google.com, pub-8049697581559549, DIRECT, f08c47fec0942fa0 VIDA NATURAL

ANUCIOS

sábado, 3 de fevereiro de 2018

Cultivo de Hortaliças Orgânicas (parte 1)



Para produção de hortaliças de boa qualidade, saudáveis, de forma diversificada, sem agrotóxicos e adubos químicos e, especialmente, sem colocar em risco a saúde do homem, do meio ambiente e das futuras gerações, deve-se seguir algumas recomendações. As recomendações específicas para o cultivo orgânico de batata, cebola, tomate, cenoura, alface, beterraba, repolho, couve-flor, couve, brócolis, batata-doce e planta medicinais estão em postagens mais antigas neste blog. Por isso, a seguir abordaremos as indicações gerais para o cultivo das diversas espécies de hortaliças.

. Correção e preparo do solo
   A acidez do solo influi na fertilidade, tornando os nutrientes essenciais indisponíveis às plantas. Para correção aplica-se calcário, de acordo com a análise do solo; em geral, para terrenos ácidos utiliza-se cerca de 0,5 a 1 kg de calcário por m², com antecedência mínima de três meses da semeadura/plantio. Caso seja utilizado o composto orgânico, a acidez do solo é corrigida naturalmente, sem necessidade de calagem.
    A adubação orgânica melhora a fertilidade do solo e as propriedades físicas dos solos muito argilosos (barrentos) ou arenosos. Para terrenos de baixa ferrtilidade, com baixa percentagem de matéria orgânica (menos de 2%), determinada pela análise do solo, recomenda-se a aplicação, preferencialmente, de composto orgânico (3 a 4kg/m2) ou esterco curtido de aves ou de gado, na quantidade máxima de 2 e 5 kg/m² por ano, respectivamente.
    O resíduo orgânico e/ou restos de culturas, também pode se tornar um adubo de ótima qualidade através da compostagem.
Para pequenas hortas recomenda-se após aplicação do calcário, quando necessário, e do adubo orgânico, fazer o revolvimento do solo com enxadão ou pá, na profundidade mínima de 20 cm, com posterior destorroamento com enxada.

Figura 1. Revolvimento do solo com pá


. Preparo do canteiro
  Para algumas espécies cultivadas em espaçamentos maiores, basta revolver e destorroar o solo. Em seguida, deve-se abrir as covas, sulcos ou ainda fazer camalhões ou leiras, adubar e plantar, conforme o sistema de cada cultura.
Algumas hortaliças necessitam de preparo especial do terreno para confecção de canteiros que podem servir como sementeira para posterior transplante de mudas e para semeadura direta/plantio.
    Após o revolvimento do solo, os canteiros são levantados e destorroados com enxada. Deve-se evitar preparar o canteiro quando o solo estiver muito seco ou muito úmido. 
Para preparo adequado do canteiro recomenda-se: 
. Fazer dois sulcos paralelos de 15 a 20cm de profundidade, com 30 a 40 cm de largura, e distanciados de 1 a 1,2m, utilizando-se cordões ou bambu para alinhamento; 
. Com auxílio de ancinho (rastelo) faz-se o nivelamento da terra e retira-se os torrões menores, raízes, pedras e outros materiais;
. Com a pá curva faz-se o acabamento, limpando-se a passagem entre os canteiros. 
   Os canteiros depois de prontos ficarão com cerca de 1m de largura, 15 a 20cm de altura e separados por 30 a 40 cm entre si, para facilitar a passagem das pessoas que cuidarão da horta. Entre cada série de canteiros deve-se deixar um caminho (1m) para passagem do carrinho de mão, usado para transporte de adubos, estercos e produtos colhidos. 
Em terrenos inclinados, os canteiros devem ficar atravessados em relação à declividade para evitar que as águas das chuvas os destruam.

Figura 2. Preparo de canteiro


Figura 3. Canteiro preparado para semeadura


   Sempre que possível recomenda-se canteiros fixos, feitos especialmente com tijolos ou pedras (maior durabilidade), madeira (Figura 4), bambú e com outros materiais, pois evita a erosão e facilita o preparo do mesmo para novos plantios.

