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ANUCIOS

segunda-feira, 11 de dezembro de 2017

Alho (Allium sativum) as plantas curam




Allium sativum

Além das propriedades nutricionais, o Alho é um poderoso antibiótico natural, essa planta de cultivo milenar veio da Europa, trazida pelos colonizadores da América e é consumido em grande escala na culinária brasileira. Sendo considerado por médicos e profissionais de saúde uma das plantas medicinais mais versáteis e eficazes.

Descrição : Da família Liliaceae, também conhecido como alho-comum, alho-da-horta, alho hortense, alho manso.

Herbácea com raiz constituída de pequenos dentes ou bulbilhos, de flores brancas, amarelas ou vermelhas, aroma forte, folhas estreitas e raízes profundas.

O alho é uma planta perene, com um caule florido, ereto e alto que pode chegar a quase 1 metro de altura.

A planta produz flores de cores rosa clara até a roxa, que florescem no início do verão.

O bulbo do alho é composto por folhas escamiformes (os 'dentes' de alho) que contém o odor característico do alho e é a parte comestível da planta.

Uma das plantas medicinais mais importantes do mundo, o alho é também uma das mais investigadas, havendo mais de 1000 documentos publicados sobre a sua atividade terapêutica.

Parte utilizada : Bulbo.

Habitat e origem : Originário da Ásia ocidental e Europa.

História: Há cerca de 5,000 anos o alho tem sido usado medicinalmente, sendo considerado por médicos e profissionais de saúde uma das plantas medicinais mais versáteis e eficazes.

O nome 'Allium' vem da palavra celta 'ali', que significa picante ou acre.

O alho era considerado um artigo de troca valioso no Egito antigo, seu uso, para dar vigor e resistência contra doenças aos construtores das pirâmides, foi descrito nas inscrições da grande pirâmide de Quéops.

Na índia era utilizado no tratamento de mordeduras de serpentes e para tumores abdominais.

Todos os grandes físicos clássicos tais como Aristófanes, Dioscorides, Hipócrates e Galeno prescreveram Allium sativum L contra doenças que iam desde desordens intestinais até ao envelhecimento e degeneração prematura.

O historiador romano Plínio enumera sessenta e uma doenças contra as quais o alho tinha ótimos efeitos tais como asma, distensões e dores de dentes.

Os usos populares do alho são variados já usado para o tratamento da lepra em seres humanos e até para o controle de desordens de coagulação em cavalos.

Na idade média, os médicos prescreviam a erva para curar a surdez, era crença popular que o alho protege contra o diabo e os vampiros, o que atesta o seu poder enquanto medicamento, sobretudo contra infecções.

Os índios americanos usaram o alho como um remédio para dores de ouvido, flatulência e o escorbuto. Durante a 1a. Guerra Mundial, era o antibiótico do exército inglês.

Plantio

O seu plantio deve ocorrer nos meses de março e abril.

Multiplicação: reproduz-se por dentes (parte do bulbo); Cultivo: plantio em canteiros com bastante húmus, com espaçamento de 0,25 X 0,25 m. Faz-se o uso de cobertura morta para conservação da umidade. Irriga-se diariamente por infiltração;

Colheita: Conserve-os em local seco, arejado e com pouca luz. A colheita é feita quando as folhas começam a ficar amareladas, feita no final do verão.

Modo de Conservar : A planta toda deve ser arrancada, as hastes amarradas em feixes e colocadas para secar ao sol. A cabeça deve ser armazenada em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar.

Propriedades : Amebicida, antiagregante plaquetário, antiasmática, antibiótico, antifúngica, antigripal, anti-hipertensiva, anti-inflamatório, antimicrobiana, antirreumática, antisséptica, antitóxica intestinal, antitrombóbita, antiviral, digestiva, bactericida, bactericida intestinal, carminativa, depurativo do sangue; desinfetante, digestiva, diurética, emoliente, estimulante, excitante da mucosa estomacal, expectorante, febrífugo, hepatoprotetora, hipoglucemiante, hipolipemiante (inibe a síntese de colesterol e triglicerídeos), hipoviscosizante (reduz a viscosidade plasmática); odontálgica, rubefasciente enérgico, sudorífera, vasodilatadora periférica, vermífuga (solitária e ameba).

Princípios Ativos: ácido alfa-aminoacrílico; ácido fosfórico livre; ácidos sulfúrico; ajoeno (produzido por condensação da alicina); açúcares (fructose, glucose); alil; alil-propil; aliína (que se converte em alicina); aliinase; aminoácidos (ácido glutamínico, argenina, ácido aspártico, leucina, lisina, valina); citral; desoxialiina; dissulfeto de dialila; dissulfeto de dietila; felandreno; galantamina; geraniol; heterosídeos sulfurados; insulina; inulina; linalol; minerais (manganês, potássio, cálcio, fósforo, magnésio, selênio, sódio, ferro, zinco, cobre); nicotinamida; óleo essencial (muitos componentes sulfurosos, dentre eles: disolfuro de alil, trisolfuro de alil, tetrasolfuro de alil); óxido dialildissulfeto; polissulfeto de dialila; prostaglandinas A, B e F; proteínas; quercetina; sulfetos de vinil; trissulfeto de alila; vitaminas (A, B6, C, ácido fólico, pantotênico, niacina). 100 g de alho contém aproximadamente: Água: 59 g; Calorias: 149 kcal; Lipídios: 0.5 g; Carboidratos: 33.07 g; Fibra: 2.1 g; Manganês: 1672 mg; Potássio: 401 mg; Enxofre: 70 mg Cálcio: 181 mg ; Fósforo: 153 mg; Magnésio: 25 mg; Sódio: 17 mg; Vitamina B-6: 1235 mg; Vitamina C: 31 mg; Ácido glutamínico: 0,805 g; Argenina: 0,634 g; Ácido aspártico: 0,489 g; Leucina: 0,308 g; Lisina: 0,273 g;

