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ANUCIOS

terça-feira, 16 de janeiro de 2018

Plantio Direto de Hortaliças



O sistema de plantio direto, cultivo mínimo, cobertura viva e morta são práticas importantíssimas na agricultura catarinense, devido ao tipo de solo predominante, utilização inadequada do solo, especialmente em áreas de altitude e, diversidade climática, onde se verifica a ocorrência de chuvas freqüentes e torrenciais e elevada incidência de luminosidade solar.  Na produção de hortaliças, o sistema de cultivo afeta diretamente a sustentabilidade da atividade, principalmente por influenciar nos aspectos químicos, físicos e biológicos do solo, ciclos de nutrientes, e, na vida vegetal, animal e  dos microrganismos. Assim, considerando que os solos catarinenses estão sujeitos a processos de erosão, aliado a baixos teores de matéria orgânica, as práticas de plantio direto, cultivo mínimo e cobertura morta são fundamentais, principalmente no cultivo de hortaliças que se caracterizam pelo ciclo rápido, uso intensivo do  solo, insumos e práticas culturais. 
   Outra vantagem dessas práticas é o fato de o solo estar sempre preparado para semeadura/plantio, mesmo em períodos chuvosos, que não permitem o revolvimento devido à umidade excessiva.  Para o plantio direto ou cultivo mínimo,  basta fazer uma roçada utilizando uma foice ou roçadeira manual para áreas maiores e abrir as covas ou sulcos.

.Plantio direto: é um método de plantio que não envolve nenhuma preparação do solo, ou seja, apenas é feito uma pequena cova com o propósito único de colocar a semente ou muda na profundidade desejada. Nesse caso, a camada de cobertura vegetal é mantida nas entrelinhas e entre plantas. É um plantio conservacionista que pode ser utilizado no cultivo orgânico de hortaliças. Muitas pessoas acreditam que o plantio direto está necessariamente vinculado ao uso de herbicidas, o que não é verdade. 

.Cultivo mínimo: é a mínima manipulação do solo necessária para a produção das culturas. Também neste sistema deixa-se uma considerável quantidade de cobertura na superfície (resíduos culturais), especialmente nas entrelinhas. O cultivo mínimo de hortaliças é uma prática que pode ser associada ao manejo de plantas espontâneas e plantas de cobertura, especialmente nas espécies em que se utilizam espaçamentos maiores entre linhas tais como na batata-doce e nas espécies pertencentes as famílias das cucurbitáceas, brássicas e solanáceas. Nesse caso, são abertos pequenos sulcos que são adubados para posterior semeadura ou transplante de mudas, deixando-se nas entrelinhas as plantas espontâneas ou plantas de cobertura. Posteriormente, por ocasião da primeira adubação de cobertura, em algumas espécies, é feita a amontoa e, quando necessário são feitas roçadas nas entrelinhas e arranquio das plantas espontâneas na linha para evitar a competição por luz, nutrientes e água. O consórcio de adubos verdes (aveia – 60kg/ha + ervilhaca – 18kg/ha + nabo forrageiro – 4kg/ha) é também uma ótima opção para melhorar a cobertura do solo, promover o efeito benéfico no manejo de plantas espontâneas, aprimorar a eficiência na ciclagem de nutrientes(fornecendo nitrogênio e reciclando nutrientes) e na descompactação do solo e ainda permitir o cultivo mínimo de hortaliças (Figura 1).
  

Figura 1. Cultivo mínimo de tomate tutorado e milho-verde em cobertura de aveia + ervilhaca+ nabo forrageiro.