Figura 4. Horta orgânica do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, em Urussanga, com canteiros construídos com madeira


. Época de semeadura/plantio
    De um modo geral, as hortaliças encontram as melhores condições de desenvolvimento e produção quando o clima é ameno (18 a 22ºC), com chuvas leves e frequentes.
     As temperaturas elevadas (mais de 30ºC), de um modo geral, encurtam o ciclo das plantas e aceleram a maturação; as baixas temperaturas (menos de 10ºC) retardam o crescimento, a frutificação, a maturação e favorecem o florescimento indesejável.
    O fotoperíodo (número de horas com luz natural por dia) e a temperatura influem na formação e no desenvolvimento de bulbos (cebola e alho) e de tubérculos (batata).
Obs.: na matéria sobre planejamento de uma horta orgânica (parte I) foi postada uma tabela com informações de épocas de semeadura ou plantio para as principais hortaliças. O livro "Cultive uma horta e um pomar orgânicos...", disponível para venda na Epagri/Estação Experimental de Urussanga, também possui estas e muitas outras informações importantes.
. Produção de mudas
   O transplante de mudas sadias e vigorosas garante a produção de hortaliças de boa qualidade. Algumas lojas agropecuárias dispõem de mudas de hortaliças, em bandejas de isopor. As diversas formas de produção de mudas são descritas a seguir.
Sementeira
É o local onde são semeadas as sementes de algumas hortaliças para obter-se as mudas a serem transplantadas.

Figura 5. Sementeira de cebola


Os cuidados mais importantes para produção de mudas em sementeira são:
. Preparo cuidadoso do canteiro, incorporando com antecedência, esterco bem curtido e peneirado de aves e de gado, na quantidade de 2 ou 5 kg/m², respectivamente;
. Fazer sulcos com 1 a 2cm de profundidade, distanciados de 10 cm, utilizando o sacho ou marcador de sulcos;
. Semear o mais uniforme possível, cobrindo as sementes com terra. De maneira geral, deve-se enterrar a semente numa profundidade aproximadamente igual a cinco vezes o seu tamanho;
. Cobrir a sementeira com saco de aniagem, capim seco ou tela de sombrite para evitar a formação de crosta superficial do solo devido à irrigação ou à ocorrência de chuvas torrenciais, retirando a proteção quando as sementes iniciarem a emergência;
. Outra opção é a cobertura da sementeira com cerca de 1cm de espessura de casca de arroz ou serragem, após a semeadura. Neste caso, não há necessidade de se retirar a cobertura após a emergência;
. Em períodos sem chuvas, no verão, regar duas vezes ao dia (manhã e à tardinha) até à emergência, com regador de crivo fino para não enterrar demais as sementes;
. A utilização de cobertura de plástico no inverno, associado ao sombrite no verão são indicados;
. Eliminar as plantas espontâneas à medida que forem aparecendo;
. Desbaste do excesso de plantas, deixando as mais vigorosas.

Figura 6. Tipos de cobertura da sementeira: sombrite, casca de arroz e serragem  (Foto:Valmir José Vizzotto)


                             Figura 7. Produção de mudas no verão com o uso de plástico e sombrite 


Caixas, copinhos, bandejas de isopor e outros recipientes
     Na produção de mudas para a horta pode ser utilizado diversos recipientes. A vantagem do uso de recipientes sobre a sementeira em canteiro é a facilidade de movimentação dos mesmos para locais protegidos, evitando-se o sol quente, chuvas torrenciais e o frio intenso.
A sementeira pode ser feita em caixas com 50 x 50cm de lado e 20 a 25cm de profundidade, fazendo-se alguns furos no fundo para escoamento do excesso de água.

Figura 8. Sementeira de alface em caixa


    A semeadura também pode ser feita, preferencialmente em copinhos de jornal (sem impressão colorida) ou de papel pardo, pois se degradam rapidamente e não oferecem riscos ao meio ambiente.
Confecção: corta-se uma folha de jornal em cinco tiras, no sentido horizontal da página, com cerca de 11,5 cm de largura cada uma; no caso de utilizar-se o papel pardo deve-se cortá-lo em tiras de 11,5 cm de largura por 38 cm de comprimento. Enrola-se as tiras em torno de um cano de PVC (50mm) com 7cm de comprimento. A extremidade do cilindro de papel é dobrada para dentro, de modo a formar o fundo do copinho. Finalmente, bate-se o fundo do cano de modo a comprimir as dobras do fundo do molde. Posteriormente, enche-se o cano com substrato e retira-se o mesmo para confecção de outros copinhos. Uma vez prontos, os copinhos apresentam as medidas de 7cm x 6cm e capacidade de aproximadamente 200cm3.

Figura 9. Material necessário para confecção dos copinhos de papel


 Figura 10. Confecção de copinho de jornal- início


 Figura 11. Confecção de copinho de jornal - final


Os copinhos plásticos, utilizados para refrigerantes e reutilizados na produção de mudas, fazendo-se alguns furos no fundo, é outra opção. No entanto, é importante ressaltar que o plástico leva muitos anos para se degradar, sendo por isso utilizado somente quando não houver outra alternativa.

Figura 12. Copinhos plásticos para refrigerantes reutilizados


   O sistema mais utilizado atualmente é o de bandeja de isopor, que manuseada com cuidado pode ser reutilizada várias vezes.
A vantagem da bandeja de isopor e dos copinhos sobre a sementeira em canteiro e em caixa, é que a muda não sofre nenhum dano ao ser transplantada.
  O substrato para encher os recipientes pode ser adquirido em lojas agropecuárias ou preparado em casa.