Indicações : Acne, afecções da pele, afecções nervosa e histérica, ácido úrico, afecções genitourinárias (cistite, ureterite, uretrite, pielonefrite, urolitíase), afecções respiratórias (abscessos pulmonares, asma, bronquite, coqueluche, defluxo, enfisema, faringite, gripe, pneumonia, resfriado, tuberculose), angina, arteriopatias, arteriosclerose, artrite, calcificação das artérias, cálculo na bexiga, calos, caspa, catarro, coadjuvante em tratamentos de diabetes, cólera, colesterol alto, dermatomicoses, diabetes, diarreia, difteria, distúrbios intestinais, doenças cardíacas, dores de cabeça, dores de dente, dores de ouvido (+surdez), edemas; enfermidades do fígado, dos rins e da bexiga, enxaqueca, escorbuto, esgotamento, estimulação do sistema imunológico, falta de apetite, febre, ferimentos (prego enferrujado, espinho, madeiras, vidros e materiais plásticos), gangrena pulmonar, gota, hemoptise, hemorróidas, herpes, hidropisia, hiperglicemia, hiperlipidemias, hiperqueratose, hiperuricemia, hipocondria, histeria, impingem, impurezas na pele, infecções bacterianas, infecções fúngicas, insônia, intoxicação nicotínica, manchas da pele, melancolia, menopausa, micose, nefrite, nervosismo, obesidade, palpitações cardíacas, paralisação do fígado e do baço, parasitose intestinal, paludismo, parodontopatias, picadas de insetos (coceira e dor), pressão alta, pressão baixa, prevenção de disenterias amebianas, prevenção de tromboembolismos, prisão de ventre, problemas circulatórios, retinopatia, reumatismo, rouquidão, sarda, sarnas, sensação de medo, sífilis, sinusite, tifo, tinha, tosse, triglicerídeos altos, tumores, úlceras, varizes, vermes, verrugas.

Modo de Usar :

Tempero de carnes, peixes, verduras, legumes; como ingrediente de sopas, suflês, bolos salgados;

Unguentos: misturar a polpa do alho amassado em óleo de oliva. Este unguento de ser aplicado sobre o local, protegendo-o com gaze para os calos.

Cataplasma: espremer alguns dentes de alho, colocando sobre uma lã quente. Aplicar sobre a região afetada: reumatismo, tumores. Colocado ao longo da coluna espinhal e em cima do tórax de crianças, é muito útil em pneumonia; colocado em cima da região da bexiga, tem demonstrado eficácia na descarga de urina quando a retenção é devido a bexiga paralisada; Colocar sobre verrugas por 12 noites consecutivas para eliminá-los.

Decocção :

Inflamação na garganta: um dente de alho batido, sumo de limão e uma colher de mel de abelha. Mistura-se e aplica-se na região interna da garganta;

Óleo e infusão:

Insônia, hipertensão, tuberculose, resfriados, tosse, bronquite, feridas infecciosas, reduz o colesterol ruim. maceração de um ou dois dentes de alho amassado em um copo com água. Tomar um copo três vezes ao dia: gripe, resfriado, tosse, rouquidão;

Tintura: moer uma xícara (cafezinho) de alho dentro de um recipiente contendo 5 xícara de álcool 92º GL, deixar em maceração por 10 dias, coar. Tomar 10 gotas em meio copo de água três vezes ao dia, para problemas do aparelho respiratório (gripes, etc.). Para hipertensão utilizar uma colher de chá da tintura em meio copo de água três vezes ao dia ou comer dois dentes de alho pela manhã;

Vermífugo: comer três dentes de alho pela manhã em jejum durante sete dias ou em infusão, com leite. Toma-se três ou quatro vezes ao dia. Amassar um dente de alho em uma colher de sobremesa de azeite de oliva morno.

Dores de ouvido: pingar três gotas no ouvido e tampar com algodão. Bebido combate a prisão de ventre, estimula a secreção dos sucos gástricos e intestinais, favorecendo a digestão.

Arteriosclerose: comer na alimentação 3 dentes de alho crus picados, 3 vezes por semana, durante 3 meses.

- um dente de alho grande, pica-se e coloca-se no liquidificador com um copo duplo de leite desnatado. Deixar de molho 10 minutos para então bater. Após bater, deixar repousar por alguns minutos e depois colocar no copo e tomar.

Fazer isso todos os dias de preferência em jejum ou antes de dormir. Pode-se usar em lugar do leite suco de limão.

- alho assado colocado em dente cariado detém a dor;

- alho cru: 1 a 4 dentes ao dia;

- misturar partes iguais de suco de alho, óleo de amêndoas doces, glicerina. Pingado no conduto auditivo cura vários casos de surdez;

- maceração de 100 gramas de alho em 400 gramas de álcool. Tomar uma colher de média antes de dormir: problemas circulatórios;

- sarna: esfregar a parte afetada com alho triturado em azeite de oliva;

- problemas circulatórios: 10 g de tintura, três vezes ao dia; - tomar 6 gotas ao dia de extrato fluído. Diurético: elimina líquidos corporais, em casos de reumatismo, hidropisia, edemas, e problemas na bexiga;

- tomar 7 gotas de óleo essencial ao dia: processos infecciosos do aparelho respiratório e digestivo (estimula o fígado, a vesícula e o pâncreas);

Desinfetante de mordeduras ou picaduras de animais, insetos e afecções da pele: molhar a zona afetada com uma gaze molhada em tintura de alho (doze noites consecutivas);

Receitas especiais : A) xarope expectorante de alho e gengibre: . Faça uma mistura de 250 ml de gengibre ralado e 250 ml de alho amassado e coloque em um litro de vidro bem limpo, ocupando aproximadamente metade do espaço; . Adicione 100 ml de pinga, uísque ou conhaque; . Complete com mel de abelhas deixando apenas o espaço para a rolha. Lacre a rolha com cera, resina ou breu e guarde em um armário escuro por cerca de seis meses. . Tomar uma colher de sopa duas a três vezes ao dia; B) Extrato para todos os males relacionados, especialmente para os aparelhos circulatório e respiratório e para desintoxicação: Bater no liquidificador 350 g de alho descascado com 250 ml de aguardente alemã; . Colocar na geladeira, em um vidro bem tampado, por 12 dias; Coar em um tecido fino, espremer bem; Colocar em um vidro escuro ou protegido contra a luz com papel alumínio e conservar na geladeira; Após mais dois dias, colocar parte em um recipiente conta-gotas de mais ou menos 50 ml (conservar também na geladeira. Ao acabar o conteúdo do conta-gotas, higienizá-lo e enchê-lo novamente, repetindo este procedimento até acabar todo o produto);

Toxicologia : Contra indicado para pessoas com problemas estomacais e de úlceras. Inconveniente para recém-nascidos e mães em amamentação e, ainda em pessoas com dermatites. Em doses elevadas pode provocar a dor de cabeça, de estomago, dos rins e até tonturas.

Efeitos colaterais e precauções: Em altas doses, pode causar irritação gástrica, náuseas e odor no hálito e na pele. Embora o alho seja usado extensivamente para finalidades culinárias com essencialmente nenhum efeito colateral, a segurança do uso de extratos concentrados por um período prolongado é desconhecida. A ingestão de uma dose única de 25 ml do extrato fresco.

Não há nenhum estudo que tenha avaliado o efeito do alho e seus extratos em pessoas que requerem um controle restrito da glicose no sangue, mas o potencial para interações sérias deve ser lembrado.