 . Cobertura morta - é a palhada disposta sobre o solo para a realização do plantio direto ou do cultivo mínimo. Essa prática consiste na colocação de 5 a 10 cm de palha (Figura 2) ou casca de arroz, capim ou palha seca de milho (Figura 3) e outros materiais como bagaço de cana nas entrelinhas das hortaliças cultivadas em espaçamentos maiores. A obtenção da cobertura morta pode ser feita de duas maneiras: pela importação de palhada de outra área e pelo cultivo de plantas de cobertura, fornecedoras de palhada, e seu manejo (corte) no próprio local. Há inúmeras espécies que podem ser utilizadas para produção de cobertura morta, tanto em cultivo “solteiro” como no consorciado. Espécies de adubos verdes, sejam leguminosas, gramíneas ou plantas de outras famílias, podem ser utilizadas como plantas de cobertura morta. A mucuna, isoladamente ou consorciada com milho (Figura 4), semeados em novembro ou dezembro,   produz grande massa verde  no verão e pode ser utilizada como cobertura morta, através do corte ou ainda pela secagem natural devido ao frio, no inverno visando o plantio direto de hortaliças a partir de julho/agosto. As leguminosas,encontradas em grandes diversidades de clima e solo, são consideradas ótimas para adubação verde por serem ricas em nitrogênio e possuírem raízes ramificadas e profundas. A cobertura morta mantém a superfície do solo sem a formação de crosta superfície endurecida), evita a evaporação da água da chuva ou da irrigação, reduz  a erosão em solos inclinados, diminui a temperatura do solo no verão e,principalmente, economiza capinas devido à menor incidência de plantas espontâneas.
 Que hortaliças podem ser cultivadas no sistema de plantio direto e no cultivo mínimo, utilizando cobertura morta ou viva?  basicamente, podem ser cultivadas nestes sistemas de plantio todas as espécies plantadas em espaçamento relativamente aberto, o suficiente para permitir capinas nas linhas de plantio e, sempre que for necessário, roçadas nas entrelinhas. Hortaliças pertencentes às famílias botânicas das solanáceas (tomate, pimentão e berinjela) cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, moranga, pepino, melão e melancia) e brássicas (repolho, couve-flor, brócolis e couve), além do feijão-vagem, milho-verde, aipim, batata-doce,  morango, entre outras.



 Figura 2. Plantio direto de mudas de couve-flor sobre cobertura morta de palha de arroz.


 Figura 3. Plantio direto de mudas de repolho sobre cobertura morta de palha de milho.


 Figura 4. Milho-verde e mucuna consorciados, semeados em dezembro: ótima opção para adubação verde, rotação de culturas, manejo de plantas espontâneas e ainda utilizadas como cobertura morta para o plantio direto de hortaliças no final do inverno.

A produção de hortaliças é, geralmente, atividade intensiva com sistemas de produção baseados em intensa e frequente mecanização e na utilização intensiva e crescente de insumos. Em muitas regiões de produção de olerícolas e, especialmente em áreas montanhosas com topografia acidentada, os processos erosivos e o esgotamento dos recursos naturais são alarmantes, além do agravamento dos problemas fitossanitários decorrentes de um ciclo de empobrecimento crescente.

Já consagrado na produção de grãos pelos benefícios que proporciona, sendo utilizado em mais de 22 milhões de hectares, o Sistema de Plantio Direto (SPD) é importante ferramenta para a obtenção de sistemas produtivos mais sustentáveis também na produção de hortaliças.

O Sistema de Plantio Direto em Hortaliças (SPDH) segue três princípios básicos: o revolvimento localizado do solo, restrito às covas ou sulcos de plantio; a diversificação de espécies pela rotação de culturas, com a inclusão de plantas de cobertura para produção de palhada; e a cobertura permanente do solo.
Dentre os benefícios do SPDH, destacam-se a redução nas enxurradas em torno de 90% e nas perdas de solo em torno de 70%, minimizando processos erosivos; a economia de água em culturas irrigadas em até 30%; a diminuição na mecanização em até 75%; a regulação térmica proporcionada pela palhada com redução dos extremos de temperatura em até 10ºC na superfície do solo; incremento nos teores de matéria orgânica e maior ação biológica de minhocas e outros organismos; a menor dispersão de doenças, pelo não revolvimento do solo e redução de enxurradas e respingos; e a redução nas capinas pela barreira proporcionada pela palhada para as plantas infestantes. Tem-se observado que, em função da preservação ou recuperação da qualidade do solo, os níveis de adubação têm sido diminuídos sem prejuízo na produtividade de lavouras.
O fato de o sistema de plantio direto promover aumento nos estoques de carbono do solo, bem como uma possível redução das emissões de gases de efeito estufa, fazem dele uma importante ferramenta de mitigação das mudanças climáticas globais. Além disso, o papel do SPD na redução da temperatura do solo, dos processos erosivos e da necessidade de uso de agroquímicos, além da manutenção de maior umidade, sem, contudo, promover o acúmulo excessivo de água, mostram o poder dele de promover a adaptação dos sistemas produtivos agrícolas aos impactos das mudanças ambientais em curso, especialmente aquelas relacionadas ao clima. Os benefícios da adoção do sistema de plantio direto citados fizeram com que este fosse incluído no rol dos sistemas de produção preconizados pelo Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC) do Governo Federal. Tal plano prevê uma série de incentivos para produtores que utilizem a tecnologia e tem como meta o aumento, até 2020, de 8 milhões de hectares das áreas agrícolas em SPD.
Para a adoção do SPDH, deve-se considerar que as hortaliças, em geral, não proporcionam resíduos de palhada em quantidade adequada à manutenção do sistema, devendo-se incluir plantas de cobertura na sucessão de cultivos com as hortaliças. Entende-se por plantas de cobertura espécies com elevado potencial de produção de matéria seca e com profundo e vigoroso sistema radicular que têm a capacidade de reciclar nutrientes e de, após sua decomposição, tornar o solo leve e poroso promovendo bom enraizamento do cultivo subsequente. Cabe lembrar que as plantas de cobertura, a exemplo de milho, trigo ou sorgo, podem ser culturas comerciais. Sugere-se como planta de cobertura o uso de gramíneas, preferencialmente consorciadas a leguminosas e outras espécies.
Após o manejo das plantas de cobertura por trituração, corte, acamamento e/ou dessecação, efetua-se o plantio, no caso de sementes, ou o transplante de mudas das hortaliças.