Preparo do substrato caseiro:
-3 partes de terra peneirada livre de plantas espontâneas;
-1 partes de cama de aviário curtida e peneirada;
-1 parte de areia fina de rio ou 2 partes de casca de arroz carbonizada.
Obs.: misturar bem as diferentes partes.

Figura 13. Enchimento da bandeja de isopor com substrato caseiro


Figura 14. Produção de mudas de hortaliças em bandejas de isopor









domingo, 28 de janeiro de 2018

Araruta (Maranta arundinacea) as plantas curam



Maranta arundinacea

Da raiz dessa planta produz-se a famosa farinha de araruta, rica em nutrientes. Acredita-se que essa planta seja um antidoto para veneno de cobra.

Descrição : Planta da família das Maranraceae, também é conhecida como agutiguepe, araruta-caixulta, araruta-comum, araruta-especial, araruta-gigante, araruta-palmeira, araruta-raiz-redonda, araruta-ramosa, embiri1 e agutingue-pé.

Erva medicinal, cuja pátria é o Brasil, onde vegeta em todo o seu território.

Vivaz, de rizoma fusiforme com escamas aplicadas e caule articulado até 120 cm de altura, folhas pecioladas e com longas bainhas foliáceas, ovais lanceoladas, acuminadas com limbo de 10-20 cm de comprimento e 5 a 8cm de largura, pubescentes na página inferior.

Suas flores irregulares, pequenas, brancacentas, solitárias ou dispostas em panículas terminais irregulares, protegidas por brácteas invaginantes.

Seu fruto plano-convexo, primeiramente baciforme e depois seco.

Suas sementes são rugosas, vermelho claro e com arilo amarelo.

Indicações : O rizoma desta planta fornece a célebre farinha de araruta, muito nutritiva, delicada, inodora e analéptica e entra em todas as combinações que se queira fazer com leite e água, servindo ainda para muitos outros pratos como bolos, cremes, doces, biscoitos, etc. Muito útil na alimentação de crianças.

Araruta


Propriedades medicinais :

Contra as febres intermitentes, contra a dispepsia, sendo que seu suco acre serve contra a mordedura de cobra e picada de insetos e quando colocado sobre a língua aumenta a salivação.

Serve como forragem e é muito indicada para, a engorda de suínos.

Algumas tribos do Brasil já aconheciam como Arú-Arú e os os Caraíbas acreditavam que a farinha de araruta constituía um neutralizador do veneno impregnado das flechas atiradas pelos seus inimigos.

Do seu nome indígena, os portugueses adaptaram-no para Araruta.

Habitat : Existe grande variedade dessa planta. Em São Paulo existe a Caisulta, Comum, Gigante, Especial, Imbiri, Palmeira, Raiz Redonda e Ramosa, sendo que a Caixulta é a melhor.

Nativa no Brasil, conhecida pelos índios, espalhou-se no entanto pelo mundo todo, sendo o sue comércio muito forte no exterior. No Ceilão chamam-na Araluk e Hulankiriya.

Nota : Encontra-se em processo de extinção devido ao fato de a indústria alimentícia ter substituído o polvilho de araruta pelo de mandioca ou pela farinha de trigo ou milho, prejudicando, assim, o cultivo dessa planta.

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária Agrobiologia tem feito um trabalho de resgate da araruta em sua Fazendinha Agroecológica Km 47, onde as variedades são cultivadas organicamente.





quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Anis (Erva-doce), as plantas curam



Pimpinella anisum

Erva muito boa para para acalmar, relaxar ou mesmo para cólicas de bebês, também é uma erva culinária popular.

Descrição : Herbácea anual, de caule ereto, delgado e bastante ramificado.

As folhas inferiores são inteiras, dentadas, longamente pecioladas, que abraçam o caule,e as superiores são filamentosas, com pecíolo curto, que abraçam um pouco o caule.

As flores são pequenas, esbranquiçadas, terminais e se apresentam em cachos no formato de guarda-chuva.

Origem : Egito e Grécia.

Modo de conservar : As plantas inteiras devem ser arrancadas do solo, amarradas em feixes e postas para secar ao sol, em local ventilado e sem umidade.

Após a secagem, bater bem, para retiradas do fruto semente.

Plantio :

Multiplicação: reproduz-se por sementes para plantio direto ou formação de mudas em canteiros e por estaquia (mudas);

Cultivo: em espaçamento de 0,50m X 0,20m; Colheita: 4 meses após o plantio quando as sementes começam a amadurecer. Seque as sementes sobre um pano à sombra e conserve-as em vidros secos e sem ar

Propriedades : digestiva, diurética, sudorífica, carminativa e expectorante.

Indicações : Digestão, flatulência e cólicas intestinais, acalma excitação nervosa e insônia.

Princípios Ativos : Anetol, colina, anisulmina, metilchavicol, estragol e ácido anísico.

