google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL

ANUCIOS

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

Cultivo Orgânico do Inhame

 

 O inhame (Dioscorea cayenensis Lam) é uma importante hortaliça-rizoma, cultivado especialmente nas regiões Centro-Sul e Nordeste brasileiro. No Brasil, diferentes denominações vulgares para a cultura ocorrem por regionalização. Por exemplo, a palavra inhame, no Sul e Centro-Sul do Brasil, é aplicada à espécie comestível, de valor econômico apreciável, Colocasia esculenta (L.) Schott, pertencente à família Araceae, também referida por taro. Em São Paulo, particularmente, cultiva-se muito Dioscorea alata L, que é conhecida por cará, palavra de origem Tupi. No Nordeste, a palavra inhame também é muitas vezes substituída por cará, especialmente quando em referência às túberas de D. alata (cará São Tomé e cará Nambu). Para ser evitada duplicidade de termos, ficou estabelecido por ocasião do I Simpósio Nacional sobre as Culturas do Inhame e do Cará, realizado em 2001, em Venda Nova do Imigrante, no Espírito Santo, que no meio técnico-científico nacional, a partir daquela data, o termo cará seria substituído definitivamente por inhame e o inhame (C. esculenta) denominado definitivamente de taro.

     O inhame também conhecido como cará-da-costa, é uma planta de origem africana, sendo cultivado no mundo inteiro por se tratar de um alimento energético e de alto valor nutritivo. O inhame é uma planta herbácea, com caules volúveis que produz rizomas isolados ou em feixes, com coloração escura na casca e polpa de cor branca, amarelada ou avermelhada (Figuras 1 e 2). Pertence à mesma família do mangarito e da taioba. No Brasil existem cinco gêneros e 625 espécies. A maioria das espécies não serve para alimentação. O ciclo do inhame é anual, mas uma planta pode produzir dois tipos de túberas: as comerciais, colhidas entre sete a nove meses, ou precocemente, cinco a sete meses após o plantio, o que proporciona, neste caso, a produção de túberas-sementes, três meses após às túberas comerciais. As túberas comerciais, também denominadas de rizóforos, constituem-se em produto agrícola de apreciável valor comercial no mercado interno e externo.

      Figura 1. Hortaliça-rizoma: Inhame

Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: O inhame pode substituir a batata em qualquer receita: purê, salada, fritura, para engrossar sopas e pastas de legumes. Pode-se fazer massas com inhame ralado e, assim, dispensar a utilização de farinha. O ideal é cozinhar o rizoma com a casca para preservar os nutrientes. Além disso, é mais fácil descascar depois de cozido. O inhame descascado é branco e tem uma consistência muito firme, mas após ser cozido fica com um tom levemente azulado e torna-se macio. Para quem tem intolerância ao glúten, o inhame é ótima opção. A folha da trepadeira também pode ser aproveitada. Cozida ou refogada, pode ser consumida em diferentes pratos.    No nordeste brasileiro, costuma-se comer o inhame cozido  com um pouco de mel ou melado no café da manhã. Forma de preparar: cozinhe com ou sem casca; mantendo a casca na cocção, nutrientes como vitaminas e minerais hidrossolúveis não se perdem. Após descascar, deixe-o imerso em água com vinagre para não escurecer. Ao cozinhar, apenas cubra com água fervente salgada. Cortado em cubos de 2 por 2cm, cozinha em 6 minutos; portanto, em sopas não misture com cenoura, por exemplo, que demora mais para cozinhar. Ao cozinhar inteiro, verifique com o garfo se já está macio. Após esfriar, puxe a casca com  a faca. Cozido, pode ser fritado, refogado ou passado em manteiga ou azeite e servido polvilhado com ervas. São recomendados para pessoas com alto gasto energético, porque é um alimento calórico, com a vantagem de ser de digestão fácil e rápida. O inhame é rico em amido e em beta caroteno (vitamina A), boas fontes de vitaminas C e do complexo B, além de conterem cálcio, fósforo e ferro. No entanto, deve-se ter atenção especial com as espécies de inhame de procedência duvidosa, pois algumas delas são venenosas, podendo causar graves danos à saúde e até a morte. O inhame é fonte de carboidratos complexos, proteínas, minerais e vitaminas. Estimula a depuração do sangue, facilitando a saída das impurezas através da pele, rins e intestinos. Além disso, reduz o colesterol ruim e ajuda a controlar os níveis de ácido úrico no organismo. No começo do século passado já se usava elixir de inhame para tratar sífilis. Fortalece o sistema imunológico. Os médicos orientais recomendam comer inhame para fortificar os gânglios linfáticos, que são os postos avançados de defesa do sistema imunológico. A medicina oriental utiliza o rizoma também como anti-inflamatório, em tratamentos contra reumatismo, artrite e outras inflamações. Para as mulheres, o inhame é um aliado: aumenta a fertilidade, alivia sintomas da tensão pré-menstrual e da menopausa por conter fitoestrógenos, que ajudam a regular os níveis hormonais.