Posologia: Dosar o alho é complicado devido a sua volatilidade e a instabilidade dos componentes importantes e por causa de produtos como "alho desodorizado," extratos "envelhecidos", e óleos destilados.

As doses de bulbos frescos usados nos ensaios clínicos para o hiperiipidemia ou aterosclerose variam entre 2 a 4 g/dia e o consumo diário de 2 a 12 mg também foi proposto. Porque o alho é um gênero alimentício extensamente consumido, sua dosagem permanecerá uma questão de tolerância pessoal. Óleo de alho: 0,03 a 0,12ml até 3 vezes ao dia. Extrato seco: 100 a 250 mg por supositório para oxiúros. Tintura: 2 a 4ml até 3 vezes ao dia diluídos em água. 2 a 3 dentes em infuso até 3 vezes ao dia. Crianças tomam de 1 /6 a 1 /3 das doses de acordo com a idade.

Alho

Interação medicamentosa: Não interfere com o Alprazolam, Dextrometorfan e Rrionavir. Saquinavir, reduz a concentração plasmática do saquinavir.

A coadministração de suplementos de alho diminui a área sob acurva de concentração plasmática versus tempo do saquinavir em 51 %, e reduz em 49% o nível de vale do saquinavir (8 horas após a administração do saquinavir), e também diminuiu a concentração plasmática máxima da droga em 54%;

Varfarina: Nenhum estudo relatou uma interação entre a administração da varfarina e ingestão do alho. Há relatos de inibição da agregação das plaquetas em indivíduos que consomem o alho, esta ação pode aumentar o risco de sangramento quando combinada com a varfarina.

Relatos de casos de indivíduos que ingeriram alho foram associados com o hematoma espinal epidural espontâneo, prolongação do tempo de coagulação com aumento do sangramento e hemorragia.

Em contraste, um estudo duplo-cego e placebo controlado em 14 homens, não encontrou nenhum efeito do alho na agregação das plaquetas do alho causou queimação na boca, esôfago e o estômago, náusea, transpiração, e tontura.

A segurança de múltiplas doses desta quantidade não foi definida. Raramente, a ingestão pode também causar uma reação anafilática.

A exposição tópica a dentes de alho esmagados, crus por 3 a 5 minutos resultou em uma dermatite de contato tóxica .

Adicionalmente, a exposição repetida à poeira do alho pode induzir reações asmáticas.

A alergia à poeira do alho, apresentada pela tosse, dificuldade em respirar, pressão torácica, obstrução e produção de secreção nasal, espirros, coceira nos olhos e olhos lacrimejantes, é relativamente rara.

Farmacologia :

Infecções Antes dos antibióticos modernos, o alho era um dos remédios mais usados para tratar infecções. Na Primeira Guerra Mundial, foi usado nos curativos dos ferimentos. Embora hoje tenhamos antibióticos muito mais potentes, o alho ainda tem lugar no tratamento de infecções. É excelente para todos os tipos de infecções respiratórias, incluindo sinusite, constipações, gripe, dores de garganta e tosse, e um remédio específico para a bronquite. Engolido inteiro (um dente pequeno), comido picado com outros alimentos ou tomado em comprimidos, reforça a capacidade do corpo para combater infecções e acelera a recuperação.

Há um remédio simples, eficaz para constipações, dores de garganta e tosse, que é fácil de fazer misturando um dente de alho picado com o sumo de um limão acabado de espremer, 1-2 colheres de chá de mel e uma pitada de pó de gengibre (gingiber offinalis] seco ou, de preferência, um pedacinho de raiz de gengibre fresca triturada. Ponha numa caneca, junte água quente e mexa.

Beba até três chávenas por dia. O alho pode ser tomado juntamente com antibióticos, podendo complementá-los e prevenindo possíveis efeitos secundários, ajudando a proteger as bactérias intestinais benéficas e reduzindo o risco de candidíase. Aplicado 

Extrato hidroalcoólico do alho

Planta medicinal: Alho (Allium sativum)

Material utilizado: O bulbo do alho, álcool de cereais e água.

Modo de preparar o extrato aquoso hidroalcoólico do alho:

Colocar três bulbos de alho em uma xícara das de café com água.
Deixar em maceração durante uma noite.
Colocar em uma vasilha apropriada e acrescentar uma xícara das de café de álcool de cereais.
Fazer uma boa mistura.
Coar e espremer o resíduo.
Colocar em um frasco limpo e fechado.
Quando e como usar o extrato hidroalcoólico do alho:

Indicação: Pressão alta leve ou moderada.

Modo de usar: Tomar uma colher e meia das de café do extrato hidroalcoólico, diluído em meio copo d'água, duas vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário ao alívio.

Contraindicações: Para gestantes, lactantes, crianças em geral, pessoas que sofram de gastrite, debilidades estomacais, gastroduodenais ou hepatopatias e sensíveis à substância presente no alho. Em dose alta, pode provocar dor de cabeça, de estômago, dos rins, mau hálito, vômitos, diarreia e tonturas. O alho tem uma ação tóxica sobre o fígado; em função disso é recomendável reforçar, durante o período de tratamento, o suprimento alimentar com vitamina C.

Formulação caseira do alho e limão com mel

Plantas medicinais: Alho (Allium sativum) e limão (Citrus limonum)

Material utilizado: Alho, limão e mel.

Modo de preparar a formulação caseira do alho e limão com mel: Bater no liquidificador um alho médio, o suco de um limão e uma xícara das de chá de mel. Quando e como usar a formulação caseira do alho e limão com mel:

Indicações: Bronquite, gripe. Modo de usar: Tomar duas colheres das de sopa, três a quatro vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura.

Contraindicações: Para gestantes, lactantes, crianças menores de quatro anos, diabéticos, pessoas que sofram de gastrite, debilidades estomacais, gastroduodenais ou hepatopatias e de pessoas sensíveis à substância presente em alguma planta incluída na formulação caseira.


CHÁ DO ALHO COM LIMÃO

Modo de preparar

Colocar um bulbo de alho descascado e esmagado em uma xícara das de chá.

Adicionar água fervente.

Tampar e deixar amornar.

Misturar com o suco de um limão.

Coar.

Quando e como usar

Indicação: Gripe.

Modo de usar:

Tomar uma ou duas xícaras de chá no decorrer do dia. O chá deve ser tomado morno.

contraindicação :

O chá não é recomendado para pessoas que sofram de gastrite, debilidades estomacais, gastroduodenais e hepatopatias.

Forma do Chá : Composto

Forma de Uso : Oral

Partes Usadas : Bulbo e Fruto

ASSEPSIA COM O CHÁ DO ALHO

Modo de preparar

Fazer o chá por infusão, usando cinco bulbos em um litro de água.

