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ANUCIOS

sábado, 18 de novembro de 2017

Horticultura Orgânica: Cebola



A família botânica das Alliaceaes é composta por várias espécies com destaque para a cebola (Allium cepa) e o alho. É consumida por quase todos os povos, sendo a produção e comercialização distribuídas em todo o mundo. Além da importância sócio-econômica para Santa Catarina (maior produtor do país), a cebola é rica em quercetina, fitoquímico antioxidante, que melhora a circulação e regula a pressão sanguinea e o colesterol. Por ser consumida na forma de salada crua ou cozida ligeiramente e, principalmente como condimento, é essencial que seja produzida no sistema orgânico. A cebola é produzida no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, com colheita e comercialização peculiares em cada uma das regiões. Sendo normal o andamento das diversas safras, o país está abastecido durante todo o ano. Apesar disso, no período de setembro a novembro, abastecido pelo Nordeste do Brasil, o cultivo orgânico de cebola precoce no Litoral, é uma boa opção de renda para os produtores, além de acrescentar qualidade e agregar valor ao produto. A susceptibilidade às doenças e pragas tornam a cebola muito dependente de insumos (fertilizantes químicos e agrotóxicos) encarecendo o custo de produção e, o que é pior, contaminando o meio ambiente e causando sérios riscos à saúde do produtor e consumidor. Resultados de pesquisa obtidos pela Epagri, através da Estação Experimental de Urussanga, comprovaram a viabilidade técnica do cultivo orgânico de cebola e, o que é melhor, com ótima qualidade e com menor custo de produção.

Recomendações técnicas

.Escolha correta da área e análise do solo: deve-se evitar áreas encharcadas e, já cultivadas com outras espécies da mesma família (alho) nos últimos dois anos. A análise do solo deve ser realizada com antecedência para que o técnico possa fazer a recomendação adequada da correção da acidez e adubação.

.Cultivares e épocas de plantio: as cultivares plantadas em Santa Catarina podem ser agrupadas, de acordo com o ciclo, em precoces e médias. Ciclo precoce – são semeadas em abril/maio e transplantadas em junho/julho, dependendo do local e da altitude; são menos exigentes quanto ao comprimento do dia e não resistem ao armazenamento prolongado. As cultivares indicadas são: Epagri 363-Superprecoce, Empasc 352-Bola Precoce, Baia Periforme, Aurora, Régia, Primavera e Madrugada. Ciclo médio – são semeadas em maio/junho e transplantadas em agosto/setembro, dependendo do local e da altitude; formam bulbos e amadurecem em dias mais longos e resistem bem ao armazenamento. As cultivares indicadas são: Empasc 355-Juporanga e Epagri 362-Crioula Alto Vale. Os plantios antecipados ou tardios proporcionam produção de bulbos florescidos ou pequenos, respectivamente, determinando o fracasso da lavoura. 

.Produção de mudas: após o preparo do canteiro deve-se adubá-lo preferencialmente com 5,0 kg/m2 de composto orgânico ou 3,0 kg/mde esterco de gado ou ainda 1,5 kg/mesterco de aves, curtidos. A semeadura a lanço é a mais utilizada; pode ser feita também em linhas riscadas transversalmente ao comprimento do canteiro, distanciadas de 10 cm entre si, onde as sementes são distribuídas uniformemente nos sulcos de 1 a 1,5 cm de profundidade. A quantidade de sementes utilizada é de 2 a 3 g/m2 de canteiro. A cobertura pode ser feita com 2 cm de composto orgânico ou pó-de-serra bem curtido ou ainda casca de arroz. Deve-se irrigar sempre que for necessário para manter úmida a camada superficial do solo. 

.Preparo do solo: recomenda-se adotar o plantio direto ou o cultivo mínimo, abrindo-se sulcos em torno de 10cm de largura para plantio das mudas de cebola, mantendo-se a cobertura do solo entre linhas (adubos verdes ou plantas espontâneas). São boas alternativas a semeadura de aveia preta no outono e o consórcio milho/mucuna no verão. Outra opção é o transplante das mudas realizado diretamente sobre a palhada. 

.Adubação de plantio: a adubação orgânica de plantio deve ser aplicada com base na análise do solo e nos nutrientes do adubo orgânico. Caso seja necessário complementar a adubação, recomenda-se fosfato natural aplicado com antecedência e, cinzas de madeira, como fontes de fósforo e potássio, respectivamente.

.Plantio e espaçamento: a época de transplante das mudas depende de cada cultivar, porque cada uma tem suas próprias exigências de comprimento do dia e temperatura em cada região, em função da latitude e da época de plantio. O plantio das mudas é feito quando estas atingem, em média, o diâmetro de 4 a 6 mm no pseudocaule (espessura do lápis). Caso não haja possibilidade de transplantar na época recomendada, deve-se utilizar as mudas menores para os plantios antecipados e as maiores para os plantios tardios. Utiliza-se as mudas menores nos plantios antes da época indicada para que as plantas tenham tempo suficiente para atingirem o tamanho adequado e, assim formarem bulbos graúdos. Por outro lado, utiliza-se mudas maiores nos plantios tardios para desfavorecer o engrossamento do talo e, em conseqüência, o apodrecimento dos bulbos logo após a colheita. O espaçamento varia de 0,5 a 0,6 m entre fileiras por 10 a 15 cm entre plantas.

.Capinas, adubação de cobertura e manejo de plantas espontâneas: o período crítico de competição com plantas espontâneas é de até 30 dias após o transplante. A primeira capina, bem com a adubação de cobertura, se necessário, devem ser feitas até 45 dias após o transplante. A incorporação deve ser feita a 20 cm das linhas de plantio, mantendo-se parcialmente a cobertura (aveia, mucuna, plantas espontâneas e outras) nas entrelinhas. A adubação de cobertura pode ser complementada com os biofertilizantes. 

