google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL

ANUCIOS

terça-feira, 21 de novembro de 2017

Alface as plantas curam



Lactuca sativa

Veja aqui a descrição e todos os benefícios e malefícios da Lactuca Sativa, popularmente conhecida como alface, uma das hortaliças mais populares e baratas do Brasil.

Descrição : Planta herbácea de caule carnoso e esverdeado; folhas simples, flores amareladas, em capítulo, grandes, membranáceas, arrendondadas e curvas como conchas que abraças o caule umas sobre as outras.

Sua coloração é verde ou violácea.

Existem inúmeras variedades de alface, sendo as mais conhecidas as de folhas lisas, crespas e frisadas e as retorcidas.

Erva sobejamente conhecida no Brasil e usada nas mesas, principalmente como salada, é, no entanto, altamente medicinal.

Assemelha-se ao ópio, porém, menos violenta.

Seu suco lactescente, principalmente quando extraído do caule antes da frutificação, pode curar a icterícia e produz um narcótico usado nas farmácias (lactucarium).

Sob o prisma botânico existem três qualidades de alface: crispa (crespa, frisada), capitata (L. capitata DC-A (repolho, repolhuda, paulista), e longifólia (orelha-de-mula, romana), por elas devemos espalhar todas as variedades (parece que existem duzentas), grandes ou pequena, verde escuras ou verde claras, folhas compridas ou redonda amarelo douradas ou pardo avermelhadas e mesmo vermelha, crespas ou lisas, doces ou amargas, tenras ou duras, espinescentes, de sementes brancas ou sementes pretas.

Partes utilizadas : Folhas, caules e látex.

Plantio : Podem ser cultivadas o ano todo, mas se desenvolvem melhor quando cultivadas entre março e julho.

Colheita : Colhe-se a alface cerca de dois meses depois da semeadura, antes que as folha endureçam e surjam flores.

Modo de Conservar : As folhas devem ser consumidas frescas, podendo ser guardadas em sacos plástico e conservadas em geladeiras, por alguns dias.

Habitat e origem: Originária da Ásia e de distribuição mundial.

História: É planta de distribuição mundial, usada largamente como alimento. Serve também como forragem para aves e o gado.

Benefícios Medicinais da Alface.

Indicações : laxante, eupéptica, mineralizante, desintoxicante, diurético, antiácido, antirreumático e sonífero.

Dosagem : É utilizada como calmante e como base para produtos de beleza (rejuvenescedores).

É útil também contra a insônia, excitação nervosa, palpitações, reumatismo, hipocondria e conjuntivites.

Princípios Ativos : O suco do seu caule é rico em óleos essenciais, sais minerais, albumina e princípio amargo.

Encerra esse suco a "lacitucina", princípio ativo e amargo, além de "mannita", "asparagina", albumina, resina, cera, sais, etc. além de óleo essencial, as folhas, no seu estado fresco, contêm mais de 95% de água e menos de 2% de matéria azotada, proteína, manganês e outras matérias minerais, além do cobre.



Alface

Modo de usar:

- Suco cru e o chá das folhas, talos e raízes, em descanso noturno: sonífero, calmante do estômago e do sistema nervoso, béquico e iqueterícia;

- Sumo da alface: em loções e cremes: rejuvenescer e acalmar a pele, aliviar queimaduras de sol na pele;

- Lactucário (leite): propriedades hipnóticas, icterícia;

- Cataplasma : ferver algumas folhas de alface em pouca água, por cinco minutos, deixar amornar e untar as folhas com azeite de oliva, estendendo-as sobre uma gaze, aplicar sobre a região atingida, para evitar inflamações: contusões, inchaços, pele irritada e avermelhada;

- Decocção: cozinhar 60 g de folhas de alface em meio litro de água, filtrar o líquido, quando morno. Tomar três cálices ao dia: laxativo branco, insônia;

- Infusão das folhas: tranquilizante, tosse, afecções da pele, emoliente, antirreumático, sonífero, nevralgias intestinais, irritações do intestino, digestivo, laxativo suave, vertigens;

- Suco das folhas, em uso externo: contusões e amaciante da pele;

Saladas: às refeições, as folhas frescas também podem ser usadas em cataplasmas por suas propriedades refrescantes e emolientes. Crianças: de 1/6 à Vz dose de acordo com a idade.

Superdosagem: Para ocorrer uma superdosagem a dose teria que ser extremamente alta, ou o consumo de folhas frescas em salada por pessoa extremamente alérgica.

Os sintomas incluem sudorese, taquipneia, taquicardia, dilatação da pupila, tontura, zumbidos e sonolência. O procedimento seria o usual - esvaziamento gástrico, lavagem com soro ou solução de permanganato de potássio e tratamento sintomático.

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml   de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de folhas secas ou caules em infusão até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Xarope: 1 colher de sopa a cada 6 horas.



Nome: alface.
Esta hortaliça possui diversas variedades. Todos podem usar a alface, gestantes, em fase de amamentação e crianças.

A alface age como: sedativa, calmante, analgésico, emoliente, cicatrizante, depurativa e desintoxicante.
Indicação: auxiliar no tratamento contra insônia, vertigens, perturbações gerais do sistema nervoso, hipocondria, falta de tranqüilidade, inchaços e contusões.

Máscaras e compressas de alface reduzem o inchaço e a irritação da área dos olhos e servem como calmante e purificante da pele.
Na alface encontra-se um elemento ativo semelhante ao ópio que lhe confere o poder de sedativo, sonífero e redutor da tosse.