Figura 2. Inhame: Fase vegetativa


Inhame combate a dengue: Mito ou verdade? 

A ciência não descarta supostos benefícios para amenizar os sintomas da doença

     A dengue é uma infecção virótica que faz doer o corpo inteiro, especialmente as juntas, e provoca muita febre; deixa a pessoa fora de combate por algum tempo e pode matar. Comer inhame, alho ou ingerir complexo B previnem a dengue. O que atrai a fêmea do mosquito para o corpo humano é o cheiro. Por isso, qualquer produto que ingerimos, quando eliminado do organismo, confunde a fêmea, já que modifica nosso cheiro. Mas cuidado! Essas substâncias precisam ser consumidas em grandes quantidades para que a eliminação chegue a confundir o mosquito. Inhame em grande quantidade não faz tão bem ao organismo, complexo B em excesso causa toxidez e o alho, traz aquele mau hálito. O Inhame é muito usado na fitoterapia. No caso da dengue, o doente tem que tomar cuidado com a forma desta ingestão. Como as pessoas afetadas pela doença, geralmente, ficam sem apetite, muitas se esforçam e comem somente o tubérculo achando que serão curadas, o que pode gerar outros problemas. A chave para se recuperar está na hidratação, seja em forma de água, suco ou o soro que pode ser retirado gratuitamente nos postos de saúde. A suposta cura da dengue está relacionada às propriedades depurativas e a presença de vitamina B que compõem o tubérculo. A crença popular julga que estas propriedades são capazes de expulsar o vírus do organismo e a vitamina B, afastaria o mosquito através de substancias exaladas pelo suor. Hoje em dia sabe-se que, uma alimentação rica em potássio, sais minerais e carboidratos que são encontrados na banana, melão, beterraba, batata e o famoso inhame, agiliza a cura. Vale destacar que quem estiver bem debilitado o melhor remédio é a hidratação venosa. Mas, o melhor tratamento é acabar com as larva e os focos dos mosquitos e para aqueles que estão doentes a indicação é repouso, nutrição e hidratação. Mas isso não significa que se você ficar quietinho, comendo sopa com suco de inhame, irá se recuperar mais rápido.

Cultivo: O inhame é uma planta tipicamente tropical, de clima quente e úmido. Para um bom desenvolvimento da cultura, a temperatura média deve ser de 23 a 25ºC; não tolera frio e, especialmente geadas. 

Cultivares: Existe uma grande variedade de inhames, entre as quais o inhame-branco, o inhame-bravo, o inhame-cigarra, o inhame-da-china (também chamado de inhame-cará) e o inhame-taioba. Há diversas cultivares de inhame que são comestíveis: São Tomé e o Sorocaba, além do Cará-da-Costa e do Cará-Mandioca, que, apesar dos nomes, referem-se mesmo ao inhame. Dentro de cada espécie, existe ainda uma variação entre os clones, principalmente no aspecto dos tubérculos, na cor da polpa e na adaptação. Entre os principais podem ser citados a variedade São Tomé, bastante difundida na região Centro-Sul e no Nordeste, o Cará-da-Costa, é o mais cultivado. 

Propagação: propaga-se exclusivamente através de material vegetativo. Podem ser usados rizomas pequenos, inteiros, que não atingem o padrão comercial, mas com peso mínimo de 100g; os rizomas maiores podem ser cortados em pedaços, contendo de duas a três gemas cada um, com peso na faixa de 250 a 350g. Todas as partes podem ser usadas no plantio, embora a parte de cima apresenta melhor pegamento que as partes do meio e da ponta, pois tem maior quantidade de gemas. É preciso deixar os rizomas em repouso, após cortados, em local ventilado para que cicatrize a parte cortada, impedindo a entrada de patógenos. As túberas-sementes, conhecidas pelos agricultores nordestinos por mamas, são produzidas por meio de técnica denominada capação, que consiste na retirada da túbera comercial, deixando-se suficiente quantidade de tecidos no local da extirpação, para possibilitar a formação de um aglomerado de pequenas túberas, que são colhidas três meses após. Tais túberas são produzidas por um número limitado de agricultores que comandam esse tipo de mercado, com apreciáveis lucros econômicos. 

Solo e adubação: O inhame prefere solos areno-argilosos ou mesmo arenosos, leves e bem profundos, com pH na faixa de 5,5 a 6,0. A planta responde bem ao fósforo; por isso, se o teor no solo for baixo, conforme a análise do solo, feita com antecedência, recomenda-se adicionar fosfato natural ao adubo orgânico ou aplicá-lo diretamente no solo, antes do plantio. 