.Irrigação: o sistema radicular da cebola é superficial e fasciculado com 70% das raízes entre 5 a 20 cm da superfície do solo. A fase mais crítica é na formação do bulbos.Deve-se suspender a irrigação, normalmente por aspersão, por volta de duas a três semanas antes da colheita para evitar a entrada da água no pseudocaule e para facilitar a maturação, melhorando as condições de cura e de armazenamento dos bulbos.

.Manejo de doenças e pragas: as principais doenças no Litoral são: sapeco ou queima-das-pontas e a mancha-púrpura. O sapeco (Figura 1) na fase de produção de mudas e no plantio definitivo da cebola e também a cebolinha verde, pode ser provocada por diversos fungosdeficiência hídrica, desequilíbrio nutricional, fitotoxidez, ozônio e, indiretamente, pelos patógenos do solo. A maior severidade da doença está ligada às mudas no estágio inicial, pois nesta fase qualquer redução de área foliar retarda o desenvolvimento da planta. A mancha-púrpura é causada pelo fungo Alternaria porri . Danos mecânicos, deficiência hídrica ou alta infestação de tripes favorecem a ocorrência desta doença, que ocorre principalmente no final do ciclo da cultura. Dentre as pragas, o tripes ou piolho (Thrips tabaci) podem causar danos econômicos e ainda favorecer a entrada de doenças. Se a temperatura aumentar e ocorrer estiagens, o tripes pode causar sérios danos por meio da raspagem e sucção da seiva das plantas. Com o aumento do ataque ocorre o amarelecimento, o retorcimento e a seca dos ponteiros das plantas e, como conseqüência, diminuição do tamanho dos bulbos, favorecendo a entrada de doenças. O manejo de doenças e pragas após o transplante das mudas inicia-se preventivamente evitando-se terrenos com drenagem deficiente e sujeitos à neblina. As injúrias causadas nas plantas, mecânica ou por tripes, devem ser evitadas, pois podem proporcionar uma "porta de entrada" para fungos e bactérias. A irrigação desfavorece a praga. No manejo da principal doença que ocorre no canteiro (sapeco), recomenda-se a aplicação de cinzas de madeira (50 g/m2) ou diluído em água a 10% em regas antes do orvalho da manhã evaporar. Outra opção é a pulverização com extrato de própolis (0,1%). A calda bordalesa (0,3%) também é eficiente. No plantio definitivo, além de medidas preventivas recomenda-se pulverizações, preventivamente a cada 7 a 15 dias com calda bordalesa (0,5%). Se necessário e, somente na fase de plantio definitivo, recomenda-se manejar o tripes pulverizando-se com calda sulfocálcica à 3% (fase adulta), obedecendo o intervalo de aplicação de 15 dias entre as duas caldas. 

.Rotação de culturas: recomenda-se a rotação de culturas com diversas espécies, com exceção do alho que é da mesma família botânica. Resultados de pesquisa obtidos na Estação Experimental de Urussanga mostram a eficiência dessa prática no aumento da produtividade de cebola. Adubos verdes tais como aveia, mucuna, consórcio milho/mucuna, coquetel de adubos verdes (ervilhaca + nabo forrageiro + aveia) e outras, são boas opções para sistemas de rotação e ainda possibilitam o cultivo mínimo da cebola. 

.Colheita e cura: a cebola é colhida quando ocorre o tombamento ou estalo da planta, devido ao murchamento do pseudocaule. Iniciar a colheita quando houver mais de 10% de plantas tombadas. Se o tombamento não ocorrer naturalmente pode-se provocar o tombamento da folhagem com rolo de madeira. O processo de cura pode ser natural ou artificial e consiste na secagem das películas externas e do pseudocaule (pescoço). A cura natural deve ser iniciada no campo, por um período de três a dez dias, dependendo do clima. Deixam-se os bulbos, em molhos sobre o chão, arrumados em fileiras com as folhas de uns cobrindo os outros, para protegê-los da insolação direta e, evitar o aparecimento da pigmentação verde e queimaduras.

. Classificação e embalagem: após a cura é feito o corte das ramas a cerca de 1 cm acima do bulbo, sendo então classificados conforme o seu diâmetro. As cebolas devem ser comercializadas em embalagens novas, limpas e secas (sacos com 20 kg de bulbos), que não transmitam odor ou sabor estranho ao produto.