O chá: das folhas da alface fervidas funcionam como calmante, assim como regulador do intestino.
Purificar e acalmar a pele: picar a alface, adicionar algumas gotas de óleo de oliva , duas colheres de sopa de iogurte. Usar como mascara facial, que deve ser espalhada sobre uma gaze (não espalhada diretamente sobre o rosto), e então colocar no rosto por um período de 30 minutos.
Irritação nos olhos: amassar as folhas de alface até virar uma papa, e usar como compressa.
Não há contra-indicação.
Indicações: usada com malva, ajuda a combater tosse e catarro. A aface ajuda o estômago a funcionar bem, e nas vertigens. Problemas com insônia, palpitações, reumatismo, hipocondria, nevralgias intestinais e conjuntivites (não foi explicado o modo de aplicação para estas indicações na bibliografia).
O suco extraído do seu caule contém, além de óleo essencial, sais minerais, albumina, asparagina, mannita e lactucina, um princípio ativo amargo.
Fonte : Revista - Ervas & Plantas que Curam. Editora Escala LTDA. SP.
Constituintes químicos: vários princípios amargos, lactupicrina. Manitol, vitamina E, óleo essencial, substâncias resinosas e mucilaginosa. O suco leitoso do caule chama-se Lactucario (francês) e é obtido por incisões (cortes) transversais no caule.
Indicações: usada como hipnótico leve para combater as insônias. Como calmante nas excitações nervosas e como sedativo da tosse, principalmente na coqueluche.
Para o Prof. H. Vignes, o extrato fluido, na dose diária de 2 a 3 colheres de café, seria um excelente remédio da vagotonia em certas formas de dismenorréia e especialmente como calmante em casos de ninfomania acompanhada de congestão dos órgãos genitais externos e internos.

Câncer no pulmão dos fumantes, desde que consumidos diariamente (não especificou se cura ou auxilia contra o câncer). O silício é bom para o crescimento dos cabelos e o complexo de vitaminas B, principalmente o ácido fólico, contribui para uma pele sadia e bonita, além de ajudar o metabolismo das proteínas necessárias para o crescimento e divisão das células.
O valor alimentício encontra-se nas folhas mais escuras e, quando comida crua, a alface ajuda a digestão, beneficia os dentes e as gengivas. O suco de alface deve ser sempre misturado a outros, como o de salsinha, que suaviza o amargor dos talos mais grossos (observa-se que para um tratamento com alface deve constar os talos nos sucos, e não somente as folhas - lavar bem com água corrente antes de usar).
Indicações: anemia, distúrbios hepáticos e nervosos, insônia, prissão de ventre e queda de cabelo.
Encontra-se na alface: vitamina A e E, ferro, magnésio e potássio.

8 Remédios Caseiros Com Alface 
A alface (Lactuca sativa), pertencente à família das Compositae, é um vegetal que possui talo verde e folhas de cor verde claro, macias, inteiras ou dentadas.

As inferiores agrupadas em roseta; do centro desta roseta nasce um talo cilíndrico, ramificado, de 40-60 cm de altura, que leva em seu ápice numerosos capítulos amarelo. O fruto é um aquênio oval e comprimido.

O lugar de origem mais provável da alface é o sul da Europa e oeste da Ásia. Esta planta tem sido cultivada há mais de 2.500 anos.

Existem quatro principais tipos de alface: crespa, romana, americana e lisa. A crespa, de folhas de soltas e arredondadas, é a primeiro que se cultivou em larga escala. Ainda se planta em pomares, mas já não é objeto de cultivo intensivo, em escala comercial, porque não se conserva bem durante o transporte.
A romana, chamada assim por sua origem, tem folhas alongadas e firmes. A, americana, de broto compacto, é agora muito popular, mas pouco se conhecia antes do século XVI. A alface lisa é cultivada muito raramente nos países ocidentais, mas é amplamente consumida em outras partes do mundo, especialmente no Oriente. Destes tipos básicos são cultivadas muitas variedades em todo o mundo.

A alface é propagada por sementes. A alface dá melhor resultado se cultivada em clima mais frio, já que o calor excessivo impede a formação do broto, acelerando a floração da planta em detrimento do desenvolvimento foliar.

8 Remédios Caseiros Com Alface
Propriedades Curativas Do Alface:

A alface possui caroteno, um pouco de vitamina C, e um pobre conteúdo de gordura e calorias.

A alface, também tem 95% de água. Por essa razão, considera-se um elemento-chave em dietas para emagrecer (10 calorias por xícara se estiver crua).

Quanto as suas propriedades curativas, considera-se, ingerida ao natural, como digestiva, depurativa. Igualmente, está indicada para pessoas nervosas e com problemas de insônia.

Um fator muito interessante sobre a alface é que seu nome aparece cada vez com mais frequência na prevenção do câncer.

Em seu relatório sobre a prevenção do câncer de estômago, o Comitê de Dieta, Nutrição e Câncer da Academia Nacional de Ciências disse que “entre os fatores de proteção podem ser incluídas as verduras verdes ou amarelas cruas, especialmente a alface e outros alimentos que contenham vitamina C”. Portanto, o consumo deste vegetal é recomendado se você deseja prevenir esta perigosa doença.

Remédios Caseiros Com Alface:

Remédio com alface para tosse e catarro dos brônquios: Ferva a casca de dois ou três talos regulares de alface orelhuda em um litro de água até que metade da água evapore. Cubra e deixe esfriar. Em seguida, coloque os talos em um almofariz e triture até obter uma pasta. Em seguida, filtre em um pano limpo. Adicione algumas gotas de mel para tornar mais agradável. Beba uma xícara desta preparação, três vezes por dia.

Remédio com alface para dor de dente com gengivas inflamadas: Ferva 2 folhas de alface picadas e 1 colher de sopa de banana picada em um copo de água por 10 minutos. Retire do fogo e deixe esfriar. Faça vários bochechos com esta preparação ao longo do dia para aliviar a dor.

Remédio com alface para aliviar a dor reumática: Aplique folhas de alface previamente fervidas e ainda quentes, sobre a área afetada como cataplasma.

Remédio com alface para insônia: Tome antes do jantar, um chá feito com 2 folhas de alface fresca, 1 pitada de flor de laranjeira e 1 xícara de água.

Remédio digestivo com alface: Consuma salada de alface nas refeições principais, se você com frequência de problemas digestivos.

Remédio com alface para azia: Misture um quarto de uma alface em um copo de água (300 ml) até obter uma espécie de purê, o qual deve ser bebido.

Remédio com alface para queimaduras leves de pele: Aplique várias folhas esmagadas e frias de alface em forma de cataplasma sobre a área afetada.

Remédio com alface para emagrecer: Coloque em um liquidificador ¼ de cabeça de alface e 3 kiwis previamente lavados. Misture por alguns instantes. Tome todos os dias em jejum. Este remédio tem efeitos saciantes, o que ajuda com a perda de peso.

