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ANUCIOS

sexta-feira, 29 de julho de 2016

Manejo de pragas e doenças em cultivo orgânico parte 1



1. Manejo da Horta e Prevenção de Pragas

Em agricultura orgânica sempre se busca o equilíbrio ecológico e a prevenção de problemas que afetam a saúde das plantas.
Através do uso de algumas técnicas simples é possível reduzir a presença de pragas e doenças. Nesse sentido, é importante lembrar de fatores de produção que servem para enfrentar esse problema:

Manejo correto do solo e adubação orgânica, com fornecimento equilibrado de nutrientes para as plantas;

Manejo da água e da umidade (irrigação bem feita e drenagem se for preciso, no caso de solo que tem facilidade de encharcar);

Uso de rotação e consorciação de culturas;

Diversificação (plantio de vários tipos de plantas);

Respeito do espaçamento e da época certa de plantio;

Uso de quebra ventos, quando necessário;

Limpeza manual das plantas doentes e eliminação do material que foi retirado;

Manejo correto das plantas nativas;

Eliminação de hospedeiros;

Armadilhas luminosas;

A escolha de plantas resistentes;



2. Receitas de Defensivos Naturais


Mesmo com boas práticas de manejo da horta, pode ter ataques

de insetos ou doenças na plantação. Muitos produtores usam os 

agrotóxicos para prevenir e combater estes ataques. Estes 
produtos são perigosos, tanto para a saúde do/a agricultor/a 
como do consumidor e também para a Natureza. Eles matam não 
só as pragas, mas também as minhocas e os insetos bons. Além 
disso, os agrotóxicos são caros!
Existem defensivos naturais que também combatem as pragas e 
doenças sem prejudicar ninguém. Mas, é importante lembrar 

ainda que até os defensivos naturais devem ser aplicados 
sempre na quantidade e freqüência certa e somente quando 
necessário.
Se encontra um monte de receitas usando defensivos naturais, 
com vários modos de usar e varias concentrações; se for a 

primeira vez que se usa uma receita é melhor testá-la numa parte 
só da horta para comprovar o efeito da dosagem sem correr risco
de queimar as hortaliças.
Por fim, sempre lembre que mesmo não sendo agrotóxico, defensivo 
natural é produto ativo e tem que deixar pelo menos dois dias passar 

depois da aplicação para poder colher as hortaliças.


Farinha de Trigo com Detergente
Dissolver 1kg de farinha de trigo em 20 litros de água, junto com 
500 ml (meio litro) de detergente neutro.
Pode-se usar na hora. Aplicar de manhã em cobertura total nas 
folhas. O seu emprego é favorável em dias quentes e secos, com 

sol. Mais tarde, as folhas secando com o sol, formam uma 
camada que envolve as pragas e cai com o vento.

Indicações: pode servir para combater a mosca branca, ácaros, 

pulgões e lagartas na horta, por exemplo, nos pés de tomates.


Pimenta Malagueta

Bater 500 g de pimenta vermelha (malagueta) em um 


liquidificador com 2 litros de água até a maceração total. Coar o 



preparado e misturar com 5 colheres (sopa) de sabão de coco em 

pó, acrescentando então mais 2 litros de água (dá 4 litros no total).
Indicações: pulverizar sobre as plantas atacadas por pulgões, 

vaquinhas, grilos e lagartas. Fazer a colheita depois de pelo 



menos 12 dias, para evitar que os frutos fiquem com cheiro forte.


Folha do Nim (Azadirachta indica)
Misturar 250g de folhas e ramos verdes picados com 20 litros de 

água. Deixar repousar as folhas na água de um dia para outro.
Coar e pulverizar.
Indicações: O nim serve de repelente para uma grande 

variedade de insetos, inclusive lagarta, besouro, percevejo 



(Maria-fedida), pulgão, barbeiro, mosca branca, cochonilha, 

mosca do chifre, gafanhoto, nematóide, grilo, barata.


Fumo
Misturar 250g de fumo com 20 litros de água. Deixar de molho 

pelo menos 24h horas.
Indicações: o fumo é excelente inseticida tendo ação de contato 

contra pulgões, vaquinhas, cochonilhas, lagartas e outras 



pragas.



Acolheita do vegetal tratado deve ser feita, somente 3 dias após a 



aplicação do fumo. Não deve ser empregado o fumo em plantas 







da família da batata ou tomate (Solanaceae).



