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ANUCIOS

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Emagrecer e Ficar em Forma



Introdução

Segredos para emagrecer e ficar em forma. Quem não gosta de descobri-los e, principalmente, ter sucesso na prática deles? Pois isso é possível com exercícios, ajustes na alimentação e, é claro, dicas para manter a motivação nas alturas.
Seguindo algumas regrinhas que envolvem, acima de tudo, um novo estilo de vida, dá, sim, para perder peso e evitar erros como o “efeito sanfona”, um sobe e desce nos dígitos da balança que prejudica a saúde, o sonho de curvas perfeitas e autoestima.
Quer saber como? Então fique de olho nos truques que vão ajudar você a reduzir medidas. Vamos lá!

Segredos para emagrecer e ficar em forma

 Evite “assaltos” noturnos à geladeira. Isso não combina com emagrecimento!
 Não troque seu jantar balanceado por lanches como biscoitos, iogurtes e pastas – que acabam tendo mais calorias.
 Beba água! Isso evita aquela confusão básica quando achamos que estamos com fome, mas na verdade é sede. Tome no mínimo 8 copos de água por dia para manter a forma e o bom funcionamento do corpo.
 Não pense que passar fome vai garantir um emagrecimento duradouro. Um erro comum é excesso de restrição durante o dia e de comida à noite.

Saiba o que fazer para manter o emagrecimento 

Outra dica para manter a forma é não se privar de alimentos que você tanto gosta. O mais importante é a proporção, pois somente um alimento não é o único responsável pelo ganho de peso. Moderação é fundamental!
Se você preencher metade do seu prato com vegetais, terá mais saciedade sem consumir grandes porções, devido ao alto teor de fibras deles. Um dos melhores segredos para emagrecer e ficar em forma!
Vai jantar fora? Antes de sair, coma uma salada ou tome uma sopa. Elas alimentam com poucas calorias e impedem que você perca o controle na refeição principal.
Etiqueta também ajuda a manter a forma: descanse os talheres de vez em quando para perceber melhor quando deve parar de comer.
Esses são segredos para emagrecer e ficar em forma que potencializam qualquer regime para perder peso. Mas você sabe realmente como acontece a redução de medidas e o que pode dificultar o emagrecimento?

Como funciona a perda de peso

Saber os segredos para emagrecer e ficar em forma é uma ajuda e tanto na luta contra uns quilinhos a mais. Porém, perder peso não é um evento isolado e, sim, um processo que leva tempo, exige dedicação e percepção de como funciona a perda de peso.
Emagrecer é uma relação entre as calorias que você ingere e as que gasta, ou seja, o que consumir e não utilizar, acumula.
Na maioria dos casos, a cada 7.000 calorias ingeridas (e não queimadas), acontece o ganho de 1kg. Perder peso tem processo semelhante: a cada 7.000 calorias consumidas, elimina-se 1 kg.
E se você está indo bem na academia, mas ainda encontra obstáculos para reduzir gordura, entenda o que pode estar sabotando seu emagrecimento:

• Impulsividade
• Dificuldades sexuais, conjugais ou afetivas
• Depressão
• Compulsão alimentar
• Estresse
• Ansiedade

Há quem ganhe medidas porque não consegue resistir à gratificação imediata de um impulso – o de comer, que proporciona satisfação em curto prazo, enquanto o emagrecimento acontece em médio ou longo prazo.
Outros são prejudicados por problemas na cama ou próximos a ela. Dificuldades sexuais, conjugais ou afetivas costumam ser uma verdadeira pedra no caminho de quem faz regime para emagrecer. É que a gordura vira uma espécie de escudo para evitar relações, a própria sexualidade ou conflitos do casal.
A depressão também atrapalha o sucesso dos segredos para emagrecer. Nesse caso, é comum ficar desmotivado com dietas e exercícios, pessimista e autodepreciativo.
Já os compulsivos alimentares ingerem grandes quantidades rapidamente, por curto período. O ato de comer não acontece por fome ou prazer, e é seguido de culpa ou arrependimento.
O estresse é outro fator que pode adiar a meta de perder peso, mesmo que você conheça os segredos para emagrecer e ficar em forma. Isso acontece seja pelo aumento do cortisol no sangue ou pela quantidade de alimentos consumidos, digamos, para aliviar os males causados por ele.
Por último, e não menos importante, a ansiedade, vilã de qualquer plano de emagrecimento. Tensão, preocupação e medo, que acompanham o distúrbio, fazem com que a pessoa busque no alimento “remédio” para esses desconfortos.
Para dar uma mãozinha ao seu emagrecimento, aqui vai uma lista com segredos para emagrecer e ficar em forma administrando a inteligência emocional:

• Procure ajuda
• Reconheça o mal que a gordura faz para você
• Anote os prejuízos acumulados
• Decida mudar
• Tome nota dos ganhos

Mas enquanto cuida de aspectos emotivos, que tal investir em alimentos que ajudam a emagrecer e manter a saúde? Confira!

Melhores alimentos para emagrecer

Conheça os itens que não devem faltar no seu cardápio
A expressão “saco vazio não para em pé” ilustra bem a importância da alimentação na nossa vida. Mas foi-se o tempo em que fornecer nutrientes e energia era o único benefício dela.
Conheça um dos segredos para ficar em forma: os melhores alimentos para emagrecer, e veja como unir bem-estar e curvas irretocáveis:

• Amêndoas – troque carboidratos de biscoitos por elas e enxugue medidas! Pesquisa com pessoas que comeram uma porção de amêndoas por dia revelou que esse grupo perdeu mais quilos do que a turma que ficou com bolachas de água e sal.
• Arroz integral – oferece 1,7g de amido resistente (em porção de meia xícara), um carboidrato que estimula o metabolismo a queimar gordura, potencializando o emagrecimento. Não é à toa
que ele está na relação dos melhores alimentos para emagrecer.
• Aveia – meia xícara dela traz 4,6 g de amido resistente. Esse cereal rico em fibras é perfeito para manter a sensação de saciedade e ficar em forma por mais tempo.
• Consuma salmão pelo menos três vezes por semana e sinta os benefícios das proteínas magras, que ajudam a controlar o apetite. Além disso, o peixe é rico em ômega 3 – importante para a saúde do coração.
• Batata - também não pode faltar no seu checklist de melhores alimentos para emagrecer. Rica em carboidratos, ela sacia três vezes mais do que uma fatia de pão branco, por exemplo.
• Pera – está no ranking dos melhores alimentos para emagrecer porque é pobre em calorias, e uma porção dela pode fornecer até 15% da quantidade diária recomendada de fibras, a maior parte delas na casca.
• Banana - campeã no quesito redução de medidas. Madura, uma banana média turbina o metabolismo com cerca de 5 g de amido resistente. Um pouco mais verde, fica melhor: são 12,5 g desse nutriente.

Inclua os melhores alimentos para emagrecer nas suas próximas compras!

