google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL: PLANTAS MEDICINAIS

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quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Arruda (Ruta graveolens) as plantas curam



Ruta graveolens

A arruda é conhecida popularmente como a planta que espanta o mal olhado, também é utilizada na sabedoria popular para provocar o aborto, fazendo descer a menstruação.
Descrição : Planta da família das retaceas, também conhecida como arruda doméstica, arruda de jardins, arruda fedorenta e ruta-de-cheiro-forte.

Trata-se de uma arbustiva muito cultivada em vasos e jardins de todo mundo, devido a suas flores de aroma forte.

Tem consistência lenhosa, de caule ramificado desde na base.

Atinge de 40 à 60 centímetros de altura, granulosa e de coloração verde amarelada.

Possui pequenas folhas verde cinzentas compostas, alternadas, pecioladas, carnudas, glaucas, bracteadas e divididas em segmentos como lobos iguais.

Suas flores são verde amarelada com frutos capsulares e sementes rugosas.

O fruto é capsular, de quatro ou cinco lobos, salientes e rugosos, abrindo-se superior e inteiramente em quatro ou cinco valvas.

Partes utilizadas : Folhas e Flores.

Origem : Sul da Europa

Propriedades : analgésica, béquica, emoliente e anti-helmíntica, indicada nos casos de supressão da menstruação, por seu efeito emenagogo.

Também possui efeitos abortivos.

Indicações :

Para que serve a arruda.

É empregada como emplasto no peito para combater a tosse.

É muito usada para combater piolhos e coceiras.

Cuidados : A planta tem um potencial terapêutico muito grande, mas seu uso interno deve ser alicerçado em formulações estandardizadas e com acompanhamento clínico, devido a sua grande toxidade.

"Durante a gravidez, a arruda tem efeito especial sobre o útero: ela congestiona este órgão, estimula dores musculares, provoca-lhes a contração, ocasiona uma hemorragia grave, às vezes o aborto e a morte.

Acrescentamos que o aborto é raro e que a administração dessa substância com um fim criminoso pode acarretar morte sem que haja parto."

Princípios Ativos :

Rica em arborina, arborinina, egama-fagarina;

alcaloides nas raízes: acridonas - rutacridona e hidroxirutacridona;

Outros alcaloides: graveolina, graveolinina, kokusaginina, rutacridona, e esquimianina.

Flavonoides: rutina, óleo volátil: nonilcetona metílica, cetonas, ésteres, efenóis; furocumarinas: bergapteno, psoraleno, xanloxanlina, xantotoxina, isopimpinelina, e rutamarina; a hexo-dehydrochalepina foi sintetizada a partir da rutamarina.

A substância chamada rutina é a responsável pelas principais propriedades da arruda. Ela é usada para aumentar a resistência dos vasos sanguíneos, evitando rupturas e, por isso é indicada no tratamento contra varizes.

Muito usada na medicina popular para aliviar dores de cabeça e, segundo os especialistas, isso pode ser explicado porque ela apresenta um óleo essencial que contém undecanona, metilnonilketona e metilheptilketona. Todas essas substâncias possuem propriedades calmantes e, ao serem aspiradas, aliviam as dores e diminuem a ansiedade.

História :

Desde a antiga Grécia, era usada para afastar doenças contagiosas, mais seu ponto forte era ser usada contra o mal olhado. A arruda é citada em muitas obras clássica, como William Shakespeare, na obra Hamlet, se refere à arruda como sendo "a erva sagrada dos domingos". Dizem que ela passou a ser chamada assim, porque nos rituais de exorcismo, realizados aos domingos, costumava-se fazer um preparado à base de vinho e arruda que era ingerido pelos "possessos" antes de serem exorcizados pelos padres.

No Brasil colônia os escravos africanos usavam-na contra mau-olhado. Numa famosa pintura intitulada "Viagem Histórica e Pitoresca ao Brasil, o artista Jean Debret retrata o comércio da arruda realizado pelas escravas africanas.

O galho de arruda era vendido como amuleto para trazer sorte e proteção. E não eram apenas as escravas que usavam os galhinhos da planta ocultos nas pregas de seus turbantes - as mulheres brancas colocavam o galhinho estrategicamente escondido nos seios. Outro fator teria reforçado o valor da arruda naquela época: a infusão feita com a planta era usada como uma espécie de anticoncepcional e abortivo.

Nas cerimônias da igreja católica, no início da era cristão, fazia raminhos de arruda para espargir água-benta nos fiéis. Nessa época acreditava-se que as bruxas só poderiam ser destruídas com grandes poderes como o do fogo - a arruda reafirmou sua fama, pois seus ramos eram usados como proteção contra as feiticeiras.

Há séculos, divulga-se que a planta apresenta propriedades muito ligadas ao desejo sexual masculino e feminino, mas de formas diferentes: seria um anafrodisíaco (ou antiafrodisíaco) para os homens e um excitante para as mulheres.

Ainda não foi possível comprovar a veracidade dessas indicações, entretanto, nos escritos (datados de 1551) de Hieronymus Bock, considerado um dos primeiros botânicos da história, havia a recomendação para que monges e religiosos ingerissem a arruda, misturada aos alimentos e às bebidas, para garantir a pureza e castidade. A verdade é que esta planta era realmente muito abundante nos jardins dos mosteiros.

Modo de Conservar : A planta inteira florida deve ser seca ao sol, em local ventilado e sem umidade. Guardar em sacos de papel ou de pano.

Plantio - Veja como plantar e cuidar de seu pezinho de arruda.

Multiplicação: Por estaquias (mudas) e sementes; em locais quentes e ensolarados. A arruda se dá muito bem em solos levemente alcalinos, bem drenados e ricos em matéria orgânica.

