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ANUCIOS

sábado, 22 de maio de 2021

PLANTAS CURAM: INCENSO (Tetradenia riparia)

 

INCENSO 

Nome Científico: Tetradenia riparia 

Família: Lamiaceae 

Outros Nomes Populares: pau-de-incenso, falsa-mirra, lavândula, limonete e pluma-de-névoa. 

Usos: antifúngico, antimicrobiano. Possui moderada atividade antimalárica. 

Parte Utilizada: folhas. 

Plantio: Cresce a sol pleno, com solo bem drenado e com compostagem. A quantidade de água regada no inverno deve ser menor que a no verão. 

Princípios Ativos: Terpenos (monoterpenos, diterpenos e sesquiterpenos) e flavonoides. 

Modo de Preparo: A infusão das folhas pode tratar gastroenterite. A decocção e infusão também podem ser utilizadas para tosse, dores de garganta e como antimalárico. 


Observações: 

•Tetradenia riparia é uma planta empregada na medicina popular do país africano Ruanda. É conhecida popularmente como umuaravumba, e é cultivada ao redor das casas. As folhas são utilizadas, popularmente, como remédio para doenças como malária, angina, doença tropical de pele, gastroenterites, gonorréia, diarréia, abscessos dentários, dores de cabeça, bronquites, tosses, úlceras, esterilidade feminina, doenças renais, febres e outras. No Brasil, a espécie Tetradenia riparia foi introduzida como planta ornamental exótica e é cultivada em parques, jardins residenciais e hortos, distribuídas pelo Estado de São Paulo. 

•Esta planta não está na lista de plantas medicinais e/ou fitoterápicos regulamentados pela Anvisa. Suas informações foram retiradas apenas de artigos científicos. 






terça-feira, 18 de maio de 2021

PLANTAS CURAM: HORTELÃ

 

HORTELà

Nome Científico: Mentha sp. 

Família: Lamiaceae 

Usos Populares: ação digestiva, carminativa, antiespasmódica, colagoga. Também possui grande uso na culinária e aromaterapia. 

Parte Utilizada: folhas e sumidades floridas. 

Plantio: o solo deve ser rico em matéria orgânica e com pelo menos 20 cm de profundidade. Não precisa de muita luz solar. 

Princípios Ativos: óleo essencial (que consiste em mentol, mentona, cineol e limoneno), flavonoides, taninos e resinas. 

Modo de Preparo: chá por infusão das folhas e sumidades floridas. 

Observações: 

•O óleo essencial é fotossensibilizante e não recomendado para uso oral, pois doses elevadas têm ação abortiva e hepatotóxica. A essência irrita a mucosa ocular (conjuntiva) e é contra-indicada para gestantes, lactentes, crianças de pouca idade e pessoas com cálculos biliares. 






quinta-feira, 6 de maio de 2021

Plantas Curam: GUACO

 

GUACO 

Nome Científico: Mikania glomerata Sprengel 

Família: Compositae (Asteraceae) 

Outros Nomes Populares: guaco-de-cheiro, guaco-liso, guaco-trepador, uaco, cipó-almecega-cabeludo, cipó-catinga, cipó-sucuriju, coração-de-jesus, erva-cobre, erva-das-serpentes, erva-de-cobra, erva-de-sapo, erva-dutra. 

Usos: expectorante (gripes e resfriados, bronquites alérgica e infecciosa). 

Parte Utilizada: folhas 


Plantio: Prefere terrenos arenosos e úmidos, áreas sujeitas a inundações e beiras de rio. 

Coleta e Conservação: Pode ser coletada em qualquer época do ano. Deve ser usada a folha fresca ou seca ao sol, longe de umidade, fungos e insetos. Deve ser conservada em frascos bem fechados. 

Princípios Ativos: Cumarina, lupeol, ácido α-isobutiriloxi-caur-16-em-19-oico, óleo essencial (sesquiterpenos e diterpenos do tipo caurano), β-sitosterol, friedelina, estigmasterol, taninos hidrolisáveis, flavonoides e saponinas. 

Modo de Preparo: Chá por infusão: 3g ou uma colher de sopa da folha picada em 1 xícara de chá de água (150mL). Tomar 1 xícara de chá 3 vezes ao dia. 

Observações: 

•Pode ser administrado em adultos e crianças. 