Piores alimentos para o emagrecimento e a saúde

Entre os segredos para emagrecer e ficar em forma está o cuidado na ingestão de tentações em forma de massas, doces, frituras e embutidos, entre outros com sabores irresistíveis e valor nutricional baixo.
Pizza congelada, cachorro-quente e salgadinho de batata são alguns dos piores alimentos para o emagrecimento e a saúde. E mais:

 Sorvete de massa industrializado – possui carboidrato de baixo valor nutritivo: é fonte de açúcar, facilmente absorvido pelo organismo e transformado em gordura.
Uma bola (60g) de sorvete de chocolate, por exemplo, contém 130 calorias e 18,5% dos Valores Diários de gorduras saturadas que um adulto precisa. Em excesso, ela pode causar placas nas artérias e problemas no coração, cérebro e rins.
 Salgadinhos de milho – uma ameaça ao emagrecimento. Possuem Valor Diário de 32,5% de gorduras totais e 10,3% de gorduras saturadas, além de 17% do Valor Diário de sódio em um pacote de 63g.
Em grandes quantidades, o sódio pode causar pressão alta e doenças nos rins.
 Pizza congelada – um pedaço (73g) dela traz 14% do Valor Diário das gorduras saturadas e 16% do Valor Diário de sódio.
Compromete o emagrecimento e a também quando é feita com farinha branca, que tem rápida absorção – o que faz com que a pessoa sinta fome mais rapidamente.
 Batata frita – bastam 100 gramas dela para ingerir 14% do Valor Diário de gordura saturada, prejudicando o emagrecimento e o bem-estar.
 Salgadinho de batata – é mais prejudicial do que a batata frita, pois é industrializado, com grandes porções de sal, substâncias químicas e gordura. Um pacote com 50g traz 33% do Valor Diário de gorduras totais e 9% de gorduras saturadas.
O segredo para emagrecer e ficar em forma, dizem os especialistas, é evitar abusos. Então, confira mais itens com os quais você deve ter mais cautela para manter o corpo esbelto:
 Bacon - uma fatia com 10 g de bacon oferece 6,4% do Valor Diário de gordura saturada.
 Cachorro-quente – cada salsicha de 50 gramas contém 20% de gorduras saturadas, 24% do valor diário de gorduras totais e 20,3% de sódio.
 Refrigerante - uma lata de 350 ml do refrigerante tipo cola traz 37 gramas de açúcar. Se você beber uma lata por dia, em um mês terá ingerido aproximadamente um quilo de açúcar.



segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

PREPARO E USO DE FITOTERÁPICOS



FORMAS DE PREPARO E USO

BANHO: Faz-se uma infusão ou decocção (veja a seguir) mais concentrada que deve ser coada e misturada na água do banho. Outra maneira indicada é colocar as ervas em um saco de pano firme e deixar boiando na água do banho. Os banhos podem ser parciais ou de corpo inteiro, e são normalmente indicados 1 vez por dia.

CATAPLASMA: São obtidas por diversas formas:
a) amassar as ervas frescas e bem limpas, aplicar diretamente sobre a parte afetada ou envolvidas em um pano fino ou gase;
b) as ervas secas podem ser reduzidas a pó, misturadas em água, chás ou outras preparações e aplicadas envoltas em pano fino sobre as partes afetadas;
c) pode-se ainda utilizar farinha de mandioca ou fubá de milho e água, geralmente quente, com a planta fresca ou seca triturada.

COMPRESSA: É uma preparação de uso local (tópico) que atua pela penetração dos princípios ativos através da pele. Utilizam-se panos, chumaços de algodão ou gase embebidos em um infuso concentrado, decocto, sumo ou tintura da planta dissolvida em água. A compressa pode ser quente ou fria.
Outra forma é molhar a ponta de uma toalha e colocar no local afetado, cobrindo com a outra ponta da toalha seca, para conservar o calor.

DECOCÇÃO: Preparação normalmente utilizada para ervas não aromáticas (que contém princípios estáveis ao calor) e para as drogas vegetais constituídas por sementes, raízes,cascas e outras partes de maior resistência à ação da água quente. Numa decocção, coloca-se a parte da planta na quantidade prescrita de água fervente. Cobre-se e deixa-se ferver em fogo baixo por 10 a 20 minutos. A seguir deve-se coar e espremer a erva com um pedaço de pano de ou coador. O decocto deve ser utilizado no mesmo dia de seu preparo.

GARGAREJO: Usado para combater afecções da garganta, amigdalites e mau hálito. Faz-se uma infusão concentrada e gargareja quantas vezes for necessário. Ex.: Sálvia (máu hálito), tanchagem, malva e romã (amigdalites e afecções na boca).

INALAÇÃO: Esta preparação utiliza a combinação do vapor de água quente com aroma das substâncias voláteis das plantas aromáticas, é normalmente recomendada para problemas do aparelho respiratório.
Colocar a erva a ser usada numa vasilha com água fervente, na proporção de uma colher de sopa da erva fresca ou seca em ½ litro d'água, aspirar lentamente (contar até 3 durante a inspiração e até 3 quando expelir o ar), prosseguir assim ritmicamente por 15 minutos. O recipiente pode ser mantido no fogo para haver contínua produção de vapor. Usa-se um funil de cartolina (ou outro papel duro); ou ainda uma toalha sobre os ombros, a cabeça e a vasilha, para facilitar a inalação do vapor. No caso de crianças deve-se ter muito cuidado, pois há riscos de queimaduras, pela água quente e pelo vapor, por isso é recomendado o uso de equipamentos elétricos especiais para este fim.

INFUSÃO: Preparação utilizada para todas as partes de plantas medicinais ricas em componentes voláteis, aromas delicados e princípios ativos que se degradam pela ação combinada de água e do calor.
Normalmente, trata-se de partes das plantas tais como flores botões e folhas. As infusões são obtidas fervendo-se a água necessária, que é derramada sobre a erva já separada, colocada noutro recipiente. Após a mistura, o recipiente
permanece tampado por um tempo variável entre 5 e 10 minutos. Deve-se coar o infuso, logo após o término do repouso. Também o infuso deve ser ingerido no mesmo dia da preparação.

MACERAÇÃO: Preparação (realizada a frio) que consiste em colocar a parte da planta medicinal dentro de um recipiente contendo álcool, óleo, água ou outro líquido. Folhas, flores e outras partes tenras ficam macerando por 18 a 24 horas. Plantas onde há possibilidade de fermentações não devem ser preparadas desta forma.O recipiente permanece em lugar fresco, protegido da luz solar direta, podendo ser agitado periodicamente. Findo o tempo previsto, filtra-se o líquido e pode-se acrescentar uma quantidade de diluente (água por exemplo), se achar necessário para obter um volume final desejado.

ÓLEOS: São feitos na impossibilidade de fazer pomadas ou compressas. As ervas secas ou frescas são colocadas em um frasco transparente com óleo de oliva, girassol ou milho, depois manter o frasco fechado diretamente sob o sol por 2 a 3 semanas. Filtrar ao final e separar uma possível camada de água que se formar. Conservar em vidros que o protejam da luz.

PÓS: A planta é seca o suficiente para permitir sua trituração com as mãos, peneirar e frasco bem fechado.
As cascas e raízes devem ser moídas até se transformarem em pó. Internamente pode ser misturado ao leite ou mel e externamente, é espalhado diretamente sobre o local ferido ou misturado em óleo, vaselina ou água antes de aplicar.

SUCO OU SUMO: Obtém-se o suco espremendo-se o fruto e o sumo ao triturar uma planta medicinal fresca num pilão ou em liquidificadores e centrífugas. O pilão é mais usado para as partes pouco suculentas.
Quando a planta possuir pequena quantidade de líquido, deve-se acrescentar um pouco de água e triturar novamente após uma hora de repouso, recolher então o líquido liberado. Como as anteriores, esta preparação também deve ser feita no momento do uso.

TINTURA: Maneira mais simples de conservar por longo período os princípios ativos de muitas plantas medicinais. Deixa m-se macerar 250 g da planta fresca picada em 500 ml de álcool a 80 ou 90% por um período variável entre 8 e 10 dias em local protegido da luz solar, a seguir espremer e filtrar o composto obtido. No caso de ervas secas, utiliza-se 250 a 300 g de ervas para um litro de álcool a 70% (7 partes de álcool e 3 de
água). Quando possível utilize o álcool de cereais. Conserve sempre ao abrigo da luz em frasco tampado.
Usa-se na forma de gotas dissolvidas em água para uso interno, ou em pomadas, unguentos e fricções em uso externo. Os príncipios ativos presentes nas tinturas alcançam rapidamente a circulação sanguínea.