Abafar.

Coar.

Quando e como usar

Indicação: Feridas.

Modo de usar:Lavar as feridas com o chá, três vezes ao dia. Repetir o tratamento até a cicatrização.

Forma do Chá : Infusão

Forma de Uso : Assepsia

Partes Usadas : Bulbo





sábado, 9 de dezembro de 2017

ALHO PORÓ, as plantas curam



Allium porrum

Essa hortaliça muito usada na culinária francesa é uma boa fonte de vitaminas e sais minerais, é usada medicinalmente para prevenir a pressão alta e a arteriosclerose.

Descrição : Planta da família das Liliacea, também conhecida como porró, alho francês.

É uma herbácea anual que pertence a mesma família das cebolas e dos alhos.

Cresce de 40 a 60 cm, com diâmetro de 3 a 6 cm.

Folhas largas que se sobrepõem até formar um talo redondo, que no contato com a terra torna-se bojudo.

O caule é um bulbo alongado, de cuja base muito Intumescida saem às folhas alternas, compridas, invaginantes, de cor verde escuro.

Flores róseas, lilases ou brancas que surgem em uma haste e são envolvidas por uma espata.

O fruto é uma cápsula triangular com 3 divisões, contendo 2 sementes escuras, achatadas e enrugadas, cada, possui odor picante.

Partes utilizadas : Bulbo.

Indicações: Reduz pressão alta e previne arteriosclerose. Auxilia a dissolução de cálculos renais. Tem efeito tônico sobre pessoas enfraquecidas. Previne gripes e resfriados, poderoso desinfetante, ajuda na expulsão dos vermes.

Plantio : Reproduz-se por sementes. São geralmente semeados em canteiros, em estufas, dos quais se retiram as mudas. Existe um conjunto de variedades particularmente adaptadas ao frio e que se mantêm prontas para consumo durante o inverno. É mais resistente à geada que a cebola. A planta adapta-se facilmente a qualquer tipo de solo, ainda que prefira solos pouco ácidos ou sensivelmente neutros. É aconselhável também que o solo seja bem drenado.

Habitat: Originário da Europa e Ásia, é comumente encontrado no sudeste do Brasil em feiras livres e supermercados.

História: Uso pela população europeia tradicionalmente para várias afecções. O alho-porro era já utilizado pelos antigos Egípcios, Gregos e romanos que depois levaram o vegetal a diversas partes da Europa.

É um dos símbolos nacionais do País de Gales, fazendo parte dos rituais do dia de São David, altura em que é tradição os galeses envergarem a planta. De acordo com a mitologia do País de Gales, São David ordenou aos seus soldados galeses que envergassem a planta nos seus elmos numa batalha contra os Saxões que teria ocorrido num campo de alhos-porros.

Plantio : É cultivado em áreas temperadas para frias, em solo de baixa acidez, areno-argiloso, fofo e fértil. Também conhecido como.

Alho Porró

Princípios ativos: Mucilagens; Sais minerais: ferro, enxofre cobre; Vitamina C, B1 e E; Celulose: Proteínas: açúcares; Pectina Alicina, officinalis; Ácidos orgânicos: esteárico, linoleico, palmítico.

Dosagem: Infuso: 5 gramas em 1 copo de água fervente por 5 minutos. Adultos: 1 bulbo fatiado em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs.

Modo de usar: conservas, cozidos vegetais, suflês, sopas, sopas desidratadas, misturas condimentares em pó, prato principal com molhos especiais;

- Infusão de 5 gramas em 1 copo de água fervente por 5 minutos.

- Decocção de um bulbo em 250 ml de água fervente por 10 minutos: diurético (evita cálculos renais).

Contras indicações/cuidados: pessoas com úlceras gastroduodenais, gastrite e fraqueza estomacal; nutrizes pois impregna o leite e pode causar cólicas nos bebês. As sementes podem provocar hemólise.

Sinônimos botânicos: Allium ampeloprasum L., Allium ampeloprasum var. porrum (L.) J. Gay.
Outros nomes populares: porró, alho francês; leek, garden leek (inglês); poireau (francês); ajo porro, puerro e pulantu (espanhol); dungali, kânda e pyaz (hindu); san-chiu e tsun g (chinês).
Constituintes químicos: ácido esteárico, ácido linoléico, ácido palmítico, açúcares, alicina, alisulfito, celulose, enxofre, mucilagem, pectina, proteínas, sais minerais (ferro), vitaminas C, B1, E.
Propriedades medicinais: desinfetante, detersiva, digestiva, diurética, emoliente, estimulante, expectorante, laxante, nutritiva, resolutiva.
Indicações: má digestão, mau funcionamento dos rins e intestinos, reduzir pressão alta, previnir arteriosclerose, auxiliar a dissolução de cálculos renais, pessoas enfraquecidas, previnir gripes e resfriados, ajudar expulsão de vermes; ajudar baixar a taxa de colesterol e descongestionar as vias respiratórias (em pequena escala).
Parte utilizada: folhas, sementes, talos.
Contra-indicações/cuidados: pessoas com úlceras gastroduodenais, gastrite e fraqueza estomacal; nutrizes pois impregna o leite e pode causar cólicas nos bebês.
As sememtes podem provocar hemólise.
Modo de usar: conservas, cozidos vegetais, suflês, sopas, sopas desidratadas, misturas condimentares em pó, prato principal com molhos especiais;
- infusão de 5 gramas em 1 copo de água fervente por 5 minutos.
- decocção de um bulbo em 250 ml de água fervente por 10 minutos: diurético (evita cálculos renais)



domingo, 3 de dezembro de 2017

Algodão, as plantas curam (Gossypium herbaceum)



Gossypium herbaceum

É uma planta da família das malvaceae, sendo que suas sementes pousem propriedades medicinais, produzindo um óleo que pode combater várias enfermidades como catarro e diarreia.



Descrição : Herbácea de flores vistosas, de cor amarela ou branca.

O fruto é uma cápsula ovoide que contém várias sementes coberta por uma fibra branca.

Plantio :

Multiplicação: por sementes, para plantio direto ou para produção de mudas.

Cultivo: Plantio em terrenos áridos, de fertilidade mediana, neutros, com espaçamento de 1,0 m por 2 m.

Colheita: Colhe-se a casca da raiz para uso no mesmo dia.

Os caroços quando maduros ou frutos ainda verdes para combater piolhos e outros ectoparasitas com o sumo destes. Seque as sementes ao ar livre sobre sacos de pano, após retirar as fibras esbranquiçadas.