O mercado de produtos orgânicos no Brasil cresce a taxas que variam entre 30% e 50% ao ano. Em 2008, o faturamento desse segmento deve alcançar cerca de U$ 250 milhões – 70% serão gerados com exportações. 
Um negócio com essa dinâmica de expansão não pode ser ignorado pelos agricultores que cultivam cebola no Vale do São Francisco, afirma o pesquisador Nivaldo Duarte Costa, da Embrapa Semi-Árido, ainda mais que agora dispõem de informações precisas acerca do manejo da cultura, sem precisar lançar mão de insumos químicos na obtenção de altas produtividades.
Buscar esse mercado amplia as oportunidades comerciais para agricultores dessa região que é a segunda maior produtora do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina, defende Nivaldo. Atualmente, no Vale, são colhidas 272.400 toneladas de cebola em 13.620 ha.
Praticamente toda ela é cultivada de forma convencional, em sistemas de produção que tem por base o uso intensivo de insumos químicos. "Há espaço para implantar no campo e oferecer aos consumidores uma cebola orgânica de boa qualidade".
Comercial
Até porque, explica, existe uma base técnica bem estabelecida para plantios nas condições irrigadas do Vale do São Francisco realizados por pesquisadores e professores da Embrapa Semi-Árido, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA.
Em testes de campo, o plantio de cebola com as tecnologias desenvolvidas nesses estudos  pode alcançar produtividade de até 38 toneladas por hectare (38 t/ha-1) – quase que o dobro da média obtida nos sistemas de cultivo comercial nas áreas produtoras da Bahia e Pernambuco: 20 t/ha-1. Os estudos tiveram o apoio financeiro do Banco do Nordeste.
Produzir de forma orgânica não significa que o agricultor põe a cultura no campo e deixa que ela se desenvolva por si. Na verdade, o plantio orgânico, da mesma forma que o convencional, demanda práticas agrícolas e conhecimentos para cada etapa de desenvolvimento da cultura: do preparo do solo à variedade mais adequada, de controle de pragas e doenças à lâmina de água para irrigação. E elas precisam ser eficientes com resultados produtivos que dêem retorno comercial aos agricultores. Estar seguro de boas colheitas é um estímulo importante para passarem a adotar em suas propriedades o cultivo orgânico, assegura Nivaldo Costa.
Biofertilizante
Segundo este pesquisador, os estudos e testes de campo envolvendo a Embrapa, UNEB, IPA e EBDA desde 2005 dão esta segurança aos agricultores. As tecnologias e conhecimentos que geraram substituem com sucesso os manejos da agricultura convencional marcados pelo uso intensivo de insumos químicos e práticas que esgotam a fertilidade natural do solo. Além disso, produzir culturas alimentares com recursos técnicos que impactam minimamente o meio ambiente e não ameaçam a saúde de agricultores e de consumidores não é só possível como muito desejável, defende por sua vez o professor Jairton Fraga Araújo, do Departamento de Tecnologia e Ciência Sociais da UNEB.
Uma conclusão desses estudos está relacionada à definição da variedade de cebola mais adequada ao cultivo orgânico. De 20 variedades avaliadas em 2005, foram selecionadas três: Brisa, IPA 10 e Alfa São Francisco. Em outros testes foram estabelecidas as quantidades adequadas dos três principais macronutrientes a serem aplicadas nas plantas de cebola sob cultivo orgânico - nitrogênio (N), potássio (K) e fósforo (P) - oriundas de fontes como a torta de mamona, cinzas vegetais, fosfatos naturais (termofosfatos) respectivamente.
A implantação da cebola nas áreas de testes foi precedida de adubação verde com espécies leguminosas (mucuna preta, guandu e crotalária), com o objetivo de promover melhorias nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Após o inicio da floração, foram cortadas e deixadas no local por 30 dias para, só então, serem pré-incorporadas ao solo por meio de gradagem leve. A produção de massa verde incorporada foi estimada em 48 t/ha, sendo que em massa seca obteve-se 15 t/ha.
Segundo Jairton Fraga, a adubação foi feita em dois momentos: um, antes do estabelecimento da cultura; e depois, com a cebola já implantada na área. A cada semana, foram feitas pulverizações com biofertilizante líquido enriquecido à base de micronutrientes cuja formulação básica contém ingredientes como sulfatos de zinco, de magnésio, cobalto além de borax, leite, melaço, esterco bovino e água e aminoácido de peixe, aplicados via foliar.
Paralelo ao manejo do solo, pode ser necessário o emprego de estratégias para controle de pragas e doenças. No caso do cultivo da cebola orgânica, a ocorrência de trips (praga) foi combatida com o emprego de calda sulfocálcica (fungicida). A incidência de antracnose, por sua vez, foi debelada com calda bordaleza (fungicida). Para Nivaldo Costa, o manejo adotado nos testes se mostrou eficiente e impediu o progresso das doenças e pragas sem afetar a produtividade. .










segunda-feira, 13 de novembro de 2017

ALECRIM, AS PLANTAS CURAM


Rosmarinus Officinalis

Arbusto de origem mediterrânea, muito utilizado como condimento e erva aromática, como erva medicinal pode ser utilizado para vários fins como reumatismo e dores musculares.
Descrição : Arbusto perene da família das Labiadas, de numerosas folhas estreitas, duras e sempre verdes. Possui um intenso perfume nas folhas e nas flores que são azul-claro.
As folhas são duras, opostas, sésseis, persistentes e numerosas, com borda enrolada para dentro ao longo da nervura central.
As flores se apresentam em pequenos cachos na parte final e possuem coloração azulvioleta.
Suas folhas são verdes em cima e brancas na parte inferior.
Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso.
O alecrim é uma das ervas mais conhecidas, sobretudo pelo seu aroma característico.
Usado tradicionalmente para fortalecer a memória, é muito tomado para auxiliar nos estudos e no desempenho nos exames e para afastar o esgotamento mental.
Habitat : Cresce nas regiões quentes. Seu nome científico deriva do fato de que suas folhas parecem recobertas de uma poeira branca, como rocio, e porque tem preferência pelas regiões expostas à atmosfera marinha — rosa marinha.
História : Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas.
Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimônia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.
Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.
No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo.
Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."
O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa."
A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tônicas, carminativas, antiespasmódicas, emenagogas e diaforéticas.
Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.
As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade.
Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes.
Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença.
O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV.
Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné.
O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polónia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.
Parte utilizada: folhas, flores, óleo essencial.