Recomendações: Adquira apenas as alfaces crocantes, com uma cor verde viva, que se encontre macia, sem folhas murchas e com o broto apertado. Uma cura de rejuvenescimento para alfaces um pouco murchas: consiste em adicionar várias rodelas de batata crua e o suco de meio limão à água da última lavagem, e deixar a alface de molho nesta durante dez minutos. Se já estiverem secas, é necessário remover as folhas externas e limpá-la, como de costume, colocar em uma tigela com água de limão fria e colocar por 30 minutos na geladeira.

Retire a alface fresca do saco de plástico da compra o quanto antes, envolva-a em papel de jornal umedecido e guarde no compartimento para as verduras da geladeira. Em nenhum caso deve ser conservada embrulhada em plástico.

Lave a alface em água fria antes de usar. Escorra bem para poder alinhá-las melhor. Corte com as mãos, já que se o fizer com uma faca, a alface ficará descolorida nas bordas.

Compre pouca quantidade e utilize o mais rapidamente possível; já que uma alface se conserva entre 4 e 5 dias na geladeira.

Siga um truque simples para preparar sucos com alface. Para colocar a alface no espremedor pegue algumas folhas e dê-lhes uma forma de bola; depois as empurre através do tubo de alimentação.

Precaução: Evite o consumo da alface por parte de pessoas que sofrem de insuficiência renal ou que tomam medicamentos diuréticos.

Como plantar alface



sábado, 18 de novembro de 2017

Horticultura Orgânica: Cebola



A família botânica das Alliaceaes é composta por várias espécies com destaque para a cebola (Allium cepa) e o alho. É consumida por quase todos os povos, sendo a produção e comercialização distribuídas em todo o mundo. Além da importância sócio-econômica para Santa Catarina (maior produtor do país), a cebola é rica em quercetina, fitoquímico antioxidante, que melhora a circulação e regula a pressão sanguinea e o colesterol. Por ser consumida na forma de salada crua ou cozida ligeiramente e, principalmente como condimento, é essencial que seja produzida no sistema orgânico. A cebola é produzida no Sul, Sudeste e Nordeste do Brasil, com colheita e comercialização peculiares em cada uma das regiões. Sendo normal o andamento das diversas safras, o país está abastecido durante todo o ano. Apesar disso, no período de setembro a novembro, abastecido pelo Nordeste do Brasil, o cultivo orgânico de cebola precoce no Litoral, é uma boa opção de renda para os produtores, além de acrescentar qualidade e agregar valor ao produto. A susceptibilidade às doenças e pragas tornam a cebola muito dependente de insumos (fertilizantes químicos e agrotóxicos) encarecendo o custo de produção e, o que é pior, contaminando o meio ambiente e causando sérios riscos à saúde do produtor e consumidor. Resultados de pesquisa obtidos pela Epagri, através da Estação Experimental de Urussanga, comprovaram a viabilidade técnica do cultivo orgânico de cebola e, o que é melhor, com ótima qualidade e com menor custo de produção.

Recomendações técnicas

.Escolha correta da área e análise do solo: deve-se evitar áreas encharcadas e, já cultivadas com outras espécies da mesma família (alho) nos últimos dois anos. A análise do solo deve ser realizada com antecedência para que o técnico possa fazer a recomendação adequada da correção da acidez e adubação.

.Cultivares e épocas de plantio: as cultivares plantadas em Santa Catarina podem ser agrupadas, de acordo com o ciclo, em precoces e médias. Ciclo precoce – são semeadas em abril/maio e transplantadas em junho/julho, dependendo do local e da altitude; são menos exigentes quanto ao comprimento do dia e não resistem ao armazenamento prolongado. As cultivares indicadas são: Epagri 363-Superprecoce, Empasc 352-Bola Precoce, Baia Periforme, Aurora, Régia, Primavera e Madrugada. Ciclo médio – são semeadas em maio/junho e transplantadas em agosto/setembro, dependendo do local e da altitude; formam bulbos e amadurecem em dias mais longos e resistem bem ao armazenamento. As cultivares indicadas são: Empasc 355-Juporanga e Epagri 362-Crioula Alto Vale. Os plantios antecipados ou tardios proporcionam produção de bulbos florescidos ou pequenos, respectivamente, determinando o fracasso da lavoura. 

.Produção de mudas: após o preparo do canteiro deve-se adubá-lo preferencialmente com 5,0 kg/m2 de composto orgânico ou 3,0 kg/mde esterco de gado ou ainda 1,5 kg/mesterco de aves, curtidos. A semeadura a lanço é a mais utilizada; pode ser feita também em linhas riscadas transversalmente ao comprimento do canteiro, distanciadas de 10 cm entre si, onde as sementes são distribuídas uniformemente nos sulcos de 1 a 1,5 cm de profundidade. A quantidade de sementes utilizada é de 2 a 3 g/m2 de canteiro. A cobertura pode ser feita com 2 cm de composto orgânico ou pó-de-serra bem curtido ou ainda casca de arroz. Deve-se irrigar sempre que for necessário para manter úmida a camada superficial do solo. 

.Preparo do solo: recomenda-se adotar o plantio direto ou o cultivo mínimo, abrindo-se sulcos em torno de 10cm de largura para plantio das mudas de cebola, mantendo-se a cobertura do solo entre linhas (adubos verdes ou plantas espontâneas). São boas alternativas a semeadura de aveia preta no outono e o consórcio milho/mucuna no verão. Outra opção é o transplante das mudas realizado diretamente sobre a palhada. 

.Adubação de plantio: a adubação orgânica de plantio deve ser aplicada com base na análise do solo e nos nutrientes do adubo orgânico. Caso seja necessário complementar a adubação, recomenda-se fosfato natural aplicado com antecedência e, cinzas de madeira, como fontes de fósforo e potássio, respectivamente.