Indicações : Catarro, desinteiras, diarreia, dismenorreia, distúrbios do climatério, dores musculares, estancar hemorragias, ferida, furúnculo, hemorragia, inchaço, infecções renais, inflamação, menorragia, metrorragia, queimadura, queimaduras, restaurar o fluxo menstrual, síndrome pré-menstrual, trabalho de parto.

Dosagem : Combate o catarro brônquico, disenteria, provoca e ajuda a menstruação e reduz o colesterol. Protege a pele e desinflama os brônquios.

Princípios Ativos : Ácidos graxos polinsaturados e mucilagens.

Modo de usar:

Restaurar o fluxo menstrual, estancar hemorragias, síndrome pré-menstrual, distúrbios do climatério, afecções das vias urinárias, digestão, doenças da pele (espinhas, cravos, dartros e boubas), amenorreias, dismenorreias, hemorragias do pós-parto, inflamações e dores do útero e do ovário, retenção de placenta, provocar contrações uterinas, hemoptises - Decocção de cascas das raízes:

Hemorragias, dismenorreias, hemorragias do útero. - Sementes, por infusão.

Catarro, disenteria, diarreia, enterite - Folhas e flores, por infusão.

Massagem de articulações e músculos para aliviar dores, furúnculo, ferida da pele - óleo, extraído das sementes:

Queimaduras, inflamações, inchaço. Ingerido: disenterias. cataplasma das folhas machucadas: alívio imediato para as queimaduras.- sumo das folhas, aplicado topicamente:

Asma : extrato fluído das sementes.



sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Plantio da Batata Orgânica



Originária da América do Sul, a batata (Solanum tuberosum L.) está disseminada na maioria dos países do mundo; pertence à família das solanáceas, assim como o tomate, pimentão, berinjela e fumo e, caracteriza-se pela formação de caule subterrâneo intumescido, onde se acumulam reservas, denominado tubérculo (parte comestível). A batata, denominada erroneamente de "batata-inglesa", é um dos poucos alimentos capazes de nutrir a crescente população mundial, não apenas como energético, mas também como fonte de proteínas, vitaminas e sais minerais. É boa fonte de vitamina C e do complexo B, além de ser rica em potássio, com bons teores de fósforo e magnésio e razoável fonte de ferro. O baixo conteúdo de sódio a credencia para dietas que exigem baixo teor de sal. As diversas formas de apresentação tornam a batata um dos produtos mais utilizados na cozinha em todo o mundo, como fritas, saladas, purê, cozidas e assadas. A praticidade e a versatilidade culinária da batata evidenciam também a potencialidade para o investimento e desenvolvimento de produtos industrializados, com níveis de produção e consumo ainda muito baixos no Brasil, mas com boas perspectivas de mercado. A cultura apresenta maior destaque no Sudeste e Sul do país, em função das condições de clima mais favoráveis e do hábito alimentar dos habitantes, em sua maioria descendentes de europeus.
   O cultivo orgânico é uma boa opção de renda aos produtores, pois além de agregar maior valor aos produtos através do sistema de produção, reduz o custo de produção com insumos que podem ser preparados na propriedade, proporcionando maior autonomia do produtor que, por sua vez, não fica dependente de insumos importados cada vez mais caros. É importante destacar que no período de 12 meses (junho/2007 a maio/2008), os fertilizantes e os agrotóxicos que o Brasil importa em sua grande maioria (cerca de 70%), tiveram um aumento de 120 e 70%, respectivamente. Por ser uma das hortaliças que mais utiliza agrotóxicos, o cultivo orgânico é essencial para garantir a saúde do produtor, consumidor e meio ambiente.

Recomendações técnicas

.Escolha correta da área e análise do solo: sempre que possível escolher áreas não cultivadas nos últimos três anos com batata e outras espécies da mesma família botânica. Solos contaminados com murchadeira e fusariose, doenças causadas por bactéria e fungo, respectivamente, não devem ser utilizados. Solos mal drenados, argilosos, pouco ensolarados e locais sujeitos a neblinas devem ser evitados. A análise do solo com antecedência é essencial para se fazer a recomendação adequada de adubação e correção da acidez. O excesso de calcário eleva o pH do solo que favorece a sarna comum, doença que contamina os tubérculos e o solo. O excesso ou a deficiência nutricional favorecem as doenças foliares e afeta a qualidade dos tubérculos.

.Uso de batata-semente de boa qualidade: o emprego de "semente" contaminada por viroses (doenças que causam a degeneração), sem brotação ou com brotação excessiva e/ou esgotada, leva ao fracasso da lavoura. O plantio de batata-semente em dormência, origina lavoura desuniformes e de fraco desenvolvimento. A aquisição da "semente" com antecedência, caso não esteja brotada, guardando-a em local protegido de pulgões para que a brotação ocorra naturalmente, é o ideal. A aquisição de algumas caixas de batata-semente de boa qualidade (certificada, registrada ou básica), multiplicando-a em área isolada sem problemas de doenças, no plantio de inverno/primavera, visando a produção de "semente" própria para o plantio de batata consumo no outono, no Litoral Catarinense, é uma boa alternativa para reduzir o alto custo deste insumo.

.Uso de cultivares adaptadas: no cultivo de batata orgânica é fundamental o uso de cultivar resistente às doenças foliares. Dentre as cultivares, a Epagri 361Catucha e SCS 365 Cota (Figura 1) são as que mais se destacam pela alta resistência à requeima e pinta-preta, principais doenças foliares da batata . Além da maior adaptação ao cultivo orgânico, estas cultivares possibilitam maior renda ao produtor, pois os tubérculos produzidos possuem alto teor de matéria seca, um dos principais requisitos para a industrialização na forma de "chips" batata palha e pré-fritas (palitos). A Epagri, através da Estação Experimental de São Joaquim, está multiplicando batata-semente de boa qualidade, das cultivares Catucha e SCS 365 Cota. 

.Preparo adequado do solo: recomenda-se uma lavração profunda, com antecedência mínima de 30 dias e outra próximo ao plantio, quando houver condições adequadas de umidade do solo. Por ocasião do plantio da "semente", gradear o solo uma a duas vezes. O solo bem preparado, associado a amontoa (chegamento de terra) bem feita (cerca de 20 cm), sem torrões, reduz as pragas de solo como a larva-alfinete(Figura 2 – B) e larva-arame que ao perfurarem os tubérculos depreciam comercialmente os tubérculos colhidos (Figura 2 – C). 

.Adubação equilibrada: para uma adubação equilibrada, recomenda-se a análise do solo e dos teores de nutrientes do adubo orgânico, com antecedência. Plantas bem nutridas são mais resistentes às doenças e pragas, produzindo tubérculos de melhor qualidade. O desequilíbrio nutricional aumenta a suscetibilidade às doenças da folhagem e à sarna dos tubérculos e, pode afetar a qualidade culinária e industrial da batata. 