Plantio :

Multiplicação: propaga-se por sementes, estaquia e mergulhia (mudas).
Cultivo: o plantio deve ser feito em solos secos, leves, porosos, com espaçamento de 0,5m X 1m;
Colheita: colhe-se os ramos, o ano todo, podando as plantas mais viçosas.
O plantio deve ser feito antes da floração intensa, prefere locais ensolarados, bem iluminados e sem vento.
Modo de Conservar : Use as folhas e flores frescas ou secas a à sombra, e em local ventilado.
Após a secagem devem ser adicionados em vidros escuros e bem tampados, em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar, acondicionando-as em vasilhame sem ar.
Origem : Regiões do Mediterrâneo e foi introduzido no Brasil pelos colonizadores, que lhe davam lugar de honra na medicação natural e sempre acompanhou os bandeirantes nas suas entradas e bandeiras.
Propaga-se bem em solos secos, pobres e bem drenados. Adapta-se melhor ao clima subtropical.



Para que serve o alecrim

Dosagem : Combate as dores musculares. Ativa as funções do pâncreas e é anticonvulsivo. Pode ser usado também como inseticida. Para esse fim, mistura-se uma xícara de óleo de alecrim em dois litros do chá de fumo. Bata no liquidificador e aplique, como se faz com um inseticida. Como tempero suas folhas utilizadas para temperar carnes e peixes.
Xarope - para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 colheres de folhas e tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.
Infusão - 1 xícara de folhas em 1/2 litros de água, tomar uma xícara de chá a cada seis horas.
Pó cicatrizante - usa-se as folhas secas reduzidas à pó.
Tintura - 50 gramas de folhas frescas em um litro de álcool, deixe cinco dias em maceração, coar e guardar em um vidro escuro. Dor de cabeça de origem digestiva Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá antes ou após as principais refeições. Problemas respiratórios xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xícara de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.

Infusão: 1 xícara de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xícara de chá a cada 6 horas.

Tintura: 10 xícara de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas.
Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.

Princípios Ativos: Saponinas, flavonoides, nicotinamida, colina, pectina, taninos , rosmaricina, vitamina C, óleo essencial (pineno, canfeno, cineol, borneol, eucaliptol, acetato de isobornila, valerianato de isobornila, cânfora).

Toxicologia :
Gestantes. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrintestinal, nefrite, intoxicação, aborto, irritações na pele. Não é recomendado para prostáticos e pessoas com diarreia. Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode ser induzir a toxicidade.
A toxicidade do óleo é caracterizada por uma irritação do estômago e do intestino, por danos aos rins. Embora o óleo de alecrim é irritante à pele de coelhos, geralmente não é considerado ser um agente sensitizante à pele humana.
Existem pelo menos 3 relatos de casos de convulsões tóxicas associadas ao alecrim. As cetonas monoterpénicas da planta são potentes convulsantes com propriedades epileptogênicas conhecidas.
Precauções: Afeta o ciclo menstrual.
Efeitos colaterais: As preparações que contêm o óleo essencial podem causar o eritema, e produtos cosméticos podem causar a dermatite em indivíduos sensíveis. Um exemplo de asma ocupacional causado pelo alecrim foi relatado. Fotossensibilização em uso tópico.
Superdosagem: Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos, e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode ser induzir a toxicidade.



Posologia:
As folhas do alecrim, para o tratamento da dispepsia, hipertensão e o reumatismo, em doses de 4 a 6g/dia, como alimento ou em infuso; O óleo essencial   em doses 1ml para banhos; 2g de folhas frescas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso para uso interno em todas as indicações; Tintura canforada ou óleos para massagens em dores reumáticas e musculares; Como fito cosmético em xampus (shampoos), loções capilares e dentifrícios em concentrações de 3 a 5%.

Farmacologia:
O alecrim é um agente antimicrobial bem conhecido. As folhas moídas são usadas como um repelente natural e eficaz contra pulgas e carrapatos. O óleo de alecrim possui ações antibacteriana e antifungosa marcante e também exibe propriedades antivirais. A atividade contra bactérias inclui as espécies Staphylcoccus áureo, Staphylcoccus albus, Vibrio cholerae, Escherichia e Corynebacteria.
Um estudo relata que o óleo de alecrim é mais ativo contra as bactérias gram negativas(Pseudomonas) e gram-positivas (Lactobacillus) de "deterioração da carne"; O efeito do alecrim contra a Cândida albicans também foi descrito; Um outro relatório descreve a inibição de crescimento do Aspergillus parasiticus pelo óleo de alecrim; O alecrim é ineficaz no tratamento de lêndeas e piolhos; Vários relatórios avaliando os efeitos anticancerosos do alecrim estão disponíveis na literatura.
O extrato induz a quinona redutase, uma enzima anticarcino-gênica. Outros mecanismos anticancerosos incluem os componentes polifenólicos do alecrim, que inibem a ativação metabólica dos pró-carcinógenos pelas enzimas de Fase l (P450), e a indução da via de desintoxicação causada pelas enzimas de Fase II (glutationa S-transferase); Resultados de estudos em animais: Suplementação dietética de 1 % de extrato de alecrim a animais de laboratório conduziu a uma diminuição de 47% na incidência de tumores mamários induzidos experimentalmente, quando comparados aos controles. Este extrato foi encontrado melhorar a atividade das enzimas que desintoxicam as substâncias reativas no fígado e no estômago dos camundongos.
Os tumores de pele nos camundongos foram inibidos pela aplicação do extrato de alecrim à área. Outros estudos em animais mostraram uma inibição da síndrome do desconforto respiratório adulto em coelhos, redução da permeabilidade capilar e uma atividade antigonado-trófica em camundongos. O alecrim também inibe a ação uterotrópica do estradiol e da estrona em 35% a 50%, quando comparado com os controles.
Estudos clínicos: O alecrim também aumentou a desintoxicação de carcinógenos nas células epiteliais brônquicas humanas. O composto diterpênico encontrado no alecrim, ácido carnósico, possui um forte efeito inibitório contra a enzima HlV-protease; Diversos estudos relatam as ações antioxidáveis do alecrim. O carnoso e o ácido carnósico são responsáveis por mais de 90% da atividade antioxidante do extrato de alecrim. Ambos os compostos são potentes inibidores da peroxidação de lipídio e são ótimos sequestadores de radicais de peroxil.
A atividade antioxidante depende diretamente da concentração de diterpenos como estes. Os antioxidantes do alecrim possuem uma atividade sequestradora de radicais menor do que aquela produzida pelos polifenóis do chá verde, porém apresentam um potencial maior do que a vitamina E; Vários relatórios descreveram outras ações do alecrim, incluindo uma ação espasmolítica no músculo liso e cardíaco, alteração da ativação de complemento, efeitos hepáticos e imunológicos, além da aromaterapia para o tratamento da dor crônica. O alecrim também pode reverter dores de cabeça, reduzir o estresse, e ser beneficiai no tratamento da asma e da bronquite.