Alho
Dissolver um pedaço de sabão de coco do tamanho de um polegar 
(50 g) em 4 litros de água. Juntar 2 cabeças picadas de alho e 4 

colheres de pimenta vermelha picada. Coar com pano fino e aplicar.
Indicações: O alho é um bom repelente de insetos, bactérias, 
fungos, nematóides e serve de inibidor de digestão de insetos.

Urina de vaca
Deixar curtir a urina de vaca uns 4 dias num recipiente fechado, 
depois misturar 100ml com 20 litros de água 
Indicações: Serve, principalmente, para combater ataques de 
moscas, pulgões, e lagartas nas verduras. Ao mesmo, tempo 

serve como adubo.

Angico
Deixar 1 Kg de folhas e vagens de angico de molho em 10 litros de 
água durante 5 a 8 dias. Coar, misturar 1 litro com 5 a 10 litros de 

água, e pulverizar.
Indicações: pulgões, lagartas, formigas, outros.

3. Plantas Companheiras
O plantio de linhas de plantas companheiras pode ser benéfico 
em pequenas áreas para espantar alguns tipos de pragas. Entre 

outras, são conhecidos os efeitos repelentes das seguintes 
plantas, bastante comuns:
Alecrim repele borboleta da couve e moscas da cenoura;
Hortelã repele formigas, ratos e borboleta da couve;
Mastruz repele pulgões e outros insetos;
Urtiga repele percevejo do tomate;
Outras plantas como a erva-cidreira e o girassol são também 
indicadas para repelir pragas dos cultivos;
O gergelim é outra planta útil, que é cortado e levado pelas 
saúvas (formigas cortadeiras, Atta sp.), intoxicando o fungo 

do qual elas se alimentam.

3. Plantas Benéficas
Na vegetação natural tem plantas que servem de abrigo e 
reprodução de insetos que se alimentam de outros insetos. O 

manejo correto destas ervas e da adubação verde permitirá um 
controle natural de algumas pragas.
Dentre as plantas que servem para o manejo ecológico, está o 
sorgo granífero. No caso do sorgo, suas panículas em flor 
favorecem o abrigo e a reprodução de insetos e ácaros benéficos, 
como o percevejo Orius Insidiosus, predador de lagartas, ácaros
e trips da cebola.



Considerações:

Normalmente, quando se considera o solo como um “organismo vivo” e tratando-o com métodos ecologicamente corretos, associados ao uso de práticas preventivas, não ocorrem doenças e pragas.  Estas quando surgem, são um sinal de desequilíbrio e indicam problemas no manejo do solo. Por outro lado, quando se pratica a agricultura moderna que prioriza o uso da monocultura (cultivo de apenas uma espécie), o uso intensivo de mecanização, adubos químicos e agrotóxicos em solos desequilibrados, favorecem o surgimento de inúmeras pragas e doenças que se não forem controladas podem prejudicar parcialmente ou totalmente a produção de alimentos e, o que é pior, contaminam o solo,  rios, lagos, córregos,  e ainda trazem sérias consequências  à saúde do agricultor e consumidor. Estima-se que para cada notificação oficial ocorrem pelo menos 10 casos que não são registrados, devido a dificuldade de diagnosticar corretamente os casos de intoxicação.
     A agricultura orgânica, por sua vez, trata o solo como um “organismo vivo”, ou seja, revolvendo o solo o mínimo possível, sem uso de agroquímicos e priorizando a adubação orgânica, adubação verde, rotação, sucessão e consorciação de culturas, cultivo mínimo, plantio direto e outras que visam o equilíbrio do solo, favorecendo o desenvolvimento dos cultivos e os  inimigos naturais e desfavorecendo o surgimento de pragas e doenças. A ocorrência de insetos-pragas e doenças são a conseqüência e não a causa do problema. Por isso, em agricultura orgânica tratam-se as causas para que os resultados sejam os mais duradouros e equilibrados possíveis. Adotando as práticas recomendadas no cultivo orgânico e os métodos de prevenção, dificilmente os cultivos são atacados por pragas e doenças. A prevenção é a maneira mais fácil de manejar as pragas e doenças. Os principais métodos que previnem o aparecimento de pragas e doenças são:                        
Escolha correta da área – a área deve ser bem drenada e ensolarada, pois os raios solares auxiliam no manejo das doenças e pragas. Terrenos sujeitos a neblinas devem ser evitados;                                  
Destruição dos restos culturais:   deve-se sempre, antes de iniciar o cultivo, retirar da lavoura os restos do cultivo anterior (ramos, folhas e frutos)  e  fazer compostagem  (processo de fermentação através de camadas alternadas de resíduos vegetais e esterco fresco de animais),  para evitar possíveis doenças, especialmente se forem verificados focos de plantas murchas ou amarelecidas. Recomenda-se também destruir plantas que apresentam sintomas durante o cultivo. Esta é uma prática importante, especialmente para as espécies das famílias botânicas das solanáceas (batata, tomate, pimentão, beringela e fumo), cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, moranga, melão,  melancia e pepino) e brássicas (repolho, couve-flor, couve e brócolis), cultivos mais sensíveis às doenças e pragas;                               
Adubação equilibrada:  a adubação orgânica, com base na análise de solo e nos nutrientes do adubo aplicado, é muito importante, pois as plantas bem nutridas possuem mais resistência às doenças e pragas. O excesso de nitrogênio resulta na produção de tecidos jovens e suculentos, atrasando a maturidade da planta. Por outro lado, plantas mal supridas com nitrogênio tem um fraco crescimento e amadurecimento precoce dos tecidos. Em ambos os casos, a planta se torna mais susceptível ao ataque de doenças e pragas. Em relação ao potássio, geralmente, tem-se demonstrado seu efeito benéfico na redução da severidade de inúmeras doenças.Todavia, o excesso do potássio causa desequilíbrio nutricional e aumenta a severidade,  de  doenças foliares. A sarna da batata é um exemplo de  doença favorecida pelo excesso de cálcio;   
Uso de material de propagação sadio e variedades resistentesé importante, sempre que possível, utilizar cultivares resistentes com sementes e materiais propagativos (tubérculos, ramas, estolhos, bulbilhos e etc.) livres de  pragas e doenças. O plantio de ramas de batata-doce sadias é uma opção para evitar a doença “mal do pé”.  O tomate do tipo cerejinha  e tipo italiano são considerados mais resistente às pragas e doenças que os tomates de mesa tipo Santa Cruz e tipo Salada. O híbrido de repolho Fuyutoyo é considerado resistente à podridão negra. O híbrido de couve-flor Júlia F1 é resistente à alternariose.  As variedades de batata Epagri 361 Catucha  e SCS 365-Cota (Figura 1) são resistentes à requeima (sapeco) e pinta preta. A variedade de batata-doce Princesa é resistente ao “mal-do-pé” e a Brazlândia Roxa é tolerante aos insetos que causam perfurações nas raízes. A variedade de feijão-vagem Preferido é tolerante à ferrugem e antracnose, enquanto que a Favorito tolera a ferrugem e oídio.  As cenouras do grupo Brasília são resistentes ao sapeco;
Rotação e consorciação de culturas : o cultivo intensivo da mesma espécie na mesma área esgota o solo e ainda aumenta a ocorrência de pragas e doenças, especialmente no solo. A rotação e consorciação de culturas, além de melhorar o solo, desfavorece o surgimento de pragas e doenças e ainda, podem servir de abrigo para os seus inimigos naturais. Para o sucesso destas práticas, deve-se seguir dois princípios básicos: - não cultivar, no mesmo terreno, plantas da mesma família botânica, pois estão sujeitas às mesmas pragas e doenças. É o princípio de “matar de fome” os insetos, os fungos e as bactérias que atacam as plantas cultivadas. Ex.:onde se cultiva batata, não deve-se plantar fumo,tomate e pimentão, pois todas estas espécies pertencem a mesma família botânica, sabidamente as que mais possuem problemas de doenças e pragas;     -as espécies a serem incluídas no sistema de rotação devem ter diferentes exigências nutricionais e com diferentes sistemas radiculares para não esgotar o solo e também para explorar ao máximo os nutrientes que estão nas camadas mais profundas.












sábado, 9 de julho de 2016

PEPINO ACELERA O METABOLISMO E EMAGRECE



Estamos sempre à procura de novas formas e dicas para emagrecermos. Todas sonhamos em ter uma barriga lisa e um corpo em forma. E esta receita pode ser uma grande ajuda para nós.