Cultivo: Prefere solos secos e orgânicos, desenvolve-se em qualquer clima. É exigente em irrigação e adubação orgânica. Produz-se mudas com estacas dos ramos e depois de 2 ou 3 meses planta-se no local definitivo em espaçamento de 0,5 metro entre plantas em fileiras de 1 metro entre elas. A adubação orgânica deve ser feita nos sulcos ou nas covas 15 dias antes do plantio;

Colheita: A colheita deve ser feita na floração, colhem-se os ramos com folhas verdes (existe a arruda "macho" e a "fêmea" de folhas menores).

Toxicologia: Os extratos revelaram positividade em testes experimentais de mutagenicidade, mas a importância clínica deste resultado não foi estabelecida. A toxicidade das folhas secas é provavelmente menor do que aquela das folhas frescas por causa da perda do óleo volátil. Uma tintura de R. graveolens exibiu uma fotomutagenicidade marcante de grau variável, baseados nas várias concentrações de alcaloides presentes na solução.

Grandes doses (mais de 100mL de óleo ou aproximadamente 120g de folhas em 1 única dose) podem causar uma dor gástrica violenta, vômito, e complicações sistêmica, incluindo a morte. Uma única dose oral de 400 mg/kg administradas às cobaias foi relatada ser fatal, causando hemorragias das glândulas adrenais, do fígado, e do rim. Porém uma dose oral diária de 30 mg administrada por 3 meses a voluntários humanos não resultou em uma função hepática anormal.

Contra indicação e cuidados : Na gestação e na lactação é contraindicada em ambos os casos. Não deve ser ingerida por mulheres em idade fértil, gravidez, lactação, crianças, idosos, pessoas sensíveis.

Efeitos colaterais: O efeito antispasmódico ocorre em doses relativamente pequenas, o planta somente deve ser usada com acompanhamento de profissional gabaritado.

As furocumarinas foram associadas com uma fotossensibilidade, resultando em bolhas na pele após o contato com a planta seguida por exposição solar. Isso ocorre em pessoas que coletam a arruda fresca e também foi relatado em pessoas que esfregaram a arruda fresca na pele como um repelente de insetos. O óleo volátil é irritante, podendo resultar em danos renais e degeneração hepática se ingerido.




arruda
arruda - flores arruda arruda
Superdosagem: Acima de 1 g em uso interno.

Farmacologia:

O óleo tem um gosto amargo forte e foi usado para o tratamento de parasitas intestinais. O extrato da arruda é potencialmente útil como um bloqueador do canal de potássio.

Tem sido usado para tratar muitos problemas neuromusculares e para estimular a menarca. Devido ao efeito antiespasmódico em doses relativamente baixas, a arruda não deve ser usada em manipulações caseiras. A planta da arruda e seus extratos, em particular o chá e o óleo, possuem efeitos antiespasmódicos nos músculos lisos.

Esta ação farmacológica foi atribuída aos alcaloides arborina e a arborinina e as cumarinas, particularmente a rutamarina. Enquanto a meia-vida farmacológica da arborinina é similar àquela da papaverina, a meia-vida da rutamarina é aproximadamente 20 vezes maior. Estes efeitos espasmolíticos lambem foram observados no músculo liso gastrointestinais isolado.

Dieta  de 21 dias

O extrato da R. graveolens foi estudado como um potencial bloqueador de correntes iônicas pelo canal de potássio em células nervosas mielinizadas. Os efeitos abortivos do chá e de óleo da arruda são bem documentados.

O efeito abortivo pode ser causado por uma ação antimplantação ou por um estado generalizado de toxicidade sistêmica resultando na morte do feto. Mais de 15 compostos possuem atividade antibacteriana e antifúngica in vitro.

Os alcaloides do tipo acridona são os compostos antimicrobiais mais potentes, as cumarinas somente inibem o crescimento bacteriano em doses elevadas. O óleo essencial e os flavonoides testados não mostraram nenhuma atividade.

Outros investigadores encontraram que vários componentes da arruda interagem diretamente com o maquinário celular de replicação do DNA, assim impedindo a propagação de alguns vírus. A folha da arruda é dita aliviar o câncer da boca, assim também como tumores e verrugas. Na medicina chinesa, a arruda é usada como um vermífugo e para mordida de insetos.

Resultados de estudos em animais: Um estudo relata que o efeito do espasmódico da arborinina no músculo coronário do porco é tão potente quanto aquele produzido pela papaverina, enquanto a rutamarina mostrou ser 20 vezes mais eficaz do que a papaverina. Os efeitos antiespasmódicos destes compostos lambem foram reversíveis. Uma ação antifertilidade da R. graveolens foi relatada em ratos. Em 1 relatório, a chalepensina identificada como o componente ativo, aluando na fase inicial da gravidez.

Resultados de estudos clínicos A arruda foi usada para tratar muitas doenças, incluindo a epilepsia, o cansaço visual, a esclerose múltipla, a paralisia de Bell, e as condições cardíacas. Foi usada também como um estimulante uterino para promover o início da menstruação





segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Amora Branca, as plantas curam



Morus Alba

É planta com flor pertencente, conhecida popularmente por amoreiras, muito utilizada no combate a osteoporose e como tônico muscular nas práticas desportivas.

Descrição : Planta da família das Moracea, é uma árvore de 5 a 20m de altura, tronco verrugoso, muito ramificado, folhas grandes, cordiformes, bastante grossas, de pecíolos curtos, dentes largos e irregulares, ásperas e com estipulas longas, membranosas e felpudas.

Flores de amareladas que geram uma infrutescência grande ovada e branca que ao amadurecer se torna rosada.

Partes utilizadas : Raiz, casca, folhas e frutos.

Habitat: Originária da China, onde é cultivada como alimento para o Bicho-da-seda, é planta de grande rusticidade e está aclimatada no Brasil.

História: Trazida por colonizadores europeus e asiáticos, não se sabe se não houve boa adaptação ou se a planta é menos comum no país por outros motivos.

É relatada como tendo os mesmos princípios ativos da Amora comum.

Princípios ativos: Açúcares; flavonoides: rutina; taninos ; Mucilagens; Pectina; Peptona;

Ácidos orgânicos: ácido málico, ácido cítrico; Vitamina C; Sais minerais; Óleos essenciais; Gomas

Sacarose, pectinas e a rutina, mas não há informações que comprovem seus resultados.