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O Cultivo do Tomate Orgânico



  O tomate (Lycopersicon esculentum) é uma espécie da família botânica das solanáceas, assim como a batata, fumo, pimentão e berinjela. O tomate é de alto valor nutricional, com boa fonte de vitaminas A e C e rico em sais minerais (cálcio e fósforo), essenciais para a formação dos ossos e dentes. Pesquisa realizada sugere que o licopeno, substância em quantidade apreciável no tomate, traz benefícios contra a hiperplasia benigna da próstata (BPH), a qual afeta mais da metade dos homens a partir dos 50 anos. Por ser uma das hortaliças mais consumidas no mundo, especialmente na forma de salada (in natura) e, muito sensível ao ataque de pragas e doenças, é vital o cultivo orgânico de tomate (sem agroquímicos) para garantir a saúde do agricultor, consumidor, meio ambiente e as futuras gerações. Pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, com 21 espécies de frutas e hortaliças no Brasil, revelou que, das 3.130 amostras coletadas em 2009, 29% apresentaram resultados insatisfatórios,ou seja,com resíduos de agrotóxicos, especialmente, os não autorizados para a cultura. Dentre as hortaliças, o tomate foi uma das mais contaminadas por agrotóxicos, apresentando 32% das amostras coletadas com resíduos de agrotóxicos. O uso incorreto e excessivo de agrotóxicos aplicados no tomateiro, explica os resultados. Os produtores, para evitar prejuízos parciais ou totais na lavoura, devido as inúmeras doenças e pragas e, condições climáticas desfavoráveis, chegam a pulverizar duas vezes por semana e, o que é pior, não levam em conta a carência dos produtos (tempo mínimo em dias necessário, entre a última pulverização e a colheita e consumo dos frutos). Como as colheitas são feitas duas vezes por semana, a carência ou intervalo de segurança dos agrotóxicos, geralmente de 7 a 10 dias, não é respeitada. As vantagens do cultivo orgânico do tomateiro não param por aí; pesquisa revelou que a qualidade nutritiva dos frutos no cultivo orgânico é maior, produzindo 21,1 e 34,3% a mais de vitamina A e C, respectivamente, em relação ao cultivo convencional, além de serem mais nutritivos e saborosos, com melhor conservação e, ainda com menor custo de produção.

Principais recomendações técnicas

.Escolha correta da área e análise do solo: evitar áreas úmidas de baixada sujeitas à neblina e, já cultivadas com espécies da mesma família botânica (fumo, batata e pimentão) nos últimos anos. 

.Épocas de plantio e cultivares: o clima fresco, seco e alta luminosidade favorecem a cultura. Temperaturas acima de 32 ºC e excesso de chuvas prejudicam a frutificação, com queda acentuada de flores e frutos novos, além de favorecer a murchadeira. No Litoral, a época mais favorável para o plantio é de julho a agosto; a partir de setembro favorecem maior incidência de pragas e doenças no final do ciclo da cultura. Em regiões onde não ocorrem geadas, é possível o plantio no final do verão e início de outono desde que as cultivares sejam rústicas e resistentes às pragas e doenças; neste período, as pulverizações preventivas com calda bordalesa devem ser a cada 7 dias. Pesquisa realizada na Estação Experimental de Urussanga (Epagri), indica para o Litoral: tipo Santa Cruz - cultivar Santa Clara; tipo Cereja – variedades regionais com formato arredondado ou alongado e tipo Italiano - variedades regionais com formato alongado. Recomenda-se para todas estas cultivares, retirar as sementes para o próximo plantio, seguindo-se algumas orientações (ver orientações na matéria já postada neste blog: "produção própria de mudas e sementes orgânicas".

.Produção de mudas: mudas sadias e vigorosas produzidas em abrigos protegidos, garante o sucesso da cultura do tomateiro. O copinho de papel jornal ou copo plástico descartável, utilizados para refrigerantes, são os mais recomendados para produção de mudas de tomate, utilizando-se substratos de boa qualidade. 

.Preparo do solo: adotar o plantio direto ou o cultivo mínimo do solo. Para o cultivo nos meses de julho a agosto, no Litoral, o mais indicado é a semeadura de adubos verdes (aveia, ervilhaca e nabo forrageiro) no outono, isoladamente, ou em consórcio e, a abertura de covas ou sulcos para o plantio das mudas. Outra opção é utilizar milho-verde consorciado com mucuna no mês de dezembro e, a abertura de covas e plantio das mudas no final de março/início de abril (Litoral) ou ainda julho e agosto, sobre a palhada. Pode-se também utilizar as plantas espontâneas como cobertura, manejando-as nas entrelinhas, através de roçadas. As plantas de cobertura protegem o solo, mantêm o solo mais úmido, além de aumentar o teor de matéria orgânica e reciclar nutrientes.