•Cuidados: seu uso pode interferir na coagulação sanguínea; doses acima do recomendado pode causar vômitos e diarreia; pode haver interação entre o chá e medicamentos antiinflamatórios não-esteroidais.




quarta-feira, 21 de abril de 2021

Plantas Curam: FALSO-BOLDO

 

FALSO-BOLDO 

Nome Científico: Plectranthus barbatus Andrews 

Família: Labiatae (Lamiaceae) 

Outros Nomes Populares: boldo, boldo-brasileiro, boldo-do-reino, alum, boldo-nacional, malva-santa, malva-amarga, sete-dores, boldo-do-jardim, boldo-do-brasil, faso-boldo, folha-de-oxala1, boldo-africano. 

Usos: antidispéptico. 

Parte Utilizada: folhas, de preferência frescas. 

Plantio: é de fácil cultivo; se desenvolve bem em lugares quentes, com temperaturas mais altas e sol pleno; é preferível que o solo seja arenoso e seco, e ter pelo menos 30cm de profundidade, por essa planta ser de maior porte e ter raízes profundas; deve ser protegido de ventos fortes e frios. 

Coleta: suas folhas podem ser colhidas o ano todo. 

Princípios Ativos: óleo essencial (valenceno e trans-cariofileno), princípio amargo, barbatusina, ciclobarbatusina, cariocal, triterpenóides e esteroides. 

Modo de Preparo: chá por infusão de 1 a 3g das folhas secas em 150mL (1 xícara de chá) de água. Tomar 150mL do infuso, logo após o preparo, duas a três vezes ao dia. 

Observações: 

•Uso apenas em maiores de 12 anos; 

•Não deve ser utilizado por gestantes, lactantes, crianças, hipertensos e portadores de obstrução das vias biliares. Também não deve ser utilizado por pacientes em tratamento com metronidazol ou dissulfiram, medicamentos depressores do SNC e anti-hipertensivos; 

•Doses do chá deste vegetal acima das recomendadas e utilizadas por um período maior que o recomendado podem causar irritação gástrica. 




segunda-feira, 12 de abril de 2021

Plantas Curam: ESPINHEIRA-SANTA



 ESPINHEIRA-SANTA 


Nome Científico: Maytenus aquifolium Mart.

Família: Celastraceae 

Outros Nomes Populares: cancerosa, cancorosa, cancorosa-de-sete-espinho, cancrosa, congorça, coromilho-do-campo, espinheira-divina, espinho-de-deus, maiteno, salva-vidas, sombra-de-touro, erva-cancrosa, erva-santa. 

Usos: Antidispéptico, antiácido e protetor da mucosa gástrica. 

Parte Utilizada: Folhas. 

Coleta e Conservação: Suas folhas podem ser coletadas em qualquer época do ano e devem ser secas à sombra e em local ventilado. Guardar em sacos de papel ou em vidros bem fechados. 

Princípios Ativos: Taninos8 e flavonoides como triglicosídeo flavônico mauritianina, trifolina, hyperina, epi-catequina, tetraglicosídeo de canferol e galactitol. 

Modo de Preparo: Chá por infusão. 1 a 2g (ou 1-2 colheres de chá) das folhas secas em 150mL (uma xícara de chá) de água. Tomar uma xícara de chá 3 a 4 vezes por dia. 



Observações: 

Uso permitido apenas acima de 12 anos. 

Não deve ser utilizado por gestantes e lactantes. 




quarta-feira, 17 de março de 2021

Plantas Curam: CONFREI (Symphytum officinale L.)


 

CONFREI 

Nome Científico: Symphytum officinale L. 

Família: Boraginaceae 

Outros Nomes Populares: consolida, consólida-maior, consólida-do-cáucaso, erva-do-cardeal, língua-de-vaca, orelha de vaca, orelha-da-burro, orelha-de-asno, leite-vegetal-da-rússia, confrei-russo, leite-vegetal, capim-roxo-da-rússia, erva-encanadeira-de-osso. 

Usos: Cicatrizante, equimoses, hematomas e contusões. 

Parte Utilizada: Extrato das raízes8, através de pomadas. 

Plantio: Se adapta bem em solos pouco ácidos, ricos em matéria orgânica e bem drenados, com iluminação à meia-sombra ou plena. Prefere clima temperado e frio (no Brasil, esta planta já foi aclimatada na região centro-sul), e tolera secas e geadas. Não suporta a falta de água e tem crescimento exuberante o ano todo, se as condições do clima, solo e água forem favoráveis. Pode ser plantada em qualquer época do ano, mas o melhor período é entre agosto e novembro. 