Anis


Modo de usar :

Para afecções intestinais (gases e cólicas ), desinfetante intestinal, dores de cabeça, gastrite, cólica infantil - em 1 xícara de chá, coloque 1 colher de sobremesa de fruto semente e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá, 3 vezes ao dia.

Enjoos e vômitos na gravidez; aumentar o leite materno; enxaquecas - Coloque 3 colheres de sopa do fruto em 1 garrafa de vinho branco. Deixe em maceração por 10 dias e coe. Tome um cálice, antes das principais refeições.

Afecções intestinais, desinfetante intestinal; Enxaquecas, gastrite e purificador do hálito - Coloque 1 colher de fruto semente e 1 colher de sopa de folha de guacatonga picada, em 1 xícara de chá de álcool de cereais a 60 %. Deixe em maceração por 5 dias e coe. Tome 1 colher de café, diluído em um pouco de água, 3 vezes ao dia, sendo uma de manhã, em jejum, e as demais antes das principais refeições.

Efeitos colaterais: A DL50 oral do óleo é de 2.25 g/kg em ratos. Nenhuma absorção pericutãnea do óleo ocorreu através da pele do rato dentro de 2 horas. O DL50 oral do aner: é de 2.090 mg/kg em ratos.

Posologia: 3g de sementes secas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em decocto para todas as indicações até 3 vezes ao dia; Vinho medicinal para enjoos, como lactagogo e nas enxaquecas;

Tintura: 2,5ml em água como colutório e antiespasmódico de uso interno; Crianças tomam de 1/6 a 1/2 de acordo com a idade.



segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Amora Branca, as plantas curam



Morus Alba

É planta com flor pertencente, conhecida popularmente por amoreiras, muito utilizada no combate a osteoporose e como tônico muscular nas práticas desportivas.

Descrição : Planta da família das Moracea, é uma árvore de 5 a 20m de altura, tronco verrugoso, muito ramificado, folhas grandes, cordiformes, bastante grossas, de pecíolos curtos, dentes largos e irregulares, ásperas e com estipulas longas, membranosas e felpudas.

Flores de amareladas que geram uma infrutescência grande ovada e branca que ao amadurecer se torna rosada.

Partes utilizadas : Raiz, casca, folhas e frutos.

Habitat: Originária da China, onde é cultivada como alimento para o Bicho-da-seda, é planta de grande rusticidade e está aclimatada no Brasil.

História: Trazida por colonizadores europeus e asiáticos, não se sabe se não houve boa adaptação ou se a planta é menos comum no país por outros motivos.

É relatada como tendo os mesmos princípios ativos da Amora comum.

Princípios ativos: Açúcares; flavonoides: rutina; taninos ; Mucilagens; Pectina; Peptona;

Ácidos orgânicos: ácido málico, ácido cítrico; Vitamina C; Sais minerais; Óleos essenciais; Gomas

Sacarose, pectinas e a rutina, mas não há informações que comprovem seus resultados.

Propriedades medicinais: antitussígena, aperiente, diurética, laxativa, antipruriginosa, anti-hipertensiva.

Indicações: Afecções da boca, dentes, garganta e pulmão: como anti-inflamatória das mucosas do sistema respiratório, peitoral, antitussígena; Afecções da pele: dermatoses, eczemas; erupções: como antipruriginoso; Prisão de ventre como laxante; Refrescante; Diurético.



Amora Silvestri

Uso pediátrico: Afecções da boca, aftas, dentes, garganta e pulmão: como anti-inflamatória das mucosas do sistema respiratório, peitoral, antitussígena. Afecções da pele: dermatoses, eczemas, erupções: como antipruriginoso.

Contraindicações/cuidados: Em diarreia crônica.

Efeitos colaterais: Aumento do número de evacuações ou diarreia pastosa em intestinos com tendência à diarreia.

Posologia:

Adultos: 10 a 20ml   de tintura divididos em 2 ou 3 doses diárias, diluídos em água 2g de erva seca (1 colher de sopa para cada xícara de água) de folhas em infuso até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Xarope tradicional: 2 xícaras de frutas frescas esmagadas maceradas em banho-maria no dobro do peso de açúcar mascavo. Após o esfriamento coar para vidro escuro que deve permanecer ao abrigo da luz e do calor por até 6 meses. Tomar 1 colher de sopa de 6 em 6 horas, como expectorante ou 1 colher de chá diluída em água morna como colutório.