UNGÜENTO E POMADA: A pomada pode ser preparada com o sumo da erva ou chá mais concentrado misturado com a banha animal, gordura de coco ou vaselina na forma líquida. Pode-se ainda aquecer as ervas na gordura depois coar e guardar em frascos tampados e, ainda, pode ser adicionada a tintura à vaselina. Pode-se adicionar um pouco de cera de abelha nas preparações a quente da pomada. As pomadas permanecem mais tempo sobre a pele, devem ficar usadas a frio e renovadas 2 a 3 vezes ao dia.

VINHO MEDICINAL: Usar vinho branco, tinto ou licoroso com graduação alcoólica de aproximadamente 11 GL. Usar 5g de ou mais ervas (ou a dosagem indicada) para cada 100 ml de vinho. Macerar bem, tampar e deixar em local escuro, ao abrigo da luz por um período de 10 a 15 dias. Filtra-se o preparado. Toma-se uma colher antes ou depois das refeições, ou conforme indicações, segundo os efeitos desejados.

XAROPE: Os xaropes são utilizados normalmente nos casos de tosses, dores de garganta e bronquite. Na sua preparação, faz-se inicialmente uma calda com açúcar cristal rapadura, na proporção de 1.5 a 2 partes para cada 1 parte de água, em voluma, por exemplo, 1.5 a 2 xícara de açúcar ou repadura ralada. A mistura é levada ao fogo e, em poucos minutos há completa dissolução e a calda estará pronta, com maior ou menor consistência, conforme desejado, então são adicionadas as plantas preferencialmente frescas e picadas, coloca-se em fogo baixo e mexe -se por 3 a 5 minutos, findos os quais o xarope é coado e guardado em frasco de vidro. Se for desejada a adição de mel ou em substituição ao açúcar, não se deve aquecer, neste caso adiciona-se apenas o suco da planta ou a decocção ou infusão frios. O xarope pode ser preparado com tinturas, neste caso adiciona-se 1 parte de tintura para 3 partes da mesma calda com açúcar ou rapadura. As decocções podem ainda servir de base para o xarope, neste caso adiciona-se o açúcar diretamente nas mesmas, podendo submeter a leve aquecimento para facilitar a dissolução do açúcar. A quantidade de plantas a ser adicionada em cada xarope é variável segundo a espécie vegetal. O xarope pode ser guardado por até 15 dias na geladeira, mas se forem observados sinais de fermentação, ele deve ser descartado, no caso dos xaropes preparados com tinturas, o período de conservação tende a ser maior. O uso de gotas de tintura de própolis no xarope serve como conservante, além de auxílio terapêutico. Obviamente, os xaropes, devido à grande quantidade de açúcar, não devem ser usados por diabéticos.
De um modo em geral, o horário em que se toma os preparados fitoterápicos é muito importante para a cura ou efeitos desejados. Assim tem-se as seguintes regras gerais:
. desjejum ou café da manhã - toma -se os laxativos, depurativos, diuréticos e vermífugos (meia hora antes) ;
. duas horas antes e depois das refeições principais - toma-se as preparações antireumáticas,
hepatoprotetoras, neurotônicas, contra a febre e tosse;
. meia hora antes das refeições principais - preparações tônicas e antiácidas;
. depois das refeições principais - todas as preparações digestivas e contra gases;
. antes de deitar - todosa os preparados protetores do fígado e laxativos.
As dosagens dos remédios caseiros são variáveis de acordo com a idade, na ausência de recomendações específicas para os chás, utilize as indicadas a seguir:

1. Menor de 1 ano de idade: 1 colher de café do preparado 3 vezes ao dia
2. De 1 a 2 anos: 1/2 xíc. de chá 2 vezes ao dia
3. De 2 a 5 anos: 1/2 xíc. de chá 3 vezes ao dia
4. De 5 a 10 anos: 1/2 xíc. de chá 4 vezes ao dia
5. De 10 a 15 anos: 1 xíc. de chá 3 vezes ao dia
6. Adultos: 1 xíc. de chá 3 a 4 vezes ao dia

Outra recomendação se refere à redução proporcional das doses para crianças de acordo com a
idade, assim se recomenda uma sexta, uma terça ou meia parte da dose preconizada para adultos.
Para facilitar as preparações na Tabela II estão as unidades domésticas de volume e respectivos pesos:

TABELA II - Unidade de volume com pesagens

UNIDADES DE VOLUME PESO - g
1 colher de chá de raízes secas 04
1 colher de chá de folhas frescas 02
1 colher de chá de raízes ou cascas secas 20
1 colher de sopa de folhas secas 02
1 colher de sopa de folhas frescas 05



PREPARO DE DECOCÇÃO NA FITOTERAPIA 



fitoterápicos




sábado, 19 de dezembro de 2015

Plantas Importantes na Fitoterapia



ALECRIM (Rosmarinus officinalis L.)

Indicações: estimulante digestivo e para falta de apetite (inapetência), contra azia, para problemas respiratórios e debilidade cardíaca (cardiotônico), contra cansaço físico e mental, combate hemorroidas, antiespasmódico (uso interno) e cicatrizante (uso externo).
Parte usada: folhas
Preparo e dosagem:
- xarope - para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas (para problemas respiratórios).
- infusão - 1 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xíc. de chá a cada 6
horas.
- tintura - 10 xíc. de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco d'água (para a maioria das indicações, inclusive hemorroidas).
- pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.
Outros usos: Usam-se ramos em armários para afugentar insetos.
Toxicologia: em altas d oses pode ser tóxico e abortivo.

ALECRIM-PIMENTA (Lippia sidoides)

Indicações: para impinges, acne, pano-branco, aftas, escabiose, caspa, maus odores dos pés,
axilas, sarna-infecciosa, pé-de-atleta, para inflamações da boca e garganta, como antiespasmó dico e estomáquico. Seus constituintes químicos lhe conferem forte ação antisséptica contra fungos e bactérias.
Parte usada: folhas secas ou frescas.
Preparo e dosagem:
- infusão - 1 colher de chá de folhas picadas para cada xíc. de água, tomar 2 a 3 xíc. por dia.
Preparo e dosagem:
- tintura - 200 a 300 g de folhas frescas com 1/2 l de álcool e 250 ml de água.Usar como loção em
lavagens e compressas. Para gargarejos e bochechos usar a tintura diluída em duas partes de água.

ALHO (Allium sativum L.)

Indicações: contra hipertensão, picadas de inseto, diurético, expectorante, antigripal, febrífugo,
desinfetante, anti-inflamatório, antibiótico, antisséptico, vermífugo (lombriga, solitária e ameba), para arteriosclerose e contra ácido úrico.
Parte usada: dentes (bulbilhos)
Preparo e dosagem:
- maceração - esmagar um ou dois dentes de alho dentro de um copo com água. Tomar um copo
três vezes ao dia (para gripe, resfriado, tosse e rouquidão).
- tintura - moer uma xíc. (cafezinho) de alho dentro de um recipiente contendo 5 xíc. de álcool 92o
GL, deixar em maceração por 10 dias, coar. Tomar 10 gotas em meio copo de água três vezes ao dia, para problemas do aparelho respiratório (gripes, etc.). Para hipertensão utilizar uma colher de chá da tintura em meio copo de água três vezes ao dia ou comer dois dentes de alho pela manhã.
- vermífugo - comer três dentes de alho pela manhã em jejum durante sete dias.
- dores de ouvido - amassar um dente de alho em uma colher de sobremesa de azeite morno. Pingar três gotas no ouvido e tampar com algodão.
- arteriosclerose - comer na alimentação 3 dentes de alho cru picado, 3 vezes por semana, durante 3 meses.
Toxicologia: contra indicado para pessoas com problemas estomacais e de úlceras, inconveniente para recém nascidos e mães em amamentação, e ainda em pessoas com dermatites. Em doses muito elevada, pode provocar dor de cabeça, de estômago, dos rins e até tonturas.