Propriedades medicinais: antitussígena, aperiente, diurética, laxativa, antipruriginosa, anti-hipertensiva.

Indicações: Afecções da boca, dentes, garganta e pulmão: como anti-inflamatória das mucosas do sistema respiratório, peitoral, antitussígena; Afecções da pele: dermatoses, eczemas; erupções: como antipruriginoso; Prisão de ventre como laxante; Refrescante; Diurético.



Amora Silvestri

Uso pediátrico: Afecções da boca, aftas, dentes, garganta e pulmão: como anti-inflamatória das mucosas do sistema respiratório, peitoral, antitussígena. Afecções da pele: dermatoses, eczemas, erupções: como antipruriginoso.

Contraindicações/cuidados: Em diarreia crônica.

Efeitos colaterais: Aumento do número de evacuações ou diarreia pastosa em intestinos com tendência à diarreia.

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml   de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de folhas em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Xarope tradicional: 2 xícaras de frutas frescas esmagadas maceradas em banho-maria no dobro do peso de açúcar mascavo. Após o esfriamento coar para vidro escuro que deve permanecer ao abrigo da luz e do calor por até 6 meses. Tomar 1 colher de sopa de 6 em 6 horas, como expectorante ou 1 colher de chá diluída em água morna como colutório.

Crianças acima de 6 anos tomam metade da dose. Tintura da raiz e das cascas como laxante ou como aperiente. Cataplasma das folhas para afecções cutâneas. infuso de folhas frescas para hipertensão arterial






quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

AMORES DO CAMPO (PEGA-PEGA), as plantas curam


AMORA DO CAMPO

Desmodium adscendens.

Descrição : Planta da família das Fabaceae, também conhecida como amor sexo, pega pega, munduirana, barba de boi.

Trata-se de um herbácea perene, de até 50 cm de altura.

Haste ramosa, pubescente.

Folhas pinadas, trilobadas, alternas.

Folíolos obtuso alongados, aveludados na página superior.

Numerosas flores purpúreas nas axilas dos folíolos. Frutos verdes, miúdos, ovais, em vagens que se prendem ao pelo dos animais.

Partes Utilizadas : Folhas e flores.

Habitat: É nativa de vários países tropicais e cresce em florestas abertas, pastagem, beira de estrada e em terrenos cultivados.

O gênero Desmodium tem cerca de 400 espécies.

História: A planta é usada medicinalmente há muitos séculos.

Algumas tribos indígenas atribuem-lhe propriedades mágicas.

É usada na África, Brasil, Belize, Nicarágua, Peru, Trinidad, EE.UU. e outros países.

Propriedades medicinais: antiblenorrágica, béquica, diurética, estomáquica, febrífuga, hepática, laxante, tônica.

Indicações: Afecções respiratórias, asma, alergias, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema, excesso de muco; Analgésico, relaxante muscular e antiespas-módico geral para cólicas, espasmos gastro intestinais, artralgias e dores ósseas, traumatismos. Transtornos menstruais: cólicas, sangramento excessivo, leucorreia; Convulsões: epiléticas e para reação alérgica.

Princípios ativos: flavonoides; alcaloides; Sapaoninas

Principais componentes: astragalina, B-feniletilaminas, cosmosiina, 3-0-soforosideo-cianidina, dihidro-sojasa-poninas, hordenina, 3-0-ramnosídeo-pelargonidina, salsolina, sojasaponinas, tectorigenina, tetrahidroiso-quinolina e tiramina.

Farmacologia: As sojasaponinas são consideradas altamente ativas, com ação antiasmática.

A astragalina é um agente bactericida bastante conhecido, provavelmente o responsável pela utilização tradicional da planta em infecções, doenças venéreas e ferimentos; Os herbalistas de Gana têm usado as folhas de Amor-do-campo em asma brônquica com tão bons resultados que atraíram a atenção da comunidade científica internacional.

Em 1977 um estudo clínico com humanos mostrou que 1 a 2 colheres de chá de extraio seco das folhas, divididos em 3 tomadas produziram melhora e remissão na maioria dos pacientes asmáticos tratados.

Na tentativa de elucidar as propriedades antiasmáticas vários estudos com animais foram efetivados.

Em 10 pesquisas diferentes observou-se que a planta interfere com a produção dos agentes químicos normalmente presentes em uma crise asmática: os espasmógenos que causam a contração do pulmão, a histamina que desencadeia a resposta alérgica e os leucotrienos que são broncoconstritores e aumentam a produção de muco nas vias aéreas superiores.

Certas substâncias e alergenos podem causar choque anafilático - vários destes estudos com animais reportaram que a planta tem ação antianafilática contra várias substâncias que sabidamente desencadeiam tais reações.

O broncoespasmo em resposta a vários estímulos e alergenos é uma característica universal da asma e das reações anafiláticas.

Algumas pesquisas apontaram para um efeito músculo relaxante nos tecidos pulmonares e inibição da contração e constrição induzida por várias substâncias.

Os canais de potássio têm um papel importante na regulação do tônus da musculatura lisa das vias aéreas e na liberação de substâncias constritoras nos pulmões.

Foi considerada a mais potente liberadora dos canais de potássio (maxi-K) conhecido. Isso contribui decisivamente para atividade terapêutica do Amor-do-campo contra a asma.

A atividade antialérgica da planta documentada inibe não só a contração da musculatura lisa das vias aéreas superiores como também a contração muscular em outras regiões do corpo.

Estas ações antiespasmódicas e músculo relaxantes explicam porque o Amor-do-campo sempre foi usado tradicionalmente para lombalgias e espasmos musculares.

Recentemente documentou-se suas ações analgésicas e anticonvulsivantes em animais. Publicações ainda mais recentes ligam artrite e reumatismo a várias reações alérgicas.

Posologia:

Adultos: 4 a 6ml de tintura por dose, até 3 vezes ao dia. 4g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Cápsulas: 4 a 5g diários.