Faz-se necessário ajustar o manejo da irrigação, considerando o efeito da palhada sobre o solo, e da adubação, considerando a decomposição dos restos culturais das plantas de cobertura.
As primeiras experiências com plantio direto de hortaliças no Brasil, de forma mais sistematizada, foram em cebola,  no estado de Santa Catarina, ainda na década de 80. Hoje, há diversas iniciativas Brasil afora. Ocupa atualmente cerca de 50% da área do tomate para processamento, 20% de abóbora híbrida e 10% de cebola no país.

A Embrapa Hortaliças, sediada em Brasília, Distrito Federal, desde 2002 tem conduzido experimentos para sistematizar o SPDH em cebola, tomate rasteiro (para processamento) e tomate envarado (para mesa), brássicas (repolho, couve-flor e brócolos), abóboras e outras hortaliças, com avaliação de diferentes cultivares e plantas de cobertura, níveis de adubação, manejo da irrigação, entre outros fatores. Foram implantadas unidades demonstrativas em diversas regiões, sempre em parceria com a iniciativa privada, com organizações de agricultores e órgãos de extensão rural.


Destaque especial deve ser dado ao SPDH no que concerne à Agricultura de Montanha, em vista das fragilidades e das limitações nesses ambientes, haja vista a tragédia ocorrida em 12 de janeiro de 2011 na Região Serrana do Rio de Janeiro, com enxurradas violentíssimas que foram potencializadas pelo modelo agrícola utilizado. Dando continuidade ao trabalho, acaba de ser aprovado um projeto para capacitação de multiplicadores (técnicos e agricultores líderes) e promoção da adoção do SPDH em ambientes de montanha da Região Sudeste. Faz-se importante aqui lembrar que, para ambientes muito declivosos, é possível que seja necessária a adoção do SPDH consorciado com outras práticas de conservação do solo, como o terraceamento, por exemplo.

É indispensável buscar alternativas para o desenvolvimento de modelos de produção de hortaliças mais amigáveis ao meio ambiente, com viabilidade econômica e sustentabilidade ambiental, adequado às condições edafoclimáticas tropicais. Finalmente, o SPDH deve receber ajustes conforme as realidades locais, podendo ser desenvolvido nos mais diversos ambientes ou realidades socioeconômicas.









quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

AMORES DO CAMPO (PEGA-PEGA), as plantas curam


AMORA DO CAMPO

Desmodium adscendens.

Descrição : Planta da família das Fabaceae, também conhecida como amor sexo, pega pega, munduirana, barba de boi.

Trata-se de um herbácea perene, de até 50 cm de altura.

Haste ramosa, pubescente.

Folhas pinadas, trilobadas, alternas.

Folíolos obtuso alongados, aveludados na página superior.

Numerosas flores purpúreas nas axilas dos folíolos. Frutos verdes, miúdos, ovais, em vagens que se prendem ao pelo dos animais.

Partes Utilizadas : Folhas e flores.

Habitat: É nativa de vários países tropicais e cresce em florestas abertas, pastagem, beira de estrada e em terrenos cultivados.