ARTEMÍSIA (Chrysanthemum parthenium Bern.)

Indicações: antileucorreico, emenagogo, antiespasmódico, febrífugo, para dores de cabeça,
enxaquecas, artrites, diarreia, pertubações gástricas e insônia.
Parte usada: folhas e flores.
Preparo e dosagem:
- infusão - 2 a 3 folhas e 3 a 4 flores em 1 xíc. de chá com água, tomar 1 xíc. por dia. Outros usos:
planta ornamental, repelente de insetos.
Toxicologia: Não deve ser utilizado durante a gravidez, pois exerce forte ação sobre o útero, podendo causar aborto.

BABOSA (Aloe sp.)

Indicações: o suco das folhas é emoliente e resolutivo, quando usadas topicamente sobre
inflamações, queimaduras, eczemas, erisipelas, queda de cabelo, etc. A polpa é antioftálmica, vulnerária e vermífuga (uso interno). A folha despida de cutícula é um supositório calmamente nas retites hemorroidais.
É ainda utilizada externamente nas entorses, contusões e dores reumáticas.
Parte usada: folhas, polpa e seiva.
Preparo e dosagem:
- suco - uso interno do suco fresco, como anti-helmíntico.
- cataplasma - aplicar sobre queimaduras 3 vezes ao dia.
- supositório - em retites hemorroidais.
- resina - é a mucilagem após a secagem. Prepara-se deixando as folhas penduradas com a base
cortada para baixo por 1 ou 2 dias, esse sumo é seco ao fogo ou ao sol,quando bem seco, pode ser transformado em pó dissolvido em água com açúcar, como laxante.
- tintura - usam-se 50 g de folhas descascadas, trituradas com 250 ml de álcool e 250 ml de água, a tintura é coada em seguida. Deve ser utilizada sob a forma de compressas e massagens nas contusões, entorces e dores reumáticas.
Toxicologia: não deve ser ingerida por mulheres durante a menstruação ou gravidez. Também deve ser evitada nos estados hemorroidários. Não usar internamente em crianças.

BOLDO (Vernonia condensata Beker)

Indicações: aperiente, colagogo, colerético, desintoxicante do fígado, diurético e antidiaforético.
Usado popularmente para a ressaca alcoólica.
Parte usada: folhas.
Preparo e dosagem:
- infusão - 5 folhas por litro d'água, tomar pela manhã (para o fígado) ou após as refeições (contra diarreia).
- tintura - (aperiente) colocar 1 colher de folhas picadas para 1 xíc. de álcool neutro 70o GL, deixar macerar por 3 dias, tomar 1 colher dissolvida em água antes das refeições.
- maceração - 5 folhas em um copo d'água, tomar 2 a 3 vezes ao dia (ressaca alcoólica), recomendase tomar antes e após ingestão de bebidas alcoólicas.
Toxicologia: outras espécies do gênero Vernonia não apresentam nenhum efeito tóxico, exceto um glicosídeo cardiotônico encontrado nas raízes de uma das espécies na África. Não se aconselha o uso prolongado da planta.

CALÊNDULA (Calendula officinalis)

Indicações: cicatrizante e antisséptico (uso externo). Sudorífico, analgésico, colagogo,
antinflamatório, antiviral, antiemético, vasodilatador e tonificante da pele (contra acne).
Parte usada: flores e folhas.
Preparo e dosagem:
- pomada e tintura (uso externo) - feitos com folhas e flores, usar sobre as partes afetadas 3 a 4
vezes por dia. A tintura, diluída com água destilada ou fervida, pode ser aplicada diretamente em ferimentos diversos, exercendo excelente ação cicatrizante, utiliza-se 1 a 2 partes de água para 1 de tintura.
- infusão - 2 colheres de sopa de flores em 1/2 l d'água (emanagogo) ou 2 colheres de sopa de flores em 1 xíc. de chá de água (contra acne). No primeiro caso toma-se 1 xíc. de chá antes de cada refeição principal, começando 8 dias antes da menstruação e no segundo caso toma-se1/2 xíc. de chá de manhã e 1/2 xíc. à noite.
- cataplasma - folhas e flores tenras, socadas e empastadas, são aplicadas sobre ferimentos, sobre um pano limpo.

CAPIM-SANTO (Cymbopogon citratus)

Indicações: bactericida, antiespasmódico, calmante, analgésico suave, carminativo, estomáquico, diurético, sudorífico, hipotensor, anti-reumático. Mais utilizado em diarréias, dores estomacais e problemas renais.
Parte usada: folhas
Preparo e dosagem:
- infusão - 4 xíc. de cafezinho de folhas picadas em 1 litro d'água, tomar 1 xíc. 2 a 3 vezes ao dias.
Toxicologia: pode ser abortivo em doses concentradas.

CONFREI (Symphitum sp. L.)

Indicações: hemostático, antinflamatório, cicatrizante. Utilizando para favorecer o crescimento de tecidos novos em ulcerações, feridas e cortes, fraturas e afecções ósseas (onde age como indutor da produção calcárea).
Parte usada: rizoma, raízes e folhas.
Preparo e dosagem:
- cataplasma e banhos locais - várias vezes ao dia .
- emplasto - esmagar folhas em água morna e colocar diretamente sobre ferimentos (cicatrizantes), lavar e repetir 2 vezes ao dia. No caso de contusões e inchaços colocar o emplasto dentro de um pano antes de aplicar.
- tintura - 1 parte de sumo das folhas em 5 partes de álcool, preparar pomadas e ungüentos.
Outros usos: foi muito utilizada como forrageira, pelo alto teor de proteína e excelente produção de massa verde.
Existem referências que tratam da presença de alcalóides cancerígenos no confrei, principalmente em folhas jovens. O uso externo sobre feridas pode promover rápida cicatrização externa, sendo que o processo inflamatório pode continuar internamente. A absorção dérmica, das substâncias tóxicas, parece não ser significativa.

ERVA-CIDREIRA-DE-ARBUSTO (Lippia alba (Mill) N. E. Brown)

Indicações: antiespasmódico, estomáquico, carminativo, calmante, digestivo e combate a insônia e asma.
Parte usada: folhas.
Preparo e dosagem:
- infusão - 1 colher de sopa de folhas frescas para cada ½ litro d'água, tomar 4 a 6 xíc. de chá ao dia.
Outros usos: planta melífera.
Toxicologia: popularmente não se recomenda o uso por hipotensos (pressão baixa).

ERVA-DE-SANTA-MARIA (Chenopodium ambrosioides L.)