O que acha de aprender uma super-receita para eliminar gorduras?
Ela é fácil de preparar e tem-se mostrado eficiente em trazer grandes resultados em curto período, desde que ela seja consumida regularmente.
Trata-se de um sumo poderoso que vai reduzir a gordura corporal, especialmente a gordura da barriga, tomando apenas um copo antes de dormir.

Porquê exatamente antes de dormir?

O que acontece é que, quando estamos a dormir, o nosso metabolismo funciona mais devagar e é aí que esta bebida passa a agir.
Ela pode acelerar o metabolismo e queimar as calorias enquanto dorme.
O resultado: alguns indesejados quilinhos eliminados.
Conheça o benefício que cada ingrediente deste sumo traz ao corpo:
Pepino: ele reduz a gordura do estômago, além de ser refrescante e com um alto teor de água e fibras.
O melhor é que ele contem apenas 45 calorias.
Salsa e coentros: eles são extremamente baixos em calorias, cheios de antioxidantes e oferecem várias vitaminas e minerais essenciais.
As vitaminas de ambos irão ajudar a aliviar a retenção de água, sem causar qualquer inchaço ou desconforto.
Limão: irá expulsar todas as toxinas acumuladas no seu corpo e isso vai contribuir para aceleração do metabolismo da gordura.
Gengibre: dispara o metabolismo, previne a constipação e derrete a gordura indesejada.
Caso a sua meta seja uma barriga lisa, certifique-se de que está a incluir regularmente o gengibre nas suas refeições.
Sumo de aloe vera: ele é considerado um remédio para perda de peso, pois contém antioxidantes naturais que ajudam a retardar processos inflamatórios que ocorrem no corpo.
Além disso, estimula a taxa metabólica, que por sua vez contribui para o consumo de mais energia.
Este processo estabiliza-se e reduz o índice de massa corporal (IMC).
Saiba como fazer esta incrível bebida:

INGREDIENTES
1 pepino

1 ramo de salsa ou coentros
1 limão
1 colher (sopa) de gengibre ralado
1 colher (sopa) do gel de aloe vera (descasque um pedaço de folha e, com uma colher, retire o gel).
Meio copo de água


MODO DE PREPARAÇÃO
Misture todos os ingredientes e bata no liquidificador.

Simples, não?
Ah, lembre-se de consumir a bebida antes de ir para a cama!
OBS: Aloe vera é a Babosa

As receitas de suco verde detox costumam trazer muitos benefícios para quem quer manter a boa forma e, se preparadas alimentos como pepino e limão, podem ser grandes aliadas do emagrecimento. Isso acontece porque o pepino é hidratante e possui um grande percentual de água em sua composição, além de ser diurético e rico em fibras. Já o limão ajuda a acelerar o metabolismo, é rico em vitamina C, afina o sangue e possui ação antioxidante no organismo.
Além disso, o pepino ajuda a aumentar a sensação de saciedade, auxilia o organismo a eliminar toxinas, combate a retenção de líquidos e, ainda, consegue fazer com que o corpo queime gordura localizada. Portanto, ambos os alimentos são a combinação perfeita para um suco anti-barriga.

Receita de suco de pepino com limão para perder peso

Ingredientes

  • 1 pepino médio com casca
  • 1 limão picado com casca

Modo de preparo

Bata ambos os alimentos no liquidificador junto com água, coe e adoce com mel ou adoçante.

Composto orgânico - adubo natural



Composto orgânico – adubo natural de ótima qualidade preparado na propriedade

A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num material semelhante ao solo, a que se chama composto, e que pode ser utilizado como adubo
     Tratar o solo como um “organismo vivo” é um dos princípios básicos da agricultura orgânica. O composto orgânico, adubo natural preparado na propriedade, é a principal fonte de matéria orgânica para o solo. Os insumos modernos utilizados na agricultura convencional  (fertilizantes químicos e agrotóxicos), especialmente, quando aplicados em excesso e de forma incorreta, além de caros pois são na grande maioria, importados, contaminam o meio ambiente, contribuem para o aquecimento global e, o que é pior, favorecem o aparecimento de doenças e pragas nas plantas e até doenças nas pessoas. Alguns adubos químicos, por serem hidrossolúveis (dissolvem-se na água), e com o excessivo revolvimento do solo em terrenos inclinados, contaminam as fontes de água devido a erosão (perda do solo). O uso exagerado de adubos químicos nitrogenados (uréia e outros) pode causar a metaemoglobinemia em crianças, doença resultante da ingestão de nitritos (produzidos a partir de nitratos) que reagem com a hemoglobina, reduzindo a sua capacidade de carregar oxigênio.  Além disso, os nitritos participam de reações formadoras de compostos cancerígenos.