Crianças: de 1/3 a 1/z dose de acordo com a idade

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

AMOR PERFEITO (Viola tricolor) as plantas curam



Essa planta possui uma flor dona de grande beleza mas quase sem perfume, é bienal, selvagem de origem eurasiática.

Descrição : Da família das Violaceae, também conhecida como amor-perfeito, amor-perfeito-bravo, erva-da-trindade, flor-da-trindade, viola, violeta-de-três-cores.

Pequena planta de flores solitárias, de pedúnculo longo e cor variada: amarelo, violeta, branco, que se assemelha quando nova ao amor-perfeito comum dos jardins.

Chamam-na tricolor porque possui duas pétalas de cor violeta, duas amarelas e urna pétala branca, é encontrada às vezes em abundância nos campos e prados.

Suas folhas são verdes, oblongas, dentadas.

Amor Perfeito

Colheita : Colhe-se a planta na primavera, é preciso deixá-la secar com cuidado e guardá-la em caixas hermeticamente fechadas, como aliás se deve proceder com todas as plantas medicinais.

Parte utilizada: Folhas, flores.

Propriedades : diurética, cicatrizante, anti-inflamatória, depurativa, laxante, febrífugo, fluidificante do sangue.



Indicações : Usa-se como cosmético, contra o ressecamento, rugas e estrias. É empregada também em todos os casos de eczemas.

Princípios Ativos : A sua análise química comprovou que contém ácido salicílico, ácido ascórbico, ácido t-caféico, ácido cumárico, ácido gentísico, ácido heptanoico, ácido hidrociânico, ácido salicílico, arabinose, carotenoides, cumarinas, escoparina, galactose, glucose, orientina, rhamnose, rutina, saponaretina, saponarina, saponina, taninos , a-tocoferol, umbeliferona, vicenina, violantina, violaxantina, violutosídeo, yohimbina.

Contraindicações/cuidados: Seu uso como diurético no caso de hipertensão, cardiopatia ou insuficiência renal moderada ou grave, só com controle médico. Há risco de perda incontrolada de líquidos, possibilidade de produzir descompensação tensional ou eliminação excessiva de potássio, com potencialização dos efeitos de cardiotônicos.



Modo de usar:

- Folhas secas, pulverizadas ou misturadas com melaté: feridas;

- Infusão de uma colher de flores e folhas secas numa xícara de água quente, deixar por 3 minutos: afecções do sangue, debilidade nervosa, cansaço, doenças cardíacas nervosas, icterícia. Beber 3 xícaras diárias, durante uma ou 2 semanas; Pode-se fazer compressas desta infusão em infecções cutâneas e gargarejo para feridas na boca ou garganta, bem como lavar os olhos;

- infusão: macerar, em um quarto de litro de água fria, 8 g de flores e folhas secas de amor-perfeito, por uma noite. Pela manhã, adicionar, 100 g de leite açucarado e ferver. Filtrar o líquido, ingerindo-o em jejum. Continuar este tratamento por três semanas;

- compressas com flores e folhas secas e esmagadas, misturadas com leite frio: feridas, chagas, úlceras.


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

Agrião, plantas que curam



Nasturtium Officinale

Planta medicinalmente indicada no tratamento de diabetes, reduzindo a taxa de açúcar no sangue.

Descrição : Planta da família das Brassicaceae, também conhecido como agrião das fontes, agrião do rio, agrião da ribeira, mastruço dos rios, rabaça dos rios, agrião da água, agrião-d’agua-corrente, agrião-da-europa, agrião-da-fonte, agrião-da-ponte, agrião-oficinal, berro, cardamia-jontana, cardomo-dos-rios, agrião-aquático.

Erva de sabor picante, normalmente usada em saladas. É um planta pequena, que atinge de 15 a 30 cm de altura. Possui caule tenro, oco, carnoso e nodoso, onde se apresentam 2 tipos de raízes, as finas e brancas que surgem nas axilas das folhas, e as principais que fixam a planta na terra.

As folhas de coloração verde-escuro, bem intenso, são partidas em segmentos nas formas arredondadas ou ovais e reunidas geralmente em grupos de 3 a 7 cm.

As flores são brancas e pequenas, com quatro pétalas. É um vegetal recomendado pelo seu valor nutritivo, teor de vitaminas e ótimo paladar, com odor característico e sabor francamente amargo e picante.

Partes Utilizadas : Folhas e talos.

Habitat: É comum em grande parte do Brasil, tendo se aclimatado bem após ter sido trazido da Europa.

História: De uso corrente em afecções respiratórias desde a antiguidade.

Plantio : Para um bom desenvolvimento, deve ser plantada em local de água corrente, como na beira de rios, ou colocando as sementes em caixotes, em local seco, e depois transplantadas as mudas para local definitivo. Pode-se utilizar também o plantio por meio de estacas.

Geralmente é cultivada em canteiros, com o solo saturado de água por meio de irrigação, e cobertos por uma fina camada de esterco de curral.

A colheita pode ser feita entre quarenta e sessenta dias após o plantio. A espécie de agrião de terra enxuta, cujo plantio pode ser feito o ano todo, prefere lugares frescos e sombreados, e as folhas são pequenas. O agrião d´agua, cujos ramos devem ser plantados perto de nascentes, onde a água escoe mansamente, tem as folhas maiores. As folhas somente devem ser coletadas quando aparecem as flores

Curiosidade : Conhecida na França a muito tempo, era recomendada para pessoas deprimidas. Dizem que os jovens persas, antes de saírem a caça, alimentavam-se de pão com nastúrcio e que São Luiz, de passagem por Vernon, na França, ficou satisfeito quando lhe ofereceram esse vegetal.

Modo de Conservar : Utilizar sempre o vegetal fresco, com folhas verdes escuras.

Indicações : diabetes, para baixar a taxa de açúcar, dermatoses, cicatrização das placas escorbúticas e escrofulosas, loção para a calvice, atonia intestinal, raquitismo, escrofulose e afecções esabúticas, broncopulmonares e da pele, desobstruente do fígado em cataplasma, é indicado nas feridas de mau caráter.

