google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL

ANUCIOS

quinta-feira, 28 de maio de 2020

Plantas Medicinais: Babosa


BABOSA 

Nome Científico: Aloe vera 

Família: Liliaceae 

Outros Nomes Populares: aloé, babosa, babosa-grande, babosa-medicinal, erva-de-azebre, caraguatá, caraguatá-de-jardim, erva-babosa, aloé-do-cabo. 

Usos: Possui ação cicatrizante, antibacteriana, antifúngica e antivirótica7. É preparado na forma de gel, aplicando nas áreas afetadas 1 a 3 vezes por dia. 

Parte Utilizada: gel mucilaginoso das folhas. 

Plantio: Cresce em solo seco e arenoso e não exige muita água1. Se desenvolve melhor em clima seco, mas também aceita o úmido. Deve-se regar pouco no verão, de modo que o solo fique quase seco entre uma rega e outra, e menos ainda no inverno, o suficiente para que as folhas não ressequem. A melhor época para ser fertilizada é no outono, e seu plantio pode ocorrer durante todo o ano. 

Coleta e Conservação: Cortar as folhas frescas na base e colocar em um recipiente para escorrer o suco amarelo, que deve ser seco ao sol. Durante a secagem, a sua cor se altera de amarelo para vermelho para, quando secar, ficar escura. O bloco formado deve ser armazenado em vidros fechados. Após a extração do suco amarelo, retirar a casca da folha e a polpa branca deve ser fatiada e colocada em uma vasilha de louça ou vidro. Guardar ao abrigo da luz solar, calor, pó e umidade, ou em geladeira. 



quinta-feira, 21 de maio de 2020

Plantas Medicinais: ASSA-PEIXE



ASSA-PEIXE 

Nome Científico: Vernonia polyanthes 
Família: Compositae (Asteraceae) 
Outros Nomes Populares: chamarrita, assapeixe-branco, cambará-guaçu, cambará-açu, cambará-branco. 
Usos: Bronquite, tosse persistente (via oral) e dores musculares (via tópica). 
Parte Utilizada: folhas. 
Plantio: Cresce em solos pouco férteis,  pastagens, terrenos baldios, lugares abertos e  beiras de estradas. 

Coleta e Conservação: as folhas podem ser utilizadas frescas ou secas ao sol, em local ventilado e sem umidade, e ser guardada em sacos de papel ou de pano. 
Princípios Ativos: óleo essencial (sesquiterpenos: Germacreno D, ε-cariofileno e Germacreno B); pineno (terpeno), carvacrol (monoterpenóide fenol), copaeno, elemeno, α–cariofileno, espatulenol (sesquiterpenos) e δ–cadinol. 


Modo de Preparo: Chá por infusão: 3g ou 1 colher de sopa das folhas picadas em 150 mL (1 xícara de chá) de água. 
Para bronquite e tosse deve ser utilizado via oral, gargarejando o chá e em seguida ingerindo 150mL, 3 vezes ao dia. 
Para dores musculares o uso é tópico, onde deve ser aplicado na área duas vezes ao dia durante 2 horas. 
Observações: 
•Uso acima de 12 anos. 
•Não deve ser utilizado via oral por grávidas e lactantes. 



sexta-feira, 15 de maio de 2020

UVAS – A longevidade e a beleza


UVAS – A longevidade e a beleza estão no suco das uvas

Não é de hoje que a uva, seu suco e o vinho, seus derivados mais nobres, estão associados aos mais diversos rituais humanos, dos religiosos aos pagãos. Suculentos cachos do fruto e grandes jarros da bebida fermentada já embalavam as festas dionisíacas nas quais os romanos cultivavam suas paixões terrenas. Mas também serviram para estimular cultos imbuídos da mais genuína fé: conta a Bíblia que Deus, quando pôs fim ao Dilúvio, após ter inundado a terra por 40 noites e 40 dias para punir o homem por seus excessos e perversões, foi saudado por Noé com um gole de saboroso vinho.