.Plantio na época recomendada: a batateira não tolera geadas e excesso de umidade. Temperaturas noturnas elevadas, na época de tuberização, prejudicam e até impedem a formação de tubérculos. Plantio de outono e de inverno (março/abril) – em regiões onde não ocorrem geadas (Litoral). Plantio de primavera (setembro/outubro) – em regiões onde ocorrem geadas. Plantio de verão (dez./janeiro) - onde as temperaturas são amenas no verão (Planalto). 

.Irrigação: a batata, embora seja uma das hortaliças mais exigentes em água (consome de 300 a 500 mm de água durante todo o ciclo), é também prejudicada pelo excesso, pois reduz a aeração do solo, aumenta a lixiviação de nutrientes e, ainda, favorece às doenças. O sistema de irrigação por aspersão, embora seja o mais utilizado, favorece a ocorrência de doenças foliares (requeima e pinta-preta). Para diminuir este problema, recomenda-se sempre que possível, a irrigação pela manhã para evitar que a folhagem permaneça com umidade durante a noite. A fase do início da tuberização ao início da senescência (maturação)que vai de 45 a 55 dias após a emergência, é a mais crítica quanto à deficiência hídrica, podendo haver decréscimo da produtividade e o aparecimento da sarna-comum. Irrigações excessivas neste período podem favorecer o aparecimento das doenças de solo e da folhagem. A alternância de excesso e falta de água pode causar defeitos morfo-fisiológicos tais como embonecamento, rachaduras e outras deformações nos tubérculos. 

.Amontoa: consiste em chegar terra junto às plantas, para melhorar sua fixação ao solo e, ainda para evitar que os tubérculos se desenvolvam fora da terra, favorecendo o esverdeamento. Uma boa amontoa em ambos os lados da fileira formando um camalhão com cerca de 20 cm de altura, quando as plantas estão com 25 a 30 cm de altura, reduz os danos de insetos que perfuram e depreciam comercialmente os tubérculos.

.Manejo de doenças e pragas: é possível prevenir o aparecimento e o desenvolvimento de grande parte delas com as seguintes medidas preventivas: 
a) escolha correta da área; 
b) uso de tubérculos-sementes sadios e protegidos dos pulgões; 
c) utilizar cultivares resistentes; 
d) arar o solo com três meses de antecedência para expor as pragas de solo e os patógenos ao dessecamento; 
e) plantio na época recomendada; 
f) evitar escalonamentos de plantios e o uso de "semente" de tamanhos diferentes na mesma área pois as plantas mais velhas são mais suscetíveis à pinta-preta, disseminando-a para as mais jovens; 
g) nutrição e correção da acidez conforme análise do solo; 
h) um bom preparo de solo (sem torrões) e a amontoa adequada (em torno de 20 cm) reduz os danos (perfurações nos tubérculos) causados pela larva-alfinete; 
i) destruição dos restos de culturas, refugos de tubérculos, plantas hospedeiras e plantas voluntárias das proximidades da lavoura; 
j) pulverização preventiva com calda bordalesa ( 0,5%), a cada 7 a 10 dias, a partir da emergência das plantas, visando o manejo de doenças e pragas da parte aérea; 
k) pulverização com urina de vaca a 1%, visando o manejo da pinta-preta após a amontoa e 
l) rotação de culturas com gramíneas. 

.Colheita, classificação e armazenamento: a batata consumo deve ser colhida em dias secos, amenos e com baixa umidade no solo para evitar a contaminação dos tubérculos por doenças. As hastes devem estarem secas e os tubérculos com a película firme. A colheita deve ser feita 10 a 15 dias mais tarde para que a película dos tubérculos não se solte. Iniciar a seleção dos tubérculos durante a colheita, após a secagem externa deles, eliminando-se os podres e com defeitos. A classificação deve ser feita por tamanho. Após a embalagem em sacos, deve-se guardar as batatas em locais limpos, ventilados e escuros para evitar o esverdeamento. Recomenda-se apenas a escovação dos tubérculos, evitando-se a lavagem dos mesmos.

Figura 1. A escolha de variedades resistentes às doenças da folhagem é uma maneira de prevenir a ocorrência de doenças em batata. Na foto, a variedade de batata SCS 365 – Cota (à esquerda) lançada pela Epagri em 2008 para o cultivo orgânico, na Estação Experimental de Urussanga, é muito mais resistente ao sapeco da folhagem (requeima) quando comparada com a variedade Ágata (à direita), totalmente destruída, apesar de ser a mais cultivada no Brasil.

 
Figura 2. O preparo adequado do solo, associado à um bom chegamento de terra (amontoa), sem torrões, evita o ataque da larva-alfinete que perfura os tubérculos depreciando-os (C). Os furos nas batatas ocorre porque a vaquinha (A) - adulto, também chamada de patriota (coloração verde com pontinhos amarelo), ao pôr os ovos na batateira, estes vão cair no solo e, se estiver com torrões, os ovos, que darão origem a larva-alfinete (B) – fase larval da vaquinha, irão se alojar junto aos tubérculos em formação no fundo do camalhão.


A batata, juntamente com o tomate e o morango, vem sendo duramente atacada pela mídia pelo uso exagerado de defensivos agrícolas.
Quando falamos em produzir batata orgânica, logo se pensa em algo impossível ou fraudulento. Mas, é possível produzir batata orgânica com boas qualidades de tubérculos e com uma produtividade acima de 25 toneladas por hectare. O cultivo orgânico, seja ele de batata ou qualquer outro produto, requer conhecimento e tecnologias, muitas vezes acima dos níveis dos cultivos tradicionais (químicos).
Antes de iniciar o processo de produção, é indispensável que se entre em contato com algum órgão fiscalizador, como o Instituto de Biodinâmica (IBD), para que o produto receba um selo de garantia. Também é necessário que todos os passos sejam dados de acordo com as normas estabelecidas pelo órgão certificador sobre como e o que podemos usar, quanto tempo o solo deve ser deixado sem cultivo químico, entre outros detalhes no aspecto de produção. Ter um contato para comercialização também é de extrema importância, pois sem isto, o produtor pode ficar com suas batatas sem ter para quem vendê-las.
Assim como a batata convencional, a comercialização dos produtos orgânicos é um grande desafio. Os preços pagos aos produtores são bem diferentes daqueles pagos pelos consumidores. Este fenômeno pode ser atribuído aos seguintes fatos: um caminho longo do produtor ao consumidor, especulação de preços por parte dos supermercados, que colocam uma margem exagerada para produtos orgânicos, a própria lei da oferta e procura também pode influenciar nesta discrepância.
Nos países europeus, a produção e o consumo de produtos orgânicos crescem ano a ano. É possível encontrar nas prateleiras dos supermercados desde batata fresca até produtos processados, como chips e batata palito congelada, todos devidamente embalados e com identificação e informações ao consumidor, que possibilitem a rastreabilidade destes produtos. Também por parte das empresas que desenvolvem novos cultivares de batata, trabalham com grande quantidade de novos clones que atendem às necessidades tanto dos produtores orgânicos (qualidades agronômicas) como dos consumidores (qualidades culinárias).
Para a produção de batata orgânica devemos estar atentos aos seguintes pontos:
Variedade

É de extrema importância que tenhamos uma variedade que reúna algumas qualidades. A variedade deve ter um bom nível de resistência às principais doenças, como a requeima (Phytophtora infestans) e pinta preta (Alternaria solani).