.O que é compostagem?  é um processo controlado de fermentação de resíduos orgânicos para produção de adubo orgânico. No processo que é biológico ocorre a desintegração de resíduos devida à decomposição aeróbica (presença de ar), realizadas pelos microorganismos. Da decomposição resulta: gás carbônico, calor, água e a matéria orgânica “compostada”.
.Vantagens do composto orgânico: estimula a saúde natural das plantas; reduz as pragas, doenças e plantas espontâneas (inços); boa fonte de macro e micronutrientes essenciais; melhora a estrutura do solo tornando-o mais fofo, é mais rico em nutrientes e com mais vida e, ainda  corrige a acidez do solo. Em relação ao esterco de animais curtido, o composto orgânico também possui vantagens: é um produto estabilizado e mais equilibrado e, por isso, mais eficiente na melhoria do solo, mais rico em nutrientes e, não acidifica o solo. As vantagens não param por aí: o composto orgânico, devido a fermentação, é livre de sementes de plantas espontâneas e de microorganismos causadores de doenças nos cultivos. Resultados de pesquisa obtidos na Epagri/Estação Experimental de Urussanga, comparando cultivos orgânico e convencional (com adubos químicos), mostraram que o solo onde utilizou-se adubo orgânico, a fertilidade era maior e não necessitava de calagem. Como desvantagem do composto, pode-se citar a exigência de mão de obra. Porém, ao longo dos anos, a necessidade é cada vez menor em função da melhoria da fertilidade (duradoura no tempo) e correção natural da acidez do solo, o custo é mais baixo, quando comparado ao adubo químico.

.Materiais utilizados na compostagem: basicamente  deve-se  misturar  materiais  vegetais com estrume de animais. Em outras palavras, deve-se misturar materiais ricos em carbono (vegetais) com outros ricos em nitrogênio (estercos de animais), na quantidade adequada; um composto só de palha ou outros materiais ricos em carbono demora muito para fermentar e se decompor. Por outro lado, um composto feito só de materiais ricos em nitrogênio apodrece, exala mau cheiro e reduz muito o volume e perde-se muito nitrogênio.  Resíduos vegetais: restos de culturas e plantas espontâneas (inços), capim, folhas, palhas, aparas de grama e etc. Materiais mais duros e grossos precisam ser picados.O produtor deve priorizar resíduos vegetais produzidos na propriedade para facilitar e baratear custos.Resíduos domésticos: cascas de frutas e hortaliças, casca de ovo, borra de café, erva de chimarrão e outros com excessão de restos de comida (atraem moscas). 
                              
. Onde montar o composto? O mais próximo possível da fonte de água e da lavoura. Não produz mau cheiro e não atrai insetos. Deve-se cobri-lo para evitar perdas por chuvas.

. Modo de fazer o composto orgânico: o método mais prático e difundido consiste em montar as pilhas ou camadas alternadas de restos vegetais com meios de fermentação (estrume de animais), numa proporção aproximada de 3 a 5 partes de vegetais para uma de esterco (Figura 1). Para pequenas quantidades de resíduos vegetais e/ou domésticos, a composteira pode ser feita de madeira, tijolos ou tambor de metal. Para hortas maiores ou comerciais recomenda-se: Tamanho das pilhas: depende da quantidade de materiais orgânicos disponíveis; porém, para facilitar a aeração necessária para a ação dos microorganismos que decompõem a matéria orgânica, recomenda-se  2 a 3m de largura,  1,5 a 2m de altura e comprimento variável. Montagem das pilhas 1ª camada – 15 a 25 cm de restos vegetais ou capim; 2ª camada – 5 cmde esterco fresco de animais; 3ª camada – 15 a 25 cm de restos vegetais ;4ª camada – 5 cm de esterco fresco de animais. A cada camada de palha deve-se  irrigar, sem encharcar. Repetir o procedimento até a altura de 1,5 a 2m, sendo a última camada de palha para recobrir a pilha.
             
