Origem
América Central.
Nativa, não endêmica do Brasil.
Tudo indica ser a China o berço de sua aculturação, não obstante já ser plantada em larga escala no Egito dos Faraós, com a denominação de Calquas ou Culcas (origem de nome alatinado Colocasia).
Pouco se sabe da sua história no Novo Continente, porém temos como certo ser o seu cultivo uma prática antiquíssima, remontando às civilizações mais remotas das Américas Central e do Sul.
Dist. Geográfica
Hoje largamente cultivada nas regiões tropicais
A taioba vem sendo redescoberta pelos brasileiros e é cultivada em quase todo o território brasileiro.
Diversos estudos têm sugerido que a ingestão frequente de vegetais reduz o risco de doenças crônicas não transmissíveis em função da presença de compostos como a fibra alimentar (FA) e demais substâncias bioativas associadas, os quais produzem efeitos positivos sobre a saúde humana.
A FA inclui polissacarídeos não amiláceos, oligossacarídeos resistentes à digestão e lignina.
Essas substâncias podem passar inalteradas pelo trato gastrintestinal ou serem fermentadas pela microbiota colônica, resultando em efeitos fisiológicos benéficos.
A taioba (Xanthosoma sagittifolium) é uma arácea comestível originária da América tropical e possui considerável valor nutritivo.
A porção tuberosa é consumida por diversas populações em todo mundo, no entanto, o consumo de suas folhas é menos difundido.
Produz cormos, ricos em amidos, muito utilizados na alimentação humana.
A cultura e a utilização são muito semelhantes às do taro e inhame.
Por sua riqueza em amido, a taioba poderá ser futuramente uma excelente fonte de amido para a produção de bioplástico.
Distingue-se de variedades selvagens pela incisão natural das folhas até o pecíolo e pela coloração verde do ponto de inserção dos pecíolos nas folhas.
Na dúvida, não coma. Pergunte a quem conhece.
Características
Herbácea, tropical, perene, rizomatosa.
Possui como características grandes folhas cordiformes encontradas em tons de verde e roxo escuro, com enormes limbos cerosos e carnosos, e com nervuras marcantes.
As Araceae são ervas terrestres, epífitas, hemiepífitas, plantas aquáticas (macrófitas aquáticas, sensu Cook, 1996) flutuantes livres ou submersas fixas, com caules trepadores (lianas), arborescentes ou eretos, reptantes ou ainda, subterrâneos.
As folhas são alternas, simples a compostas, com pecíolos conspícuos, bainhas às vezes geniculadas no ápice, lâmina inteira ou fenestrada, ovada, cordada, sagitada, hastada, trífida ou trissecta, pedatífida, pinatífida, pedatissecta a dracontióide.
Inflorescências terminais, bráctea (espata) e espádice com flores bissexuais ou unissexuais; gineceu sincárpico, uni a multilocular; fruto baga, sementes com tamanhos variados (Mayo, 1999).
Porte
Pode atingir até dois metros de altura.
Folhas
As folhas de taiobas são verdes uniformemente, incluindo os talos (pecíolos) e nervuras. E são muito macias. Quando cozidas, tornam-se quase cremosas.
Cordiformes, tem os dois lobos do coração se encontrando exatamente na junção do pecíolo. Já o encontro destes dois lobos, na taioba-brava, se dá antes da inserção do talo, que tem coloração arroxeada.
CULTIVO
Tipos de solo
Certifique-se que o solo seja bem drenado, possua boa fertilidade, com matéria orgânica suficiente para suprir as necessidades da planta e com pH entre 5,8 e 6,3.
A planta suporta encharcamentos, no entanto o mesmo não acontece com solos compactados.
Temperturas
O ideal fica em torno de 20°C min. e 28°C máx.
Clima
A planta é cultivada em praticamente todas as regiões do Brasil e por ser uma espécie tropical, necessita de temperaturas quentes, em torno de 25 a 28 graus Celsius.