Deve ter capacidade de extração de nutrientes do solo. Não seria recomendado, por exemplo, um cultivo orgânico de uma variedade como a Bintje; todos bataticultores sabem que é uma variedade que produz bem em condições de alta fertilidade.
Fato recente na Europa é que os órgãos fiscalizadores de produtos orgânicos estão exigindo o uso de batatas- semente orgânica, ou seja, outra característica que deve ser incorporada aos materiais seria a resistência a vírus para possibilitar a produção de batata -semente no sistema orgânico.

Qualidades culinárias também devem ser levadas em consideração, pois os consumidores de produtos orgânicos procuram por produtos que tenham um bom sabor e, se possível, bom aspecto visual.
Das variedades testadas, até o momento, a que melhor se comportou foi a Itararé do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), com tubérculos graúdos, bom aspecto e com qualidades culinárias semelhantes às variedades mais plantadas, como Monalisa, e alta resistência à requeima. Também vale ressaltar que a precocidade da Itararé é bastante interessante para o cultivo orgânico, pois por volta de 70 dias, já temos uma produção razoável, não sendo influenciada por doenças característica de final de ciclo, que caso contrário, poderia levar à perda de produção. O uso de batata semente de tamanho maior, tipo 1 ou florão, apresenta melhor desempenho que sementes menores.

Solo e Adubação

O solo deve estar corrigido para que a fertilidade natural seja explorada.
A calagem é permitida, bem como, a utilização de pó de rochas como o granito e mármore, cuja função principal seria a correção do pH, bem como, o fornecimento de cálcio e magnésio como nutrientes. Para suplementação de Nitrogênio, podemos aplicar húmus e torta de mamona. O fósforo é suplementado com fosfatos naturais (fosfato de Araxá) ou com termofosfatos (Yorin)


Tratos Culturais

O sistema orgânico, praticamente, não difere do cultivo convencional, como plantio, amontoa e colheita. No caso da amontoa, devemos fazê-la o mais cedo possível, para que, nesta operação, grande parte das ervas sejam eliminadas e que possam ser evitadas lesões nas raízes, que seria uma porta para a entrada de bactérias (Erwina sp). No caso de aparecimento de novas sementeiras, podemos usar um lança chamas ou maçarico para queimar estas plantinhas. Em uma cultura bem vigorosa, não teremos problemas com o mato até a colheita.

O uso de calda Bordaleza e Sulfocáustica é utilizado para o controle preventivo de doenças de folha. Para insetos, o ácido pirolenhoso e extrato de Nim Indiano(Azadirachta indica) são aplicados também como repelente. No entanto, em uma lavoura bem conduzida, o ataque de pragas e doenças está sempre em equilíbrio. Mesmo pragas agressivas como a mosca minadora (Liriomyza sp) tem a população controlada por vespas, ou mesmo sendo eliminada por outros tipos de insetos predadores, o que não se observa nos campos que se fazem tratamentos químicos.

Outros pontos a ser observados em tratos culturais seriam:

– O plantio de sementes de idade fisiológica ideal, ou seja, não estar com brotação excessiva (esgotada) e também não estar sem brotos (cega).
– Procurar época de plantio para a região que ofereça boas condições climáticas para o desenvolvimento da cultura.
– Irrigar a lavoura com o máximo de critério, como quantidade de água aplicada, turno de rega, evitar vazamentos, etc.
– Se possível, instalar o campo próximo a reservas com matas. Estes locais são abrigos para várias espécies de inimigos naturais de pragas.

Analisando superficialmente o cultivo da batata orgânica, pode-se afirmar que, mesmo em nossas condições, é possível atingir boas produções. Cabe também a oportunidade para refletirmos sobre como estamos trabalhando nossas lavouras com relação a fertilizantes e agroquímicos. Estamos respeitando o período de carência? Não estaríamos exagerando na aplicação de fertilizantes? Usamos os defensivos seguindo as orientações dos fabricantes? Temos receio de consumir o que produzimos?

domingo, 26 de novembro de 2017

Alfafa as plantas curam



Nome ciêntífico - Medicago sativa

A Alfafa é um dos aliados da medicina natural contra os problemas causados pelo colesterol ruim, o LDL, como comprovam estudos de laboratórios com animais.

Descrição : Planta pertencente a família das Fabaceae, também conhecida como luzerna, alfafa-de-flor-roxa, alfafa-verdadeira, melga-dos-prados.

Mais usada para alimentar os animais, a luzerna também é nutritiva para o ser humano, contendo níveis apreciáveis de proteínas, cálcio, magnésio, vitaminas C, E e K, e betacaroteno.

Tem sido usada sobretudo como suplemento alimentar para a debilidade e a convalescença, estimulando o apetite e o aumento de peso.

Herbácea que atinge até 80 cm de altura, com raízes, rizoma e caule compridos, de folhas ovais e dentadas, suas flores são a marelas ou violetas, pequenas e dispostas em cachos.

Origem : Ásia Menor e no Cáucaso.

Para que serve a alfafa.

Indicações : Analgésico, diurético (frutos) e antiespasmódico.

A alfafa é a redução do colesterol

Redução de colesterol; Resultados de estudos em animais: Vários estudos indicam que a ingestão da alfafa reduz absorção de colesterol e a formação de placas ateroscleróticas em animais. Em um estudo, a habilidade de alfafa em reduzir a acumulação de colesterol hepático em ratos alimentados com colesterol, foi aumentada com a remoção das saponinas presentes na alfafa. Em um estudo em cães da pradaria, a menor incidência de pedra de colesterol na vesícula biliar foi obtida com uma dieta rica em fibras (85% alfafa).

