google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL: Conheça os benefícios e a História do açaí

ANUCIOS

quarta-feira, 12 de outubro de 2016

Conheça os benefícios e a História do açaí


Nome da fruta: Açaí

Nome científico: Euterpe oleracea
Família: Bromeliáceas
Categoria: Doce

Os frutos são mais valiosos que o palmito. Possuem óleos essenciais, ácidos orgânicos, proteínas, fibras, pigmentos e vitaminas A, B1, B2, B5, C, e E. Sais minerais: potássio, cálcio, sódio, ferro e fósforo. 100 gramas da polpa da fruta tem 245 calorias.

  • Rico em flavanoides, um poderoso antioxidante que retarda o envelhecimento e reduz a destruição das células;
  • Combate radicais livres (flavanoides que, no açaí, são um aliado das enzimas na captura dos radicais livres);
  • Previne acne e espinhas;
  • Rico em fibras (100 gramas da fruta contêm 4 gramas de fibra);
  • Combate os distúrbios intestinais e a osteoporose;
  • Melhora a circulação sanguínea;
  • Rico em ferro, combate anemias e age no fortalecimento muscular;
  • Rico no antioxidante antocianina, essa substância combate o colesterol, os radicais livres e a arteriosclerose.
O açaí possui ferro, magnésio, cálcio, manganês, potássio e também é antioxidante. O açai é indicado também para dietas, pois acelera o metabolismo do corpo. Mas atenção, é o açaí puro, nada de ficar misturando mil coisas dentro dele!

Conheça os benefícios do açaí
O açaí retarda o envelhecimento. Os antioxidantes existentes no açaí ajudam a diminuir os efeitos do envelhecimento. Os flavonóides e as antocianinas presentes no açaí protegem as células do corpo e podem reduzir a degeneração delas.
O açaí ajuda a prevenir o câncer. Graças novamente as antocianinas, o açaí pode ter um efeito preventivo contra o câncer.
O açaí diminui o colesterol. Novamente as antocianinas presentes no açaí também ajudam a diminuir o LDL, que é o mau colesterol.
O açaí ajuda o coração. O suco de açaí ajuda a proteger contra a aterosclerose, que é o endurecimento das artérias.
O açaí é rico em antioxidantes. Os antioxidantes presentes no açaí combatem os radicais livres, evitando várias doenças.
O açaí é uma boa fonte de energia. Graças a sua alta concentração de carboidratos, ele é ideal para quem pratica atividades físicas. Ele também ajuda na regeneração muscular, graças aos aminoácidos presentes nele.
O açaí previne câimbras. Graças a sua alta concentração de potássio, o açaí é ótimo para evitar câimbras durante a atividade física.