.Adubação de plantio: plantas bem nutridas são mais resistentes às pragas e doenças. Com base na análise do solo e nos teores de nutrientes do adubo orgânico, fazer a recomendação da adubação. 

.Plantio e espaçamento: as mudas são transplantadas quando atingirem 10 a 12cm de altura e com 4 a 5 folhas definitivas. O espaçamento indicado é de 1,2 a 1,5m entre fileiras por 0,4 a 0,5m entre plantas.

.Irrigação: a irrigação por gotejamento é a mais indicada. O sistema de aspersão é contra-indicado para o tomateiro, pois molha as folhas e umedece o ambiente em torno das plantas, favorecendo a requeima. 

.Práticas culturais: a capina é realizada em faixas, mantendo-se limpo a área junto às fileiras de tomate para evitar competição com as plantas espontâneas ou de cobertura. Nas entrelinhas, deixar uma faixa de plantas de cobertura e, se necessário, roçá-las para evitar competição por luz e facilitar a pulverização das folhas baixeiras do tomate. O tutoramento ideal é o vertical e, sempre no sentido norte-sul para permitir maior insolação das plantas.Não recomenda-se o tutoramento tradicional ("V" invertido), pois é formada uma câmara úmida que favorece os fungos e ainda torna os tratamentos fitossanitários ineficientes, pois não atingem a parte interna das plantas. À medida que a planta cresce, é preciso fazer amarrios e desbrotas, semanalmente. Para evitar o ferimento e o estrangulamento do caule, faz-se o amarrio, deixando-se uma folga. A desbrota consiste em eliminar todos os brotos que saem das axilas da plantas, deixando-se uma ou duas hastes por planta; não deve ser realizada com as plantas molhadas, evitando-se a disseminação de doenças. 

.Manejo de doenças e pragas: o tomateiro é o mais atacado por doenças e pragas que causam perdas parciais e até totais da lavoura. No entanto, se forem seguidos os princípios da agricultura orgânica, é possível prevenir e/ou reduzir os danos na lavoura. As principais doenças são: requeima ou sapeco (Phytophthora infestans), pinta preta (Alternaria solani) e murchadeira(Ralstonia solanacearum). As principais pragas são: broca pequena do fruto (Neulocinodes elegantalis) e traça (Tuta absoluta). Para o manejo, recomenda-se as medidas: a) escolha correta da área; b) evitar plantios escalonados e próximos a lavouras velhas; c) plantio na época recomendada; d) uso de cultivares resistentes; e) adubação com base na análise do solo;f) arranquio e destruição de plantas viróticas; g) destruir restos da cultura; h) rotação de culturas; i) pulverizar, preventivamente, a cada 10 dias, com calda bordalesa a 0,5 %,para o manejo das doenças foliares e j) pulverizar preventivamente,a partir do início da frutificação,com Bacillus thuringiensis, produto comercialmente conhecido como dipel, para o manejo da broca pequena do fruto e traça do tomateiro. O consórcio de tomate com coentro (planta repelente) reduz estas pragas e, ainda atrai os inimigos naturais destas. 

.Colheita: a colheita inicia quando os frutos estão amarelados ou rosados. Para mercados mais próximos podem ser colhidos num estádio de maturação mais adiantado, mas ainda bem firmes. A calda bordalesa, embora seja tolerada no cultivo orgânico, possui carência de 7 dias que deve ser respeitada, Para a limpeza dos frutos com resíduos de calda bordalesa, proceder a imersão dos frutos, por 5 minutos, em solução de ácido acético (vinagre), na concentração de 2%. Deixar secar e proceder a embalagem.                                                                                  

Agrotóxicos e pesticidas são péssimos para o meio ambiente e para a saúde de quem se alimenta de vegetais que foram "dedetizados". Há formas alternativas para tentar manter o desenvolvimento de uma plantação. Uma das formas é uma técnica batizada como "plantio consorciado".


De acordo com o estudo publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o plantio consorciado é um sistema no qual duas ou mais espécies são cultivadas em conjunto, permitindo uma interação biológica benéfica para todas as espécies cultivadas. Espécies que têm essa relação são conhecidas como plantas companheiras. O consórcio permite otimizar o uso de recursos ambientais, como nutrientes, água e radiação solar, uma vez que as espécies de plantas possuem ciclos de crescimento diferentes.

O plantio consorciado passa a ser uma alternativa tecnológica para o pequeno produtor rural, uma vez que o segundo cultivo torna-se uma nova fonte de renda, fortalecendo a estabilidade financeira do agricultor, e tendencia a aumentar a produtividade da cultura e diminuir a quantidade de agrotóxicos. Uma das finalidades do plantio consorciado é o manejo ecológico de insetos e pragas que atacam culturas mais vulneráveis, como a de tomate e de morango, por exemplo.

Segundo a Embrapa, o tomate é uma das hortaliças mais consumidas no mundo, se destacando no Brasil tanto na produção de agricultura familiar quanto na de grande escala. Devido ao grande impacto que o cultivo de tomate tem na produção alimentar, vários estudos estão sendo conduzidos para descobrir quais plantas são suas companheiras. A Embrapa identifica as principais pragas encontradas no tomateiro, como insetos causadores de danos diretos, a traça-do-tomateiro, ácaros e insetos transmissores de doenças, como mosca-branca, tripes e pulgões.