O gênero Desmodium tem cerca de 400 espécies.

História: A planta é usada medicinalmente há muitos séculos.

Algumas tribos indígenas atribuem-lhe propriedades mágicas.

É usada na África, Brasil, Belize, Nicarágua, Peru, Trinidad, EE.UU. e outros países.

Propriedades medicinais: antiblenorrágica, béquica, diurética, estomáquica, febrífuga, hepática, laxante, tônica.

Indicações: Afecções respiratórias, asma, alergias, bronquite, doença pulmonar obstrutiva crônica, enfisema, excesso de muco; Analgésico, relaxante muscular e antiespas-módico geral para cólicas, espasmos gastro intestinais, artralgias e dores ósseas, traumatismos. Transtornos menstruais: cólicas, sangramento excessivo, leucorreia; Convulsões: epiléticas e para reação alérgica.

Princípios ativos: flavonoides; alcaloides; Sapaoninas

Principais componentes: astragalina, B-feniletilaminas, cosmosiina, 3-0-soforosideo-cianidina, dihidro-sojasa-poninas, hordenina, 3-0-ramnosídeo-pelargonidina, salsolina, sojasaponinas, tectorigenina, tetrahidroiso-quinolina e tiramina.

Farmacologia: As sojasaponinas são consideradas altamente ativas, com ação antiasmática.

A astragalina é um agente bactericida bastante conhecido, provavelmente o responsável pela utilização tradicional da planta em infecções, doenças venéreas e ferimentos; Os herbalistas de Gana têm usado as folhas de Amor-do-campo em asma brônquica com tão bons resultados que atraíram a atenção da comunidade científica internacional.

Em 1977 um estudo clínico com humanos mostrou que 1 a 2 colheres de chá de extraio seco das folhas, divididos em 3 tomadas produziram melhora e remissão na maioria dos pacientes asmáticos tratados.

Na tentativa de elucidar as propriedades antiasmáticas vários estudos com animais foram efetivados.

Em 10 pesquisas diferentes observou-se que a planta interfere com a produção dos agentes químicos normalmente presentes em uma crise asmática: os espasmógenos que causam a contração do pulmão, a histamina que desencadeia a resposta alérgica e os leucotrienos que são broncoconstritores e aumentam a produção de muco nas vias aéreas superiores.

Certas substâncias e alergenos podem causar choque anafilático - vários destes estudos com animais reportaram que a planta tem ação antianafilática contra várias substâncias que sabidamente desencadeiam tais reações.

O broncoespasmo em resposta a vários estímulos e alergenos é uma característica universal da asma e das reações anafiláticas.

Algumas pesquisas apontaram para um efeito músculo relaxante nos tecidos pulmonares e inibição da contração e constrição induzida por várias substâncias.

Os canais de potássio têm um papel importante na regulação do tônus da musculatura lisa das vias aéreas e na liberação de substâncias constritoras nos pulmões.

Foi considerada a mais potente liberadora dos canais de potássio (maxi-K) conhecido. Isso contribui decisivamente para atividade terapêutica do Amor-do-campo contra a asma.

A atividade antialérgica da planta documentada inibe não só a contração da musculatura lisa das vias aéreas superiores como também a contração muscular em outras regiões do corpo.

Estas ações antiespasmódicas e músculo relaxantes explicam porque o Amor-do-campo sempre foi usado tradicionalmente para lombalgias e espasmos musculares.

Recentemente documentou-se suas ações analgésicas e anticonvulsivantes em animais. Publicações ainda mais recentes ligam artrite e reumatismo a várias reações alérgicas.

Posologia:

Adultos: 4 a 6ml de tintura por dose, até 3 vezes ao dia. 4g de erva fresca (1 colher de sopa para cada xícara de água) em infusão até 3 vezes ao dia, com intervalos menores que 12hs. Cápsulas: 4 a 5g diários.

Crianças: de 1/3 a 1/z dose de acordo com a idade

segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

AMOR PERFEITO (Viola tricolor) as plantas curam



Essa planta possui uma flor dona de grande beleza mas quase sem perfume, é bienal, selvagem de origem eurasiática.

Descrição : Da família das Violaceae, também conhecida como amor-perfeito, amor-perfeito-bravo, erva-da-trindade, flor-da-trindade, viola, violeta-de-três-cores.

Pequena planta de flores solitárias, de pedúnculo longo e cor variada: amarelo, violeta, branco, que se assemelha quando nova ao amor-perfeito comum dos jardins.

