Hortelã
A hortelã (Figura 1) também chamada de menta pertence a família botânica das Lamiaceae. Acredita-se que é originária da Ásia, chegando no Brasil trazida pelos colonizadores. Existem várias espécies de hortelã que podem ser cultivadas na sua casa, que apresentam propriedades muito semelhantes, principalmente no que diz respeito ao aroma. As duas espécies mais comuns são: Mentha piperita e Mentha crispa A primeira espécie tem folhas lisas e de um verde mais claro. Já a segunda espécie tem folhas verdes escuras e são crespas. Seu aroma forte e muito característico é resultado da grande concentração de mentol, princípio ativo do seu óleo essencial. As partes utilizadas da planta são as folhas e flores. São plantas herbáceas, de aproximadamente 30 cm de altura, rasteiras, com flores pequenas reunidas em espigas, de cor rosa ou lilás. As folhas são ovais e dentadas e o caule é arroxeado. O cultivo orgânico da hortelã e outras plantas medicinais e condimentares é a melhor forma de garantir as características fitoquímicas e farmacológicas do produto para o mercado.
Figura 1. Hortelã
Principais usos: a hortelã é usada em receitas culinárias de muitos países pelo mundo todo, em chás, em adorno de pratos e composição de saladas. Na comética entra nas fórmulas de dentifrícios, sabonetes, cremes de massagem e para barba, desodorantes bucais e um sem números de aplicações. Contém muitos elementos químicos de uso farmacêutico utilizados para remédios. Na medicina popular é considerada excelente para tratamento de problemas estomacais, pois é digestiva, além de ajudar no tratamento de diarréias infantís e dores abdominais. Combate azia, gastrite, cólicas e gases intestinais. Também tem ação antifúngica e antiinflamatória. Seu suco ajuda a combater vermes intestinais. Tem possibilidade de ser usada em paisagismo de áreas sem pisoteio, pois seu caráter agressivo poderia ser melhor aproveitado para substituição de gramados ao redor de árvores e pequenos bosques. Tem também o poder de ser uma planta repelente de insetos de hortaliças como pulgões e besourinhos e poderemos usar deste poder para fazer um chá repelente que não tem nenhuma propriedade tóxica para animais em geral e humanos.
Propagação: por meio de estolões ou estacas colhidos de plantas adultas. Durante o seu crescimento, a planta desenvolve estolões, um tipo de caule que cresce rente ao solo. Deste caule, a planta emite ramos com folhas e raízes. Basta cortar um pedaço deste caule (cerca de 10cm), que tenha raízes e alguns ramos e plantá-lo, de acordo com as instruções abaixo. Para um ha são necessários 300 kg de rizomas.
Cultivo: seu cultivo é extremamente simples. O solo não deve ser bem adubado, pois quando há muito adubo disponível para a planta, ela cresce muito e não consegue concentrar sua essência. Então, quanto menor é a planta, mais concentrada será a essência. O plantio pode ser feito o ano todo, mas a melhor época é no início da primavera. O espaçamento recomendado é de 25 x 25 cm entre as plantas. Quando o plantio for feito por meio de estolões, basta colocar o caule com as raízes rente à superfície e cobrir com uma fina camada de terra, deixando os ramos com folhas acima do solo. Logo após o plantio, as mudas devem ser protegidas do excesso de sol, pois pode queimar as folhas. Quando adultas, elas toleram tanto ambientes bastante ensolarados, quanto sombreados. Um ambiente intermediário, ou seja, sujeito a sol e sombra ao longo do dia é o ideal. Quando plantada em vaso, a terra deve ser renovada no início da primavera. Neste momento você poderá podá-la, pois suas raízes ficam bem emaranhadas. Ótima época para fazer novas mudas. A hortelã plantada junto a alfaces e outras ervas aromáticas intensifica o sabor e perfume destas e é considerada planta companheira belos benefícios descritos. O plantio da hortelã em vaso é bem simples; Não esquecer, neste caso, de colocar o vaso junto a janelas onde haja sol direto que a planta necessita. A planta é atacada por doença (ferrugem) e pragas (formigas, lagartas, vaquinha e cigarrinha).
Colheita: A colheita pode ser feita o ano todo. Se deixada crescer livremente, sem colheita ou poda, pode se tornar uma planta invasora. Os ramos de hortelã podem ser armazenados quando secos. Para isso, você deve pendurar os galhos com as folhas voltadas para baixo, em local seco, arejado e na sombra. Quando as folhas estiverem bem secas e quebradiças, podem ser guardadas em potes fechados.