Indicações: estomáquico, diurético, vermífugo, sudorífico, para angina e infecções pulmonares.
Cicatrizante e para contusões (uso externo).
Parte usada: folhas e flores.
Preparo e dosagem:
- infusão - 1 xíc. de cafezinho de planta fresca com sementes em 1/2 litro d'água, tomar 1 xíc. de chá de 6 em 6 horas (vermífugo, estomáquico).
- sumo - 2 a 4 colheres de sopa do sumo das folhas para 1 xíc. de chá de leite, uma vez ao dia, as
crianças maiores de 2 anos, devem tomar a metade da dose (peitoral).
- sumo - 1 copo da planta picada com sementes para 2 copos de leite, bater no liquidificador, tomar 1 copo de suco 1 vez ao dia por 3 dias seguidos (vermífugo).
- cataplasma - colocar 1 xíc. de cafezinho de vinagre, 1 colher de sopa de sal, amassar a planta na mistura até obter uma papa, colocar sobre o local afetado e enfaixar (contusões).
- geléia - pegar 4 bananas nanicas maduras com casca , picar 1 copo de folhas de erva-de-santamaria com sementes, meio copo de hortelã, 1 copo e meio de açúcar. Triturar bem as plantas em um pilão, pode-se adicionar um pouco de água, em seguida juntar a banana e o açúcar, amassar bem. Levar ao fogo até dar o ponto de geléia, o que ocorre em poucos minutos. Dar 1 colher de chá duas vezes por dia, pura ou passar na bolacha, pão, etc. (vermífugo).
Outro usos: elimina e repele pulgas e percevejos - colocar os ramos debaixo dos colchões e varrer a casa utilizando-os como vassoura.
Toxicologia: deve ser administrada com cautela. É contra indicado para gestantes e para crianças menores de 2 anos de idade. Usar sob orientação de profissional da área.

FALSO BOLDO (Coleus barbatus)*

Indicações: tônico, digestivo, hipossecretor gástrico (para azia e dispepsia), carminativo, para
afecções do fígado e para ressaca alcoólica.
Parte usada: folhas frescas.
Preparo e dosagem:
- sumo - amassar duas folhas em 1 copo e completar com água, tomar 2 a 3 vezes ao dia.
- tintura - 20 g de planta fresca em 100 ml de álcool, tomar 20 a 40 gotas no momento do incômodo, ou até 3 vezes ao dia.
Toxicologia: em doses elevadas pode causar irritação gástrica.

FOLHA-DA-FORTUNA (Bryophylum pinnatum Kurtz)

Indicações: emoliente (para furúnculos), cicatrizantes (queimaduras) e antinflamatório local (uso externo). Refrescante intestinal, para coqueluche e demais infecções das vias respiratórias, usada também para úlceras e gastrites (uso interno).
Parte usada: folhas.
Preparo e dosagem:
- cataplasma - aquecer a folha e colocar sobre o local afetado (furúnculos), em queimaduras** ou outros ferimentos fazer uma pasta com a folha e colocar sobre a região machucada (cicatrizante).
- suco - bater no liquidificador 1 folha com 1 xíc. de água, tomar 2 vezes ao dia, entre as refeições
(úlceras e gastrites).

FUNCHO (Foeniculum vulgare Mill).

Indicações: carminativo, galactagogo, digestivo, diurético, tônico geral e antiespasmódico (cólicas de crianças).
Parte usada: folhas, frutos e raízes.
Preparo e dosagem:
- infusão - 1 xíc. de cafezinho de frutos secos em ½ l d'água. Para gases (carminativo) tomar 1 xíc. de chá a cada 6 horas. Para estimular a secreção de leite materno (galactogogo) ingerir 1 xíc. de chá a cada 4 horas. Como digestivo começar a tomar 2 horas antes das refeições 1 xíc. de chá a cada meia hora.
- vinho medicinal - (tônico) macerar por dez dias, 30 g de sementes em 1 litro de vinho, coar, tomar 1 cálice antes de dormir.
- decocção - ferver por 5 min. 1 colher de sementes em 100 ml d'água, dar à criança no intervalo das mamadas (cólicas).
Outros usos: o óleo essencial é utilizado na fabricação de licores e perfumes. As sementes são utilizadas na confeitaria como aromatizante de pães, bolos e biscoitos.
Toxicologia: O uso de mais de 20 g/l dessa erva pode ser convulsivante.

* O falso-boldo só recebe este nome para diferenciar de outro boldo (Vernonia condensata), citado nesta apostila, também é conhecido por sete-dores ou simplesmente boldo.
** Só se deve recorrer exclusivamente ao tratamento com plantas, nas queimaduras de 1º grau ou outras de pequena extensão.

GENGIBRE (Zingiber officinalis)

Indicações: estimulante gastrintestinal, aperiente, combate os gases intestinais (carminativo),
vômitos, rouquidão; tônico e expectorante. Externamente é revulsivo, utilizado em traumatismos e reumatismos.
Parte usada: rizoma ("raiz").
Preparo e dosagem:
- pulverizar o rizoma e ingerir contra vômitos.
- decocção - preparar com 1 colher (chá) de raiz triturada em 1 xíc. de chá de água, tomar 4 xíc. de chá ao dia.
- cataplasmas - preparar com gengibre bem moído ou ralado e amassado num pano, e deixar no local (para reumatismos e traumatismos na coluna vertebral e articulações).
- rizoma fresco - mascar um pedaço (rouquidão).
- tintura - 100 g do rizoma moído em 0,5 l de álcool, fazer fricções para reumatismos.
- xarope - pode ser ralado e adicionado a xaropes, juntamente com outras plantas.
Toxicologia: o uso externo deve ser acompanhado, para evitar possíveis queimaduras.

GOIABEIRA-VERMELHA (Psidium guajava)

Indicações: antisséptico bucal e intestinal, inibe microorganismos como Salmonella, Serrata e
Staphylococcus. Para diarréias (principalmente de origem bacteriana) e inflamações da boca e garganta.
Parte usada: folhas novas, brotos ou "olhos"(até a 6ª folha tenra, a partir do ápice). Folhas velhas não têm atividade antisséptica.
Preparo e dosagem:
- infusão - são utilizados 4 brotos para uma xícara de água fervente, tomar 1 xíc. a cada 2 a 4 horas, ou de hora em hora nos casos mais severos (para diarréias). Este chá pode ser utilizado para preparar o soro caseiro, basta adicionar sal e açúcar nas quantidades recomendadas, que deve ser fornecido para crianças com diarréia (antidiarréico e reidratante). Em gargarejos e bochechos, a infusão atua nas inflamações da boca e garganta.

GUACO (Mikania glomerata Spreng.)

Indicações: tem efeito broncodilatador, comprovado. É um antisséptico das vias respiratórias,
expectorante, antiasmático, febrífugo, sudorífico, anti-reumático e cicatrizante.
Parte usada: folhas ou planta florida.
Preparo e dosagem:
- infusão - 2 xíc. de cafezinho de folhas frescas em ½ l d'água 1 xíc. de chá 4 vezes ao dia
(reumatismo e problemas das vias respiratórias).
- xarope - fazer a decocção com 15-20 folhas de guaco em 100 ml de água, adicionar folhas de poejo ou assa-peixe e gengibre ralado ( 1 colher de chá), cobrir e deixar esfriar, juntar 150 a 200 g de açúcar ou rapadura e dissolver. Tomar 1 a 2 colheres de sopa 2 a 3 vezes ao dia, para crianças fornecer a metade da dose (crises de tosse).
Outros usos: é utilizada contra picada de cobras e insetos.
Toxicologia: pode causar vômitos e diarréia quando usado em excesso.

HORTELÃ-COMUM (Mentha X villosa)

Indicações: digestivo, estimulante e tônico geral, carminativo, antiespasmódico, estomáquico,
expectorante, antisséptico, colerético e colagogo, vermífugo (giardia/ameba e lombrigas).
Parte usada: folhas frescas ou secas.
Preparo e dosagem:
- bala - tomar 800 g de açúcar, ¼ litros de água filtrada e o sumo da hortelã. Coloque a água e o
açúcar para ferver até atingir o ponto de bala. Adicione o sumo e a bala está pronta (vermífugo e expectornte).
- infusão - 5 ou 10 g de folhas picadas, secas ou frescas respectivamente, em 1 l d'água, tomar 1 xí c. de chá 3 vezes ao dia (uso interno, exceto como vermífugo).
- folhas frescas - ingerir 10 a 16 folhas por dia, em 3 doses junto às refeições, por 5 a 10 dias
(vermífugo).
- pó - triturar folhas secas e peneirar, misturar uma colher de café do pó com mel, e tomar 3 vezes ao dia, por 7 dias. Para crianças utiliza -se a metade da dose (vermífugo).
- vermífugo com alho - amassar 3 a 4 folhas frescas com um dente de alho, colocar numa xícara,
acrescentar água fervente, tampar e deixar esfriar, coar e servir a uma criança 1 vez por dia, 1/2 hora antes do café da manhã, durante 5 dias.
Toxicologia: pode causar insônia, se tomado antes de dormir, ou em uso prolongado.