Por seu alto valor digestivo e medicinal, esta planta impõe-se sobre todas e especialmente aos diabéticos, sendo de proveito do suco e do óleo, sob tudo como tônicos e antiescorbúticos; falta qualquer fundamento científico à crença de que a planta nascida distante da água corrente não tem as mesmas propriedades.

É excelente alimentação para os pintos nos primeiros de vida. Tem as variedades genuinum, parvijolium e sifoliu além das hortícolas, destacando-se entre estas a crespa, a era e a Bonlanger, de folhas maiores e mais tenras. Pessoas que fumaram e as prejudicadas pelo ácido úrico encontrarão nessa planta a ajuda para a limpeza do organismo.

Princípios Ativos : Vitaminas C e E, iodo, ferro, potássio, fósforo, glicosídeos.

Agrião

Receitas para usar o Agrião:

Xarope de Agrião, suco ou in natura, na forma de saladas.

- compressas: para manchas, sardas, acnes, descongestionar a pele;

- cremes, loções e compressas: frieiras nos pés, feridas, abscessos;

- cataplasma : cicatrização, eczemas, úlceras escorbúticas, escrofulosas etc.;

- decocção (único caso) de colherada de folhas frescas em uma xícara de água. Ferver, por três minutos, em fogo moderado, filtrar após dez minutos. Adicionar suco de limão, laranja ou tomate fresco. Beber em duas vezes, durante o dia: bronquite, depurativo, diurético;

- folhas e talos frescos em saladas: afecções dos brônquios, anemia, bócio, diabetes, digestivo, elimina o excesso de ácido úrico, escorbuto;

- infusão a frio de uma colher bem cheia de folhas e flores frescas em uma xícara de água. Deixar toda a noite. Espremer bem o agrião e filtrar. Beber a infusão pela manhã, em jejum;

- infusão, extratos ou tintura: bronquite, febre, escrofulose, raquitismo, hidropisia, icterícia, cistite, colites, problemas do fígado, anúria, tosses catarrais, tuberculose pulmonar, uremia, bócio;

- loção de 50 g de suco de agrião e 10 g de essência de amêndoas amargas: pele avermelhada devido ao vento ou ao sol;

- mastigar algumas folhas de agrião por dia, para ativar a salivação e reforçar as gengivas. - suco com mel ou suco de abacaxi: bronquite, tosse, catarros, tuberculose pulmonar, eliminar os efeitos do fumo nos pulmões;

- suco puro, meio copo todos os dias: bronquite crônica;

- suco: esmagar em um pilão uma grande porção de folhas e talo frescos, colocar em um pano limpo, torcer e extrair todo o uso. Filtrar e consumir 40 g por dia: escorbuto, febre persistente, icterícia;

- sopa (caldo verde), junto com outras ervas (tais como rúcula e couve);

- xampus, máscaras, condicionadores: cabelos;

- xarope de 250 gramas de agrião, uma clara de ovo e 350 gramas de açúcar.

Contraindicações: é abortivo, não recomendado em casos de úlceras gástricas e doenças renais inflamatórias.

Toxicologia : Seu uso interno em grandes quantidades pode provocar irritações na mucosa do estômago e nas vias urinárias.

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de erva em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12 hs; Xarope frio de 2 colheres de sopa de erva com 1 xícara de chá de água, 1 colher de mel e 10 gotas de própolis. Após coar, dar 1 colher de sopa do líquido 3 vezes ao dia com intervalos menores que 12hs; Pode ser usado em saladas e sucos; Uso externo: compressa de tintura hidro alcoólica várias vezes ao dia;

Crianças de 2 a 5 anos: 2ml 3 vezes ao dia. De 5 a 8 anos: 3ml 3 vezes ao dia. De 8 a 12 anos: 4ml 3 vezes ao dia. Xarope frio: de 1/6 a 1/3 da dose para adultos.

Farmacologia: O efeito diurético é devido ao óleo essencial. Como uma droga amaróide é estimulante do apetite e da digestão.

Formulação caseira do agrião com mel

Planta medicinal: Agrião (Nasturtium officinale)

Material utilizado: As folhas e talos do agrião e mel.

Modo de preparar a formulação caseira do agrião com mel:

1 - Colocar um punhado de folhas e talos cortados em pedaços em uma xícara das de chá.

2 - Adicionar água fervente.

3 - Abafar

4 - Deixar amornar.

5 - Coar e fazer uma mistura de duas partes de chá para uma parte de mel.

Quando e como usar a formulação caseira do agrião com mel:

Indicações : Tosse, bronquite, gripe, catarro no peito.

Modo de usar: Tomar quatro colheres das de sopa três vezes ao dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura.

Contraindicações: Para gestantes, lactantes, diabéticos, crianças menores de quatro anos e pessoas com úlceras gástricas, inflamações das vias urinárias e sensíveis às substâncias presentes no agrião.

Xarope caseiro simples do agrião

Planta medicinal: Agrião (Nasturtium officinale)

Material utilizado: As folhas e talos do agrião, água, mel e açúcar.

Modo de preparar o xarope caseiro do agrião:

Lavar um punhado de folhas e talos.
Cortar em pequenos pedaços.
Colocar em uma vasilha juntamente com uma xícara das de chá de água fervente.
Abafar por dez a quinze minutos.
Coar.
Juntar com uma xícara das de chá de açúcar e levar ao fogo baixo, em uma panela esmaltada ou inox.
Mexer sempre.
Cozinhar até formar uma calda.
Apagar o fogo.
Deixar tampado por duas horas e acrescentar uma colher das de sopa de mel.
Guardar em vidro apropriado e limpo.
Quando e como usar o xarope caseiro do agrião:

Indicações: Tosse, gripe e catarro no peito.

Modo de usar: Tomar uma a duas colheres das de sopa, três vezes ao dia. Crianças: tomar a metade desta dose. Fazer o tratamento durante o tempo necessário à cura.