Chamam-na tricolor porque possui duas pétalas de cor violeta, duas amarelas e urna pétala branca, é encontrada às vezes em abundância nos campos e prados.

Suas folhas são verdes, oblongas, dentadas.

Amor Perfeito

Colheita : Colhe-se a planta na primavera, é preciso deixá-la secar com cuidado e guardá-la em caixas hermeticamente fechadas, como aliás se deve proceder com todas as plantas medicinais.

Parte utilizada: Folhas, flores.

Propriedades : diurética, cicatrizante, anti-inflamatória, depurativa, laxante, febrífugo, fluidificante do sangue.



Indicações : Usa-se como cosmético, contra o ressecamento, rugas e estrias. É empregada também em todos os casos de eczemas.

Princípios Ativos : A sua análise química comprovou que contém ácido salicílico, ácido ascórbico, ácido t-caféico, ácido cumárico, ácido gentísico, ácido heptanoico, ácido hidrociânico, ácido salicílico, arabinose, carotenoides, cumarinas, escoparina, galactose, glucose, orientina, rhamnose, rutina, saponaretina, saponarina, saponina, taninos , a-tocoferol, umbeliferona, vicenina, violantina, violaxantina, violutosídeo, yohimbina.

Contraindicações/cuidados: Seu uso como diurético no caso de hipertensão, cardiopatia ou insuficiência renal moderada ou grave, só com controle médico. Há risco de perda incontrolada de líquidos, possibilidade de produzir descompensação tensional ou eliminação excessiva de potássio, com potencialização dos efeitos de cardiotônicos.



Modo de usar:

- Folhas secas, pulverizadas ou misturadas com melaté: feridas;

- Infusão de uma colher de flores e folhas secas numa xícara de água quente, deixar por 3 minutos: afecções do sangue, debilidade nervosa, cansaço, doenças cardíacas nervosas, icterícia. Beber 3 xícaras diárias, durante uma ou 2 semanas; Pode-se fazer compressas desta infusão em infecções cutâneas e gargarejo para feridas na boca ou garganta, bem como lavar os olhos;

- infusão: macerar, em um quarto de litro de água fria, 8 g de flores e folhas secas de amor-perfeito, por uma noite. Pela manhã, adicionar, 100 g de leite açucarado e ferver. Filtrar o líquido, ingerindo-o em jejum. Continuar este tratamento por três semanas;

- compressas com flores e folhas secas e esmagadas, misturadas com leite frio: feridas, chagas, úlceras.


sábado, 6 de janeiro de 2018

Amendoim, as plantas curam



Arachis helodes

Sua semente é um alimento de excelente fonte de energia, vitaminas e minerais, com propriedades para saúde e boa forma, sua composição possui alta qualidade nutricional.

Descrição : Planta da família das Fabaceae,  também conhecida como amendoí jinguba, mancarra, mandobi, mandubi, mendubi, menduí, mindubi, mindubim.

Trata-se de uma herbácea de cultura muito difundida no Brasil. Suas folhas são terminadas em número par, flores amarelas e os seus frutos crescem e amadurecem enterrados no solo.

O amendoin vem sendo utilizado muito tempo como forrageira, existem formas diplóides e tetraplóides, as variedades comerciais são as diplóides, essas espécies forman um lindo gramado verde e muito resistênte.

Parte utilizada: Planta inteira, sementes.

Origem: As espécies de arachis são originarias da Bolívia e Argentina.

Princípios Ativos: ácido ascórbico, ácido glutâmico, alantoinase, alfa cefalina, amido, araquidosídeo, arginina, atizolamina, betacaroteno, celulose, chorina, fosfolipase, fumarase, glutationa, guanosina, lecitina, leucocianodina, leucodelfinidina, sacarose, tocoferol, vitamina A.

Propriedades medicinais: afrodisíaca, anti-hemorroidal, anti-inflamatória, estimulante, reconstituinte.

Indicações: pelagra (falta de vitamina), afecções do ouvido, manchas no rosto, hemorróidas, inflamações, nefrites (inflamação de rim), gonorreia, inflamações das mucosas (abrandar), desordens do sangue, tuberculose, estimular o desejo sexual, visão, pele.