Crianças acima de 6 anos tomam metade da dose. Tintura da raiz e das cascas como laxante ou como aperiente. Cataplasma das folhas para afecções cutâneas. infuso de folhas frescas para hipertensão arterial






terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Plantio Direto de Hortaliças



O sistema de plantio direto, cultivo mínimo, cobertura viva e morta são práticas importantíssimas na agricultura catarinense, devido ao tipo de solo predominante, utilização inadequada do solo, especialmente em áreas de altitude e, diversidade climática, onde se verifica a ocorrência de chuvas freqüentes e torrenciais e elevada incidência de luminosidade solar.  Na produção de hortaliças, o sistema de cultivo afeta diretamente a sustentabilidade da atividade, principalmente por influenciar nos aspectos químicos, físicos e biológicos do solo, ciclos de nutrientes, e, na vida vegetal, animal e  dos microrganismos. Assim, considerando que os solos catarinenses estão sujeitos a processos de erosão, aliado a baixos teores de matéria orgânica, as práticas de plantio direto, cultivo mínimo e cobertura morta são fundamentais, principalmente no cultivo de hortaliças que se caracterizam pelo ciclo rápido, uso intensivo do  solo, insumos e práticas culturais. 
   Outra vantagem dessas práticas é o fato de o solo estar sempre preparado para semeadura/plantio, mesmo em períodos chuvosos, que não permitem o revolvimento devido à umidade excessiva.  Para o plantio direto ou cultivo mínimo,  basta fazer uma roçada utilizando uma foice ou roçadeira manual para áreas maiores e abrir as covas ou sulcos.

.Plantio direto: é um método de plantio que não envolve nenhuma preparação do solo, ou seja, apenas é feito uma pequena cova com o propósito único de colocar a semente ou muda na profundidade desejada. Nesse caso, a camada de cobertura vegetal é mantida nas entrelinhas e entre plantas. É um plantio conservacionista que pode ser utilizado no cultivo orgânico de hortaliças. Muitas pessoas acreditam que o plantio direto está necessariamente vinculado ao uso de herbicidas, o que não é verdade. 

.Cultivo mínimo: é a mínima manipulação do solo necessária para a produção das culturas. Também neste sistema deixa-se uma considerável quantidade de cobertura na superfície (resíduos culturais), especialmente nas entrelinhas. O cultivo mínimo de hortaliças é uma prática que pode ser associada ao manejo de plantas espontâneas e plantas de cobertura, especialmente nas espécies em que se utilizam espaçamentos maiores entre linhas tais como na batata-doce e nas espécies pertencentes as famílias das cucurbitáceas, brássicas e solanáceas. Nesse caso, são abertos pequenos sulcos que são adubados para posterior semeadura ou transplante de mudas, deixando-se nas entrelinhas as plantas espontâneas ou plantas de cobertura. Posteriormente, por ocasião da primeira adubação de cobertura, em algumas espécies, é feita a amontoa e, quando necessário são feitas roçadas nas entrelinhas e arranquio das plantas espontâneas na linha para evitar a competição por luz, nutrientes e água. O consórcio de adubos verdes (aveia – 60kg/ha + ervilhaca – 18kg/ha + nabo forrageiro – 4kg/ha) é também uma ótima opção para melhorar a cobertura do solo, promover o efeito benéfico no manejo de plantas espontâneas, aprimorar a eficiência na ciclagem de nutrientes(fornecendo nitrogênio e reciclando nutrientes) e na descompactação do solo e ainda permitir o cultivo mínimo de hortaliças (Figura 1).
  

Figura 1. Cultivo mínimo de tomate tutorado e milho-verde em cobertura de aveia + ervilhaca+ nabo forrageiro.

 . Cobertura morta - é a palhada disposta sobre o solo para a realização do plantio direto ou do cultivo mínimo. Essa prática consiste na colocação de 5 a 10 cm de palha (Figura 2) ou casca de arroz, capim ou palha seca de milho (Figura 3) e outros materiais como bagaço de cana nas entrelinhas das hortaliças cultivadas em espaçamentos maiores. A obtenção da cobertura morta pode ser feita de duas maneiras: pela importação de palhada de outra área e pelo cultivo de plantas de cobertura, fornecedoras de palhada, e seu manejo (corte) no próprio local. Há inúmeras espécies que podem ser utilizadas para produção de cobertura morta, tanto em cultivo “solteiro” como no consorciado. Espécies de adubos verdes, sejam leguminosas, gramíneas ou plantas de outras famílias, podem ser utilizadas como plantas de cobertura morta. A mucuna, isoladamente ou consorciada com milho (Figura 4), semeados em novembro ou dezembro,   produz grande massa verde  no verão e pode ser utilizada como cobertura morta, através do corte ou ainda pela secagem natural devido ao frio, no inverno visando o plantio direto de hortaliças a partir de julho/agosto. As leguminosas,encontradas em grandes diversidades de clima e solo, são consideradas ótimas para adubação verde por serem ricas em nitrogênio e possuírem raízes ramificadas e profundas. A cobertura morta mantém a superfície do solo sem a formação de crosta superfície endurecida), evita a evaporação da água da chuva ou da irrigação, reduz  a erosão em solos inclinados, diminui a temperatura do solo no verão e,principalmente, economiza capinas devido à menor incidência de plantas espontâneas.
 Que hortaliças podem ser cultivadas no sistema de plantio direto e no cultivo mínimo, utilizando cobertura morta ou viva?  basicamente, podem ser cultivadas nestes sistemas de plantio todas as espécies plantadas em espaçamento relativamente aberto, o suficiente para permitir capinas nas linhas de plantio e, sempre que for necessário, roçadas nas entrelinhas. Hortaliças pertencentes às famílias botânicas das solanáceas (tomate, pimentão e berinjela) cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, moranga, pepino, melão e melancia) e brássicas (repolho, couve-flor, brócolis e couve), além do feijão-vagem, milho-verde, aipim, batata-doce,  morango, entre outras.