Hoje, porém, os produtos da videira avançaram para alémdas mesas festivas. Estão “agitando” também as bancadas dos laboratórios científicos e a indústria da beleza. Tudo começou nos anos 60, quando pesquisadores, intrigados com a longevidade da população de algumas comunidades francesas que consumiam suco de uva e vinho habitualmente, resolveram investigar, gota a gota, seus efeitos sobre o organismo humano. Inicialmente, descobriram que as uvas traziam efeitos benéficos para a saúde, prevenindo problemas cardiovasculares.
Nos anos 90, um novo passo foi dado nos estudos com a descoberta, na uva, de uma molécula chamada resveratrol, capaz de inibir certos tipos de câncer, principalmente os de pele. Desde então, as fileiras dos que sempre apreciaram a uva foram engrossadas por um verdadeiro batalhão de novos adeptos, desta vez movidos pela reverência a estas descobertas científicas.
Mas as virtudes do fruto e da bebida ainda estavam longe de se esgotar. A última novidade veio à tona em meados dos anos 90, pelas mãos de Joseph Vercauteren, um engenhoso professor da Universidade de Bordeaux, na França. Ele identificou nas sementes da uva uma grande quantidade de polifenóis, substâncias capazes de combater os radicais livres que atacam o organismo, sendo, portanto, um poderoso auxiliar nos tratamentos contra o processo de envelhecimento humano.
Bastou tocar no tema da “vida longa” para que a uva penetrasse de vez em mais um domínio: o da indústria cosmética. Sua utilização em produtos de beleza vem sendo explorada sistematicamente, desde 1994, pela empresa Caudalíe, criada pelos proprietários da tradicional vinícola Smith Lafitte – produtora do vinho de mesmo nome – exclusivamente para abrigar cosméticos à base de uva. O sucesso dos produtos foi tão grande que os proprietários da casa Lafitte resolveram criar mais um novo conceito em tratamento de beleza, inaugurando, em 1996, o Spa Vinotherapie Caudalíe, em Bordeaux. Lá, os tratamentos com cremes são à base de uva. Mas nossas amigas uvas nos ofertam muitos outroselementos além dos milagrosos resveratrol e polifenóis, tais como diversas vitaminas e sais minerais, constituindose assim uma rica e natural panacéia terapêutica. Agora leitor, enquanto você bebe do conhecimento contido nesta matéria nós vamos ali tomar um milagroso suquinho de uva e já já voltamos, ok?
Estudos nos mais diversos centros de pesquisa no mundo têm revelado que o suco de uva orgânico traz enormes benefícios à saúde por conter os poderosos antioxidantes, chamados flavanóides, aos quais se atribuem, por exemplo, os efeitos do suco e do vinho sobre o coração. Os flavanóides se mostram capazes de evitar a oxidação do mau colesterol, LDL ou lipoproteína de baixa densidade, que levam à formação de placas nas paredes das artérias.
Em um estudo publicado em 1999 na revista Circulation, pesquisadores da University of Wisconsin Medical School em Madisom, pediram a 15 pacientes com sinais clínicos de doença cardiovascular, incluindo artérias entupidas, que bebessem diariamente um copo de suco de uva. Após 14 dias, os testes sangüíneos revelaram que a oxidação nesses pacientes estava reduzida. E imagens de ultrasonografia mostraram mudanças nas paredes das significativamente  artérias, indicando que o sangue tinha fluido livremente.
A tradição atribui ao suco de uva orgânico as mais elogiosas expressões como: sangue vegetal, leite vegetal e seiva viva.
O suco de uva contém mais calorias que o leite, uma certa analogia que pode ser levada mais longe; a composição do suco de uva mostra surpreendentes semelhanças com a do leite materno. É pois, um alimento privilegiado para os períodos de “reconstrução” da fadiga, da anemia, da convalescença.
O açúcar natural do suco de uva é composto por glicose e frutose, é diretamente assimilável, não exige nenhum esforço aos órgãos digestivos, é por tal razão aconselhável para a alimentação dos doentes atacados por febre.
Do ponto de vista terapêutico trata-se de um dos mais preciosos sucos. O suco de uva orgânico é estimulante das funções hepáticas, constituindo mesmo a base de remédios farmacêuticos para o fígado (esta função é desempenhada não apenas pelo suco, como também, pela uva e folhas de parreira). Por ser alcalinizante (combate a acidez sangüínea) é indicado à pessoas intoxicadas pelo excesso do consumo de carne. O suco de uva é um valioso estimulante digestivo pois acelera o metabolismo eliminando o ácido úrico causador da fadiga. Além disso, ele ajuda a restabelecer o equilíbrio ácido-alcalino do organismo, necessário para um fornecimento constante e prolongado de energia.
Os sucos naturais contém nutrientes específicos não encontrados em alimentos cozidos e ajudam, de forma saborosa, a proporcionar uma energia fantástica.
O suco de uva orgânico é inclusive utilizado em dietas de desintoxicação pois:
- melhora o estado da maior parte dos doentes;
– regenera as células do fígado e dos rins;
– purifica o sangue;
– a ação laxativa poderosa, mas suave da uva, limpa os intestinos de suas fermentações putrefativas;
– é depurativo e renova o plasma do sangue.


Sua riqueza em vitaminas e sais minerais confere-lhe poder no combate a várias doenças, entre elas: antiescorbútica, reumatismo, gota, artrite, hipertensão, prisão de ventre, anemia, hipercolesterolemia, depressão, eczema e hepatite.
Além disso, a uva é diurética, tônica, reconstituinte, ativadora das funções intestinais, vitalizante, mineralizante, anti-inflamatória, calmante e adstringente.
Por seu alto teor em sais de ferro, o suco de uva é aconselhado no tratamento da anemia.
Pelos inúmeros fermentos que contém, a uva favorece a mudança da flora bacteriana do intestino, sendo indicada nas perturbações gastrointestinais. Beneficia todo o aparelho digestivo, combatendo a dispepsia, as flatulências, a atonia intestinal e as fermentações. Deve se tomar vários copos ao dia para fins terapêuticos.
Alguns estudos indicam uma baixa incidência de câncer nas regiões da França onde a monodieta da uva é feita uma vez por ano. Em casos de câncer, obesidade e/ou desintoxicação, recomenda-se a dieta de uvas ou sob a forma de suco de uva durante três dias: no primeiro dia consome-se 1kg de uvas ou suco de uva. As frutas devem estar bem maduras e isentas de produtos tóxicos. Pode-se aumentar a quantidade até 3kg por dia distribuída em seis a oito refeições ao dia.
Para manter as artérias jovens, tome suco de uva orgânico diariamente. Pesquisas realizadas na Universidade da Flórida revelaram que as substâncias químicas encontradas nas uvas ajudam a dilatar as artérias e, conseqüentemente, podem reduzir a pressão sanguínea.
O segredo das uvas e do suco de uva no combate ao envelhecimento é simples e poderoso, as uvas contém 20 antioxidantes conhecidos, que funcionam em conjunto para combater os radicais livres que promovem as doenças e envelhecimento, de acordo com pesquisadores da Universidade da Califórnia, em Davis. Os antioxidantesencontram-se nas cascas e sementes e, quanto mais vibrante for a casca, maior o seu poder antioxidante. Isto significa que as uvas vermelhas e roxas e o suco de uva orgânico roxo são os mais poderosos. A uva vermelha possui alto teor de antioxidante quercetina. 


POLIFENOL: a grande jóia da uva orgânica.

“Tanto as sementes da uva vermelha quanto as da uva branca são ricas em polifenol”, esclarece Carla Matos, farmacêutica da empresa Connexion, representante e distribuidora dos produtos Caudalíe no Brasil.
“Os estudos de Bordeaux comprovam a eficácia dos cremes e loções à base de uva no combate ao envelhecimento da pele”, afirma Carla Matos. De acordo com a farmacêutica, é necessária uma tonelada de sementes de uva para se obter um quilo de pó de polifenol, “o produto com maior poder antioxidante que se conhece em dermatologia”, sustenta. Ela informa que “o polifenol é dez mil vezes mais potente na neutralização dos radicais livres que a vitamina E e mais ativo no rejuvenescimento do que a vitamina C.”