MACAÉ (Leonurus sibiricus)

Indicações: estomáquico, febrífugo, anti-reumático, eupépico, contra vômitos e gastrinterite. As
flores são usadas para bronquite e coqueluche.
Parte usada: folhas e flores.
Preparo e dosagem:
- infusão - 20 g de folhas ou flores secas em ½ litro d'água, tomar 3 vezes ao dia.
- uso externo - friccionar as folhas sobre as partes afetadas (anti-reumático).
- xarope - colocar um punhado das folhas e flores picadas em 1 xíc. de cafezinho de água fervente, abafar, coar, adicionar 2 xíc. (café) de açúcar, homogeneizar. Para adultos fornecer uma colher (sopa), 3 vezes por dia, crianças devem tomar uma colher de chá 3 vezes ao dia.
- tintura - misturar duas xíc. (café) de álcool de cereais e 1 xíc. (café) de água com um punhado da erva picada, deixar em maceração por 7 dias, agitar sempre, coar, armazenar em vidro escuro. Tomar 1 colher (chá) diluída em água. Pode ser aplicada em articulações inflamadas.
Outros usos: insetífugo

MARACUJÁ (Passiflora edulis)

Indicações: é utillizada contra inquietações nervosa, irritação frequente e contra insônia.
Parte usada: folhas.
Preparo e dosagem:
- infusão - na dose de 4 a 6 xíc. de chá, toma-se 1 a 2 xícaras à noite.

MESTRATO (Ageratum conyzoides L.)

Indicações: anti-reumática (uso externo), antidiarrético, febrífuga, antinflamatória, carminativa, emanagogo, tônica, útil contra resfriados e para cólicas menstruais.
Parte usada: toda a planta.
Preparo e dosagem:
- infusão - (cólicas menstruais) 1 xíc. de cafezinho da planta seca picada em 1/2 l de água, tomar 1 xíc. de chá de 4 em 4 horas.
- tintura - 1 xíc. de cafezinho da planta fresca para 5 xíc. de álcool, tomar 10 gotas em água 2 vezes ao dia (cólicas) ou aplicar em massagens locais (reumatismo/artrose).
- pó - colocar 1 colher das de café do pó em água ou suco de frutas para cada dose a ser tomada,
tomar 3 a 4 vezes ao dia (artrose).
- decocção (uso externo) - cozinhar a planta inteira e despejar o chá morno numa vasilha, colocar os pés ou mãos dentro durante 20 minutos, 2 vezes ao dia. Ou usá-lo sob a forma de compressas, 2 vezes ao dia (reumatismo e artrose).
Outros usos: apresenta atividade contra insetos hemípteros (precocenos).
Toxicologia: sem efeitos tóxicos nos estudos realizados.

MIL-FOLHAS (Achilea millefolium L.)

Indicacões: antiespasmódico, estomáquico e expectorante. Contra distúrbio digestivos (dispepsia) e úlceras internas, varises, cólicas menstruais, amenorréia, celulite e hemorróidas. Cicatrizante, antinflamatório e anti-reumático (uso externo).
Parte usada: folhas e inflorescências.
Preparo e dosagem
- infusão - 1 a 2 colheres de sopa da planta seca em 1 xíc. de água, tomar 1 a 2 xíc., de chá ao dia
(uso interno).
- decocção - uso externo para lavar feridas, ulcerações e hemorróidas, sob a forma de compressas.
- sumo - preparado com a planta fresca previamente lavada, colocado sobre ferimentos e
ulcerações.
Toxicologia: existem referências que tratam de sua possível ação tóxica nos animais domésticos.

PATA -DE-VACA (Bauhinia fortificata Link.)

Indicações:hipogliceminante (antidiabético), purgativo e diurético. Para problemas do aparelho
urinário.
Parte usada:folhas, flores e raízese/ou cascas do tronco.
Preparo e dosagem:
- infusão - 2 xíc. de cafezinho da folha picada em 1/2 l de água ou 1 folha picada por xíc. de chá,
tomar 4 a 6 xíc. de chá ao dia (diabetes*).
- infusão - flores (purgativo).
- pó -feito com cascas e folhas secas. Usar na forma de decocção, com uma colher se sopa em 150 ml de água (1 xíc.). Tomar 1/2 a 1 xíc. de chá ao dia.
Toxicologia: sem referências.

* Não interromper a dieta específica para diabetes.

POEJO (Mentha pulleglum)

Indicações: carminativo, digestivo, vermífugo,expectorante, antisséptico, antiespasmódico,
emenagogo e para hidropsia.
Parte usada: toda a planta.
Preparo e dosagem:
- infusão - 20 g de planta fresca em 1 l de água, ou 4 a 5 g por xíc. de chá, ou, ainda, 1 a 2 g da planta seca por xíc. de chá, tomar 1 a 2 xíc. por dia. O infuso se tomado 10 min. antes das refeições, juntamente com o suco de ½ limão, estimula as funções gástricas.
Outros usos: serve para afugentas pulgas e mosquitos.
Toxicologia: a pulegona é citada por possuir efeito tóxico em altas doses. Devido à presença do borneol, não se recomenda o uso de planta por grávidas, especialmente nos 3 primeiros meses.

QUEBRA-PEDRA (Phyllanthus niruri L.)

Indicações: diurética, fortificante do estômago, aperiente, para cistite, anti-infeccioso das vias
urinárias, para hipertensão arterial(diurético). A ação analgésica e relaxante muscular de seus alcalóides, ajuda na expulsão dos cálculos renais, por atuar no relaxamento dos uréteres.
Parte usada: toda a planta.
Preparo e dosagem:
- infusão - 1 xícara de cafezinho da planta fresca picada em 1/2 l d'água, tomar 1 xíc. de chá 6 vezes ao dia (uso geral).
- decocção - 2 plantas inteiras em 1/2 litro d'água, tomar várias vezes ao dia, suspender por duas semanas o uso, do decocto após 10 dias de uso contínuo (relaxamento dos uréteres).
Toxicologia: abortiva e purgativa em dosagens acima das normais.

TANCHAGEM (Plantago sp.)