.Plantio e espaçamento: a época de transplante das mudas depende de cada cultivar, porque cada uma tem suas próprias exigências de comprimento do dia e temperatura em cada região, em função da latitude e da época de plantio. O plantio das mudas é feito quando estas atingem, em média, o diâmetro de 4 a 6 mm no pseudocaule (espessura do lápis). Caso não haja possibilidade de transplantar na época recomendada, deve-se utilizar as mudas menores para os plantios antecipados e as maiores para os plantios tardios. Utiliza-se as mudas menores nos plantios antes da época indicada para que as plantas tenham tempo suficiente para atingirem o tamanho adequado e, assim formarem bulbos graúdos. Por outro lado, utiliza-se mudas maiores nos plantios tardios para desfavorecer o engrossamento do talo e, em conseqüência, o apodrecimento dos bulbos logo após a colheita. O espaçamento varia de 0,5 a 0,6 m entre fileiras por 10 a 15 cm entre plantas.

.Capinas, adubação de cobertura e manejo de plantas espontâneas: o período crítico de competição com plantas espontâneas é de até 30 dias após o transplante. A primeira capina, bem com a adubação de cobertura, se necessário, devem ser feitas até 45 dias após o transplante. A incorporação deve ser feita a 20 cm das linhas de plantio, mantendo-se parcialmente a cobertura (aveia, mucuna, plantas espontâneas e outras) nas entrelinhas. A adubação de cobertura pode ser complementada com os biofertilizantes. 

.Irrigação: o sistema radicular da cebola é superficial e fasciculado com 70% das raízes entre 5 a 20 cm da superfície do solo. A fase mais crítica é na formação do bulbos.Deve-se suspender a irrigação, normalmente por aspersão, por volta de duas a três semanas antes da colheita para evitar a entrada da água no pseudocaule e para facilitar a maturação, melhorando as condições de cura e de armazenamento dos bulbos.

.Manejo de doenças e pragas: as principais doenças no Litoral são: sapeco ou queima-das-pontas e a mancha-púrpura. O sapeco (Figura 1) na fase de produção de mudas e no plantio definitivo da cebola e também a cebolinha verde, pode ser provocada por diversos fungosdeficiência hídrica, desequilíbrio nutricional, fitotoxidez, ozônio e, indiretamente, pelos patógenos do solo. A maior severidade da doença está ligada às mudas no estágio inicial, pois nesta fase qualquer redução de área foliar retarda o desenvolvimento da planta. A mancha-púrpura é causada pelo fungo Alternaria porri . Danos mecânicos, deficiência hídrica ou alta infestação de tripes favorecem a ocorrência desta doença, que ocorre principalmente no final do ciclo da cultura. Dentre as pragas, o tripes ou piolho (Thrips tabaci) podem causar danos econômicos e ainda favorecer a entrada de doenças. Se a temperatura aumentar e ocorrer estiagens, o tripes pode causar sérios danos por meio da raspagem e sucção da seiva das plantas. Com o aumento do ataque ocorre o amarelecimento, o retorcimento e a seca dos ponteiros das plantas e, como conseqüência, diminuição do tamanho dos bulbos, favorecendo a entrada de doenças. O manejo de doenças e pragas após o transplante das mudas inicia-se preventivamente evitando-se terrenos com drenagem deficiente e sujeitos à neblina. As injúrias causadas nas plantas, mecânica ou por tripes, devem ser evitadas, pois podem proporcionar uma "porta de entrada" para fungos e bactérias. A irrigação desfavorece a praga. No manejo da principal doença que ocorre no canteiro (sapeco), recomenda-se a aplicação de cinzas de madeira (50 g/m2) ou diluído em água a 10% em regas antes do orvalho da manhã evaporar. Outra opção é a pulverização com extrato de própolis (0,1%). A calda bordalesa (0,3%) também é eficiente. No plantio definitivo, além de medidas preventivas recomenda-se pulverizações, preventivamente a cada 7 a 15 dias com calda bordalesa (0,5%). Se necessário e, somente na fase de plantio definitivo, recomenda-se manejar o tripes pulverizando-se com calda sulfocálcica à 3% (fase adulta), obedecendo o intervalo de aplicação de 15 dias entre as duas caldas. 

.Rotação de culturas: recomenda-se a rotação de culturas com diversas espécies, com exceção do alho que é da mesma família botânica. Resultados de pesquisa obtidos na Estação Experimental de Urussanga mostram a eficiência dessa prática no aumento da produtividade de cebola. Adubos verdes tais como aveia, mucuna, consórcio milho/mucuna, coquetel de adubos verdes (ervilhaca + nabo forrageiro + aveia) e outras, são boas opções para sistemas de rotação e ainda possibilitam o cultivo mínimo da cebola. 

.Colheita e cura: a cebola é colhida quando ocorre o tombamento ou estalo da planta, devido ao murchamento do pseudocaule. Iniciar a colheita quando houver mais de 10% de plantas tombadas. Se o tombamento não ocorrer naturalmente pode-se provocar o tombamento da folhagem com rolo de madeira. O processo de cura pode ser natural ou artificial e consiste na secagem das películas externas e do pseudocaule (pescoço). A cura natural deve ser iniciada no campo, por um período de três a dez dias, dependendo do clima. Deixam-se os bulbos, em molhos sobre o chão, arrumados em fileiras com as folhas de uns cobrindo os outros, para protegê-los da insolação direta e, evitar o aparecimento da pigmentação verde e queimaduras.

. Classificação e embalagem: após a cura é feito o corte das ramas a cerca de 1 cm acima do bulbo, sendo então classificados conforme o seu diâmetro. As cebolas devem ser comercializadas em embalagens novas, limpas e secas (sacos com 20 kg de bulbos), que não transmitam odor ou sabor estranho ao produto.