RESVERATROL

Algumas plantas reagem a organismos patogênicos, predadores, produzindo substâncias chamadas fitoalexínas. O Resveratrol é uma fitoalexína sintetizada por muitas plantas, e é encontrado, em grande escala, na casca da uva, como uma resposta à invasão por fungos.
Muitos cientistas já publicaram trabalhos mostrando uma ligação entre o consumo de vinho tinto e a diminuição das doenças cardiovasculares – o chamado “French Paradox”.
A estrutura química do resveratrol é semelhante ao estrógeno sintético (DES). Cientistas acreditam que o resveratrol pode, tal como faz o DES, elevar a concentração de HDL sanguíneo – o bom colesterol – e inibir o agrupamento de plaquetas.
Testes realizados na Universidade de Wisconsin revelaram que os antioxidantes presentes nos sucos de uva orgânicos tem atividade anticoagulante, inibem a oxidação do colesterol LDL – mau colesterol – e dilatam os vasos sangüíneos.
O suco de uva orgânico deve ser consumido, de preferência, isoladamente, para que se aproveitem todas as suas qualidades nutritivas. Tomar pequenos goles, corretamente salivados, evitarão distúrbios digestivos.
Além disso o efeito energético será maior.
Os principais constituintes do suco de uva são: água, açúcares, ácidos orgânicos, sais minerais, vitaminas, substâncias nitrogenadas, compostos fenólicos e pectina.

MINERAIS

O que eles podem fazer por você: São vitais para nossa saúde. Sem eles, o corpo não poderia manter um estado normal de saúde. Funcionam em parceria com as vitaminas, ajudando-as a chegar mais rápido nos lugares onde são necessárias. As vitaminas também fazem o mesmo pelos minerais. Eles protegem as células e fazem dentes e ossos fortes e pele saudável. Eles têm papel importante na pressão sangüínea, no funcionamento perfeito do coração, na recuperação de ferimentos, nas
funções musculares, no equilibro dos fluídos, no sist. reprodutor e muito mais. A seguir, os principais minerais encontrados no suco de uva e suas descrições.
Potássio – O suco de uva é rico em potássio, um sal mineral que reforça as reservas alcalinas do corpo, ao mesmo tempo que estimula o funcionamento dos rins e regula as batidas do coração. O potássio, juntamente como o sódio, regula a quantidade de água no organismo e transporta os nutrientes da corrente sangüínea para dentro da célula. Excesso de açúcar, diuréticos, laxativos,
sal, álcool e estresse podem tornar este precioso mineral deficitário.
Ferro – O ferro é essencial à vida. Produz hemoglobina, mioglobina e certas enzimas. O ferro ajuda no
crescimento, previne a fadiga e defende o organismo contra doenças. O ferro é o mineral que ajuda a vitamina B a ser melhor aproveitada pelo organismo.
Magnésio – O magnésio, conhecido como o mineral “antiestresse”, tem a propriedade de relaxar nervos e músculos. Ele converte o açúcar do sangue em energia. Este mineral auxilia nosso organismo a aproveitar a vitamina C, o
cálcio, o fósforo, o sódio e o potássio de maneira eficiente.
O magnésio ajuda a manter dentes sadios e dá alívio temporário à indigestão.
Cálcio – Este mineral é vital a nossa saúde. A falta de cálcio pode causar a redução da estrutura, perda de dentes, dor nas costas, ossos porosos sujeitos a fraturas, agitação, depressão, hipertensão, insônia e palpitações. O cálcio mantém os dentes fortes e ajuda o corpo a utilizar o ferro.
O estresse, a falta de exercícios, os antibióticos, as aspirinas, os óleos minerais, o açúcar branco
(principalmente), o excesso de consumo de gorduras, além de outros fatores, podem causar a deficiência de cálcio no organismo.
Manganês – Ajuda a nutrir o sist. nervoso, o cérebro e a regular as funções musculares, é importante para o metabolismo de proteínas e lipídeos, à saúde dos nervos, do sist. imunológico e normalização do nível de açúcar no sangue.
Cobre – Converte o ferro em hemoglobina e é essencial ao aproveitamento da vitamina C pelo organismo, melhora as respostas imunológicas, a resistência ao estresse e às doenças de caráter crônico e/ou degenerativas.
Fósforo – É o segundo mineral mais importante do corpo, e está relacionado com o desenvolvimento do esqueleto, dos dentes, das funções renais, nervos e características genéticas. É importante para a regularidade do coração e funções neuronais no cérebro.
Zinco – Ele é, por assim dizer, “a centelha da vida”. Auxilia na formação da insulina secretada pelo pâncreas. Exerce efeito normalizador sobre a próstata e é importante no desenvolvimento dos órgãos reprodutivos.
Sódio – Regula e mantém o equilíbrio hídrico no organismo. É fator importante na transmissão dos impulsos nervosos e relaxamento muscular. O sódio também é requerido para a absorção de glicose.
Lítio – Auxilia na produção de hormônios naturais gerando equilíbrio e combatendo depressões.