Manjericão
Pertencente à família Laminaceae, há o manjericão com folhas grandes (Ocimum basilicum) e o com folhas pequenas (Ocimum minimum). O de cor verde é o mais conhecido, mas também existem plantas de folhas avermelhadas - mais raras e com mais aroma. O perfume do manjericão tampouco é uniforme: há variedades com fragrância doce, lembrando limão, cinamato (canela), cânfora, anis e cravo.O manjericão (Figura 2) ou alfavaca (Ocimum basilicum L é originário do sul da Ásia. Planta herbácea de até 1,0 m de altura, bastante ramificada, forma irregular, de folhas ovais cor verde-claro, perfumadas. Flores pequenas brancas reunidas em espigas que surgem principalmente no verão.
Figura 2. Alfavaca(manjericão)
Principais usos: com sabor e aroma intensos, o manjericão é uma ótima sugestão para fazer toda a diferença numa receita. Usado em saladas, molhos, recheios, pizzas e em várias massas, ele dá um toque especial aos pratos e, ainda melhor, pode ser cultivado até em vasos pelo próprio consumidor.. Os frutos colhidos e secos dão excelente tempero para carnes, com acentuado sabor picante. As folhas podem ser colocadas in natura em molhos e temperos de carne ou grãos, como no brasileiríssimo feijão. Para usar como tempero, pode-se colher as folhas e secá-las sobre folhas de jornal, deixando em local arejado e sem sol direto. Também as sumidades florais poderão ser usadas secas para tempero. Colher assim que os frutos amadurecerem, deixando em local seco e sem sol, depois debulhar e guardar em recipiente fechado. Na região do Mediterrâneo, onde é presença comum na alimentação, o manjericão é plantado em beirais de janelas. Com propriedades que repelem insetos, afasta moscas e mosquitos. Mas suas belas flores também são vistas como ornamento. Conhecida por alguns como alfavaca cheirosa, essa planta com propriedade digestiva, antibiótica e anti-reumática é utilizada para tratamento de enjôos, problemas respiratórios e reumáticos e ainda como calmante dos nervos. Das folhas ainda podem ser extraídos óleos essenciais como o linalol. O produto - que também é obtido da árvore pau-rosa, espécie em extinção encontrada na floresta amazônica - serve de matéria-prima para a fabricação de perfumes e para o processo de aromatização de alimentos e bebidas. Não se sabe ao certo da sua origem, mas há indícios de que o manjericão tenha se espalhado pelo mundo a partir do Oriente Médio, norte da África e Índia.
Propagação: Sementes ou um das produzidas a partir de estacas de ramos novos. Necessita de 1,2 kg de sementes para produzir mudas para um hectare ou 3,0 a 5,0 kg para semeadura direta, raleando após a germinação.
Cultivo: Ambientes com muita luminosidade e chuvas regulares são os preferidos para o desenvolvimento da planta, que pode chegar a produzir por até três anos. O clima frio não agrada a todas as variedades, que podem ser determinadas pelo porte, formato da copa, tamanho e características do seu óleo essencial. As sementes devem ser germinadas no final da primavera, preferencialmente, em solos ricos em matéria orgânica e bem drenados. Recomenda-se uma adubação com esterco de gado bem curtido ou composto orgânico, quando necessário. O plantio pode ser feito no período de setembro a novembro. O espaçamento recomendado é de 0,6 x 0,25m entre as plantas. Embora seja bastante resistente, o manjericão pode ser atacado principalmente pela larva minadora, pelo bicho-mineiro e pelas doenças rhizoctoniose, fusariose e cercosporiose.
Colheita e beneficiamento: As folhas para consumo fresco podem ser colhidas ao longo do ano, enquanto as folhas destinadas à secagem devem ser colhidas juntamente com as flores, na época de floração. As folhas podem ser colhidas quando a planta atingir cerca de 1,2 m de altura. faça o primeiro corte somente após três meses do plantio. Ele deve ser a 40 centímetros do nível do solo. Repita o processo a cada 50 ou 60 dias, ou quando observar que há uma aproximação das copas, a ponto de prejudicar as folhas mais baixas por impedir a luminosidade. Os cortes favorecem a produtividade, pois o manjericão volta a brotar e a ramificar. Em geral, isso ocorre aos 60 dias. A primeira colheita, no entanto, é indicada somente após três meses do plantio
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