O mercado de produtos orgânicos no Brasil cresce a taxas que variam entre 30% e 50% ao ano. Em 2008, o faturamento desse segmento deve alcançar cerca de U$ 250 milhões – 70% serão gerados com exportações. 
Um negócio com essa dinâmica de expansão não pode ser ignorado pelos agricultores que cultivam cebola no Vale do São Francisco, afirma o pesquisador Nivaldo Duarte Costa, da Embrapa Semi-Árido, ainda mais que agora dispõem de informações precisas acerca do manejo da cultura, sem precisar lançar mão de insumos químicos na obtenção de altas produtividades.
Buscar esse mercado amplia as oportunidades comerciais para agricultores dessa região que é a segunda maior produtora do Brasil, atrás apenas de Santa Catarina, defende Nivaldo. Atualmente, no Vale, são colhidas 272.400 toneladas de cebola em 13.620 ha.
Praticamente toda ela é cultivada de forma convencional, em sistemas de produção que tem por base o uso intensivo de insumos químicos. "Há espaço para implantar no campo e oferecer aos consumidores uma cebola orgânica de boa qualidade".
Comercial
Até porque, explica, existe uma base técnica bem estabelecida para plantios nas condições irrigadas do Vale do São Francisco realizados por pesquisadores e professores da Embrapa Semi-Árido, Universidade do Estado da Bahia – UNEB, Instituto Agronômico de Pernambuco – IPA, e Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola – EBDA.
Em testes de campo, o plantio de cebola com as tecnologias desenvolvidas nesses estudos  pode alcançar produtividade de até 38 toneladas por hectare (38 t/ha-1) – quase que o dobro da média obtida nos sistemas de cultivo comercial nas áreas produtoras da Bahia e Pernambuco: 20 t/ha-1. Os estudos tiveram o apoio financeiro do Banco do Nordeste.
Produzir de forma orgânica não significa que o agricultor põe a cultura no campo e deixa que ela se desenvolva por si. Na verdade, o plantio orgânico, da mesma forma que o convencional, demanda práticas agrícolas e conhecimentos para cada etapa de desenvolvimento da cultura: do preparo do solo à variedade mais adequada, de controle de pragas e doenças à lâmina de água para irrigação. E elas precisam ser eficientes com resultados produtivos que dêem retorno comercial aos agricultores. Estar seguro de boas colheitas é um estímulo importante para passarem a adotar em suas propriedades o cultivo orgânico, assegura Nivaldo Costa.
Biofertilizante
Segundo este pesquisador, os estudos e testes de campo envolvendo a Embrapa, UNEB, IPA e EBDA desde 2005 dão esta segurança aos agricultores. As tecnologias e conhecimentos que geraram substituem com sucesso os manejos da agricultura convencional marcados pelo uso intensivo de insumos químicos e práticas que esgotam a fertilidade natural do solo. Além disso, produzir culturas alimentares com recursos técnicos que impactam minimamente o meio ambiente e não ameaçam a saúde de agricultores e de consumidores não é só possível como muito desejável, defende por sua vez o professor Jairton Fraga Araújo, do Departamento de Tecnologia e Ciência Sociais da UNEB.
Uma conclusão desses estudos está relacionada à definição da variedade de cebola mais adequada ao cultivo orgânico. De 20 variedades avaliadas em 2005, foram selecionadas três: Brisa, IPA 10 e Alfa São Francisco. Em outros testes foram estabelecidas as quantidades adequadas dos três principais macronutrientes a serem aplicadas nas plantas de cebola sob cultivo orgânico - nitrogênio (N), potássio (K) e fósforo (P) - oriundas de fontes como a torta de mamona, cinzas vegetais, fosfatos naturais (termofosfatos) respectivamente.
A implantação da cebola nas áreas de testes foi precedida de adubação verde com espécies leguminosas (mucuna preta, guandu e crotalária), com o objetivo de promover melhorias nas propriedades químicas, físicas e biológicas do solo. Após o inicio da floração, foram cortadas e deixadas no local por 30 dias para, só então, serem pré-incorporadas ao solo por meio de gradagem leve. A produção de massa verde incorporada foi estimada em 48 t/ha, sendo que em massa seca obteve-se 15 t/ha.
Segundo Jairton Fraga, a adubação foi feita em dois momentos: um, antes do estabelecimento da cultura; e depois, com a cebola já implantada na área. A cada semana, foram feitas pulverizações com biofertilizante líquido enriquecido à base de micronutrientes cuja formulação básica contém ingredientes como sulfatos de zinco, de magnésio, cobalto além de borax, leite, melaço, esterco bovino e água e aminoácido de peixe, aplicados via foliar.
Paralelo ao manejo do solo, pode ser necessário o emprego de estratégias para controle de pragas e doenças. No caso do cultivo da cebola orgânica, a ocorrência de trips (praga) foi combatida com o emprego de calda sulfocálcica (fungicida). A incidência de antracnose, por sua vez, foi debelada com calda bordaleza (fungicida). Para Nivaldo Costa, o manejo adotado nos testes se mostrou eficiente e impediu o progresso das doenças e pragas sem afetar a produtividade. .










segunda-feira, 13 de novembro de 2017

ALECRIM, AS PLANTAS CURAM


Rosmarinus Officinalis

Arbusto de origem mediterrânea, muito utilizado como condimento e erva aromática, como erva medicinal pode ser utilizado para vários fins como reumatismo e dores musculares.
Descrição : Arbusto perene da família das Labiadas, de numerosas folhas estreitas, duras e sempre verdes. Possui um intenso perfume nas folhas e nas flores que são azul-claro.
As folhas são duras, opostas, sésseis, persistentes e numerosas, com borda enrolada para dentro ao longo da nervura central.
As flores se apresentam em pequenos cachos na parte final e possuem coloração azulvioleta.
Suas folhas são verdes em cima e brancas na parte inferior.
Toda a planta desprende um odor que se assemelha muito ao do incenso.
O alecrim é uma das ervas mais conhecidas, sobretudo pelo seu aroma característico.
Usado tradicionalmente para fortalecer a memória, é muito tomado para auxiliar nos estudos e no desempenho nos exames e para afastar o esgotamento mental.
Habitat : Cresce nas regiões quentes. Seu nome científico deriva do fato de que suas folhas parecem recobertas de uma poeira branca, como rocio, e porque tem preferência pelas regiões expostas à atmosfera marinha — rosa marinha.
História : Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas.
Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimônia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.
Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.
No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo.
Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."
O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa."
A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tônicas, carminativas, antiespasmódicas, emenagogas e diaforéticas.
Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.
As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade.
Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes.
Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença.
O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV.
Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné.
O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polónia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.
Parte utilizada: folhas, flores, óleo essencial.