VITAMINAS

As vitaminas são substâncias indispensáveis ao metabolismo celular. O suco de uva é rico em vitaminas, dentre elas A, B1, B2, B3, B6, C, ácido pantotênico (vit. 5) e ácido fólico (vit. B9). 
-Vitamina A – É necessária à boa visão, poderoso antioxidante, previne doenças cardíacas, câncer de mama,pulmão, próstata e cólon. Torna a pele, dentes, cabelos e unhas saudáveis.
-Tiamina (vit. B1) – Transforma carboidratos em energia e é conhecida como, “a vitamina do humor”, em razão deseus efeitos benéfi cos no sistema nervoso e atitude mental positiva. Ela ajuda na digestão e crescimento. Sua deficiência está associada à fadiga precoce, perda de apetite, irritabilidade e falta de concentração.
-Riboflavina (vit. B2) – Estimula o crescimento, ajuda a manter a pele, unhas e cabelos viçosos, importante para o trabalho muscular e benéfica para a visão.
-Niacina (vit. B3) – Atua na digestão e alivia as perturbações gastrointestinais. Previne e alivia enxaqueca. Melhora a circulação e reduz a pressão alta. Reduz o colesterol e triglicerídeos. Propicia uma pele de aspecto mais saudável.
-Piridoxina (vit. B6) – Além de importante para o sistema nervoso, atua no metabolismo proteico, favorecendo a formação de proteína muscular. Sua deficiência está associada à anemia, distúrbios nervosos e fraqueza muscular.
-Ácido Pantotênico (vit. B5) – Protege as membranas contra infecções, é essencial para a produção de anticorpos, ajuda a síntese de colesterol e, ainda mantém a flora intestinal em bom estado.
-Ácido Fólico (vit. B9) – É necessário para síntese de hemáceas saudáveis, prevenindo a anemia. O organismo precisa do ácido fólico para o processo de recuperação de doenças e no funcionamento perfeito do trato intestinal.
-Ácido Ascórbico (vit. C) – A vitamina C ou “vitamina protetora”, é essencial na proteção e formação das células. Ela ajuda o organismo a resistir a infecções. É importante na recuperação de doenças, necessária na formação de dentes e gengivas fortes. Contribui para a absorção de ferro, oferece proteção contra agentes cancerígenos e ajuda na prevenção do resfriado. Reduz a pressão arterial.

AMINOÁCIDOS

Os aminoácidos são elos da corrente de proteínas. São essenciais à saúde porque ajudam a formar, recuperar, renovar e prover fontes de energia. Se algum aminoácido essencial está deficitário ou ausente, todos os outros vão se tornar deficientes e deverão ser repostos através de alimentação e complementos. A seguir, relacionamos os principais aminoácidos encontrados no suco de uva orgânico.
-Ácido Glutâmico – Acredita-se que a metade da composição de aminoácidos do cérebro é composta de ácido glutâmico, “o combustível do cérebro”.
-Alanina – Mantém constantes os níveis de glicose no sangue. É indicada nos casos de hipoglicemia. Importante no aumento dos linfócitos e na imunidade. Desempenha papel significativo na prevenção de cálculos renais.
-Arginina – Melhora o sist. imunológico, aumenta a espermatogênese, melhora a fadiga física e mental, promove a baixa do colesterol, inibidora do câncer e tem ação antiesclerótica.
-L-Glutamina – Melhora o comportamento de doenças psiquiátricas, a capacidade de aprendizagem e de memorização e é usada no tratamento de úlceras gástricas. Importante no trato do alcoolismo, fadiga e compulsão por doces.

SAÚDE:





segunda-feira, 11 de maio de 2020

Plantas Medicinais: Alecrim



ALECRIM 

Nome Científico: Rosmarinus officinalis 

Família: Labiatae (Lamiaceae) 

Outros Nomes Populares: alecrim-comum, alecrim-de-casa, alecrim-de-cheiro, alecrim-de-horta, alecrim-de-jardim, alecrim-rosmarinho, erva-cooada, erva-da-graça, flor-de-olimpo, rosa-marinha, rosmarinho, rosmarino. 

Usos: Tópico: distúrbios circulatórios, como antisséptico e cicatrizante; Oral: dispepsia (distúrbios digestivos). 

Parte Utilizada: folhas

Plantio: Cresce melhor em locais iluminados e sem vento. O solo deve ser rico em nutrientes e bem drenado (porém não encharcado). 

Coleta e Conservação: Pode-se utilizar as folhas frescas ou secas ao à sombra, em local ventilado. Após secagem deve ser armazenado em vidros escuros e bem tampados, em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar. 

Princípios Ativos: Óleo essencial: α-pineno, 1,8 cineol, mirceno, cânfora e verbenona, entre outros monoterpenos e sesquiterpenos5. 

Modo de Preparo: Chá por infusão de 3 a 6g (1-2 colheres de sopa) das folhas em 150mL de água. Para uso tópico, aplicar no local afetado duas vezes ao dia, e para uso oral, tomar 1 a 2 xícaras de chá por dia. 

Observações: 
•Não deve ser usado em pessoas com gastroenterites, histórico de convulsões e em gestantes. Doses acima das recomendadas podem causar nefrite e distúrbios gastrintestinais. Não usar em pessoas alérgicas ou com hipersensibilidade ao alecrim. 
•Uso apenas em maiores de 12 anos. 



domingo, 3 de maio de 2020

Técnica do Uso de papel em canteiros de mudas de cebola




 Um papel é colocado sobre o canteiro onde serão produzidas as mudas de cebola. Uma solução simples e eficaz contra as ervas daninhas.
     Este é o objetivo do sistema agroecológico de produção de mudas de cebola, implantado há oito anos na Estação Experimental de Ituporanga, da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri), em Ituporanga. “O sistema é capaz de reduzir a infestação de ervas daninhas nos canteiros em 95%, reduzindo, consequentemente, a mão de obra para arranque manual das ervas, já que neste sistema não se usa herbicidas químicos”, explica Hernandes Werner, 48 anos, Engenheiro Agrônomo, pesquisador responsável pelo projeto.
     Werner justifica que esta técnica facilita a produção de mudas de cebola agroecológia. “Em pequena escala é possível utilizar uma folha de jornal para substituir o papel”, acrescenta. Conforme o engenheiro, neste sistema também é possível produzir mudas de outras hortaliças ou fazer o plantio definitivo de cenoura.
     Na prática é utilizado um papel kraft pardo, com gramatura de 80g/m², que é colocado sobre o canteiro (Figura 1). Em seguida é feita a aplicação do composto, um tipo de adubo orgânico com cerca de 15 kg/m² que deve ser espalhado uniformemente sobre o papel, formando uma camada de 3 a 4 cm de altura. Só depois é feita a semeadura da cebola, e para isto são utilizados 2,5 g/m² de sementes viáveis  cobertas com uma camada de 1 cm de serragem e irrigadas (conforme foto acima). 