Coleta e Conservação: A colheita é feita de dois a três meses após o plantio, retirando-se toda a parte aérea. As raízes são coletadas na primavera. As folhas são utilizadas frescas e os rizomas, depois de bem lavados e rapados, devem ser picados e postos ao sol para secar. Depois de secos, devem ser guardados em sacos de papel ou vidros bem tampados. 

Princípios Ativos: Carotenos, taninos, açúcares, saponinas esterólicas e triterpênicas, esteróis e triterpenos livres, os ácidos clorogênico e cafêico, mucilagem, alantoína, ácido galotâncio, proteínas, colina, glicosídio (consolidina), ácido oleanólico e mais de uma dúzia de alcaloides pirrolizidínicos (principalmente sinfitina, equimidina, elicopsamina, senquirquina e sinfitocinoglossina). 

Observações: 

•A Anvisa restringe o tempo de tratamento com o extrato das raízes de Confrei para no máximo 4 a 6 semanas por ano. Deve ser utilizado apenas em uso tópico, em lesões localizadas. 

•Alguns resultados de ensaios farmacológicos registram que o extrato aquoso das folhas possui atividade inibitória do desenvolvimento de tumores mamários. Entretanto, seu uso interno por doses altas e/ou por tempo prolongado pode ocasionar o aparecimento de tumores malignos no fígado, nos brônquios ou na bexiga1. O mecanismo de ação para este efeito carcinogênico ainda não é conhecido, porém, em um estudo comparando confrei com Riddelliine, uma substância alcaloide pirrolizidínica e cancerígena, mostrou que a mutagenicidade dos dois e a eficácia em causar tumores no fígado é muito similar, sendo, em certos aspectos, o confrei muito mais hepatotóxico do que Riddelliine. 




terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Manejo da tiririca no sistema orgânico

 

O crescimento da tiririca é intenso, e normalmente superior ao das culturas anuais, por se caracterizar como planta perene fisiologicamente eficiente, resistindo a muitas das práticas de controle comumente usadas na olericultura (Figura 1). De cada clone (conjunto de bulbos basais, rizomas e tubérculos geneticamente idênticos e interconectados) emerge um grande número de plantas, formando altas densidades populacionais. Os tubérculos e bulbos basais constituem-se no principal local do crescimento vegetativo prolífico porque contêm as gemas para folhas, rizomas, raízes e haste floral. Os tubérculos, por sua vez, são produzidos nos rizomas, constituindo a unidade primária de reprodução e dispersão. As sementes têm taxa de germinação em torno de 5%, no caso da tiririca-roxa, sendo consideradas de pouca importância no estabelecimento e dispersão, uma vez que o vigor e a sobrevivência das suas plântulas são muito baixos (Figura 2).

Fig. 1. O crescimento da tiririca é intenso, sendo muito resistente.

Fig. 2  As sementes da tiririca têm importância secundária porque apresentam baixa germinação.


Disseminação da tiririca

A disseminação da tiririca, tanto a curta quanto a longa distância, é feita, em geral, pelo homem através dos seguintes mecanismos:

• Utilização de equipamentos agrícolas, como máquinas, implementos e ferramentas, com tubérculos ou plantas inteiras aderidos juntamente com resíduos vegetais ou restos de solo, os quais são disseminados durante as rotinas de preparo do solo, plantio e trânsito em geral (Figura 3 e 4);

• Aplicação de matéria orgânica com tubérculos e plantas de tiririca no solo;

• Uso de substrato em bandejas e mudas de hortaliças com torrões contaminados com tubérculos, sementes e plantas de tiririca;

• Colheita, transporte e comercialização de descartes de produtos agrícolas contaminados com propágulos de tiririca. Os tubérculos de tiririca são capazes de se desenvolver dentro de tubérculos de batata e de raízes de tuberosas, e também podem se misturar a hortaliças folhosas, de tubérculos e de raízes durante a colheita e transporte;

• Transporte dos tubérculos, sementes, bulbos basais ou plantas de tiririca pela enxurrada e água dos canais de irrigação.

Fig. 3. As práticas culturais, como aração e gradagem, podem favorecer a disseminação da tiririca.