Plantio :

Multiplicação: propaga-se por sementes, estaquia e mergulhia (mudas).
Cultivo: o plantio deve ser feito em solos secos, leves, porosos, com espaçamento de 0,5m X 1m;
Colheita: colhe-se os ramos, o ano todo, podando as plantas mais viçosas.
O plantio deve ser feito antes da floração intensa, prefere locais ensolarados, bem iluminados e sem vento.
Modo de Conservar : Use as folhas e flores frescas ou secas a à sombra, e em local ventilado.
Após a secagem devem ser adicionados em vidros escuros e bem tampados, em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar, acondicionando-as em vasilhame sem ar.
Origem : Regiões do Mediterrâneo e foi introduzido no Brasil pelos colonizadores, que lhe davam lugar de honra na medicação natural e sempre acompanhou os bandeirantes nas suas entradas e bandeiras.
Propaga-se bem em solos secos, pobres e bem drenados. Adapta-se melhor ao clima subtropical.



Para que serve o alecrim

Dosagem : Combate as dores musculares. Ativa as funções do pâncreas e é anticonvulsivo. Pode ser usado também como inseticida. Para esse fim, mistura-se uma xícara de óleo de alecrim em dois litros do chá de fumo. Bata no liquidificador e aplique, como se faz com um inseticida. Como tempero suas folhas utilizadas para temperar carnes e peixes.
Xarope - para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 colheres de folhas e tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.
Infusão - 1 xícara de folhas em 1/2 litros de água, tomar uma xícara de chá a cada seis horas.
Pó cicatrizante - usa-se as folhas secas reduzidas à pó.
Tintura - 50 gramas de folhas frescas em um litro de álcool, deixe cinco dias em maceração, coar e guardar em um vidro escuro. Dor de cabeça de origem digestiva Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá antes ou após as principais refeições. Problemas respiratórios xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xícara de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.

Infusão: 1 xícara de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xícara de chá a cada 6 horas.

Tintura: 10 xícara de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas.
Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.

Princípios Ativos: Saponinas, flavonoides, nicotinamida, colina, pectina, taninos , rosmaricina, vitamina C, óleo essencial (pineno, canfeno, cineol, borneol, eucaliptol, acetato de isobornila, valerianato de isobornila, cânfora).

Toxicologia :
Gestantes. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrintestinal, nefrite, intoxicação, aborto, irritações na pele. Não é recomendado para prostáticos e pessoas com diarreia. Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode ser induzir a toxicidade.
A toxicidade do óleo é caracterizada por uma irritação do estômago e do intestino, por danos aos rins. Embora o óleo de alecrim é irritante à pele de coelhos, geralmente não é considerado ser um agente sensitizante à pele humana.
Existem pelo menos 3 relatos de casos de convulsões tóxicas associadas ao alecrim. As cetonas monoterpénicas da planta são potentes convulsantes com propriedades epileptogênicas conhecidas.
Precauções: Afeta o ciclo menstrual.
Efeitos colaterais: As preparações que contêm o óleo essencial podem causar o eritema, e produtos cosméticos podem causar a dermatite em indivíduos sensíveis. Um exemplo de asma ocupacional causado pelo alecrim foi relatado. Fotossensibilização em uso tópico.
Superdosagem: Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos, e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode ser induzir a toxicidade.



Posologia:
As folhas do alecrim, para o tratamento da dispepsia, hipertensão e o reumatismo, em doses de 4 a 6g/dia, como alimento ou em infuso; O óleo essencial   em doses 1ml para banhos; 2g de folhas frescas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso para uso interno em todas as indicações; Tintura canforada ou óleos para massagens em dores reumáticas e musculares; Como fito cosmético em xampus (shampoos), loções capilares e dentifrícios em concentrações de 3 a 5%.

Farmacologia:
O alecrim é um agente antimicrobial bem conhecido. As folhas moídas são usadas como um repelente natural e eficaz contra pulgas e carrapatos. O óleo de alecrim possui ações antibacteriana e antifungosa marcante e também exibe propriedades antivirais. A atividade contra bactérias inclui as espécies Staphylcoccus áureo, Staphylcoccus albus, Vibrio cholerae, Escherichia e Corynebacteria.
Um estudo relata que o óleo de alecrim é mais ativo contra as bactérias gram negativas(Pseudomonas) e gram-positivas (Lactobacillus) de "deterioração da carne"; O efeito do alecrim contra a Cândida albicans também foi descrito; Um outro relatório descreve a inibição de crescimento do Aspergillus parasiticus pelo óleo de alecrim; O alecrim é ineficaz no tratamento de lêndeas e piolhos; Vários relatórios avaliando os efeitos anticancerosos do alecrim estão disponíveis na literatura.
O extrato induz a quinona redutase, uma enzima anticarcino-gênica. Outros mecanismos anticancerosos incluem os componentes polifenólicos do alecrim, que inibem a ativação metabólica dos pró-carcinógenos pelas enzimas de Fase l (P450), e a indução da via de desintoxicação causada pelas enzimas de Fase II (glutationa S-transferase); Resultados de estudos em animais: Suplementação dietética de 1 % de extrato de alecrim a animais de laboratório conduziu a uma diminuição de 47% na incidência de tumores mamários induzidos experimentalmente, quando comparados aos controles. Este extrato foi encontrado melhorar a atividade das enzimas que desintoxicam as substâncias reativas no fígado e no estômago dos camundongos.
Os tumores de pele nos camundongos foram inibidos pela aplicação do extrato de alecrim à área. Outros estudos em animais mostraram uma inibição da síndrome do desconforto respiratório adulto em coelhos, redução da permeabilidade capilar e uma atividade antigonado-trófica em camundongos. O alecrim também inibe a ação uterotrópica do estradiol e da estrona em 35% a 50%, quando comparado com os controles.
Estudos clínicos: O alecrim também aumentou a desintoxicação de carcinógenos nas células epiteliais brônquicas humanas. O composto diterpênico encontrado no alecrim, ácido carnósico, possui um forte efeito inibitório contra a enzima HlV-protease; Diversos estudos relatam as ações antioxidáveis do alecrim. O carnoso e o ácido carnósico são responsáveis por mais de 90% da atividade antioxidante do extrato de alecrim. Ambos os compostos são potentes inibidores da peroxidação de lipídio e são ótimos sequestadores de radicais de peroxil.
A atividade antioxidante depende diretamente da concentração de diterpenos como estes. Os antioxidantes do alecrim possuem uma atividade sequestradora de radicais menor do que aquela produzida pelos polifenóis do chá verde, porém apresentam um potencial maior do que a vitamina E; Vários relatórios descreveram outras ações do alecrim, incluindo uma ação espasmolítica no músculo liso e cardíaco, alteração da ativação de complemento, efeitos hepáticos e imunológicos, além da aromaterapia para o tratamento da dor crônica. O alecrim também pode reverter dores de cabeça, reduzir o estresse, e ser beneficiai no tratamento da asma e da bronquite.