Preparo do solo, plantio e espaçamento: O inhame pode ser plantado em sulcos abertos no solo, ou em leiras. Os sulcos só serão indicados para solos bem soltos e, devem ser abertos numa profundidade de 15 a 20cm. Em terrenos mais pesados, recomenda-se utilizar leiras para o plantio. A altura das leiras deve ser de, pelo menos, 30 cm. Deve ser feito um sulco no topo das leiras, com cerca de 15 cm de profundidade. Neste sulco é distribuído o adubo orgânico, de acordo com a análise do solo e do adubo. No Nordeste, o plantio irrigado é feito de setembro a outubro e, sem irrigação, de janeiro a março. No Centro-Sul, o plantio é feito de setembro a dezembro, quando começa o período das chuvas. Em regiões de baixa altitude, com temperaturas médias anuais mais elevadas, planta-se de junho a setembro. No plantio, as mudas devem ser distribuídas ao longo da leira ou do sulco, colocando a parte cortada virada para baixo. Após a distribuição, as mudas devem ser cobertas com uma camada de 5cm de terra. Para a cultura conduzida no sistema rasteiro, o espaçamento pode ser de 80 a 90 cm entre linhas por 20 a 30 cm entre plantas. No caso do tutoramento, recomenda-se o espaçamento de 1,20m entre linhas e 40 a 60cm entre plantas. Se o solo for fértil e a umidade alta, recomenda-se utilizar espaçamentos mais apertados, para evitar que os rizomas cresçam muito, o que dificulta sua aceitação em mercados mais exigentes. 

Capinas: até os 100 primeiros dias após o plantio, a linha de plantio deve estar livre de plantas espontâneas. As capinas, na fase inicial devem ser feitas em faixas, limpando-se junto às plantas e mantendo uma faixa de plantas espontâneas ou de adubos verdes, de cerca de 20 cm entre as linhas de cultivo. 

Consorciação de culturas: O plantio consorciado de espécies vegetais traz benefícios para as culturas de interesse econômico, segundo pesquisadores da Embrapa Agrobiologia. O cultivo orgânico de inhame entre faixas de guandu confere sombreamento e protege as folhas dessa hortaliça contra queimaduras do sol, durante o seu crescimento, além de promover controle do crescimento de ervas espontâneas. O guandu participa do consórcio como adubo verde e fornece quantidades significativas de nitrogênio para o inhame. É plantado em faixas distanciadas de 4 a 6m, sendo as mesmas formadas por fileiras duplas espaçadas de 0,50m. É podado cerca de 100 dias após o plantio do inhame e sua palhada é mantida sobre o solo, disponibilizando, assim, ao se decompor, nitrogênio oriundo da fixação biológica do ar. O cultivo consorciado com a leguminosa Crotalária juncea promoveu maior altura nas plantas do inhame, assim como reduziu a queima de folhas pelos raios solares. A população infestante de ervas espontâneas foi mais efetivamente controlada com a combinação entre consórcio e plantio direto em cobertura morta de aveia preta.

 Irrigação: Durante o período chuvoso, a cultura não precisa de irrigação, pois é bastante resistente à seca. Na falta de chuvas, o uso de irrigação após o plantio apressa a brotação e favorece o desenvolvimento inicial das plantas, obtendo-se colheitas precoces e melhores preços na comercialização. Quando atinge o ponto de colheita, o excesso de umidade no solo pode provocar apodrecimento e brotação dos rizomas. Em média, as chuvas por ano devem superar os 1.500mm, devendo ter disponíveis 400 mm entre os 3,5 e 5 meses de vegetação. Tutoramento: É feito com varas com 2m de comprimento. Pode-se utilizar uma vara por planta ou uma para cada duas plantas. Também pode-se fazer o tutoramento na forma de cerca cruzada, semelhante ao utilizado na cultura do tomate. O tutor é fincado na leira, bem firme. A planta se desenvolve sobre este apoio, enroscando-se sozinha. Doenças e pragas: Apesar de existir referência de ataque de doenças e pragas, o inhame é uma planta bastante rústica, principalmente se o sistema estiver equilibrado através do uso de prática adequadas, tais como adubação equilibrada, uso de sementes não contaminadas, rotação de culturas e adubação verde.