Fig. 4. Os rizomas são a principal forma de disseminação da tiririca.


Manejo da tiririca

Como normalmente os métodos de controle não previnem a reprodução de todas as partes das plantas, deve-se manter as medidas de controle continuadamente, ano após ano. Assim, o conceito de controle, independente do método, deve ser amplo de forma que possa ser utilizado durante o ano todo e em anos sucessivos. O conjunto e a integração de todas as práticas, métodos ou tecnologias utilizadas nos ciclos de cultivos anuais e plurianuais constituem-se no que se denomina de “manejo integrado”. O controle da tiririca, ao limiar de níveis econômicos em sistemas orgânicos, só poderá ser alcançado através da combinação de métodos de controle (cultural, mecânico e biológico), sobretudo de forma agressiva enquanto o problema persistir, assim os métodos de controle devem-se concentrar nas fases de inibição da brotação dos tubérculos e/ou na inibição ou paralização da formação e desenvolvimento de novos tubérculos a fim de reduzir gradativamente o banco de tubérculos existente no solo. Uma vez que a tiririca é muito sensível ao sombreamento, deve-se cultivar as hortaliças com espaçamentos os mais estreitos possíveis e uso de cultivares que se desenvolvam rapidamente e que produzam grande massa foliar, a exemplo da batata-doce, para reduzir o crescimento e a agressividade da tiririca.


Controle mecânico da tiririca

O método de controle mecânico, por meio do preparo do solo, capinas ou cultivos, controla temporariamente a tiririca (Figura 5). O principal objetivo do cultivo é trazer os tubérculos para a superfície do solo, induzir a brotação e reduzir o seu número através da dessecação pelos raios solares, principalmente em regiões áridas ou épocas de seca, ou pelo bloqueio da formação de novos tubérculos através de cultivos sucessivos. O tempo necessário para matar os tubérculos varia de 7 a 14 dias em condições de seca e sol forte. Em geral, a primeira brotação dos tubérculos reduz as suas reservas energéticas em até 60%. Os cortes, capinas ou cultivos sucessivos induzem um crescimento menos vigoroso devido ao consumo de aproximadamente 10% das reservas de carboidratos a cada corte realizado. Pelo menos dois anos de controle mecânico quinzenal são requeridos para reduzir a população de tiririca aos níveis satisfatórios de manejo. A manutenção da área livre de culturas facilitará o trabalho. O uso da cobertura com material inerte (plasticultura) e da solarização destacam-se entre as medidas mais eficientes para o manejo da tiririca nos sistemas agroecológicos (Figura 6).

Fig. 5. A exposição de tubérculos da tiririca ao sol pode auxiliar no seu controle.

Fig. 6. O uso de coberturas plásticas e a solarização podem reduzir a incidência da tiririca.


Controle biológico da tiririca

Em relação ao controle biológico da tiririca, muitos trabalhos foram realizados com o objetivo de regular a sua população a níveis aceitáveis através do controle biológico clássico envolvendo o uso de insetos inimigos naturais. Entretanto, nenhum dos agentes testados produziu resultados satisfatórios, devido à baixa especificidade na relação inseto tiririca, baixo estabelecimento do agente, e conseqüentemente  incapacidade para controlar o crescimento ou rebrote da tiririca. O melhor exemplo de controle biológico da espécie C. esculentus foi desenvolvida na década passada nos Estados Unidos com o fungo da ferrugem (Puccinia canaliculata (Schw) Lagerh.). Dr. Biosedge é o nome comercial do bioherbicida, entretanto, por se tratar de um parasita obrigatório, ele só pode ser produzido em plantas vivas, não tendo no presente grande interesse comercial para a produção deste fungo, por parte da indústria (Figura 7). O fungo da ferrugem é mantido em plantas de tiririca durante o inverno, sob condições de casa-de-vegetação, sendo as plantas infectadas liberadas, posteriormente, no campo quando a população de tiririca estiver aparecendo na cultura. Dessa forma, a doença alcança os níveis epidêmicos no início da estação de cultivo, causando a desidratação das raízes, reduzindo o florescimento, formação de tubérculos, morte de plantas, e conseqüentemente menor competitividade da tiririca com as hortaliças.

Fig. 7. O controle biológico da tiririca pode ser feito por meio do fungo causador da ferrugem, que ataca suas folhas.