A história do açaí

As populações ribeirinhas do baixo Amazonas, desde Santarém até a ilha de Marajó, sabem que podem contar com essa palmeira alta e  esguia para o sustento e a nutrição de suas famílias praticamente ao longo de todo o ano, rareando apenas entre dezembro e janeiro, no auge do verão.
Do açaizeiro tudo se aproveita: frutos, folhas, raízes, palmito, tronco e cachos frutíferos. As folhas do açaizeiro são usados na cobertura das casas; suas fibras, na arte de tecer chapéus, esteiras, sacolas e rasas – cestas usadas como medida padrão na atividade extrativista em praticamente toda a Amazônia. A madeira de seu estipe, quando seca, transforma-se em toras bastante duráveis e resistentes às pragas e aos insetos, sendo muito utilizada na construção de casas, pontes e trapiches. Até mesmo os cachos secos do açaizeiro, após a extração dos frutos, são aproveitados como vassouras.
Apesar do açaizeiro frutificar praticamente o ano todo, sabe o nativo que, quando a cigarra – “a mãe do Sol” – canta na boca do verão anunciando a estação seca, começa a melhor safra do açaí. E é ele quem vai subir no alto das delgadas palmeiras, que chegam a 20 metros de altura, para extrair os cachos maduros inteiros e carregados dos coquinhos negros.
Com muita destreza, força e equilíbrio, o apanhador escala a palmeira do açaí até atingir o alto, auxiliado apenas pela peconha – espécie de alça feita com palhas do próprio açaizeiro – que lhe prende os pés e lhe serve de apoio na subida. Lá em cima, após cortar apenas os cachos no ponto ideal – fala-se tuirá, quando as frutas estão pretinhas com a casca esbranquiçada -, o coletador começa a balançar o fino estipe em pêndulo até alcançar outra palmeira próxima. Ali mesmo ou na embarcação à espera na beira do Igarapé, os cachos são esbagoados e os frutos armazenados em cestos denominados rasas e paneiros, cuidadosamente fechados com as folhas da própria palmeira.
O açaizeiro é também fonte generosa na medicina popular: os frutos novos são utilizados no combate aos distúrbios intestinais; as raízes, empregadas como vermífugos; o palmito, em forma de pasta, atua como anti-hemorrágico quando aplicado após extrações dentárias.
Mas do açaizeiro aproveita-se, especialmente, o açaí, um coquinho arroxeado, quase negro quando maduro. É desse pequeno coco que se extrai, por maceração, o tradicional e bastante apreciado “vinho ou suco de açaí”. Transformado em suco ou vinho, o coco do açaizeiro, o açaí, possui um grande mercado em toda a região amazônica, alcançando uma cifra de consumo fabulosa, estimada entre 200 toneladas de açaí por dia apenas no Estado do Pará.
O açaizeiro, palmeira típica da região tropical brasileira, é parte indissociável da paisagem florestal amazônica.
O açaí desenvolve-se bem tanto em terras firmes como em várzeas sujeitas a inundações periódicas, desde que haja renovação constante das águas. Cultura perene e ribeirinha, o açaizeiro torna-se importante, também, na proteção do solo em condições tropicais de grande pluviosidade.
Uma das características principais da palmeira açaí é o fato de seu crescimento ocorrer em touceiras ou reboladas, na linguagem popular, que podem chegar a agrupar na mesma moita uma média de 20 palmeiras de idades e vigor diversos.
O açaí tem de ser processado diariamente em virtude de sua rápida fermentação, uma vez que não resiste mais do que 48 horas mesmo quando bem refrigerado. Assim, todos os dias, sete dias por semana, antes de clarear completamente  a manhã, os calçadões próximos ao Mercado Ver-o-Peso, na capital paraense, ficam tomados por cestos, sacos e latas repletos de açaí, provenientes das regiões interioranas. É a Feira do Açaí.
Depois de vendido no mercado, o açaí vai ser transformado em suco. Postos em água morna para amolecer e desgrudar a polpa dos caroços, os frutos são amassados à mão ou em máquinas apropriadas.
Então, como bem descreve Câmara Cascudo, “da massa sanguineo-arroxeada, passada em peneira, se amassada à mão, dissolvida em várias águas, forma-se o vinho – a bebida chamada açaí”. Além do processamento comercial, é costume de inúmeras famílias do Pará produzir o “vinho de açaí” para seu consumo diário, vendendo o excedente na própria residência, que é identificada por uma pequena bandeirola vermelha colocada à porta de entrada.
Tradição provavelmente herdada dos grupos indígenas amazônicos, o açaí ocupa, atualmente, um papel básico na alimentação da população regional. O açaí é consumido a qualquer hora, sob a forma de refrescos e sorvetes, com ou sem açúcar, pela manhã, em substituição ao leite, sendo, inclusive, oferecido às crianças pequenas; em todas as refeições, engrossado com farinha-d’água ou tapioca, acompanhando peixes e camarão seco, carnes e arroz com feijão, ou ainda puro, quando não há outra mistura.
Se na região Norte o açaí é usado no dia-a-dia da população não como sobremesa, mas como prato principal, nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, e também no exterior, o uso da polpa de açaí tornou-se um hábito de grupos de jovens, da chamada “geração saúde”, que preferem consumir o suco de açaí misturado com outras frutas e cereais, entre as refeições, antes ou depois de práticas esportivas, como fonte de reposição de energia.
De fato, sabe-se que o açaí é alimento essencialmente energético, com elevado valor calórico, apresentando 2,37% de teor de proteína e 5,96% de gordura.
Apesar de tudo isso e da inegável importância na dieta alimentar amazônica, os açaizais nativos quase foram dizimados, a partir dos anos 1980, com a sua exploração para a extração de palmito, cuja produção era basicamente voltada para o mercado externo.
Nessa década e na seguinte, cerca de 95% de toda a produção nacional de palmito chegou a ser obtida através da derrubada dos açaizais, uma vez que praticamente se esgotaram as reservas nativas do palmito-doce da palmeira juçara, nativa da Mata Atlântica. A destruição dos açaizais de forma sistemática, ilegal, desordenada e clandestina provocou sérios danos ao meio ambiente, comprometendo a sobrevivência das populações extrativistas.
A partir de experiências realizadas por técnicos da Embrapa de Belém do Pará, desenvolveram-se novas técnicas de manejo para açaizais nativos. O desbaste racional das touceiras e brotações, bem como a seleção das plantas mais adequadas para a produção de frutos ou de palmito, tem permitido a duplicação da produção de açaí e o aumento da produtividade das palmeiras, tornando o aproveitamento comercial da planta bastante lucrativo.
Segundo Maria Lúcia Bahia Lopes, da Universidade da Amazônia (UNAMA), estima-se que as áreas voltadas para a produção de açaí que estão sendo tratadas de acordo com as técnicas de manejo sustentáveis já alcançam 12 mil hectares, podendo ser expandidas para toda a região do estuário amazônico (Pará e Amapá), onde existe uma área de açaizais nativos de cerca de 1 milhão de hectares.
A partir dos anos 1990, com a expansão do consumo da polpa do açaí em outras regiões do país e também no exterior, ocorreu um crescente interesse dos frutos em detrimento do palmito. Assim, os extratores passaram a buscar alternativas de manejo para a exploração sustentável da palmeira, evitando a sua derrubada. O mesmo estudo da Unama informa que, até pouco tempo atrás, os frutos do açaizeiro eram destinados apenas ao consumo de subsistência, passando no início do século 21 a representar 80% da renda dos caboclos que se dedicam a essa ocupação.
Atualmente, o Pará exporta cerca de 80% da polpa de açaí comercializada no país – por volta de 500 toneladas por mês – para todas as regiões do Brasil e para o exterior (Japão, Estados Unidos, Itália, Argentina, entre outros).
Trata-se, certamente, de um mercado em franca expansão, que está beneficiando desde os pequenos coletadores e produtores locais até as grandes empresas exportadoras.








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