. Cuidados com o composto: recomenda-se manter a ventilação e a umidade suficientes e adequados para a ação dos microorganismos, pois a presença do ar e a umidade, bem como o tipo de material é que determinam a velocidade da decomposição da matéria orgânica. Promove-se a aeração pelo revolvimento. Recomenda-se nos primeiros 45 dias, um revolvimento a cada 15 dias. Para pilhas maiores, o revolvimento pode ser feito com trator, utilizando-se a pá-carregadeira ou lâmina. Dependendo do material utilizado e da época, normalmente a maturação do composto ocorre em 90 a 120 dias. Deve-se cobrir o composto para evitar perda da eficiência do adubo em épocas chuvosas.

. Quantidade a aplicar de composto: recomenda-se, anualmente, proceder a análise do solo, para verificar a fertilidade do solo e fazer a adubação adequada. É importante também conhecer, através de análise, as quantidades de macro e micronutrientes existentes no adubo orgânico e a exigência da cultura. Em geral, considera-se uma quantidade de composto a aplicar por metro quadrado:  baixa  - 1,0 a 1,5kg; média - 2,0 a 3,0 kg e alta - 4,0 a 5,0kg.

Figura 1. Montagem das camadas  visando a produção do composto orgânico na Epagri/Estação Experimental de Urussanga, utilizando-se cama de aviário e capim elefante anão, produzido no local.











sábado, 25 de junho de 2016

Agricultura Orgânica: Plantas de Cobertura de Solo (adubação verde)



Práticas agrícolas tradicionais como a monocultura, a médio prazo, causam inúmeros problemas para os ambientes de produção agrícolas. Como a degradação do solo, redução da produtividade além de desenvolver condições favoráveis para o aparecimento e desenvolvimento de doenças, pragas e ervas daninhas. No caso de doenças, patógenos sobrevivem no solo ou restos de culturas e aumentam de uma safra para outra acarretando sérias perdas em produtividade. Esta prática favorece a propagação de determinadas ervas daninhas, além da proliferação de pragas com conseqüente redução na produtividade, e na qualidade do produto colhido. Também é previsível um aumento nos custos de produção, devido ao maior uso de defensivos agrícolas.

É importante mudar de uma agricultura extrativista para uma agricultura sustentável e para isto será necessário a introdução de outras espécies vegetais. Com uma diversidade de espécies apropriadas de adubação verde e coberturas vegetais, após as principais culturas de verão como a da soja e milho, planejadas a permitir uma eficiente rotação de culturas, teremos uma solução viável para o problema.


Vantagens da Adubação Verde e Cobertura Vegetal do Solo

A adição de nitrogênio do ar para o solo através da simbiose com bactérias fixadoras, localizados nos nódulos das raízes das plantas leguminosas através da incorporação dos tecidos verdes da parte aérea das plantas. Algumas espécies como, por exemplo a ervilhaca (Vicia sativa L.), chegam a fornecer 90 kg de nitrogênio por hectare ao solo durante um único ciclo. Mesmo espécies que não fixam nitrogênio como o nabo forrageiro (Raphanus sativus L.) podem reciclá-lo de camadas mais profundas do solo que, quando decompostas, irão devolver esse nutriente à superfície, além de ajudar na decomposição do solo.
Promove a cobertura vegetal do solo, diminuindo o efeito da radiação solar, reduzindo a temperatura do solo.
A cobertura vegetal do solo reduz a erosão, protegendo o solo contra o impacto das chuvas, aumentando a infiltração e diminuindo a enxurrada. Auxilia no controle de ervas daninhas diminuindo a necessidade do uso de herbicidas, aumenta os teores de matéria orgânica contribuindo para a melhoria das características físicas e químicas e auxilia no controle de pragas pelo uso de plantas não hospedeiras e de doenças através da quebra de ciclo dos patógenos.
Descompactação do solo através do aprofundamento das raízes de certas forrageiras como o guandu e nabo, melhorando a porosidade e a atividade microbiana.
Melhora o equilíbrio dos microorganismo, alterando a flora e a fauna.
Contribui na retenção da umidade no solo, diminuindo o efeito das estiagens prolongadas.
Conseqüentemente, todos esses fatores combinados irão proporcionar um aumento significativo de produtividade na cultura comercial a ser implantada.

Manejo dos Adubos Verdes e Coberturas.