Colheita: O ciclo do inhame, do plantio à colheita, dura de 8 a 10 meses. O ponto de colheita é quando as folhas ficam amarelas e os ramos secam. A colheita manual é feita com auxílio de enxada ou enxadão, tomando-se cuidado para não ferir os rizomas. Depois, eles são recolhidos e colocados em caixas. Para comercializá-los é preciso limpar e retirar as raízes. Pode-se lavar os rizomas, deixando secar, em seguida, para uma adequada embalagem. Para estocar, o inhame deve ser colocado em galpão arejado e fresco, sendo os rizomas espalhados em uma camada fina. É possível estocá-los por até dois meses.


quinta-feira, 3 de setembro de 2020

Cultivo Orgânico da Berinjela


Berinjela

     A berinjela (Solanum melongena L.) é uma planta perene, porém cultivada como cultura anual;  apresenta alto vigor, podendo atingir 150-180 cm de altura (Figura 4). O sistema radicular é vigoroso e profundo atingindo profundidades superiores a 100 cm, embora a maioria das raízes se concentre mais superficialmente. É uma planta originária de regiões de clima tropical e subtropical, sendo uma das hortaliças mais exigentes em calor, como também em luminosidade. A berinjela (Solanum melogena), assim como o pimentão, o tomate, a batata e o jiló, pertence à família das solanáceas. Possui caule semilenhoso, folhas grandes, flores roxas, frutos ovais, alongados (Figura 4 e 5) e de toque macio - 50% do volume da berinjela é ar.  Sua origem é das zonas tropicais da China e da Índia. Até o continente europeu, a trajetória da berinjela foi conduzida pelos árabes. Em terras brasileiras, chegou no século 16, trazida pelos colonizadores portugueses. O seu cultivo predomina no Sul e Sudeste do Brasil.

Figura 4. Plantas e frutos de berinjela

Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: a berinjela pode ser recheada e cozida, grelhada, assada, ensopada e ainda frita à milanesa. No entanto, devido à textura esponjosa, a berinjela quando frita,  absorve muita gordura, cerca de 4 vezes mais do que a de uma batata frita. Embora seja pouco nutritiva, é uma hortaliça muito versátil, compondo muitos pratos de diferentes etnias. Apreciada em receitas de diferentes culturas, a berinjela é o principal ingrediente de comidas típicas da cozinha mediterrânea, indiana, francesa e de países do Oriente Médio. Finas fatias sobrepostas de berinjela e de batata recheadas com carne moída dão forma ao moussaka, tradicional prato da culinária grega parecido com lasanha, mas sem o uso de massa de farinha de trigo. Apesar de proporcionar uma sensação de saciedade, a berinjela é pobre em calorias, mas possui boa fonte de sais minerais e vitaminas, além de proteína, cálcio, ferro e fósforo. O suco da berinjela combate o colesterol ruim. A berinjela auxilia no emagrecimento, é diurética e reduz a gordura no fígado. As folhas ajudam a aliviar a dor de queimaduras.

Figura 5. Arte culinária: com um pouco de criatividade, as berinjelas podem se transformarem em pinguins

Cultivo: A berinjela se desenvolve bem em regiões de clima tropical e subtropical, mas sem excesso de chuva. Em épocas de floração, não suporta frio intenso e geadas. Para o cultivo, prefere as temperaturas entre 18 e 25 graus, principalmente na primavera, verão e outono. 

Plantio: nos meses da primavera, verão e outono, mas pode ser plantada o ano todo em locais de clima quente. A semeadura pode ser feita em copinhos plásticos ou de papel (200 a 300 ml). 

Cultivares: As variedades de berinjela mais comercializadas apresentam formato alongado, de 13 a 17 cm de comprimento, cor roxo-escura, quase preta. Mas há também frutos com características diversas, como os finos e alongados de cultivares do tipo japonês plantas em São Paulo. São encontrados nas cores roxa e verde. As arredondadas do tipo italiano têm casca de púrpura ou rosa rajada, polpa adoçicada e poucas sementes. 

Espaçamento: Para cultivares de com plantas pequenas, o espaçamento deve ser feito de 1,2 entre fileiras por 0,8  m entre plantas. Se forem mais vigorosas, deve ser de 1,5 x 1m. As mudas devem ser enterradas na mesma profundidade que se encontrava antes, com seis a sete folhas definitivas. 

Irrigação: Na obtenção das mudas e nos primeiros dias após o transplante, as regas devem ser diária. Posteriormente, devem ser feitas a cada 2 ou 4 dias, de acordo com o clima e tipo de solo. 

Outros tratos culturais :  Manter a cultura no limpo na linha de plantio. Resultados de pesquisa comprovaram que o plantio direto na palhada de adubos verdes como crotalária é eficiente no manejo de plantas espontâneas. O cultivo consorciado de berinjela com crotalária, caupi e feijão-vagem rasteiro (Figura 6)  não diminuem a produtividade, quando comparados ao monocultivo da berinjela.  Estaquear  as  plantas  bem  desenvolvidas  com bambu de 1,5 m de altura. Promover a  desbrota do terço basal das plantas.

Principais pragas: Ácaro vermelho, vaquinha, pulgão, tripes, lagarta-rosca e broca pequena.