 Figura 2. Plantio direto de mudas de couve-flor sobre cobertura morta de palha de arroz.


 Figura 3. Plantio direto de mudas de repolho sobre cobertura morta de palha de milho.


 Figura 4. Milho-verde e mucuna consorciados, semeados em dezembro: ótima opção para adubação verde, rotação de culturas, manejo de plantas espontâneas e ainda utilizadas como cobertura morta para o plantio direto de hortaliças no final do inverno.

A produção de hortaliças é, geralmente, atividade intensiva com sistemas de produção baseados em intensa e frequente mecanização e na utilização intensiva e crescente de insumos. Em muitas regiões de produção de olerícolas e, especialmente em áreas montanhosas com topografia acidentada, os processos erosivos e o esgotamento dos recursos naturais são alarmantes, além do agravamento dos problemas fitossanitários decorrentes de um ciclo de empobrecimento crescente.

Já consagrado na produção de grãos pelos benefícios que proporciona, sendo utilizado em mais de 22 milhões de hectares, o Sistema de Plantio Direto (SPD) é importante ferramenta para a obtenção de sistemas produtivos mais sustentáveis também na produção de hortaliças.

O Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH) segue três princípios básicos: o revolvimento localizado do solo, restrito às covas ou sulcos de plantio; a diversificação de espécies pela rotação de culturas, com a inclusão de plantas de cobertura para produção de palhada; e a cobertura permanente do solo.
Dentre os benefícios do SPDH, destacam-se a redução nas enxurradas em torno de 90% e nas perdas de solo em torno de 70%, minimizando processos erosivos; a economia de água em culturas irrigadas em até 30%; a diminuição na mecanização em até 75%; a regulação térmica proporcionada pela palhada com redução dos extremos de temperatura em até 10ºC na superfície do solo; incremento nos teores de matéria orgânica e maior ação biológica de minhocas e outros organismos; a menor dispersão de doenças, pelo não revolvimento do solo e redução de enxurradas e respingos; e a redução nas capinas pela barreira proporcionada pela palhada para as plantas infestantes. Tem-se observado que, em função da preservação ou recuperação da qualidade do solo, os níveis de adubação têm sido diminuídos sem prejuízo na produtividade de lavouras.
O fato de o sistema de plantio direto promover aumento nos estoques de carbono do solo, bem como uma possível redução das emissões de gases de efeito estufa, fazem dele uma importante ferramenta de mitigação das mudanças climáticas globais. Além disso, o papel do SPD na redução da temperatura do solo, dos processos erosivos e da necessidade de uso de agroquímicos, além da manutenção de maior umidade, sem, contudo, promover o acúmulo excessivo de água, mostram o poder dele de promover a adaptação dos sistemas produtivos agrícolas aos impactos das mudanças ambientais em curso, especialmente aquelas relacionadas ao clima. Os benefícios da adoção do sistema de plantio direto citados fizeram com que este fosse incluído no rol dos sistemas de produção preconizados pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) do Governo Federal. Tal plano prevê uma série de incentivos para produtores que utilizem a tecnologia e tem como meta o aumento, até 2020, de 8 milhões de hectares das áreas agrícolas em SPD.
Para a adoção do SPDH, deve-se considerar que as hortaliças, em geral, não proporcionam resíduos de palhada em quantidade adequada à manutenção do sistema, devendo-se incluir plantas de cobertura na sucessão de cultivos com as hortaliças. Entende-se por plantas de cobertura espécies com elevado potencial de produção de matéria seca e com profundo e vigoroso sistema radicular que têm a capacidade de reciclar nutrientes e de, após sua decomposição, tornar o solo leve e poroso promovendo bom enraizamento do cultivo subsequente. Cabe lembrar que as plantas de cobertura, a exemplo de milho, trigo ou sorgo, podem ser culturas comerciais. Sugere-se como planta de cobertura o uso de gramíneas, preferencialmente consorciadas a leguminosas e outras espécies.
Após o manejo das plantas de cobertura por trituração, corte, acamamento e/ou dessecação, efetua-se o plantio, no caso de sementes, ou o transplante de mudas das hortaliças.