Um possível companheiro do tomate é o coentro que, de acordo com o relatório publicado pela Embrapa, atua como repelente natural de pragas devido ao forte odor que exala, reduzindo a colonização por insetos. O resultado do estudo mostrou que o coentro colaborou para a diminuição da densidade populacional de ovos, lagartas, e insetos adultos da traça-do-tomateiro. Também produziu o incremento de inimigos naturais da pragas em quantidade e variedade de espécie, como aranhas, formigas e joaninhas - atraídos pelas flores do coentro, sem contar que se alimentam das traças-do-tomateiro.

Outra planta companheira do tomate que atua de forma semelhante ao coentro é o manjericão. Essa combinação vem sendo associada à redução da mosca-branca, transmissora de um vírus prejudicial ao crescimento da planta. De maneira parecida ao coentro, a flor do manjericão atrai os predadores da mosca para a plantação.

Em outro relatório publicado pela Embrapa é apresentada a eficiência da arruda no consórcio com o tomate por ela possuir uma substância chamada cumarina, que não é apelativa ao paladar das pragas por ter um gosto muito forte. Além disso, a cumarina é uma inibidora natural do processo de germinação, inibindo espécies indesejáveis de crescerem no entorno.
Desafios
O plantio consorciado é uma alternativa para o controle biológico de pragas e uma ferramenta para a agricultura orgânica familiar. No entanto, o desafio está no fato de que a eficiência da produção depende diretamente das culturas envolvidas, condições ambientais e manejo. Mais pesquisas devem ser feitas para sustentar a prática, que ainda carece em conhecimento técnico.










sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Alcachofra as plantas curam



Cynara Scolymus

As flores da alcachofra são saborosas e, como as folhas, têm uma ação tonificante sobre o fígado e a digestão, estimulando o apetite e a desintoxicação. Contudo, só as folhas são usadas em medicina, havendo provas substanciais de que reduzem o colesterol.

Descrição : Planta da família das Asterecea, também conhecida como alcachofra-hortense, alcachofra comum e alcachofra de comer.

Possui caule esbranquiçado, grandes folhas verdes, lanceoladas e carnosas.

Pode atingir até 80 cm de comprimento.

Partes usadas : Flor (alimento) e folha (medicamento).

Indicações

Problemas hepáticos e renais - Apesar dos novos usos, a alcachofra continua a ser essencial para fortalecer o funcionamento do fígado e dos rins, favorecendo a desintoxicação em problemas crônicos como a artrite, a gota e a doença hepática.

Colesterol alto - Testes clínicos ao longo dos últimos 30 anos descobriram que a folha da alcachofra reduz os níveis de colesterol e de triglicéridos, enquanto os níveis de lipoproteínas de alta densidade (HDL) tendem a aumentar. Os níveis de colesterol melhoraram de 5 a 45 por cento, com uma dose diária equivalente a 7g de folha seca.

Nos anos de 1970 pesquisadores europeus documentaram o efeito da cinarina na diminuição do colesterol em seres humanos. Um estudo publicado em 2000 relatava que as folhas de alcachofra possuíam um teor consistente de cinarina, que poderia baixar os níveis de colesterol em 15%. Acredita-se que possua outros componentes que possam baixar o colesterol,

Deve ser tomada durante alguns meses para melhores resultados.

Síndrome de cólon irritável : Um estudo do Journal of Alternative and Complementary Medicine relata que o extrato de alcachofra alivia a síndrome do intestino irritável. Os pacientes também referiram o alívio de sintomas como enjoos, vômitos, dores abdominais, flatulência e obstipação.

Por consequência, é agora comum tomar alcachofra para a síndrome do cólon irritável e os sintomas a ela associados, tais como inchaço, distensão abdominal e alternância entre diarreia e obstipação.

Outros Usos: ácido úrico, obesidade, diabetes; debilidade geral, clorose, convalescença, dispepsia; hipertensão, hipertireoidismo, toxemia; afecções reumáticas.

Origem: Planta europeia das regiões do Mediterrâneo, sendo cultivada no sul da Europa, na Ásia Menor e ainda na América do Sul, principalmente no Brasil.

Plantio

Multiplicação: por rizoma e por semente;

Cultivo: plantio em clima temperado e subtropical sob forma touceira de até 2 metros. Exige solos férteis, frescos e arejados e espaçamento de 0,5m X 1,00m.

Colheita: colhe-se as folhas antes da floração ou as flores. Os rizomas também podem ser colhidos 100 a 140 dias após o plantio.

As folhas são secas à sombra, em local fresco e arejado, devendo ser acondicionadas em sacos de papel ou pano.

As flores devem ser consumidas logo após a colheita.

Propriedades : diurético, remineralizante, tônico e regulador das funções hepáticas e biliares, laxativa.

Modo de Conservar : As brácteas frescas devem ficar em geladeira. As folhas devem ser secas ao sol e guardadas em ambiente arejado.



Alcachofra

Alcachofra alcachofra - fruto alcachofra - flor

Princípios Ativos : alcoóis ácidos: glicérico, málico, cítrico, glicólico, lático, e succínico, metil-acrílico; Lactonas sesquiterpênicas largas: geosheimina, cinaratriol, cinaropicrina, cinarolidina, dihidrocinaropicrina, rossheimina, grosulfeimina e outros guaianolideos relacionados; flavonoides: glicosídeos da flavona aptgenina , luteolina, cinarosideo, escolimosideo, cosmosideo, quercetina, isoramnetina, maritimeina. Compostos fenólicos; óleos voláteis: 13-selineno, cariofileno, eugenol, fenilacetaldeido e óleo decanal -32 compostos; Ácidos graxos poliinsaturados essenciais: ácido esteárico, palmítico, oleico e linoleico; sais minerais: cálcio, fósforo, potássio, Vitaminas vitamina C; Aminoácidos: niacina, tiamina, fenilalanine, tirosina histidina, alanina, e glicina :altenóides. e pigmentos antocianicos; A alcachofrante ideal de ácidos graxos; Açor da alcachofra contêm já foram Enzimas: oxidases, peroxidases, onarase, e a ascorbinase.