Principais doenças: Causadas por fungos: Murcha de Verticillium, seca dos ramos, antracnose, podridão de Esclerotínia, tombamento e podridão do colo e raiz, podridão de Esclerócio, podridão do algodão, murcha de Ascochyta, mancha de Stemphylium, podridão de Fomopsis, mancha de Alternaria e podridão de Botritis

Figura 6. Berinjela consorciada com feijão-vagem arbustivo

Colheita: dependendo da variedade, dura três meses ou mais, a partir dos 90 a 110 dias de semeadura. Recomenda-se cuidado ao manipular os frutos durante a colheita, pois são bastante sensíveis ao amassamento e aos danos provocado por ferramentas e outros objetos. Recomenda-se o uso de uma tesoura de poda ou uma faca com corte afiado para retirar as berinjelas das plantas, pois o pedúnculo é lenhoso e resistente.






segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Plantas Medicinais: CIPÓ CRUZ


CIPÓ CRUZ 

Nome Científico: Calea pinnatifida 

Família: Asteraceae (Compositae) 

Outros Nomes Populares: erva-de-lagarto, aruca, cipó-cruz-do-norte. 

Usos: antitumoral. 

Parte Utilizada: folhas. 

Plantio: tem origem no cerrado, crescendo portanto em solos arenosos, ácidos e com pouca matéria orgânica. 

Princípios Ativos: poliacetileno, ácido anísico, glicosídeo do ácido p-hidroxibenzóico, sitosterol e germacranolídeos (como arucanolídeo). 

Observações:
 •O Arucanolídeo é um tipo de germacranolídeo, e é a substância principal do cipó cruz com ação antitumoral, fazendo com que as células tumorais sejam induzidas à apoptose. 
•Esta planta não está na lista de plantas medicinais e/ou fitoterápicos regulamentados pela Anvisa. Por este motivo, algumas informações sobre o seu uso medicinal não foram encontrados. 

Arbusto de cipó-cruz e detalhe de suas folhas 



sábado, 22 de agosto de 2020

Plantas Medicinais: CAVALINHA (Equisetum sp.)



CAVALINHA 

Nome Científico: Equisetum sp. 

Família: Equisetaceae 

Outros Nomes Populares: cavalinha-gigante, cola-de-cavalo, erva-canudo, milho-de-cobra, rabo-de-cavalo, rabo-de-raposa, cauda-de-raposa, rabo-de-cobra, lixa-vegetal, rabo-de-rato, erva-carnuda, cana-de-jacaré, cauda-equina. 

Usos: diurético; trata edemas causados por retenção de líquido. 

Parte utilizada: caules estéreis* 

Plantio: não possuem sementes, se multiplicam por rizomas e esporos. É nativa de áreas pantanosas de quase todo o Brasil, e por ser agressiva e persistente, deve ser contida para 
evitar que se transforme numa planta daninha. 

Coleta e Conservação: A melhor época para o corte é no verão, onde se tira apenas a parte aérea (caules estéreis). Após o corte, deve-se secá-la ao sol e em local seco. Armazenar em sacos de papel ou de pano. 

Princípios Ativos: ácido silícico, sílica, saponinas, flavonoides, ácidos orgânicos, substâncias amargas e sais minerais. 

Modo de preparo: Chá por infusão: 1 colher de sopa da planta picada em 150mL (1 xícara de chá) de água, e tomar 1 xícara de chá de duas a quatro vezes por dia. Uso somente em adultos.

Observações: 
•Segundo a literatura popular, Equisetum spp. também pode ser usado no tratamento de próstata, resfriados, gripes, herpes, baço, tísica, bronquite, hidropisia, esclerose, hemorróidas, aftas, feridas, contusões, câncer, osteoporose, coração, espinhas, nervos, gota, leucorréia, tumores cancerosos, problemas menstruais, fraturas, problemas nos dentes, inflamação no fígado, intestino, olhos, ouvidos, garganta, falta de memória e visão, amidalite, gengivite, chulé, caspas, sudorese excessiva, problemas de pele e hipertensão. Porém, estes usos ainda não foram comprovados cientificamente. 
•É considerada tóxica ao gado bovino e equino. Devido à presença de sílica, ao ser ingerida, este vegetal causa diarreias sanguinolentas, aborto e fraqueza1. Já para o gado equino, a cavalinha é tóxica por conter substâncias com efeito antitiamínico, causando deficiência de tiamina (vitamina B1) no organismo dos cavalos. Os sintomas causados são de perda de peso e do controle muscular, podendo levar o equino à morte por consequência do emagrecimento. 