quarta-feira, 8 de novembro de 2017

O Cultivo do Tomate Orgânico



  O tomate (Lycopersicon esculentum) é uma espécie da família botânica das solanáceas, assim como a batata, fumo, pimentão e berinjela. O tomate é de alto valor nutricional, com boa fonte de vitaminas A e C e rico em sais minerais (cálcio e fósforo), essenciais para a formação dos ossos e dentes. Pesquisa realizada sugere que o licopeno, substância em quantidade apreciável no tomate, traz benefícios contra a hiperplasia benigna da próstata (BPH), a qual afeta mais da metade dos homens a partir dos 50 anos. Por ser uma das hortaliças mais consumidas no mundo, especialmente na forma de salada (in natura) e, muito sensível ao ataque de pragas e doenças, é vital o cultivo orgânico de tomate (sem agroquímicos) para garantir a saúde do agricultor, consumidor, meio ambiente e as futuras gerações. Pesquisa da Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, com 21 espécies de frutas e hortaliças no Brasil, revelou que, das 3.130 amostras coletadas em 2009, 29% apresentaram resultados insatisfatórios,ou seja,com resíduos de agrotóxicos, especialmente, os não autorizados para a cultura. Dentre as hortaliças, o tomate foi uma das mais contaminadas por agrotóxicos, apresentando 32% das amostras coletadas com resíduos de agrotóxicos. O uso incorreto e excessivo de agrotóxicos aplicados no tomateiro, explica os resultados. Os produtores, para evitar prejuízos parciais ou totais na lavoura, devido as inúmeras doenças e pragas e, condições climáticas desfavoráveis, chegam a pulverizar duas vezes por semana e, o que é pior, não levam em conta a carência dos produtos (tempo mínimo em dias necessário, entre a última pulverização e a colheita e consumo dos frutos). Como as colheitas são feitas duas vezes por semana, a carência ou intervalo de segurança dos agrotóxicos, geralmente de 7 a 10 dias, não é respeitada. As vantagens do cultivo orgânico do tomateiro não param por aí; pesquisa revelou que a qualidade nutritiva dos frutos no cultivo orgânico é maior, produzindo 21,1 e 34,3% a mais de vitamina A e C, respectivamente, em relação ao cultivo convencional, além de serem mais nutritivos e saborosos, com melhor conservação e, ainda com menor custo de produção.

Principais recomendações técnicas

.Escolha correta da área e análise do solo: evitar áreas úmidas de baixada sujeitas à neblina e, já cultivadas com espécies da mesma família botânica (fumo, batata e pimentão) nos últimos anos. 

.Épocas de plantio e cultivares: o clima fresco, seco e alta luminosidade favorecem a cultura. Temperaturas acima de 32 ºC e excesso de chuvas prejudicam a frutificação, com queda acentuada de flores e frutos novos, além de favorecer a murchadeira. No Litoral, a época mais favorável para o plantio é de julho a agosto; a partir de setembro favorecem maior incidência de pragas e doenças no final do ciclo da cultura. Em regiões onde não ocorrem geadas, é possível o plantio no final do verão e início de outono desde que as cultivares sejam rústicas e resistentes às pragas e doenças; neste período, as pulverizações preventivas com calda bordalesa devem ser a cada 7 dias. Pesquisa realizada na Estação Experimental de Urussanga (Epagri), indica para o Litoral: tipo Santa Cruz - cultivar Santa Clara; tipo Cereja – variedades regionais com formato arredondado ou alongado e tipo Italiano - variedades regionais com formato alongado. Recomenda-se para todas estas cultivares, retirar as sementes para o próximo plantio, seguindo-se algumas orientações (ver orientações na matéria já postada neste blog: "produção própria de mudas e sementes orgânicas".

.Produção de mudas: mudas sadias e vigorosas produzidas em abrigos protegidos, garante o sucesso da cultura do tomateiro. O copinho de papel jornal ou copo plástico descartável, utilizados para refrigerantes, são os mais recomendados para produção de mudas de tomate, utilizando-se substratos de boa qualidade. 

.Preparo do solo: adotar o plantio direto ou o cultivo mínimo do solo. Para o cultivo nos meses de julho a agosto, no Litoral, o mais indicado é a semeadura de adubos verdes (aveia, ervilhaca e nabo forrageiro) no outono, isoladamente, ou em consórcio e, a abertura de covas ou sulcos para o plantio das mudas. Outra opção é utilizar milho-verde consorciado com mucuna no mês de dezembro e, a abertura de covas e plantio das mudas no final de março/início de abril (Litoral) ou ainda julho e agosto, sobre a palhada. Pode-se também utilizar as plantas espontâneas como cobertura, manejando-as nas entrelinhas, através de roçadas. As plantas de cobertura protegem o solo, mantêm o solo mais úmido, além de aumentar o teor de matéria orgânica e reciclar nutrientes.

.Adubação de plantio: plantas bem nutridas são mais resistentes às pragas e doenças. Com base na análise do solo e nos teores de nutrientes do adubo orgânico, fazer a recomendação da adubação. 

.Plantio e espaçamento: as mudas são transplantadas quando atingirem 10 a 12cm de altura e com 4 a 5 folhas definitivas. O espaçamento indicado é de 1,2 a 1,5m entre fileiras por 0,4 a 0,5m entre plantas.

.Irrigação: a irrigação por gotejamento é a mais indicada. O sistema de aspersão é contra-indicado para o tomateiro, pois molha as folhas e umedece o ambiente em torno das plantas, favorecendo a requeima. 