Modo de usar :

Inflamações rebeldes : Coloque 3 colheres (sopa) de folhas fatiadas em uma garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por cinco dias, agitando às vezes e coe. Tome 1 cálice antes das principais refeições.

Anemia: Consumir as brácteas tenras e cruas ou ligeiramente aferventadas (cabeça), comer duas a três vezes ao dia, durante algumas semanas.

Nefrite: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco do limão, 1 xícara três a quatro vezes ao dia.

Diabetes: Consumir a cabeça da alcachofra ao natural, juntamente com suco de limão, três a quatro vezes ao dia.

Bronquite asmática: Caldo cozido da cabeça da alcachofra misturado ao suco de limão e um pouco de azeite de oliva, 1 xícara de 3 a 4 vezes ao dia.

Hemorróidas, prostatite e uretrite: Caldo em mistura com suco de cenoura ou limão, 1 copo quatro vezes ao dia.

Debilidade cardíaca: Comer brácteas cruas ou cozidas, sob a forma de salada, acompanhada de suco de limão.

Hepatite, colecistite, arteriosclerose: Chá por decocção, na proporção de 30g de folhas para 1 litro de água, 1 xícara 3 vezes ao dia.

Diurético: Ferver 20g de raízes de alcachofra por cinco minutos em 1 litro de água. Deixar o líquido amornar, adoçar e tomar na dose de 3 xícaras ao dia.

Contraindicações: Pessoas alérgicas às plantas da família Asteraceae ou qualquer obstrução do duto biliar.

O diagnóstico de cálculos biliares deve ser feito por um profissional de saúde.

Pacientes propensos à fermentação intestinal.

Efeitos colaterais: Em um estudo com 143 pacientes, a administração da alcachofra não causou nenhuma reação adversa.

O contato frequente com alcachofra ou outras plantas da família Asteraceae, causou reações alérgicas em indivíduos sensíveis à dermatite de contato e urticária com contato ocupacional com alcachofra, os componentes responsáveis são a cinaropicrina e outras lactonas sesquiterpênicas; De acordo com as monografias da German Commission e, as Contraindicações do uso da alcachofra incluem pigmentos da cor e antociânicos também já foram avaliados.

Uso na gravidez e na lactação: Por causa da falta de dados sobre a toxicidade da alcachofra, sugere-se que seu uso seja limitado durante a gravidez. A caropicrina e a cinarase promovem a coagulação do leite, portanto a planta está contra indicada para lactantes.

Posologia:

Tintura : 5 a 25 ml, divididos em até 3 doses diárias, com intervalos menores que 12 horas;

Vinho medicinal : 2 cálices antes das principais refeições flores como alimento e medicinal;

Infuso ou Decocto : 2g de folhas frescas ou 1g de folhas secas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso ou decocto;

Extrato líquido: 0,5 a 1 g/dia;

Extrato seco : 100 a 150mg até 3 vezes ao dia.

CHÁ DA ALCACHOFRA

Modo de preparar

Colocar para ferver uma colher das de sopa de folhas secas picadas para uma xícara das de chá de água.

Colocar as folhas na fervura.

Deixar fervendo de três a cinco minutos.

Cobrir.

Deixar amornar até chegar à temperatura apropriada para beber.

Quando e como usar

Indicação: Distúrbios digestivos e hepáticos, ácido úrico, colesterol e triglicerídeos, diurético, obesidade.

Modo de usar:

Tomar uma xícara do chá duas ou três vezes ao dia. Repetir o tratamento. r
contraindicação :

O chá não deve ser usado por gestantes ou durante a amamentação.

Forma do Chá : Cozimento

Forma de Uso : Oral

Partes Usadas : Folhas

EXTRATO ALCÓOLICO DA ALCACHOFRA

Planta medicinal: Alcachofra (Cynara scolymus)

Material utilizado : As folhas secas da alcachofra e álcool de cereais a 70%.

Modo de preparar o extrato alcoólico da alcachofra

1)   Colocar em um recipiente apropriado, com tampa hermética, duas colheres das de sopa de folhas secas picadas da alcachofra.

2)   Adicionar uma xícara das de chá de álcool de cereais a 70%.

3)   Deixar em maceração por no mínimo uma semana.

4)   Filtrar em coador de papel.

5)   Armazenar em um vidro escuro, ao abrigo de luz solar.

Quando e como usar o extrato alcoólico da alcachofra

Indicação: Excesso de colesterol.

Modo de usar: Tomar uma colher das de café do extrato alcoólico, diluído em meio copo d'água, antes das principais refeições. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura.

Indicação: Tratamento auxiliar da diabetes.

Modo de usar: Tomar uma colher das de café do extrato alcoólico, diluído em meio copo d'água, duas vezes ao dia. Alterar a dose conforme a glicemia. Repetir o tratamento. Fazer o controle da glicose e não substituir o tratamento convencional.

Indicação: Má digestão.

Modo de usar: Tomar uma colher das de café do extrato alcoólico, diluído em meio copo d'água, após as principais refeições. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura.

Contraindicações : Na gravidez, na lactação, para crianças em geral, portadores de cálculo biliar, pessoas com fermentação intestinal e sensíveis às substâncias presentes na alcachofra. O tratamento aqui apresentado é para os diabéticos não insulinodependentes.