* A cavalinha é uma planta pteridófita e possui dois tipos de caule: fértil e estéril. O caule fértil é avermelhado, curto, não possui clorofila, apresenta em sua extremidade uma espiga produtora de esporos. Ele surge na primavera, e não é utilizado para fins medicinais. Depois que os caules férteis murcham, nasce o estéril. O caule estéril é verde, longo, canelado, cheio de nós e possui muita ramificação, como na imagem ao lado. 



sábado, 1 de agosto de 2020

Cultivo do Pimentão Orgânico


Pimentão

     O pimentão (Capsicum annuum), espécie semiperene, pertence à família das solanáceas, a mesma da batata, tomate, jiló, berinjela e das pimentas em geral. Oriundo do continente latino-americano, sobretudo do México e da América Central, o fruto tropical se espalhou pelo mundo após a chegada do colonizador europeu. Daqui, foi levado para África, Europa e Ásia por embarcações portuguesas. Após vários anos de cruzamento, hoje o pimentão híbrido encontrado no mercado nacional tem formato quadrado alongado e casca espessa. O pimentão é uma das hortaliças que colaboram para dar ao prato um visual vibrante, sem deixar de lado seu papel como fonte de vitaminas e nutrientes ao consumidor. Em receitas para o Natal, a hortaliça também cai muito bem por contar com as cores verde e vermelho, tons que simbolizam a celebração do fim de ano (Figura 1).

Figura 1. Hortaliça-fruto: pimentões

Uso culinário, propriedades nutricionais e terapêuticas: a hortaliça pode ser consumida tanto verde quanto madura; o pimentão pode ser servido cru, fatiado como aperitivo, na salada ou em pastas, cozidos no vapor, tostados, recheados ou cozidos. O pimentão é uma excelente fonte de vitamina A e C, além de pequenas quantidade de vitamina B6 e folato e, ainda pobre em calorias; comparando pesos iguais, o pimentão fornece mais vitamina C que as frutas cítricas. Os pimentões de cores fortes possuem alto teor de bioflavonóides, pigmentos vegetais que ajudam a prevenir contra o câncer, de ácidos fenólicos que inibem a formação de nitrosaminas cancerígenas e de esterol vegetal, precursor da vitamina D que parece proteger contra o câncer. Os pimentões, na arte culinária, ainda podem se transformar-se em sapos (Figura 2).

Figura 2. Arte culinária: com criatividade o pimentão pode transformar-se em sapos 

Cultivo: O pimentão é uma hortaliça-fruto típica de clima tropical, exigindo temperaturas noturnas e diurnas mais elevadas que o tomate. O pimentão é uma espécie sensível ao frio durante a germinação e produção de mudas, produzindo melhor sob condições amenas. A temperatura ideal para a germinação se situa em volta de 25°C. A planta tem um desenvolvimento adequado com temperaturas entre 20 e25°C; o desenvolvimento é deficiente quando a temperatura baixa de 15°C e nulo com as temperaturas inferiores a 10°C. A temperatura ideal para floração e frutificação situa-se entre 20 e 25°C, temperaturas superiores a 35°C comprometem a floração e a frutificação provocando o aborto e a queda das flores, sobretudo se o ambiente é seco e pouco luminoso. Temperaturas inferiores a 8-10°C reduzem a qualidade dos frutos, dado que estas favorecem a formação de frutos partenocárpicos, que com poucas ou nenhuma semente, ficam deformados e sem valor comercial. A umidade relativa adequada se situa entre 50 e 70%. A umidade baixa combinada com altas temperaturas pode provocar a queda das flores. A época de plantio depende do clima da região. Em regiões baixas, com altitude menor que 400m e, de inverno ameno, pode ser semeado o ano todo; no entanto, a semeadura de março a maio propicia melhores condições para a cultura e a colheita se dá na época de melhores preços. Nas regiões muito quentes recomenda-se cultivar o pimentão no outono-inverno. Em regiões altas e mais frias, acima de 800 m de altitude, a melhor época de plantio vai de agosto a fevereiro. O cultivo do pimentão em abrigos é uma boa alternativa para obter-se o produto na entressafra. 

Cultivares: as mais cultivadas pertencem a dois grupos: o grupo Cascadura, com formato semicônico, ligeiramente alongado e coloração verde-escura e, o grupo Quadrado, com frutos cilíndricos, com comprimento quase igual ao diâmetro. No cultivo orgânico, os híbridos Magali e Magali R, são os que mais tem se destacado. Produção de mudas: a semeadura deve ser realizada, preferencialmente em copinhos de jornal; Também pode ser reutilizado copinhos plásticos usados para refrigerantes e bandejas de isopor com 72 células (ver matéria “Cultivo orgânico de hortaliças-frutos Parte I” postada em 31/10/2012). É muito importante que as mudas sejam feitas dentro de um abrigo, utilizando-se recipientes com substrato de boa qualidade. As mudas estão prontas para o transplante quando estiverem com 10 a 15 cm de altura e seis a oito folhas definitivas (30 a 45 dias após a semeadura). 

Preparo do solo e adubação: O pimentão prefere solos bem arejados, profundos, com boa drenagem, pois é uma planta sensível à asfixia radicular. Recomenda-se o plantio direto das mudas em sulcos ou covas após limpeza da linha de plantio, preferencialmente sobre adubos verdes semeados no outono ou no verão ou sobre as plantas espontâneas (“mato”), após a roçada. A adubação e correção do solo deve ser feita, com antecedência, com base na análise do solo e do adubo orgânico. 