Contraindicações : Para gestantes, lactantes, diabéticos, crianças menores de quatro anos, pessoas com inflamação das vias urinárias, com úlceras e com história de sensibilidade a alguns componentes químicos do agrião.

Extrato aquoso do agrião-do-brejo

Planta medicinal: Agrião-do-brejo (Eclipta prostrata) (Eclipta erecta)

Material utilizado: A parte aérea do agrião-do-brejo e água. Modo de preparar o extrato aquoso do agrião-do-brejo:

Colocar para ferver vinte gramas da planta seca ou setenta de planta fresca em uma xícara das de chá de água por cinco minutos.
Coar.
Juntar vinte gramas da planta seca ou setenta de planta fresca à mesma água e ferver novamente por cinco minutos.
Coar.
Juntar novamente o coado com mais vinte gramas da planta seca ou setenta de planta fresca e ferver em seguida por cinco minutos.
Finalmente coar e o resultado deve dar meia xícara das de chá de chá.
Quando e como usar o extrato aquoso do agrião-do-brejo:

Indicações: Queda das defesas orgânicas, proteção hepática, afecções do fígado.

Modo de usar: Tomar meia xícara das de chá, duas vezes ao dia.

Outra forma é juntar com tempero verde e um pouco de sal a gosto, como quem prepara uma sopa de verduras e tomar um prato ou mais por dia. Repetir o tratamento para alcançar o resultado esperado.

Contraindicações: Gestantes, lactantes, crianças em geral e pessoas sensíveis à substância presente no agrião-do-brejo.


terça-feira, 10 de outubro de 2017

Cultivo orgânico de plantas medicinais e condimentares



Numa horta orgânica deve-se reservar espaço para as principais espécies de plantas medicinais, condimentares e aromáticas. A natureza foi a primeira farmácia da humanidade. As medicinais proporcionam ao organismo humano sais minerais, ajudam a eliminar toxinas, limpando o sangue de impurezas e tonificando o estômago, os intestinos, os rins e o coração. Além das propriedades terapêuticas, algumas são importantes no manejo de pragas e doenças de hortaliças. Obs.: o uso de plantas medicinais tem que ser feito com critério, pois não fazem milagres e podem levar à intoxicação de pessoas que desconhecem as precauções e as contra-indicações. Às vezes imagina-se que por ser natural, faz bem à saúde, mas a ignorância sobre os efeitos desejados pode ser desastrosa. Por isso, as propriedades medicinais são apenas referências e não recomendações. Não se automedique. Procure sempre um médico especialista. .Cultivo: as plantas medicinais produzem melhor quando recebem adequado suprimento de água e nutrientes. Quanto à nutrição da planta, em geral, um solo com bom teor de matéria orgânica é o ideal.
   Recomenda-se preferencialmente o composto orgânico (2k/m2) ou esterco curtido de gado (5kg/m2) ou de aves (2kg/m2). Certas espécies não toleram solos ácidos necessitando que seja feita a calagem (aplicação de calcário) baseada na análise de solo. A maioria das espécies desenvolve-se melhor no verão. 

DICAS TÉCNICAS

.Cuidados na coleta de plantas: identificar a espécie de planta certa e as partes utilizadas; utilizar plantas bem desenvolvidas e com aspecto sadio; fazer a colheita no período da manhã e em dias secos, realizando a secagem em local limpo, arejado e à sombra; após a secagem, armazenar as plantas em recipientes limpos esterilizados e em local arejado, escuro e livre de insetos, ratos, mofo e poeira. Cada planta deve ser acondicionada em embalagem própria, devidamente identificada.

.Modo de preparo: para que esteja própria para consumo, deve estar livre de fungos (mofos, bolores), pois esses alteram os teores do princípio ativo e podem provocar intoxicações. As plantas medicinais são constituídas por princípios ativos responsáveis por sua ação terapêutica, desencadeando diversas reações nos organismos vivos (vegetais, animais e nos seres humanos). Não é recomendável misturar várias plantas. O uso inadequado poderá provocar efeitos indesejáveis. As medicinais são utilizadas para preparar chás, sucos e algumas até saladas. As formas mais comuns para o preparo dos chás são a infusão (folhas, flores e frutos moles) e a decocção (raiz, caule, cascas, frutos secos, cipós e sementes).O preparo dos chás através deinfusão consiste em despejar água fervente sobre a erva e abafar. O preparado é deixado em repouso durante 10 a 15 minutos e, em seguida, coado e servido. O preparo dos chás através dedecocção consiste em ferver a planta inteira com água por uns 5 a 15 minutos e, em seguida, tapar. Coar antes de servir. Obs.: o chá deve ser consumido, no máximo, 24 horas após o preparo, mesmo mantido em geladeira, pois ocorrem reações químicas que transformam os princípios ativos em outras substâncias prejudiciais à saúde.

.Dosagem: a utilização da mesma espécie de planta não deve ultrapassar um período maior que 15 dias. quando houver necessidade de uso mais prolongado, devem ser feitos intervalos de uma semana para que o organismo possa responder aos estímulos. É preciso acrescentar que, mesmo preparados adequadamente, a maioria dos chás são prejudiciais à saúde se consumidos em excesso ou se estiverem muito concentrados. 

Normalmente são recomendadas as seguintes quantidades: 
Planta verde - 20g (3 a 4 colheres de sopa) de planta picada em 1L de água; 
Planta seca - 10g (5 colheres de sopa) de planta picada em 1L de água.

.Usos e propagação de algumas plantas medicinais, condimentares e aromáticas

Sálvia: as folhas, na forma de chá, são indicadas como antinflamatória, digestiva, gripes, resfriados, febres, gases intestinais, estimulante dos nervos, cólicas menstruais, antiabortiva, deficiências cardíacas, regula a tensão arterial e fortalece o útero. A planta é propagada por sementes e estacas. A planta é utilizada também como repelente das borboletas que põem ovos nas folhas, originando as lagartas que atacam o repolho, couve, couve-flor e brócolis. Pode ser utilizada na forma de preparado: derramar 1 L de água fervente sobre 2 colheres (sopa) de folhas secas de sálvia; tampar o recipiente e deixá-lo em repouso durante 10 minutos (infusão). Agitar bem, filtrar e pulverizar imediatamente as plantas atacadas pelas lagartas.

