. A prevenção é a maneira mais fácil de manejar as pragas e doenças. Os principais métodos que previnem o aparecimento de pragas e doenças são:                        
Escolha correta da área – a área deve ser bem drenada e ensolarada, pois os raios solares auxiliam no manejo das doenças e pragas. Terrenos sujeitos a neblinas devem ser evitados;                                  
Destruição dos restos culturais:   deve-se sempre, antes de iniciar o cultivo, retirar da lavoura os restos do cultivo anterior (ramos, folhas e frutos)  e  fazer compostagem  (processo de fermentação através de camadas alternadas de resíduos vegetais e esterco fresco de animais),  para evitar possíveis doenças, especialmente se forem verificados focos de plantas murchas ou amarelecidas. Recomenda-se também destruir plantas que apresentam sintomas durante o cultivo. Esta é uma prática importante, especialmente para as espécies das famílias botânicas das solanáceas (batata, tomate, pimentão, beringela e fumo), cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, moranga, melão,  melancia e pepino) e brássicas (repolho, couve-flor, couve e brócolis), cultivos mais sensíveis às doenças e pragas;                               
Adubação equilibrada:  a adubação orgânica, com base na análise de solo e nos nutrientes do adubo aplicado, é muito importante, pois as plantas bem nutridas possuem mais resistência às doenças e pragas. O excesso de nitrogênio resulta na produção de tecidos jovens e suculentos, atrasando a maturidade da planta. Por outro lado, plantas mal supridas com nitrogênio tem um fraco crescimento e amadurecimento precoce dos tecidos. Em ambos os casos, a planta se torna mais susceptível ao ataque de doenças e pragas. Em relação ao potássio, geralmente, tem-se demonstrado seu efeito benéfico na redução da severidade de inúmeras doenças.Todavia, o excesso do potássio causa desequilíbrio nutricional e aumenta a severidade,  de  doenças foliares. A sarna da batata é um exemplo de  doença favorecida pelo excesso de cálcio;   
Uso de material de propagação sadio e variedades resistentesé importante, sempre que possível, utilizar cultivares resistentes com sementes e materiais propagativos (tubérculos, ramas, estolhos, bulbilhos e etc.) livres de  pragas e doenças. O plantio de ramas de batata-doce sadias é uma opção para evitar a doença “mal do pé”.  O tomate do tipo cerejinha  e tipo italiano são considerados mais resistente às pragas e doenças que os tomates de mesa tipo Santa Cruz e tipo Salada. O híbrido de repolho Fuyutoyo é considerado resistente à podridão negra. O híbrido de couve-flor Júlia F1 é resistente à alternariose.  As variedades de batata Epagri 361 Catucha  e SCS 365-Cota (Figura 1) são resistentes à requeima (sapeco) e pinta preta. A variedade de batata-doce Princesa é resistente ao “mal-do-pé” e a Brazlândia Roxa é tolerante aos insetos que causam perfurações nas raízes. A variedade de feijão-vagem Preferido é tolerante à ferrugem e antracnose, enquanto que a Favorito tolera a ferrugem e oídio.  As cenouras do grupo Brasília são resistentes ao sapeco;
Rotação e consorciação de culturas : o cultivo intensivo da mesma espécie na mesma área esgota o solo e ainda aumenta a ocorrência de pragas e doenças, especialmente no solo. A rotação e consorciação de culturas, além de melhorar o solo, desfavorece o surgimento de pragas e doenças e ainda, podem servir de abrigo para os seus inimigos naturais. Para o sucesso destas práticas, deve-se seguir dois princípios básicos: - não cultivar, no mesmo terreno, plantas da mesma família botânica, pois estão sujeitas às mesmas pragas e doenças. É o princípio de “matar de fome” os insetos, os fungos e as bactérias que atacam as plantas cultivadas. Ex.:onde se cultiva batata, não deve-se plantar fumo,tomate e pimentão, pois todas estas espécies pertencem a mesma família botânica, sabidamente as que mais possuem problemas de doenças e pragas;     -as espécies a serem incluídas no sistema de rotação devem ter diferentes exigências nutricionais e com diferentes sistemas radiculares para não esgotar o solo e também para explorar ao máximo os nutrientes que estão nas camadas mais profundas.