Espaçamento e plantio: o espaçamento para o plantio é de 1m entre linhas por 40 a 50 cm entre plantas. A muda deve ficar na mesma profundidade que estava no recipiente, pois o plantio profundo favorece a podridão do colo, motivo pelo qual não se recomenda a amontoa para esta cultura. 

Irrigação: Após o transplante, o pimentão deve ser irrigado, preferencialmente no sistema de gotejamento. Caso seja utilizado a irrigação por aspersão, deve-se evitar fazer no final da tarde, pois as folhas poderão passar a noite molhadas, o que favorece a entrada de doenças foliares. Deve-se evitar o excesso de água, especialmente, durante o aparecimento das primeiras folhas, pois provoca a queda das mesmas. O excesso de umidade deixa as folhas com coloração verde clara e algumas plantas morrem pela falta de oxigenação nas raízes. Pode-se identificar a falta de água, quando as folhas do pimentão ficam esbranquiçadas e as folhas das novas brotações ficam menores. 

Cobertura morta ou viva: O pimentão é beneficiado com as coberturas de solo, morta (capim) ou viva. Na cobertura viva (adubos verdes, capins e outros) deve-se tomar cuidado para manter sempre no limpo a linha de plantio (em torno de 20 cm), com roçadas frequentes, para evitar o sombreamento das plantas e, principalmente dificultar a aeração, além de favorecer à umidade excessiva no cultivo. 

Capinas: são feitas manualmente, em faixas, mantendo-se uma faixa de vegetação nativa ou de adubos verdes de cerca de 40 cm nas entrelinhas. Não deve-se fazer amontoa em pimentão pois favorece a doença do colo da planta. 

Tutoramento e amarrio: o tutoramento deve-se fazer quando as plantas atingem cerca de 30 cm de altura. O tutoramento mais utilizado é com estacas de bambu ou taquara, com 1,0 m de comprimento, fincadas lateralmente em cada planta, procedendo-se posteriormente o amarrio da planta. Outro sistema é o uso de cordões de nylon (fetilhos) fixados num fio de arame esticado sobre a linha de plantio à 1,5 m de altura; neste caso não há necessidade de amarrar as plantas, bastando enroscá-las periodicamente no fetilho, à medida que vão crescendo. 

Desbrota: a emissão de brotações secundárias, além das hastes principais da planta (duas a quatro), devem ser eliminadas periodicamente, para evitar esgotamento da planta, em detrimento da frutificação. 

Manejo de doenças e pragas: no cultivo orgânico, normalmente as doenças e pragas não são problemas. No entanto, o manejo incorreto da cultura, nutrição inadequada das plantas e os desequilíbrio ecológico podem favorecer as doenças e pragas. As viroses, a murcha bacteriana, a murcha de fitóftora, o oídio, a antracnose, os ácaros e tripes podem, associados às condições desfavoráveis de clima (quente e úmido), limitar a produtividade e causar prejuízos aos produtores. Dentre as recomendações para minimizar as doenças e pragas, destacam-se:

a) Escolha correta da área, evitando-se terrenos úmidos e onde já foi plantado espécies da mesma família botânica do pimentão (tomate, batata, pimenta, berinjela, jiló e outras plantas hospedeiras), especialmente se ocorreu murchadeira (bacteriose); 
b) Eliminar restos culturais, especialmente se for de espécies da mesma família botânica; 
c) Uso de sementes sadias de origem conhecida de variedades resistentes, especialmente à viroses; 
d) Adubação orgânica equilibrada, conforme análise do solo; 
e) Fazer plantios menos adensados, com o objetivo de facilitar a circulação de ar entre as plantas e evitar o acúmulo de umidade; 
f) Utilizar, preferencialmente a irrigação por gotejamento; 
g) Ocorrendo a antracnose, uma das doenças mais comum, recomenda-se a utilização de calda bordalesa; 
h) Para o manejo de ácaros, recomenda-se a calda sulfocálcica; 
i) Para o manejo de tripes, transmissor de viroses, recomenda-se o extrato de primavera (buganville); 
j) Rotação de culturas, evitando-se as espécies da mesma família botânica. 