Coentro : as folhas, na forma de chá, são indicadas como estimulante, fortifica o estômago, prisão de ventre, vermífugo e febre. É uma planta utilizada também como condimento. É propagada por sementes. coentro, consorciado com o tomateiro, reduz os danos da traça do tomate e, atrai os inimigos naturais de pragas de várias culturas. A planta também é eficiente no manejo de ácaros e pulgões, na forma de preparado: cozinhar folhas de coentro em 2L de água. Para pulverizar sobre as plantas, acrescentar água.

Alho: indicado contra hipertensão, arterioesclerose, ácido úrico, picadas de inseto, diurético, expectorante, antigripal, febrífugo, desinfetante, antinflamatório, antibiótico, antisséptico e vermífugo. O alho também é eficiente no manejo de tripes, pulgões, lagarta do cartucho do milho e doenças (podridão negra, ferrugem e alternaria)O alho é um antibiótico natural, inibidor ou repelente de parasitas de plantas ou animais. Modo de preparar: moer 100g de alho e deixar em repouso por 24 horas em 2 colheres de óleo mineral. Dissolver, à parte, 10g de sabão em 0,5 L de água. Misturar todos os ingredientes, filtrar e, diluí-lo em 10 litros de água. 

Hortelã: as folhas e hastes, na forma de chá, são indicadas como digestiva, antiespasmódica, calmante, gripe, antisséptica, descongestionante das vias respiratórias e vermífuga. É propagada através de rizomas. A hortelã, além de planta medicinal, aromática e servir como condimento, atua como repelente a mosquitos, formigas, ratos, piolhos e pulgas, borboleta da couve e mosca-branca que ataca as hortaliças em geral.

Arruda: as folhas, na forma de chá, são indicadas como vermífuga, gases intestinais, cólicas menstruais, digestiva, calmante dos nervos e dor de cabeça. É propagada por sementes. A arruda também atua como repelente a formigas, traça e outros roedores e mosca-branca que ataca hortaliças em geral.

Camomila: as flores, na forma de chá, são indicadas nas cólicas, tônica, clamante, stress, alergia e digestiva. É propagada por sementes. Esta planta, além de inibir insetos, também é eficiente no manejo de doenças fúngicas. Modo de preparar: misturar 50g de flores de camomila em 1L de água. Deixar de molho durante 3 dias, agitando 4 vezes ao dia. Depois de coar, pulverizar a mistura sem diluir, 3 vezes a cada 5 dias.

Alecrim: as folhas e flores são utilizadas nas dores reumáticas, depressão, cansaço físico, gases intestinais, debilidade cardíaca, inapetência, cicatrização de feridas, dor de cabeça de origem digestiva, problemas respiratórios. Usam-se ramos em armários para afugentar insetos como as traças. A planta também atua como repelente à borboleta que põe os ovos nas folhas de repolho, couve, couve-flor e brócolis.

Losna: as folhas, na forma de chá, são indicadas na perda do apetite, como digestiva e vermífugo. Obs.:mulheres grávidas devem evitar o uso, pois é abortiva. É propagada por estacas. A planta é eficiente no manejo de lagartas, lesmas, percevejos e pulgões: modo de preparar: diluir 30g de folhas secas de losna em 1L de água e ferver durante 10 minutos. Adicionar 10L de água ao preparado para pulverizar as plantas.





terça-feira, 22 de agosto de 2017

Açafrão Verdadeiro: as plantas curam



Açafrão Medicinal

Crocus sativus

O açafrão propriamente dito é o produto é extraído dos estigmas de flores de uma variedade de Crocus sativus e utilizado desde a antiguidade como especiaria, principalmente na culinária mediterrânica.

Descrição : Planta da família das Iridaceae, também conhecido como açaflor, açafrão, açafreiro, açafroeiro.

Pequena planta cultivada principalmente nos jardins do Rio de Janeiro; apresenta folhas estreitas e flores rosáceas ou avermelhadas, com propriedades medicinais e tempero.

Atualmente, é a especiaria mais cara do mundo, uma vez que para a preparação de apenas alguns gramas utilizam-se milhares de flores da planta, processadas manualmente (cerca de 100 mil flores para obtenção de apenas cinco quilos de estigmas).

O Dicionario de botânica brasileira refere-se ao açafrão desta forma: Arbusto de quase um metro de altura, folhas roxeadas e compridas; a flor e seus tegumentos são amarelos, purpurinos, e avermelhados.

Quando seca tem grande consumo na Europa para a tinturaria; desprende de seus órgãos uma tinta amarela e um óleo volátil.

Na arte culinária e nas confeitarias costuma-se empregar o açafrão para dar uma cor agradável a muitas iguarias e confeições.

Parte utilizada: Estigmas secos.

Origem : A variedade de Crocus sativus que se usa para extrair o açafrão é originária da região do mar Mediterrâneo e consumido na culinária da região, normalmente em risotos, caldos e massas.

Na Espanha, é item essencial à paella.

Pode cultivar-se no Brasil.

História: O açafrão é pelo menos tão antigo como a escrita, talvez até muito anterior à nossa era.

Da China ao Egito, da Grécia a Roma, o açafrão sempre foi apreciado pelo seu aroma requintado e propriedades medicinais.

O açafrão foi amplamente utilizado como condimento e como um pigmento, este uso ainda é aplicado, usado há séculos em molhos, arroz e aves.

Durante o período entre os séculos XVI e XIX, o açafrão foi usado em várias preparações do opiáceas para o alívio da dor.