A) Em áreas de cereais que produzem uma safra por ano:
Plantar as forrageiras de cobertura imediatamente após a colheita da safra de verão, aproveitando as últimas chuvas de março / abril ou assim que a umidade do solo permitir.
Para adubação verde no sistema de plantio convencional fazer a incorporação da massa verde. No sistema de plantio direto cortar ou deitar a massa com rolo faca, rolo comum ou grade e depois dessecar a rebrota para formação de palhada para o plantio direto.
Para pastoreio e palhada no sistema de plantio convencional no final do pastoreio fazer a incorporação dos restos da cobertura. No sistema de plantio direto, após o pastoreio, vedar a cobertura por mais ou menos 20 dias e depois dessecar para a formação de palhada para o plantio direto na palha.
B) Em áreas de cereais que produzem duas safras por ano
Escolher a forrageira de cobertura ideal e semear 40 dias após o plantio da safrinha ou imediatamente após a colheita da safrinha ou nas primeiras chuvas de verão. Quando for curto o prazo de formação das coberturas, dar preferência para as mais precoces.
As áreas de sequeiro que produzem duas safras satisfatórias de cereais por ano são adotadas no sistema de plantio direto na palha, por isso, após a safrinha devemos cultivar as coberturas para dessecar e posterior formação de palhada para o plantio direto de verão. Não atrasar o plantio de verão para não atrasar também o plantio da safrinha.
Em toda área que é feito o plantio de cobertura, além de proteger o solo da radiação solar, aumentamos sua resistência contra a seca nos períodos longos de estiagem.
C) Em áreas de citrus e café
Para melhoria do solo, nas forrageiras de cobertura que rebrotam, roçar a 10 cm, quando tiverem com 1,20 m de altura ou deixar vegetar quando for de ciclo curto e porte baixo. Nos demais casos incorporar a massa verde.
Para proteção contra o vento, é indicado o plantio de crotalária juncea ou guandu ao redor do pomar.
D) Em áreas de cana de açúcar
Plantar o adubo verde na renovação do canavial no início do verão para não atrasar o plantio da cana. No sistema de plantio convencional fazer a incorporação da massa verde, quando as plantas estiverem toda florida ou no início da formação das vagens. No sistema de plantio direto cortar a massa verde com rolo faca e depois dessecar a rebrota.


Adubação verde e o manejo de plantas de cobertura do solo


     Do manejo correto do solo, ou seja, a forma de cultivar e tratar o solo, depende o sucesso da agricultura orgânica. Tudo o que acontece com o solo tem algum reflexo positivo ou negativo, no ambiente do qual ele faz parte. O cultivo orgânico prioriza a adição e a manutenção da matéria orgânica através da adubação orgânica (composto e estercos de animais), adubação verde, cobertura do solo e outras práticas, evitando, sempre que é possível o revolvimento do solo e, o mais importante, sem agredir o meio ambiente. O cultivo convencional, por sua vez, prioriza a utilização dos insumos modernos, especialmente os fertilizantes químicos, que só fornecem alguns nutrientes, são violentos acidificadores do solo e, aumentam ainda mais o custo de produção das culturas e, o que é pior, juntamente com os agrotóxicos, contaminam o meio ambiente, prejudicando a vida do solo e a saúde das pessoas.
     A utilização do adubo químico torna as plantas mais fracas e mais suscetíveis às pragas e doenças; o uso de fertilizantes químicos faz com que os aminoácidos (proteínas) se apresentem em forma livre, ao contrário do adubo orgânico onde os aminoácidos formam cadeias complexas, não estando disponível às pragas. Além disso, alguns adubos químicos são hidrossolúveis, isto é, dissolvem-se na água, sendo uma parte rapidamente absorvida pelas raízes das plantas, a maior parte é lixiviada, ou seja, é lavada pelas águas das chuvas e regas, indo poluir rios, lagos e lençóis freáticos e há ainda uma terceira parte que se evapora, como no caso dos adubos nitrogenados (como a uréia) que sob a forma de óxido nitroso pode destruir a camada de ozônio da atmosfera, sendo uma das causas do aquecimento global. 
                      
O que é adubação verde e como utilizar?