Faz-se necessário ajustar o manejo da irrigação, considerando o efeito da palhada sobre o solo, e da adubação, considerando a decomposição dos restos culturais das plantas de cobertura.
As primeiras experiências com plantio direto de hortaliças no Brasil, de forma mais sistematizada, foram em cebola,  no estado de Santa Catarina, ainda na década de 80. Hoje, há diversas iniciativas Brasil afora. Ocupa atualmente cerca de 50% da área do tomate para processamento, 20% de abóbora híbrida e 10% de cebola no país.

A Embrapa Hortaliças, sediada em Brasília, Distrito Federal, desde 2002 tem conduzido experimentos para sistematizar o SPDH em cebola, tomate rasteiro (para processamento) e tomate envarado (para mesa), brássicas (repolho, couve-flor e brócolos), abóboras e outras hortaliças, com avaliação de diferentes cultivares e plantas de cobertura, níveis de adubação, manejo da irrigação, entre outros fatores. Foram implantadas unidades demonstrativas em diversas regiões, sempre em parceria com a iniciativa privada, com organizações de agricultores e órgãos de extensão rural.


Destaque especial deve ser dado ao SPDH no que concerne à Agricultura de Montanha, em vista das fragilidades e das limitações nesses ambientes, haja vista a tragédia ocorrida em 12 de janeiro de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro, com enxurradas violentíssimas que foram potencializadas pelo modelo agrícola utilizado. Dando continuidade ao trabalho, acaba de ser aprovado um projeto para capacitação de multiplicadores (técnicos e agricultores líderes) e promoção da adoção do SPDH em ambientes de montanha da Região Sudeste. Faz-se importante aqui lembrar que, para ambientes muito declivosos, é possível que seja necessária a adoção do SPDH consorciado com outras práticas de conservação do solo, como o terraceamento, por exemplo.

É indispensável buscar alternativas para o desenvolvimento de modelos de produção de hortaliças mais amigáveis ao meio ambiente, com viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental, adequado às condições edafoclimáticas tropicais. Finalmente, o SPDH deve receber ajustes conforme as realidades locais, podendo ser desenvolvido nos mais diversos ambientes ou realidades socioeconômicas.









quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

AMORES DO CAMPO (PEGA-PEGA), as plantas curam


AMORA DO CAMPO

Desmodium adscendens.

Descrição : Planta da família das Fabaceae, também conhecida como amor sexo, pega pega, munduirana, barba de boi.

Trata-se de um herbácea perene, de até 50 cm de altura.

Haste ramosa, pubescente.

Folhas pinadas, trilobadas, alternas.

Folíolos obtuso alongados, aveludados na página superior.

Numerosas flores purpúreas nas axilas dos folíolos. Frutos verdes, miúdos, ovais, em vagens que se prendem ao pelo dos animais.

Partes Utilizadas : Folhas e flores.

Habitat: É nativa de vários países tropicais e cresce em florestas abertas, pastagem, beira de estrada e em terrenos cultivados.

O gênero Desmodium tem cerca de 400 espécies.

História: A planta é usada medicinalmente há muitos séculos.

Algumas tribos indígenas atribuem-lhe propriedades mágicas.

É usada na África, Brasil, Belize, Nicarágua, Peru, Trinidad, EE.UU. e outros países.

Propriedades medicinais: antiblenorrágica, béquica, diurética, estomáquica, febrífuga, hepática, laxante, tônica.

Indicações: Afecções respiratórias, asma, alergias, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema, excesso de muco; Analgésico, relaxante muscular e antiespas-módico geral para cólicas, espasmos gastro intestinais, artralgias e dores ósseas, traumatismos. Transtornos menstruais: cólicas, sangramento excessivo, leucorreia; Convulsões: epiléticas e para reação alérgica.

Princípios ativos: flavonoides; alcaloides; Sapaoninas

Principais componentes: astragalina, B-feniletilaminas, cosmosiina, 3-0-soforosideo-cianidina, dihidro-sojasa-poninas, hordenina, 3-0-ramnosídeo-pelargonidina, salsolina, sojasaponinas, tectorigenina, tetrahidroiso-quinolina e tiramina.

Farmacologia: As sojasaponinas são consideradas altamente ativas, com ação antiasmática.

A astragalina é um agente bactericida bastante conhecido, provavelmente o responsável pela utilização tradicional da planta em infecções, doenças venéreas e ferimentos; Os herbalistas de Gana têm usado as folhas de Amor-do-campo em asma brônquica com tão bons resultados que atraíram a atenção da comunidade científica internacional.

Em 1977 um estudo clínico com humanos mostrou que 1 a 2 colheres de chá de extraio seco das folhas, divididos em 3 tomadas produziram melhora e remissão na maioria dos pacientes asmáticos tratados.

Na tentativa de elucidar as propriedades antiasmáticas vários estudos com animais foram efetivados.