Para que serve o Açafrão

Princípios Ativos: Aldeídos terpenos (safranal, 2,2,4-trimetil-ciclohexa-1,3-dieno-carbaldeído, pineno e cineol), picrocrocina, carotenóides, crocetina, gentobiose, alfa e o beta-caroteno, licopina, zeaxanteno e mucilagem.

Propriedades medicinais: antiofídico, digestivo, emenagoga, espasmódica, laxante.

Pesquisadores da UFSC, estão estudando o uso de nanocápsulas com princípio ativo do açafrão para tratamento do câncer de pele.

Indicações: histeria, inflamação, regular processos sanguíneos, tireoide, problemas digestivos, prisão de ventre, veneno de cobra.

Contraindicações/cuidados: Nenhuma contraindicação foi encontrada na literatura consultada, exceto de a planta possuir uma atividade emenagoga e abortiva.

Grandes quantidades de açafrão (mais de 5g o que é maior do que a quantidade geralmente usada na culinária) provocam a estimulação uterina e podem induzir o aborto.

Informação sobre o uso durante a amamentação não foi encontrada.

Efeitos colaterais:

Uma reação anafilática - angioedema, urticária ocorreu em um fazendeiro com 21 anos após ter ingerido arroz e cogumelos com açafrão.

Uma resposta positiva ao açafrão, com resultados negativos aos outros ingredientes, foi observada no 'teste do esfregasse' e pela técnica do RAST (Radioallergosorbent Test), testando a presença de IgE; Alergia ocupacional sazonal, incluindo a rinoconjuntivite, a asma brônquica, e o prurido cutâneo, ocorreram em 15 trabalhadores expostos ao açafrão; Testes cutâneos e de RAST foram positivos para o açafrão.

Toxicologia:

Grandes doses de estigmas atuam como um sedativo e há relatos de uso fatal do açafrão como um aborti-faciente.

A presença das saponinas no rebento é tóxica a animais jovens.

A dose letal é 20 g, enquanto a dose abortiva é 10 g.

Os seguintes efeitos foram relatados após a ingestão de 5g açafrão: púrpura severa, trombocitopenia, e sangramento severo.

Um estudo demonstrou que o açafrão é não mutagênico e não tóxico, porém as doses usadas não foram mencionadas.

Modo de usar:

- Usado em molhos, sopas, saladas, arroz, cozidos com frango e legumes;

- Preparação de tinturas, extratos, loções oculares e colírios, mas sobretudo em pílulas abortivas.

- Infuso ou decocto a 1 %: dose máxima diária 200 ml;

- Extrato fluido: dose máxima diária 40 gotas.

COMPRESSA DO CHÁ DA AÇAFRÃO (curcuma)

Modo de preparar

Fazer o chá por cozimento dos rizomas, usando uma xícara das de chá de rizoma fatiado em meio litro de água.

Ferver por 5 minutos

Abafar.

Coar.

Quando e como usar

Indicação: Hematomas.

Modo de usar:

Embeber panos limpos no chá ainda morno e aplicar sobre o local afetado. Substituir o chá do pano a cada cinco minutos, durante trinta minutos. Deixar o chá sempre morno. Fazer três aplicações ao dia. Repetir o tratamento durante o tempo necessário à cura.
Forma do Chá : Cozimento

Forma de Uso : Compressa

Partes Usadas : Rizoma


segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Abobrinha e Jerimun (Trianosperma diversifolia)



Abobrinha e Jerimun

Trianosperma diversifolia

Existem dois tipos de abobrinhas, muito comuns no solo brasileiro, a Trianosperma diversifolia e a Trianosperma Tayuya, usadas tradicionalmente na culinária popular. Suas propriedades medicinais são indicadas para casos de eripsela e uso veterinário.

Descrição : Planta pertencente à família das Cucurbitáceas, também conhecida como Abobrinha, jerimum-mirim, courgette, cabacinha e curgete.

As flores são pequenas, amareladas ou esbranquiçadas.

O fruto tem formato ovoide, é pequeno e vermelho, esclarece Peckolt* que o fruto ainda verde possui sabor acre, amargo e enjoativo, de aroma desagradável.

Com certeza a abobrinha é uma planta muito utilizada na culinária brasileira,porém possui propriedades medicinais.

Também existe a erva da mesma família, a Wilbrandia verticillata, com fruto ovoide e liso e folhas curto pecioladas, é que nos informa Pio Correia,** "O fruto é drástico e a raiz," tuberosa e muito amarga.

Origem : Originou-se no continente americano, do Peru até sul dos Estados Unidos.

Indicações: Empregada também nas hidropisias e erisipelas crônicas.

Na medicina veterinária parece ser usada com sucesso contra a cólera das galinhas.

Princípios Ativos: Tainina, trianospermina, óleo gorduroso verde-escuro e resina mole.

Propriedades medicinais: Antidiabético, antissifilítica, purgativa e depurativa.


Os Tipos de Abobrinha

Existem dois tipos de abobrinha que são mais comuns no mercado brasileiro : A abobrinha do tipo menina, que tem o fruto com pescoço e a tipo italiana, com o fruto alongado sem pescoço.

Suas cores vão do verde bem claro, quase branco, até verde médio com faixas de cor verde mais escuro. Em alguns mercados, pode-se encontrar fruto de cor amarela forte e uniforme, que não deve ser confundido com o fruto verde amarelecendo por estar velho.

EMULSÃO DE JERIMUN

Planta medicinal: Jerimum (Abóbora) (Cucurbita pepo)

Material utilizado : A polpa do jerimum e água.

Modo de preparar a emulsão de jerimum

1)  Colocar um litro de água em uma panela.

2)  Colocar 100 gramas da polpa do jerimum cortados em pequenos pedaços.

3)  Cozinhar até reduzir à metade.

4)  Deixar amornar.

5)  Coar.

Quando e como usar emulsão de jerimum

Indicação: Prisão de ventre eventual.

Modo de usar: Temperar a gosto e comer aos poucos, ao longo do dia. Repetir o tratamento pelo tempo necessário à cura.

contraindicação: Não consta da literatura consultada. Porém, não se deve ultrapassar a dosagem.