.Práticas culturais: a capina é realizada em faixas, mantendo-se limpo a área junto às fileiras de tomate para evitar competição com as plantas espontâneas ou de cobertura. Nas entrelinhas, deixar uma faixa de plantas de cobertura e, se necessário, roçá-las para evitar competição por luz e facilitar a pulverização das folhas baixeiras do tomate. O tutoramento ideal é o vertical e, sempre no sentido norte-sul para permitir maior insolação das plantas.Não recomenda-se o tutoramento tradicional ("V" invertido), pois é formada uma câmara úmida que favorece os fungos e ainda torna os tratamentos fitossanitários ineficientes, pois não atingem a parte interna das plantas. À medida que a planta cresce, é preciso fazer amarrios e desbrotas, semanalmente. Para evitar o ferimento e o estrangulamento do caule, faz-se o amarrio, deixando-se uma folga. A desbrota consiste em eliminar todos os brotos que saem das axilas da plantas, deixando-se uma ou duas hastes por planta; não deve ser realizada com as plantas molhadas, evitando-se a disseminação de doenças. 

.Manejo de doenças e pragas: o tomateiro é o mais atacado por doenças e pragas que causam perdas parciais e até totais da lavoura. No entanto, se forem seguidos os princípios da agricultura orgânica, é possível prevenir e/ou reduzir os danos na lavoura. As principais doenças são: requeima ou sapeco (Phytophthora infestans), pinta preta (Alternaria solani) e murchadeira(Ralstonia solanacearum). As principais pragas são: broca pequena do fruto (Neulocinodes elegantalis) e traça (Tuta absoluta). Para o manejo, recomenda-se as medidas: a) escolha correta da área; b) evitar plantios escalonados e próximos a lavouras velhas; c) plantio na época recomendada; d) uso de cultivares resistentes; e) adubação com base na análise do solo;f) arranquio e destruição de plantas viróticas; g) destruir restos da cultura; h) rotação de culturas; i) pulverizar, preventivamente, a cada 10 dias, com calda bordalesa a 0,5 %,para o manejo das doenças foliares e j) pulverizar preventivamente,a partir do início da frutificação,com Bacillus thuringiensis, produto comercialmente conhecido como dipel, para o manejo da broca pequena do fruto e traça do tomateiro. O consórcio de tomate com coentro (planta repelente) reduz estas pragas e, ainda atrai os inimigos naturais destas. 

.Colheita: a colheita inicia quando os frutos estão amarelados ou rosados. Para mercados mais próximos podem ser colhidos num estádio de maturação mais adiantado, mas ainda bem firmes. A calda bordalesa, embora seja tolerada no cultivo orgânico, possui carência de 7 dias que deve ser respeitada, Para a limpeza dos frutos com resíduos de calda bordalesa, proceder a imersão dos frutos, por 5 minutos, em solução de ácido acético (vinagre), na concentração de 2%. Deixar secar e proceder a embalagem.                                                                                  

Agrotóxicos e pesticidas são péssimos para o meio ambiente e para a saúde de quem se alimenta de vegetais que foram "dedetizados". Há formas alternativas para tentar manter o desenvolvimento de uma plantação. Uma das formas é uma técnica batizada como "plantio consorciado".


De acordo com o estudo publicado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o plantio consorciado é um sistema no qual duas ou mais espécies são cultivadas em conjunto, permitindo uma interação biológica benéfica para todas as espécies cultivadas. Espécies que têm essa relação são conhecidas como plantas companheiras. O consórcio permite otimizar o uso de recursos ambientais, como nutrientes, água e radiação solar, uma vez que as espécies de plantas possuem ciclos de crescimento diferentes.

O plantio consorciado passa a ser uma alternativa tecnológica para o pequeno produtor rural, uma vez que o segundo cultivo torna-se uma nova fonte de renda, fortalecendo a estabilidade financeira do agricultor, e tendencia a aumentar a produtividade da cultura e diminuir a quantidade de agrotóxicos. Uma das finalidades do plantio consorciado é o manejo ecológico de insetos e pragas que atacam culturas mais vulneráveis, como a de tomate e de morango, por exemplo.

Segundo a Embrapa, o tomate é uma das hortaliças mais consumidas no mundo, se destacando no Brasil tanto na produção de agricultura familiar quanto na de grande escala. Devido ao grande impacto que o cultivo de tomate tem na produção alimentar, vários estudos estão sendo conduzidos para descobrir quais plantas são suas companheiras. A Embrapa identifica as principais pragas encontradas no tomateiro, como insetos causadores de danos diretos, a traça-do-tomateiro, ácaros e insetos transmissores de doenças, como mosca-branca, tripes e pulgões.

Um possível companheiro do tomate é o coentro que, de acordo com o relatório publicado pela Embrapa, atua como repelente natural de pragas devido ao forte odor que exala, reduzindo a colonização por insetos. O resultado do estudo mostrou que o coentro colaborou para a diminuição da densidade populacional de ovos, lagartas, e insetos adultos da traça-do-tomateiro. Também produziu o incremento de inimigos naturais da pragas em quantidade e variedade de espécie, como aranhas, formigas e joaninhas - atraídos pelas flores do coentro, sem contar que se alimentam das traças-do-tomateiro.

Outra planta companheira do tomate que atua de forma semelhante ao coentro é o manjericão. Essa combinação vem sendo associada à redução da mosca-branca, transmissora de um vírus prejudicial ao crescimento da planta. De maneira parecida ao coentro, a flor do manjericão atrai os predadores da mosca para a plantação.

Em outro relatório publicado pela Embrapa é apresentada a eficiência da arruda no consórcio com o tomate por ela possuir uma substância chamada cumarina, que não é apelativa ao paladar das pragas por ter um gosto muito forte. Além disso, a cumarina é uma inibidora natural do processo de germinação, inibindo espécies indesejáveis de crescerem no entorno.
Desafios
O plantio consorciado é uma alternativa para o controle biológico de pragas e uma ferramenta para a agricultura orgânica familiar. No entanto, o desafio está no fato de que a eficiência da produção depende diretamente das culturas envolvidas, condições ambientais e manejo. Mais pesquisas devem ser feitas para sustentar a prática, que ainda carece em conhecimento técnico.