Em 10 pesquisas diferentes observou-se que a planta interfere com a produção dos agentes químicos normalmente presentes em uma crise asmática: os espasmógenos que causam a contração do pulmão, a histamina que desencadeia a resposta alérgica e os leucotrienos que são broncoconstritores e aumentam a produção de muco nas vias aéreas superiores.

Certas substâncias e alergenos podem causar choque anafilático - vários destes estudos com animais reportaram que a planta tem ação antianafilática contra várias substâncias que sabidamente desencadeiam tais reações.

O broncoespasmo em resposta a vários estímulos e alergenos é uma característica universal da asma e das reações anafiláticas.

Algumas pesquisas apontaram para um efeito músculo relaxante nos tecidos pulmonares e inibição da contração e constrição induzida por várias substâncias.

Os canais de potássio têm um papel importante na regulação do tônus da musculatura lisa das vias aéreas e na liberação de substâncias constritoras nos pulmões.

Foi considerada a mais potente liberadora dos canais de potássio (maxi-K) conhecido. Isso contribui decisivamente para atividade terapêutica do Amor-do-campo contra a asma.

A atividade antialérgica da planta documentada inibe não só a contração da musculatura lisa das vias aéreas superiores como também a contração muscular em outras regiões do corpo.

Estas ações antiespasmódicas e músculo relaxantes explicam porque o Amor-do-campo sempre foi usado tradicionalmente para lombalgias e espasmos musculares.

Recentemente documentou-se suas ações analgésicas e anticonvulsivantes em animais. Publicações ainda mais recentes ligam artrite e reumatismo a várias reações alérgicas.

Posologia:

Adultos: 4 a 6ml de tintura por dose, até 3 vezes ao dia. 4g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Cápsulas: 4 a 5g diários.

Crianças: de 1/3 a 1/z dose de acordo com a idade

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

AMOR PERFEITO (Viola tricolor) as plantas curam



Essa planta possui uma flor dona de grande beleza mas quase sem perfume, é bienal, selvagem de origem eurasiática.

Descrição : Da família das Violaceae, também conhecida como amor-perfeito, amor-perfeito-bravo, erva-da-trindade, flor-da-trindade, viola, violeta-de-três-cores.

Pequena planta de flores solitárias, de pedúnculo longo e cor variada: amarelo, violeta, branco, que se assemelha quando nova ao amor-perfeito comum dos jardins.

Chamam-na tricolor porque possui duas pétalas de cor violeta, duas amarelas e urna pétala branca, é encontrada às vezes em abundância nos campos e prados.

Suas folhas são verdes, oblongas, dentadas.

Amor Perfeito

Colheita : Colhe-se a planta na primavera, é preciso deixá-la secar com cuidado e guardá-la em caixas hermeticamente fechadas, como aliás se deve proceder com todas as plantas medicinais.

Parte utilizada: Folhas, flores.

Propriedades : diurética, cicatrizante, anti-inflamatória, depurativa, laxante, febrífugo, fluidificante do sangue.



Indicações : Usa-se como cosmético, contra o ressecamento, rugas e estrias. É empregada também em todos os casos de eczemas.

Princípios Ativos : A sua análise química comprovou que contém ácido salicílico, ácido ascórbico, ácido t-caféico, ácido cumárico, ácido gentísico, ácido heptanoico, ácido hidrociânico, ácido salicílico, arabinose, carotenoides, cumarinas, escoparina, galactose, glucose, orientina, rhamnose, rutina, saponaretina, saponarina, saponina, taninos , a-tocoferol, umbeliferona, vicenina, violantina, violaxantina, violutosídeo, yohimbina.

Contraindicações/cuidados: Seu uso como diurético no caso de hipertensão, cardiopatia ou insuficiência renal moderada ou grave, só com controle médico. Há risco de perda incontrolada de líquidos, possibilidade de produzir descompensação tensional ou eliminação excessiva de potássio, com potencialização dos efeitos de cardiotônicos.



Modo de usar:

- Folhas secas, pulverizadas ou misturadas com melaté: feridas;

- Infusão de uma colher de flores e folhas secas numa xícara de água quente, deixar por 3 minutos: afecções do sangue, debilidade nervosa, cansaço, doenças cardíacas nervosas, icterícia. Beber 3 xícaras diárias, durante uma ou 2 semanas; Pode-se fazer compressas desta infusão em infecções cutâneas e gargarejo para feridas na boca ou garganta, bem como lavar os olhos;

- infusão: macerar, em um quarto de litro de água fria, 8 g de flores e folhas secas de amor-perfeito, por uma noite. Pela manhã, adicionar, 100 g de leite açucarado e ferver. Filtrar o líquido, ingerindo-o em jejum. Continuar este tratamento por três semanas;

- compressas com flores e folhas secas e esmagadas, misturadas com leite frio: feridas, chagas, úlceras.