Figura 1. Colocação do papel nos canteiros e posteriormente o composto orgânico


     Em no máximo 80 dias as mudas estão prontas para serem transplantadas (Figuras 2 e 3). Na Estação Experimental em Ituporanga, em 2012 foram feitos 9 canteiros, com 120 metros de comprimento, com 1,2 m de largura. Ainda assim, é preciso pulverizar as mudas algumas vezes com micronutrientes. “Para reforçar e equilibrar a nutrição e a saúde das plantas. Já que nesta fase de canteiros, as doenças atacam plantas muito fracas ou muito viçosas”, ressalta Werner.


Figura 2. Canteiros com mudas prontas para o transplante

Figura 3. Tamanho ideal das mudas para o transplante


     Há 20 anos, a compostagem (Figura 4) é feita na Estação Experimental de Ituporanga. Werner explica que a palha da cebola descartada, assim como os bulbos podres, são boa fonte de nutrientes e por isso também são utilizadas para fazer o composto, que em 90 dias se transforma em adubo orgânico na própria Estação de pesquisa. Atualmente está sendo avaliado o uso de compostos comerciais, produzidos por empresas da região.

Figura 4.  Compostagem: Engenheiro agrônomo Hernandes Werner, responsável pelo projeto


     E até agora, este sistema só apresentou vantagens. “Livre de agrotóxicos, é possível produzir mudas de cebola sadias e vigorosas com baixo custo, reduzindo muito a mão de obra”, finaliza.

    Para os agricultores orgânicos de cebola, esta técnica desenvolvida pela Estação Experimental da Epagri, de Ituporanga,vai trazer uma solução simples e barata para as indesejáveis plantas daninhas.

Produtores de mudas de cebola de Santa Catarina e Rio Grande do Sul já aderiram à técnica, pois a produção de mudas para ter qualidade, geralmente, exige atenção especial quanto ao controle das plantas daninhas, sob pena de comprometer drasticamente o desenvolvimento das mudas. Especialmente para os agricultores orgânicos, isso significa várias intervenções durante o ciclo de desenvolvimento das mudas, com o arranquio manual dos inços. "Além do trabalho demorado e penoso, em geral, os resultados não são muito animadores", explica o pesquisador eng. Agrônomo Hernandes Werner, lembrando que, se o manejo for realizado tarde, a competição com o "mato" prejudica as mudas.

A técnica consiste em, primeiramente, cobrir o canteiro com uma camada de folhas de jornal ou bobina de papel Kraft, com gramatura de 80 gramas por metro quadrado - uma bobina de 20 quilos cobre em torno de 250 metros quadrados de canteiro. Depois de preparar o canteiro, irrigar e cobrir com as folhas de papel, será depositado sobre este papel uma camada de composto de 2 a 4 cm de altura. Faz-se, então, a semeadura da cebola, utilizando-se 2,5 g/m² de sementes, que são cobertas com uma camada de 1 a 2 cm de serragem. As sementes dos inços que estão abaixo do papel não conseguem emergir. E o composto, além de servir de leito e adubação orgânica equilibrada, para as sementes, induz uma melhor sanidade das mudas, e pode ser preparado na propriedade ou adquirido de empresas idôneas. Recomenda-se complementar a técnica, utilizando-se um sistema de irrigação localizada como exemplo o de fita Santeno, mais apropriado para irrigar as frágeis mudinhas da cebola.

"Os produtores perceberam que com a técnica não há necessidade de arranquio manual para controlar as plantas espontâneas e que o resultado são mudas mais sadias e de melhor qualidade, que não sofreram competição com os inços", relatou Werner. Além disso, o sistema diminui o custo do produtor com mão-de-obra e também por não utilizar adubos químicos, herbicidas ou outros agrotóxicos. A técnica também pode ser utilizada para a produção orgânica de mudas de outras hortaliças como, por exemplo, a beterraba ou a cenoura em plantio definitivo.






terça-feira, 14 de abril de 2020

A saúde da terra é a saúde dos Humanos


Proposta da agricultura orgânica é garantir a saúde do corpo e da sociedade como um todo, de forma sustentável e natural.

Hortaliças e frutas orgânicas

     Se somos o que comemos, então a melhor opção é uma alimentação que garanta a saúde do corpo e da sociedade como um todo, de forma sustentável e natural. Essa é a proposta da agricultura orgânica, amplamente divulgada no momento de comprovação que as mudanças do ecossistema interferem diretamente na vida do planeta.

     Alimento orgânico é aquele produzido por meio de sistemas agrícolas ecologicamente equilibrados e estáveis, que visam à sustentabilidade na produção. Porém, não basta ser cultivado sem o uso de produtos químicos e de substâncias sintéticas para um produto ser classificado como orgânico. Além de excluir a utilização de fertilizantes, agrotóxicos, reguladores de crescimento e aditivos de rações animais elaborados sinteticamente, os sistemas agrícolas orgânicos são altamente dependentes da rotação de culturas, esterco de animais, adubos verdes e resíduos orgânicos. Dessa forma, é possível preservar o solo e a qualidade da água e garantir que pragas e fungos não consigam proliferar na plantação. Tal sistema possui uma elevada eficiência quanto à utilização dos recursos naturais, sendo socialmente bem estruturado. Portanto, a produção é resultado de um processo que equilibra o solo e os demais recursos naturais, como a água, os animais e os insetos, sem prejudicar o produtor nem o consumidor final.

A produção: O padrão alimentar dos seres humanos surgiu em função de suas necessidades biológicas e dos recursos disponíveis em cada região do planeta. Esses padrões são o de regionalidade e de sazonalidade e, juntos, é a forma de interligar a alimentação do homem aos ritmos próprios da natureza. A regionalidade ocorre quando um produto é típico em uma região do planeta e não aparece em outro, enquanto a sazonalidade determina qual o período de maturação durante o ano. Com o desenvolvimento da química agrícola, as épocas de produção e alcance de distribuição econômica dos produtos foram estendidas e sua disponibilidade nas prateleiras dos supermercados garantida o ano inteiro. O que a agricultura orgânica faz é justamente voltar ao processo natural de produção, sem o uso de químicas que alterem o desenvolvimento dos produtos. O resultado é uma volta aos padrões alimentares saudáveis e que não agridem o solo, o produtor e o consumidor.