Em um estudo com 15 pacientes, sementes de alfafa adicionadas na dieta ajudaram a normalizar a concentração do colesterol no sangue de pacientes com hiperlipoprotenemia tipo II. Cholestaid - produto disponível nos Estados Unidos que contém 900 mg de Esterina processada e patenteada do extraio de alfafa, com 100mg de acido cítrico, reclama que neutraliza o colesterol no estomago antes que este chegue ao fígado, assim facilitando a excreção do colesterol sem nenhum efeito colateral ou toxicidade. Não existe nenhuma evidência que a canavaina ou seus produtos metabólicos afetam os níveis de colesterol.

A alfafa e a anorexia.

A infusão e os rebentos de luzerna fornecem nutrientes de boa qualidade e fáceis de absorver, sobretudo se tomados a médio prazo. Estão indicados para falta de apetite, convalescença, incapacidade de ganhar peso e anorexia nervosa.

A alfafa e os sintomas da menopausa

A luzerna é um alimento útil durante a menopausa. Ao contrário da soja, não inibe a absorção de minerais, como o ferro e o cálcio. Contém isoflavonas estrogênicas por isso, começou recentemente a ser usada para sintomas da menopausa, sobretudo combinada com a salva (Salina officinale).

Princípios Ativos : Rica em beta-caroteno, vitaminas C, D, E e K; cálcio, sapogenol de soja, hederagenina, ácido medicagenico, potássio e ferro.

Contraindicações/cuidados: Crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico comprometido devem evitar a ingestão de brotos alfafa devido à contaminação bacteriana frequente dos mesmos, a não ser que o produtor seja confiável e tenha certificação orgânica.

Efeitos colaterais: Sementes e broto de alfafa de origem duvidosa pedem ser contaminados com bactérias como Salmonete entérica e Escherichia coli. A maioria de pessoas a tas expostas a S. entérica ou E. Coli tem sintomas como diarreia, náusea, vômito, cólica abdominal e febre.

Infecção por E. coli pode causar síndrone-hemolitico-urinêmica e falência renal. Ingestão de alfafa seca e geralmente livre de efeitos colaterais sérios em pessoas adultas; Ingestão de tabletes de alfafa foi associado com reativação c em pelo menos 2 pacientes.

Modo de usar

Posologia: 5g de planta seca ou 10 g de planta fresca e 1 colher de sopa para cada xícara de água em decocto ou infuso. Pó: 5OO mg a 1 g diários. Extraio fluido: 5 a 10ml.

Dosagem : É uma das plantas mais usadas pela indústria para a obtenção da vitamina K e clorofila. É indicada nos casos de anemia e deficiência em vitamina K e cálcio. Nesses casos, usa-se o chá e o suco das folhas.

Interação medicamentosa: A vitamina K encontrada na alfafa pode antagonizar o efeito coagulante da warfarina, resultando na redução do tempo de protrombina. É possível que a alfafa também interfira na atividade imunossupressora de cortico-esteroides (prednisona ou ciclosporina).

Alfafa

Benefícios da Alfafa para a saúde.

A atividade hemolítica e anticolesterol das folhas e broto de alfafa é atribuída a uma saponina esteroidal composta de vários fatores (sapogenol de soja, hederagenina, acido medicagenico). A semente de alfafa contém o aminoácido tóxico, L-canavanina, análogo a arginina. Alguns brotos de alfafa podem conter ate 13g/kg de canavanine (peso seco). A quantidade de canavanina diminui com a idade da planta.

Os alcaloides estaquidrina e l-estaquidrina encontra­dos na semente da alfafa, possuem atividades emenagoga e lactogenica. As sementes da alfafa contem ate 11% de um óleo secante usado na preparação de tintas e vernizes.

Foram observadas mudanças na morfologia celular do intestino de ratos que foram alimentados com alfafa. Estes efeitos foram mais extensivos em animais que ingeriram a planta inteira do os que comeram somente o broto da alfafa. Acredita-se que a interação da saponina com o colesterol na membrana plasmática é apenas parcialmente responsável pelas mudanças celulares observadas.

A mudança em morfologia celular quando acompanhadas com mudanças na excreção de esteróides pode relacionar-se com um aumento na susceptibilidade de câncer de cólon. Uma doença similar a Lúpus eritre-matoso sistêmico (LÊS) foi observada em macacos que foram alimentados sementes de alfafa - anemia hemolítica, diminuição dos níveis de complemento plasmático, mudanças imunológicas e deposição de imunoglobulinas nos rins e na pele.

Em um estudo, ingestão de alfafa resultou em pancitopenia e hipocomplementenemia em participantes saudáveis. L-oanavanina foi apontado com um possível agente causador. A toxicidade da L-canavanina e principalmente causada por sua similaridade em estrutura com a arginina. A canavanina bloqueia o sitio de ligação de arginina em enzimas dependentes da arginina, interferindo sua ação enzimática.

A arginina reduz o efeito tóxico da canavanina in vitro. A canavaina pode também ser metabolizada em canalina, uma molécula análoga a ornitina. Canalina pode inibir o fosfato piridoxal e enzimas que requeiram o cofator B6. L-canavaina também foi capaz de alterar o nível de cálcio intracelular e alterar também a habilidade de regular síntese de anticorpos de algumas populações de células B e T. Tabletes de alfafa também foram associados com a reativação de LÊS in pelo menos 2 pacientes.

Houve um caso assintomático e reversível de pancitopenia com esplenomegalia em um homem que que ingeriu ate 160 gramas de sementes de alfafa diariamente como parte de uma dieta para reduzir colesterol. O colesterol plasmático reduziu de 218 mg/ dL para 130 a 160 mg/dL.

Acredita-se que a pantocitopenia foi causada pela canavaina. Ingestão de tabletes de alfafa e um autotratamento popular para asma e polinose (febre de feno). Não há nenhuma evidência cientifica que este tratamento e efetivo.

Felizmente, a ocorrência de sensibilização cruzada entre alfafa (uma leguminosa) e pólen de grama e pouco provável, assumindo que a alfafa não esteja contaminada com grama.

Um paciente faleceu de listeriose apôs ingerir tabletes de alfafa contaminados.

Não existe nenhuma evidência que a folha ou o broto da alfafa possuam efeito diurético, anti-inflamatório, antidiabético ou atividade antiúlcera em humanos. As saponinas da alfafa são hemoliticas in vitro.

Resultados de um pequeno estudo em humanos, mostrou que a planta pode reduzir os níveis de colesterol. Mudanças da morfologia celular intestinal foram observadas em ratos que ingeriram alfafa. As fibras e saponinas da planta da alfafa sequestram quantidades significativas de colesterol in vitro; saponinas do broto de alfafa exibem um nível menor de interação com o colesterol. A absorção do ácido biliatico in vitro é maior quando a planta inteira é usada e esta atividade não reduz quando as saponinas são removidas do extraio da alfafa.