Indicações: expectorante, antidiarréico (folha), cicatrizante, adistrigente, emoliente e depurativo.
Usada no tratamento da inflamações bucofaringeanas, dérmicas, gastrintestinais e das vias urinárias. As sementes são laxativas.
Parte usada: toda a planta.
Preparo e dosagem:
- infusão - 1 xíc. de cafezinho de folhas frescas picadas em 1/2 l d'água, tomar 1 xíc. de chá a cada 6 horas para infecções bucofaringeanas e 1 xíc. a cada 8 horas para problemas gastrintestinais.
- gargarejo - acrescentar à infusão 1 colher de sopa de sal comum, gargarejar 3 vezes ao dia.
- infusão - utilizar 1 colher (sopa) de sementes em 1 copo de água fervente. Deixar uma noite em
maceração. No dias seguinte, em jejum, tomar o copo (laxante suave).
- cataplasma - colocar as folhas frescas amassadas sobre feridas, para favorecer a cicatrização.
Toxicologia: sem referências bibliográficas.



terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Colheita e Processamento de Plantas Medicinais



DETERMINAÇÃO DO PONTO DE COLHEITA

O primeiro aspecto a ser observado na produção de plantas medicinais de qualidade, além da
condução das plantas, é sem dúvida a colheita no momento certo. As espécies medicinais, no que se refere à produção de substâncias com atividade terapêutica, apresentam alta variabilidade no tempo e espaço. O ponto de colheita varia segundo órgão da planta, estádio de desenvolvimento, época do ano e hora do dia.
A distribuição das substâncias ativas, numa planta, pode ser bastante irregular, assim, alguns
grupos de substâncias localizam-se preferencialmente em órgãos específicos do vegetal. Os flavonóides, de uma maneira geral, estão mais concentrados na part e aéreas da planta, em camomila (Chamomila recutita) o camazuleno e outras substâncias estão mais concentradas nas flores. Vê-se, portanto, a necessidade de conhecimento da parte que deve ser colhida para que se possa estabelecer o ponto ideal.
O estádio de desenvolvimento também é muito importante para que se determine o ponto de colheita, principalmente em plantas perenes e anuais de ciclo longo, onde a máxima concentração é atingida a partir de certa idade e/ou fase de desenvolvimento. Por exemplo, o jaborandi (Pilocarpus microphyllus) apresenta baixo teor de pilocarpina (alcalóide) quando jovem. O alecrim (Rosmarinus officinalis) apresenta maior teor de óleos essenciais após a floração, sendo uma das exceções dentre as plantas medicinais de um modo geral.
Há uma grande variação na concentração de princípios ativos durante o dia: os alcaloides e óleos essenciais concentram-se mais pela manhã, os glicosídeos à tarde. As raízes devem ser colhidas logo pela manhã. Também a época do ano parece exercer algum efeito nos teores de princípios ativos, assim a colheita de raízes no começo do inverno ou no início da primavera (antes da brotação), são citados como melhores épocas.
As cascas são colhidas quando planta está completamente desenvolvida, ao fim da vida anual ou
antes da floração (nas perenes), nos arbustos as cascas são separadas no outono e, nas árvores, na primavera.


Recomendações Gerais de Colheita

PARTE COLHIDA                 PONTO DE COLHEITA
Talos e folhas                          Antes do florescimento
Flores                                       No início da floração
Frutos e sementes                   Quando maduros
Raízes                                      Quando a planta estiver adulta
Casca e entrecasca                 Quando a planta estiver florida

OPERAÇÃO DE COLHEITA

Uma vez determinado o momento correto, deve-se fazer a colheita com tempo seco, de preferência, e sem água sobre as partes, como orvalho ou água nas folhas. Assim a melhor hora da colheita é pela manhã, logo que secar o orvalho das plantas. O material colhido é colocado em cestos e caixas; deve-se ter o cuidado de não amontoá-los ou amassá-los, para não acelerar a degradação e perda de qualidade.
Deve-se evitar a colheita de plantas doentes, com manchas, fora do padrão, com terra, poeira,órgãos deformados, etc. Durante o processo de colheita é importante evitar a incidência direta de raios solares sobre as partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por algum tempo ao sol.
Um ponto mais importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no
momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de secagem, etc. Imediatamente após a colheita o material deve ser encaminhado para a secagem.
No caso de sementes recomenda-se esperar até o completo amadurecimento, no caso de frutos
deiscentes (cujas sementes caem após o amadurecimento), a colheita deve ser antecipada.
Os frutos carnosos com finalidade medicinal são coletados completamente maduros. Os frutos
secos, como os aquênios, podem cair após a secagem na planta, por isso recomenda-se antecipar a colheita, como ocorre com o funcho (Foeniculum vulgare).
Deve-se salientar que a colheita das plantas em determinado ponto tem o intuito de obter o máximo teor de princípio ativo, no entanto, na maioria das vezes, nada impede que as plantas sejam colhidas antes ou depois do ponto de colheita para uso imediato. O maior problema da época de colheita inadequada é a redução do valor terapêutico e/ou predominância de princípios tóxicos, como no confrei (Symphitum ssp.).
Existem alguns aspectos práticos que deveremos levar em consideração, no processo de colheita
de algumas espécies. Na melissa cortamos seus ramos e não somente colhemos suas folhas, desta forma conseguimos uma produção em torno de 3 t/ha de matéria seca, em cortes, que são efetuados no verão e outono.
No poejo, temos que ser cuidadosos, pois é uma erva rasteira. Com essa característica, poderá
trazer-nos prejuízos pela contaminação do material, que sendo colhido muito próximo do solo, terá muitas impurezas. Produz aproximadamente 2 t/ha de matéria seca em três cortes anuais.
No boldo (Necroton) devemos colher somente as folhas, com bom estádio de desenvolvimento.
Desidratadas produzem cerca de 2,5 t/ha.
Na carqueja devemos cortar totalmente sua parte herbácea, respeitando dois nós acima da
superfície do solo. Esse procedimento favorecerá posteriormente a rebrota das plantas. Produz cerca de 2 t/ha de planta seca, em duas a três colheitas por ano. O ponto ideal é no início da floração.
No capim limão fazemos também o corte total, e procedemos como a colheita da carqueja. Devemos
eliminar as folhas doentes, com manchas ou secas, que são inadequadas para o beneficiamento. Produz cerca de 3 t/ha de matéria seca em dois cortes por ano.
No quebra-pedra, colhermos a planta inteira. Suas raízes, podem ser lavadas em água limpa.Produz
cerca de 3 t/ha de matéria seca em duas safras anuais.
Na camomila colhemos as flores em várias passadas. Devem apresentar seus capítulos florais
completos. Sua produção varia em torno de 600 a 800 kg/ha de flores secas, em uma única safra.

PROCESSAMENTO PÓS-COLHEITA

Normalmente após a colheita das plantas pode-se fazer o uso direto do material fresco, extrair
substâncias ativas e aromáticas do material fresco ou a secagem para comercialização "in natura", a qual requer mais atenção, por permitir a conservação e possibilitar a utilização das plantas a qualquer tempo e não somente quando atingirem o ponto de colheita.

SECAGEM

O consumo de plantas medicinais frescas garante ação mais eficaz dos princípios curativos,
entretanto, nem sempre se dispõe de plantas frescas para uso imediato, e a secagem possibilita conservação quando bem conduzida. No beneficiamento de plantas medicinais são utilizados vários processos.
Dependendo da espécie e da forma de comercialização, esses processos são utilizados
diferencialmente. Por exemplo, as mentas podem ter as folhas dessecadas ou o óleo essencial
comercializado, duas condições que exigem metodologias diferentes. A maioria das plantas medicinais é comercializada na forma dessecada tornando o processo de secagem fundamental para a qualidade final do produto. A redução do teor de água durante a secagem, impede a ação enzimática e consequente deterioração.
O órgão vegetal, seja folha, flor, raiz, casca, quando recém colhido se apresenta com elevado teor de umidade e substratos, o que concorre para um aumento na ação enzimática, que compreende diversas reações. Estas reações são reduzidas à medida que se retira água do órgão, pois a redução de umidade do meio é o melhor inibidor da ação enzimática. Daí a necessidade de iniciar a secagem imediatamente após a colheita.
A secagem reduz o peso da planta, em função da evaporação de água contida nas células e tecidos das plantas, promovendo o aumento percentual de princípios ativos em relação ao peso inicial da planta. Daí dever-se utilizar menor quantidade de plantas secas do que frescas. No entanto, esta percentagem varia com a idade da planta e condições de umidade do meio.
Durante o pro cesso de colheita é importante evitar a incidência direta de raios solares sobre as
partes colhidas, principalmente flores e folhas. As raízes podem permanecer por algum tempo ao sol.
Um ponto mais importante, para a qualidade, é a anotação dos dados referentes às condições no
momento da colheita, condução da lavoura, local, produtor, condições de secagem, etc. Imediatamente após a colheita o material deve ser encaminhado para a secagem.