O produto e o produtor: Segundo dados de 2006 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), existem cerca de 90 mil produtores orgânicos no Brasil, majoritariamente de produção familiar, o que inclui pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura. Esses dados aumentam a cada dia, já que a demanda da sociedade por esses produtos é cada vez maior. Para garantir que um produto seja realmente de origem orgânica, foi criado o Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (Sisorg) e o Ministério da Agricultura é o órgão responsável por credenciar e fiscalizar as entidades que verificam se os produtos orgânicos que vão para o mercado estão de acordo com as normas oficiais. A partir de 2011, só poderão ir aos mercados produtos orgânicos que estiverem com o selo do Sisorg. Isso indica que sua produção está sendo acompanhada por uma entidade credenciada pelo Ministério da Agricultura. Todos os agricultores que trabalham na venda direta de produtos orgânicos sem certificação devem possuir a Declaração de cadastro de Produtor Vinculado a Organização de Controle Social (OCS). O cadastro pode ser feito junto à Superintendência Federal de Agricultura da unidade do País onde o produtor está sediado. Com isso, é possível garantir também a rastreabilidade desses produtores para os casos em que surjam dúvidas da sua qualidade orgânica. 

Mitos e Verdades sobre produtos orgânicos: Produto hidropônico é igual ao produto orgânico: São duas culturas diferentes. O hidropônico dispensa o uso de solo. Assim, é necessário que se utilize fertilizantes altamente solúveis para nutrir a planta. Na orgânica, o solo nutre o produto e não utiliza fertilizantes químicos.

Não há grande variedade de alimentos orgânicos: No Brasil, é possível encontrar produtos agropecuários de origem orgânica durante todo o ano. O que não é possível é encontrar alimentos que não estão em sua época de maturação, já que a agricultura orgânica não utiliza produtos químicos para acelerar o processo natural da planta. Por isso, a oferta depende da época de produção e colheita.

Também é possível consumir carne de origem animal orgânica: Sim, a carne orgânica é aquela que vem de animais tratados, desde o nascimento, com rações feitas de matérias-primas livres de agrotóxicos, adubos químicos, antibióticos ou hormônios de crescimento. São obrigatoriamente vacinados, mas nunca recebem tratamento veterinário de origem sintética. Caso fiquem doentes, os animais são tratados com remédios fitoterápicos e homeopáticos.






quarta-feira, 8 de abril de 2020

Cultivo Orgânico do Melão


Melão

Embora conhecido e comercializado como fruta, o melão (Cucumis melo L.) é uma hortaliça-fruto, assim como a melancia e o morango. Assim como a melancia, pertence à família Cucurbitaceae, a mesma do chuchu, abóbora, moranga, melancia e pepino. De folhas grandes e flores amarelas, suas plantas são rasteiras e se desenvolvem bem em locais com insolação, dias longos, ar seco e sem ventos fortes. É uma hortaliça-fruto originária da África e Ásia, cuja introdução no Brasil foi feita por imigrantes europeus, tendo introduzido seu cultivo em meados da década de 60, no Rio Grande do Sul. Foi na Índia que ocorreu sua dispersão, espalhando-se para todas as direções. Hoje encontramos cultivares de melão em diversas regiões do mundo, desde os países mediterrâneos, centro e leste da Ásia, sul e centro da América e também o centro e sul da África. Esta amplitude de regiões de cultivo é conseqüência de uma grande variabilidade genética que tem permitido a adaptação de diferentes tipos de melão em condições agronômicas diversas, de tal maneira que hoje podemos encontrar em todos os mercados do mundo, melão com diferentes cores, formato e aroma. Nas Américas, o melão foi introduzido por intermédio de Cristóvão Colombo e a partir dessa época, passou a ser utilizado pelos índios, sendo rapidamente espalhado por todo o continente.

 Figura 4. Hortaliça-fruto: melão, pertencente ao grupo inodoros (tipo amarelo), o mais cultivado no Brasil

Propriedades nutricionais e terapêuticas: O melão, assim como a melancia, é altamente nutritivo e refrescante. O melão é rico em vitaminas A, B, B2, B5 e C, sais minerais como potássio, sódio e fósforo, apresenta valor energético relativamente baixo (20 a 62 kcal/100g de polpa); é consumido in natura ou na forma de suco e como ingrediente de saladas com frutas ou outras hortaliças. O fruto maduro tem propriedades medicinais, sendo considerado calmante, refrescante, diurético e laxante. Ele é também recomendado para o controle de gota, reumatismo e problemas renais. O melão, assim como a melancia, têm alto teor de biovlafonóides, carotenoides e outros pigmentos vegetais que ajudam a proteger contra o câncer e outras doenças. Embora a polpa de melão não contenha fibras insolúveis, contém pectina, uma fibra solúvel que ajuda manter o nível de colesterol no sangue sob controle.