A Taioba não tolera geada e em condições climáticas onde as temperaturas sejam inferiores a 15 graus Celsius, o crescimento da planta é muito comprometido.
Para que se desenvolva bem, necessita de solos bem drenados, enriquecidos com matéria orgânica e cujo pH esteja entre 6 e 7.
Forma de plantio
Ao escolher o local de plantio, opte por aquele no qual bata luz solar direta ou que pelo menos contenha sombra parcial.
Espaçamento
De 1 m a 1,3 m entre as plantas ou de 1 m entre as linhas e 40 a 50 cm entre as plantas.
Profundidade
As covas deverão possuir de 6 a 10 cm de profundidade.
OBS: Deve ser cultivado sob sol pleno ou meia-sombra, em solo leve e fértil, enriquecido com matéria orgânica, mantido úmido.
Por estes motivos é uma excelente planta palustre no paisagismo de lagos e riachos.
Colheita
As taiobas podem ser colhidas de 80 a 100 dias após o plantio.
Formas de Reprodução
[1] Bulbos
[2] Divisão de touceiras
[2] Divisão de touceiras
Reprodução
O plantio é realizado por meio de pedaços de cormo ou com rebentos laterais.
Os rebentos surgem próximos ao cormo principal e deverão ser tirados para esta etapa.
Propriedades:
Tem propriedade depurativa, emoliente e cicatrizante.
A folha possui potencial para reduzir o risco de doenças cardiovasculares e câncer de cólon.
Toxidade
Todas as partes da planta contém ráfides de oxalato de cálcio.
Princípios Ativos
Composição por 100 g de parte comestível: Calorias, nutrimentos e minerais
Calorias 137, Proteínas 2,2(g), Lipídios 0,2(g), Glicídios 32,0(g), Fibra 1,0(g), Cálcio 16(mg), Fósforo 47(mg), Ferro 0,9(mg)
Composição por 100 g de parte comestível: Vitaminas
Vitamina B1 0,13(mg), Vitamina B2 0,02(mg), Niacina 6,4(mg), Vitamina C 7(mg).
Cálcio, ferro, fósforo, magnésio, manganês, cobre, zinco e potássio.
Utiliza
ção:
Todo o corpo da taioba é comestível, incluindo o rizoma, o pecíolo e a folha.
Rizoma
As folhas são utilizadas como condimentos em alguns pratos regionais, mas o maior uso
é dos pequenos tubérculos, que são ricos em amido e saborosos.
Da taioba, utiliza-se para o consumo tanto as suas folhas, como também os
seus rizomas.
As folhas que possuem um sabor suave são excelentes fontes de
pesquisas já comprovaram inclusive, que a
Além disto, as folhas contêm vitamina C e minerais como o ferro, potássio e manganês.
Já o rizoma, é ricamente constituído por carboidratos, porém não é muito consumido
quanto às folhas, pelos brasileiros.
Na África e na Ásia o consumo dos rizomas é comum.
Uso medicinal
Promove cicatrização de úlceras e sua raiz serve para atenuar casos de lepra
Uso culinário
No Brasil, principalmente nos estados de Mina Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Espírito Santo, aprecia-se muito o consumo de folhas de taioba.
Elas que podem ser preparadas de variadas maneiras, desde cruas em saladas, como também refogadas e como ingredientes de receitas exóticas, estão se tornando cada vez mais conhecidas e presentes na alimentação dos brasileiros, tanto por serem nutritivas, como também pelos seus poderes medicinais.
Para o consumo da taioba mansa recomenda-se ferver as folhas por alguns minutos e em seguida escorrer a água usada.
Descascar os talos quase como aspargos, puxando a película com uma faca (um descascador de legumes também funciona) e cortados em pedaços.
Na água já salgada (1 colher de sobremesa de sal para 2 litros de água) e fervente, jogar os talos e cozinhar por 1 minuto. Acrescentar as folhas e desligar o fogo. Esperar 30 segundos e escorrer.
Taioba - Como identificar a comestível
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