CUIDADOS QUE ANTECEDEM A SECAGEM

Antes da secagem, deve-se adotar alguns procedimentos básicos para a boa qualidade dos produtos, independente do método de secagem a ser utilizado. Sendo eles:
*Não se deve lavar as plantas previamente antes da secagem, exceto no caso de raízes e rizomas
que devem ser lavados. Caso a parte aérea das plantas estejam muito sujas, usa-se água limpa para uma lavagem, efetua-se uma agitação branda dos ramos logo em seguida, para eliminar a maior parte da água sobre a superfície da planta. A lavagem da parte aérea deve ser rápida, para evitar a perda de princípios ativos.
*Deve-se separar as plantas de espécies diferentes.
*As plantas colhidas e transportadas ao local de secagem não devem receber raios solares.
*Antes de submeter as plantas à secagem, deve-se fazer a eliminação de impurezas (terra, pedras, outras plantas, etc) e partes da planta que estejam em condições indesejáveis (sujas, descoloridas ou manchadas, danificadas...).
*As plantas colhidas inteiras devem ter cada parte (folhas, flores, sementes, frutos e raízes)
colocadas para secar em separado, e conservadas depois em recipientes separados.
*Quando as raízes são volumosas, pode-se cortá-las em pedaços ou fatias para facilitar a secagem, como se faz em batata-de-purga (Operculina macrocarpa).
*Para secar as folhas, a melhor maneira é conservá-las com seus talos, pois isto preserva suas
qualidades, previne danos e facilita o manuseio. Folhas grandes devem ser secas separadas do caule. 

Nas folhas com nervura principal muito espessa, como alcachofra (Cynara scolymus), estas são removidas para facilitar a secagem.

MÉTODOS DE SECAGEM

A secagem pode ser conduzida em condições ambientes ou artificialmente com uso de estufas,
secadoras, etc. Dependendo do método utilizado e do órgão da planta a ser dessecado, têm-se uma necessidade de área útil do secador variável entre 10 e 20% da área colhida.

a) SECAGEM NATURAL

A secagem natural é um processo lento, que deve ser conduzido à sombra, em local ventilado,
protegido de poeira e do ataque de insetos e outros animais. Este processo é recomendado para regiões que tenham condições climáticas favoráveis, relacionadas principalmente a alta ventilação e temperatura, com baixa umidade relativa. É o mais usado a nível doméstico.
O secador de temperatura ambiente é o modelo mais econômico e dá bons resultados em climas
secos e quentes quando na época da colheita e secagem, isto porque só conta com a temperatura ambiente local. Constitui-se numa construção retangular com um telhado de duas águas, o que lhe dá a aparência de uma casa retangular. Dentro, deve conter estruturas de madeira ou metal, onde se apoiam as plantas em feixes ou em bandejas.
Deve-se espalhar o material a ser seco em camadas finas, permitindo assim a circulação de ar entre as partes vegetais, o que favorece a secagem mais uniforme. Em geral a espessura da camada de plantas na secagem é de 3 cm para folhas e 15 a 20 cm para flores e umidades floridas. Para isto podem ser utilizadas bandejas com moldura semelhantes. Deve-se evitar o revolvimento do material durante o processamento de secagem. Quando a secagem é muito lenta, pode-se fazer cuidadosa movimentação das plantas sobre as bandejas, evitando-se danos, principalmente se o material está muito úmido.
Outra maneira prática é dependurar as plantas em feixes pequenos amarrados com barbante. Os
feixes devem ficar afastados entre si. Este método não é adequado para plantas cujas folhas caem durante a secagem, como o manjericão.
As plantas secas nestas condições vão ter um teor de umidade em equilíbrio com a umidade relativa do ambiente. Se esta for baixa, tanto menor vai ser o teor de umidade ao final da secagem, o que melhora a conservação do material seco.

SECAGEM ARTIFICIAL

A secagem artificial consiste em manter sob ventilação a uma temperatura de 35 a 40º C. As
temperaturas acima de 45º C danificam os órgãos vegetais e seu próprio conteúdo, pois proporcionam uma "cocção" das plantas e não uma secagem, apesar de inativarem mais rapidamente as enzimas. Esta secagem origina um material de melhor qualidade por aumentar a rapidez do processo.
Para a secagem de plantas medicinais com fins de comercialização utilizam-se basicamente três
tipos de secadores: o secador de temperatura ambiente (já descrito anteriormente), o secador de temperatura e umidade controlada e os secadores especiais.
O "secador de temperatura e umidade controlada" é conhecido por "estufa" e tem o formato
semelhante ao anterior, diferindo por ser mais fechado e possuir uma pequena fornalha externa que é recomendada para locais de clima frio e chuvoso ou para dessecação de órgãos carnosos e/ou suculentos.
O uso de forno de microondas também é uma alternativa para secagem das plantas. As folhas mais
tenras e suculentas levam cerca de 3 minutos na secagem, e as ervas com folhas pequenas, mais secas, apenas 1 minuto. Por esse método preserva-se a cor e aroma das folhas.
Uma outra alternativa que vem sendo testada, nas instalações do Grupo Entre Folhas, é o secador onde se altera somente a umidade relativa do ar. Utiliza-se um aparelho que reduz a umidade relativa a níveis pré-estabelecidos, secando as plantas mais facilmente e em menor tempo. O aparelho elétrico, conhecido como desumificador, fica dentro de uma sala, vedada contra a entrada de ar úmido, luz e poeira. Dentro desta sala, ficam bandejas de madeira, com fundo em tela plástica branca, sobres as quais são colocadas as plantas colhidas. Este sistema é razoavelmente simples, pois envolve o uso de um só equipamento que permite a secagem rápida das plantas, quando a umidade relativa é fixada em 50 a 60%.

ARMAZENAMENTO E EMBALAGEM

O material está pronto para ser embalado e guardado quando começa a ficar levemente quebradiço.
O teor de umidade ideal após a secagem deve ser de 5 a 10% para folhas e flores, para cascas e raízes esta umidade varia entre 12 e 20%. O período de armazenagem deve ser o menor possível, para reduzir as perdas de princípios ativos. Preferencialmente o local deve ser escuro, arejado e seco, sem acesso de insetos, roedores ou poeira.
O acondicionamento do material vai depender do volume produzido e do tempo que se pretende armazená-lo. Na literatura são encontradas recomendações aplicáveis a condições de clima temperado, como o uso de tonéis de madeira não aromática, que conservam o produto por muito tempo. Serão necessários estudos para avaliar os diversos tipos de embalagens e o período de conservação máximo.
Pequenas quantidades de plantas podem ser colocadas em potes de vidro ou sacos de polietileno
ou polipropileno, que também parecem permitir boa conservação. O uso de sacos de juta tem sido utilizado a curto prazo. Em todos os casos não se recomenda colocar próximas as embalagens de espécies diferentes (principalmente as fortemente aromáticas) ou depositar diretamente sobre o piso (colocar sobre estrados próprios ou dependurar).
O material, antes de ser armazenado, deve ser inspecionado quanto à presença de insetos e fungos.
Durante o armazenamento deve-se repetir com frequência tais inspeções. No caso de ataque recomenda-se eliminar o material, não se aconselha o expurgo das instalações em presença das ervas, uma vez que não existe registro, para plantas medicinais, dos produtos normalmente utilizados nestas operações.