Cultivo: Desenvolve-se bem em lugares de clima quente e seco, com alta luminosidade. Temperaturas elevadas associadas à alta luminosidade, baixa umidade relativa e umidade do solo adequada, proporcionam as condições climáticas necessárias para a boa produtividade da cultura e para a obtenção de frutos de ótima qualidade (aumenta o conteúdo de açúcares, melhora o aroma, o sabor e a consistência dos frutos). A temperatura é o principal fator climático que afeta diretamente o meloeiro. Ela influencia no teor de açúcar (ºBrix), sabor, aroma e na consistência do fruto, fatores importantes para a comercialização e principalmente a exportação. O °brix é usado também como índice de classificação de melão de acordo com seu teor de açúcar, sendo menor que 9 ºbrix considerado como não comercializável, de 9 a 12 como comercializável, e acima de 12º brix como melão extra. Em geral, nas regiões de clima frio, o plantio de melão deve ser feito de outubro à fevereiro, enquanto que em clima ameno, de agosto à março e no clima quente, durante o ano todo, evitando-se as épocas de chuvas intensas. A temperatura ideal para o bom desenvolvimento do melão varia de 20 a 30º C. Sob baixas temperaturas (15 à 20ºC), a ramificação do meloeiro é afetada resultando em plantas pouco desenvolvidas e baixas produtividade. Em temperatura elevada acima de 35ºC, estimula a formação de flores masculinas, e especialmente quando acompanhada por ventos fortes, pode ocorrer ruptura da casca dos frutos nos pontos mais fracos. Em temperaturas abaixo de 12ºC, o crescimento vegetativo é paralisado. O meloeiro não tolera ventos frios e geadas. A combinação de alta temperatura com alta luminosidade e baixa umidade relativa favorece ao estabelecimento do meloeiro e ao aumento de produtividade com maior número de frutos de qualidade comercial. A faixa ótima de umidade relativa do ar para o desenvolvimento do meloeiro situa-se de 65% a 75%. Em condições de umidade do ar elevada promovem a formação de frutos de má qualidade e propiciam a disseminação de doenças na cultura. Os melões produzidos nessas condições são pequenos e de sabor inferior, geralmente com baixo teor de açúcares, devido à ocorrência de doenças. O melão prefere solos férteis de textura média (franco-arenoso ou areno-argilosos), soltos, profundos (80 cm ou mais) e bem drenados.

 Cultivares:  Dentre as variedades de melão existem seis tipos que são cultivados no Brasil em escala comercial. No Brasil, planta-se principalmente cultivares de melão do grupo Inodorus, tipo "amarelo"; entretanto, há uma tendência de mercado no aumento da demanda por melões do grupo Cantalupensis, aromáticos, com bom sabor e maior teor de açúcar (°Brix). Os melões do tipo "Pele de Sapo", "Gália" e "Charentais", são os preferidos do mercado europeu. Tipo Amarelo: Pertence ao grupo dos inodorus e é também conhecido como melão espanhol; tem casca amarela e polpa variando de branca a creme e os frutos apresentam formato redondo ovalado e são os mais resistentes ao manuseio. Pele de sapo: Pertence ao grupo dos inodorus. recebeu este nome pela coloração de sua casca; verde-clara com manchas verde-escuras, levemente enrugada e dura, com polpa creme esverdeada. Dentre os melões comercializados, é o tipo de maior tamanho. As principais cultivares estão descritas a seguir. AF-682 – cultivar híbrido tipo "amarelo", com boa tolerância ao vírus do mosaico do mamoeiro, estirpe melancia (PRSV – W) e raça 1 de oídio; os frutos tem formato elíptico, casca amarelada levemente enrugada, cavidade interna pequena, uniforme, peso médio de 1,5 kg, sabor extremamente doce e precocidade de colheita em torno de 75 dias após a semeadura. AF-646 - cultivar híbrido tipo "amarelo", com boa tolerância ao vírus do mosaico do mamoeiro, estirpe melancia (PRSV – W) e raça 1 de oídio; os frutos tem formato elíptico, casca amarelada levemente enrugada, cavidade interna pequena, uniforme, peso médio de 1,4 kg, sabor extremamente doce e precocidade de colheita. Gold Mine – Cultivar híbrido tipo "amarelo", muito produtivo, tendo apresentado boa tolerância em campo às raças 1 e 2 de oídio, 0, 1 e 2 de fusarium e míldio; os frutos tem formato redondo-ovalado, de cor amarelo-dourada, casca levemente enrugada, muito firme, polpa creme-esverdeada, grossa, crocante e doce, teor de açúcar médio de 10 °Brix, pequena cavidade de sementes e peso variando de 1,5 a 2,0 kg. A colheita precoce ocorre, em geral, aos 60-65 dias do plantio. Tendency – Cultivar híbrido tipo pele de sapo recém lançada, plantas vigorosas e abundante cobertura foliar que protege os frutos de queimaduras causadas pelo sol, além de alta produtividade; apresenta alta qualidade de frutos, sendo o formato redondo/ovalado, peso médio de 1,3 kg, casca enrugada, coloração verde com manchas verde-escuras e amarelas, polpa espessa e crocante de coloração creme-verde-clara, pequena cavidade de sementes, excelente sabor e alto ºbrix com precocidade de colheita aos 55-60 dias. Honeydew – Cultivar de polinização aberta (andromonóica), boa conservação pós-colheita, recomendada para o mercado de exportação dos Estados Unidos, principalmente; colheita tardia entre 70 e 80 dias, produzindo frutos sem odor, casca bem lisa de coloração branco-creme brilhante, formato globular, peso médio de 1,5 kg, polpa esverdeada, suculenta, de textura fina e doce. Uma característica do tipo honeydew é que o fruto não se destaca da rama como em outros tipos necessitando o corte com tesoura. Hy-Mark – Cultivar híbrido, tipo Cantalupensis, muito produtivo, com alto pegamento de frutos; os frutos de formato levemente ovalado/arredondado, peso entre 1,4-1,5 kg, com casca reticulada, sem suturas e polpa de cor salmão muito forte, pequena cavidade de sementes, sabor muito doce e muito aromático. Altamente resistente a oídio raça 1 e tolerante a aplicação de enxofre. A maturação ocorre aos 62-67 dias, aproximadamente, acompanhada do início de desprendimento do pedúnculo. 

Adubação e correção do solo: de acordo com a análise do solo e do adubo orgânico; o melão é muito exigente na correção da acidez do solo, comportando-se melhor quando o pH estiver entre 6,0 e 7,5. O preparo do solo deve constar de uma aração média, em torno de 30 cm de profundidade, e uma gradagem feita no sentido perpendicular. Deve-se evitar o destorroamento excessivo do solo, deixando-se os torrões que servem para fixação das gavinhas e, ainda, reduzem a área de contato do fruto com a superfície do solo, diminuindo, portanto, a formação da "mancha de encosto". Esta mancha, quando acentuada, deprecia a qualidade comercial do melão. Outra opção que tem a vantagem de diminuir a infestação das plantas espontâneas, cobrir o solo , melhorar a fertilidade do solo e ainda manter a umidade do solo é o consórcio com adubos verdes (ver as recomendações no cultivo da melancia e também a matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos: Parte I). Os frutos não devem ficar em contato com o solo, meio que facilita o ataque de pragas e doenças, além de manchas brancas, que também podem surgir na casca do melão, por isso, o consórcio com adubos verdes é recomendável. 