Rotação e consorciação de culturas: A rotação de culturas é uma prática altamente recomendável para todas as hortaliças, especialmente para as espécies mais susceptíveis às pragas e doenças (famílias botânica das solanáceas, cucurbitáceas e brássicas). As doenças e pragas, em grande número, são comuns nas espécies pertencentes à mesma família botânica. Outra prática recomendável é a consorciação de culturas, pois possibilita que o agricultor aumente sua renda e que varie a oferta de produtos de qualidade, alcançando maior lucro do que teria em cultivos do tipo “solteiro”. Resultados de pesquisa mostraram que a produtividade do pimentão consorciado com feijão-vagem arbustivo (Figura 3) não difere da obtida em monocultivo e, além disso, não há aumento nos custos de produção. Devido ao ciclo curto do feijão-vagem (em torno de 60 a 70 dias), é possível que sejam feitos dois plantios seguidos dessa leguminosa em uma mesma lavoura de pimentão, pois este é colhido de quatro a cinco meses após seu plantio, o que pode resultar em renda extra e maior eficiência no uso da terra. Arranjos em que o feijão-vagem é semeado nas entrelinhas do pimentão, de forma alternada, são os mais indicados. O feijão-vagem é favorecido pela adubação orgânica do pimentão e contribui para o processo de fixação biológica de nitrogênio, aumentando a disponibilidade desse nutriente, em benefício de todas as plantas da lavoura.

Figura 3. Pimentão consorciado com feijão-vagem arbustivo 

Colheita: O início da colheita se dá em torno de 70 dias após o transplante, podendo se estender por mais dois a três meses, dependendo do estado nutricional das plantas. 








segunda-feira, 27 de julho de 2020

Plantas Medicinais: Carqueja (Baccharis trimera)


Nome Científico: Baccharis trimera 

Família: Asteraceae (Compositae) 

Outros Nomes Populares: carqueja-do-mato, bacárida, cacália, condamina, quina-de-condamine, tiririca-de-babado, carqueja-amargosa, carqueja-amarga, bacanta, bacórida, carque, cacália-amarga, vassoura, vassoura-de-botão. 
Usos: Dispepsia (distúrbios da digestão)2. Seu extrato metanólico apresenta potencial como adjuvante no tratamento da obesidade e de dislipidemias, uma vez que inibe a atividade da enzima lipase pancreática. 

Parte Utilizada: haste florífera. 

Plantio: Tolera bem solos ácidos e pobres, chegando, nestas condições, a atingir altas infestações que comprometem o  crescimento das pastagens nativas, e a se tornar uma planta daninha de terrenos baldios e beira de estradas. Cresce também sob luz difusa e geadas. Floresce intensamente durante o verão. 

Coleta e Conservação: Cortar apenas as hastes deixando as raízes, para o vegetal não morrer. Secar em local ventilado, sob o calor do sol. Após a secagem pode ser transformada em pó, e ser armazenada em vidros bem tampados. 

Princípios Ativos: Substâncias amargas, óleo essencial (carquejol), substâncias resinosas, saponinas. 

Modo de Preparo: Chá por infusão. 2,5 colheres de chá da planta picada em 1 xícara de chá (150mL) de água. Tomar uma xícara de chá de 2 a 3 vezes por dia. Uso somente em adultos. 

Observações: 
•Publicações populares indicam a carqueja para o tratamento de úlcera, diabetes, malária, anginas, anemia, diarreias, garganta inflamada, vermes intestinais, febre, esterilidade feminina e impotência masculina. Destes, foram comprovados cientificamente as propriedades hepato-protetoras, digestiva, antiúlcera, antiácida, anti-inflamatória, analgésica e na redução dos níveis de açúcar no sangue. 
•Não deve ser utilizado em grávidas, pois pode promover contrações uterinas Evitar o uso concomitante com medicamentos para hipertensão e diabetes. O uso pode causar hipotensão.


sábado, 11 de julho de 2020

Plantas Médicinais: Capim-Cidreira


CAPIM-CIDRÃO 

Nome Científico: Cymbopogon citratus (DC.) Stapf 

Família: Gramineae (Poaceae) 

Outros Nomes Populares: capim-cidreira, capim-limão, capim-santo, capim-de-cheiro, capim-cidró, cidreira. 

Usos: Para cólicas intestinais e uterinas; calmante suave, para casos de ansiedade e insônia leves. Seu extrato metanólico apresenta potencial como adjuvante no tratamento da obesidade e de dislipidemias, uma vez que inibe a atividade da enzima lipase pancreática. 

Parte Utilizada: folhas. 

Princípios Ativos: óleo essencial (citral, geraniol, cânfora, terpineóis, 1-canfeno, nerol, eugenol, eleniol, acetato de geranila, álcool tujílico, cardinol, cimbopol, chavicol, neral, acetato de nerila e geranil-acetato). 

Modo de Preparo: Chá por infusão. 1 a 3g das folhas secas, em 1 xícara de chá (150mL) de água. Tomar este preparado de 2 a 3 vezes ao dia, a partir dos 12 anos. 

Observações: 
•Pode potencializar o efeito de medicamentos sedativos (calmantes). 

Plantio: Seu cultivo é feito a partir de mudas plantadas em local ensolarado. Cada muda formará uma touceira. Prefere terrenos pouco úmidos, em regiões tropicais e temperadas. Não suporta regiões frias. No Brasil, se desenvolve bem no litoral.