   Adubação verde, uma das maneiras de cultivar e tratar bem o solo, é uma técnica agrícola que consiste no cultivo de espécies de plantas com elevado potencial de produção de massa vegetal, semeadas em rotação, sucessão e até em consórcio com culturas de interesse econômico. No cultivo em rotação, o adubo verde pode ser incorporado ao solo após a roçada para posterior plantio da cultura de interesse econômico, ou mantido em cobertura sobre a superfície do terreno, fazendo-se o plantio direto da cultura na palhada. A manutenção da palhada na superfície retarda a germinação das sementes de plantas espontâneas (inços), ao passo que a sua incorporação ao solo tende a fornecer os nutrientes mais rapidamente para a cultura em sucessão. No consórcio, o adubo verde pode ser semeado nas entrelinhas ou em todo o terreno. Neste último caso, pode-se fazer a roçada na linha (em torno de 20cm) onde vai ser plantada a cultura de interesse econômico e, sempre que necessário para não prejudicar o crescimento da cultura. Estas espécies tem ciclo anual ou perene, isto é, cobrem o terreno por determinado período de tempo ou durante o ano todo. No entanto, a adubação verde por si só, não é suficiente para atender as culturas mais exigentes, como as hortaliças. Na maioria das vezes deve ser complementada pela adubação orgânica, feita preferencialmente com composto orgânico  ou estercos de animais curtidos, sempre baseada na análise do solo.  
Principais benefícios da adubação verde para o solo:  proteção contra a erosão (perda do solo),  e, diminuição da lixiviação (lavagem) de nutrientes; melhoria do solo, com maior infiltração e retenção de água; promove acréscimos de matéria verde e seca, mantendo ou até mesmo elevando o teor de matéria orgânica do solo; reduz as oscilações de temperaturas das camadas superficiais do solo e diminui a evaporação,  aumentando a disponibilidade de água para as culturas; pela grande produção de raízes, rompe camadas compactadas e promove a aeração beneficiando os organismos benéficos do solo; promove mobilização e reciclagem de nutrientes devido ao sistema radicular profundo e ramificado, retirando nutrientes de camadas mais profundas do solo, não aproveitados pelos cultivos; reduz a população de plantas espontâneas (mato ou inços no cultivo convencional), em função do crescimento rápido e agressivo dos adubos verdes; aumento da disponibilidade de macro e micronutrientes e ainda diminui a acidez do solo. As vantagens da adubação verde não param por aí: reduz pragas e doenças nos cultivos quando utilizada em rotação de culturas, e, em consorciação, pode servir de abrigo para os inimigos naturais dos insetos-pragas que atacam os cultivos.

 Como utilizar adubação verde em consórcio com as culturas? 

a principal desvantagem da adubação verde ocorre em pequenas propriedades, pois torna-se difícil manter o terreno coberto por um longo período de tempo com estas espécies no lugar das culturas econômicas. Neste caso, uma boa opção é utilizá-las em consórcio com as culturas econômicas. Por exemplo: cultivo mínimo (abertura do sulco e plantio/semeadura) de repolho, couve flor,tomate tutorado, milho e outras no final do inverno, em área semeada com aveia, ervilhaca ou nabo forrageiro, em plantio solteiro ou consorciado, no outono. A retirada das plantas de adubos verdes que competiam com as culturas é realizada apenas na linha de plantio, sendo  as entrelinhas mantidas com os adubos verdes ou quando necessário é feito a roçada. As plantas espontâneas (inços), com excessão de algumas muito agressivas, também podem ser utilizadas como adubos verde e cobertura do solo, em consorciação com as culturas.

Principais espécies de adubos verdes utilizadas em rotação e consorciação de culturas

Espécies de inverno, semeadas em março-julho :   
aveia preta – é a mais conhecida, rústica, boa cobertura, inibe as plantas espontâneas (inços) e ainda é ótima para alimentação animal. É ótima para efetuar rotação de culturas, pois é resistente às doenças; 
Ervilhaca - boa produção de massa, boa no uso consorciado com aveia e, é fixadora de nitrogênio do ar; 
nabo forrageiro – é uma espécie que descompacta o solo, devido ao sistema radicular profundo.

Espécies de verão, semeadas em setembro-dezembro
mucuna - boa para consórcio, fixa nitrogênio do ar e com grande capacidade de abafamento das plantas espontâneas. 
Feijão de porco-rústica, boa produção de massa, adapta-se bem ao consórcio, inibe a tiririca, cebolinha ou junça. Sugere-se para consórcio com culturas econômicas, o milho-verde semeado na mesma época de plantio da mucuna ou feijão de porco.