Espaçamento e plantio: em pequenas áreas, as medidas para a cultura do melão são de 2 metros entre fileiras e de 0,3 a 0,5 m entre plantas (10.000 a 16.666 plantas/ha). Os produtores que cultivam áreas extensas, com alto nível de tecnologia, têm adotado espaçamento de 2,0 a 3,0 metros entre fileiras e de 0,12 a 0,50 metro dentro das fileiras (duas a oito plantas/m linear), deixando, normalmente, uma planta por cova. Assim como a melancia, o melão normalmente é semeado diretamente nas covas. No entanto, devido ao preço das sementes híbridas e também aos maiores cuidados e mão-de-obra necessárias neste sistema de plantio, cada vez mais tem sido preferido a produção de mudas em recipientes (bandejas de isopor, tubetes, copinhos de papel) protegidas por abrigos, para posterior transplante (ver na matéria "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos: parte I" como fazer as mudas). É necessário ter cuidado para não passar do momento exato do transplantio, que não deve exceder o período da emissão da primeira folha definitiva (15 dias após semeadura). Para a semeadura direta é necessário 1 a 1,5 kg/ha de sementes. 

Irrigação: gotejamento é o sistema mais utilizado no cultivo do meloeiro nas principais regiões produtoras; consiste na aplicação de água através de gotas próximas às raízes das plantas. As vantagens do sistema de gotejamento são a economia de água, mão-de-obra e alta eficiência. A desvantagem é o alto custo de instalação em relação aos outros sistemas, como também, possíveis problemas de entupimento dos gotejadores. O cultivo de melão necessita ser irrigado com frequência, mas deve ser feito até três dias antes da colheita para aumentar os açúcares nos frutos. 

Polinização: As flores masculinas e femininas localizam-se separadamente na mesma planta. Cada flor permanece aberta apenas por um dia. A abertura ocorre de uma a duas horas após o aparecimento do sol e o fechamento, à tarde. A polinização é realizada por abelhas, normalmente pela manhã. A presença de abelhas durante a fase de florescimento é fundamental para o pegamento dos frutos e conseqüentemente aumento da produtividade e para diminuir o número de frutos defeituosos. Estresses hídricos e problemas de polinização são as principais causas de frutos mal formados. 

Poda: Diante de resultados de pesquisa realizada pela Embrapa Semi-Árido, não recomenda-se fazer a prática da poda, tendo como desvantagens a elevação dos custos de produção, além de facilitar a disseminação do vírus (PRSV-w) durante a operação da poda, não sendo observado aumento da produtividade de frutos. A operação de raleio, desbaste ou raleamento de frutos é uma prática efetuada com a finalidade de melhorar o tamanho e a qualidade dos frutos produzidos. Recomenda-se a eliminação dos frutos mal formados o mais cedo possível (o tamanho máximo é quando o fruto está do tamanho de uma bola de tênis). Outras causas são em decorrência de pragas, doenças, formato ou cicatriz estilar grande. O manejo de plantas espontâneas pode ser feito através de cultivos mecânicos ou a tração animal entre linhas e manualmente (enxada) entre as plantas, tantas vezes quantas forem necessárias para manter a cultura sem a competição das plantas espontâneas. Com o desenvolvimento das plantas, as capinas devem ser manuais (enxada) e localizadas, para evitar o manuseio das ramas. O sistema de plantio de melão consorciado com adubos verdes, evita a infestação de plantas espontâneas, além de outras vantagens. Calçamento dos frutos é uma prática comum no interior de São Paulo. Consiste em calçar o fruto com dois pedaços de bambu, palha ou capim seco, para não haver o contato direto dos frutos com o solo, evitando o apodrecimento dos mesmos (principalmente na época chuvosa, na fase próxima à colheita), em decorrência de pragas, tais como broca das hastes e broca das cucurbitáceas. Essa prática reduz, também, a mancha de encosto. O calçamento dos frutos seria ideal, porém, torna-se impraticável quando se cultiva áreas extensas. 

Manejo de doenças e pragas do melão: em geral, as recomendações para a melancia também vale para o melão; ver na matéria postada anteriormente "Cultivo orgânico de hortaliças-frutos: Parte I", o manejo de algumas pragas e doenças com produtos alternativos que não comprometem o meio ambiente. 

Rotação de culturas: seguir as mesmas recomendações da cultura da melancia.

Colheita: O ideal, considerando-se o aspecto do teor de açúcares e sabor, é a colheita de frutos completamente maduros. Entretanto, neste estágio, os frutos são recomendáveis apenas para a comercialização em mercados locais. Como o melão não contém amido (que é convertido em açúcar), ele não continua a amadurecer após ser colhido; portanto, o melão colhido antes de estar totalmente maduro nunca atinge o seu melhor sabor. Para selecionar um melão maduro, procure na área do talo uma cicatriz lisa e ligeiramente funda. Se houver esta marca quer dizer que o melão está maduro, sendo arrancado facilmente do pé. No entanto, se parte da haste ainda estiver presa à cicatriz, o melão foi colhido enquanto ainda estava verde. Para exportação, os melões do tipo "amarelo" podem ser colhidos quando iniciarem a mudança de coloração, ocasião em que deverão apresentar brix de aproximadamente 10º. Após a colheita, deve-se evitar pancadas e danos nos frutos, que depreciam a qualidade comercial e reduzem o período de conservação. Os frutos são colhidos manualmente, com auxílio de uma faca. Normalmente, os melões do grupo Inodorus (amarelos) tem uma maior conservação que os do grupo Cantalupensis (tipo reticulado).