Modo de usar:

- Os frutos podem ser consumidas crús, torrados, assados, na fabricação de paçoca, bolos, tortas, doces, sorvetes, pasta, etc.;

- as vagens novas podem ser consumidas como vegetal, assim como as folhas jovens



segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

Horta Orgânica



As hortaliças, abrangendo mais de 100 espécies, são consumidas cruas, cozidas, industrializadas e como condimentos. Muitas são de conhecimento público, mas algumas só aparecem em mercados regionais fazendo parte de pratos típicos. A horta é essencial para a melhoria da qualidade de vida das famílias. A horta é importante sob o ponto de vista nutricional, como forma de terapia ocupacional, na melhoria do hábito de consumo das pessoas, na economia das famílias e até na manutenção e/ou melhoria da saúde e prevenção de doenças. É importante destacar, no entanto, que todos os benefícios proporcionados pela horta deixam de existir se forem utilizados agrotóxicos e adubos químicos. As hortaliças contaminadas provocam intoxicações nas pessoas e, especialmente, em pacientes internados e/ou usuários de instituições de saúde, podem causar graves danos a saúde destas pessoas pois, podem alterar os efeitos dos medicamentos. Relatório de 2009 da Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, revela que 907 (29%) amostras de um total de 3.130 amostras coletadas no Brasil, incluindo todas as espécies pesquisadas, estavam contaminadas, alcançando no pimentão, uva, pepino, morango, couve, abacaxi, mamão, alface, tomate e beterraba até 80; 56,4; 54,8; 50,8; 44,2; 44,1; 38,8; 38,4; 32,6 e 32% de amostras contaminadas, respectivamente. Os agrotóxicos encontrados nestes cultivos, são ingredientes ativos com alto grau de toxicidade aguda comprovada, e que causam problemas neurológicos, reprodutivos, de desregulação hormonal e até câncer.
 . Importância nutricional
   Tudo o que se come são alimentos, que são compostos de substâncias denominadas nutrientes. Nutriente é a parte do alimento que vai exercer uma função de nutrição, no corpo humano. Os principais nutrientes são: glicídios (açúcares e amido), lipídios (gorduras), proteínas, minerais (cálcio, fósforo e ferro), vitaminas (A,B,C,E e K) e água. Os nutrientes essenciais ao organismo fornecem energia e desempenham função construtora, formando o sangue, os músculos e os órgãos, garantindo o crescimento e o desenvolvimento físico e mental. Outros, ainda, regulam e estimulam muitas funções que mantêm o perfeito funcionamento do corpo humano. 
   É importante lembrar que as vitaminas não se acumulam no organismo, por isso é necessário o consumo diário de hortaliças e frutas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda um consumo de vegetais superior a 400g/pessoa/dia para se preservar e/ou incrementar a saúde. 
  Convém, também, ressaltar que o hábito de consumo de hortaliças pode ser desenvolvido através da educação e até por insistência. Quase sempre, a insistência no consumo proporciona bons resultados e pode inclusive levar as pessoas a não dispensarem mais as hortaliças e frutas durante as refeições e os lanches. As crianças nascem sem gostar de sabores amargos, como o do brócolis. Se os pais quiserem que seus filhos aprendam a gostar de vegetais, principalmente os verde-escuros, precisam dar a eles oportunidades para prová-los. 
   Uma pesquisa publicada na revista americana "Pediatrics" sugere que os bebês podem se acostumar a comer hortaliças mesmo antes de nascer, com a ajuda das mães. Segunda essa pesquisa, o gosto das frutas e das hortaliças passa para o líquido amniótico, no útero, ainda durante a gravidez, e também para o leite materno, no período de amamentação. As crianças "aprendem" a gostar das hortaliças por serem expostas ao gosto, com freqüência, desde pequenas. Os sabores da dieta materna são transmitidos pelo líquido amniótico e pelo leite materno. É importante que a mãe coma de maneira regular hortaliças, para que o bebê aprenda a gostar destes alimentos. 
   As hortaliças são ricas em vitaminas e sais minerais, com bom teor de proteínas e fibras, além de outras virtudes dietéticas e até terapêuticas. Por isso, é comum os médicos incluí-las em regimes alimentares e na composição do cardápio diário. 
   A vitamina A (vitamina da beleza) é essencial para a saúde dos olhos, pele, dentes e cabelos, atuando sobre o crescimento e aumentando a resistência do organismo às doenças. Nas hortaliças, as fontes mais significativas são: abóbora, agrião, alface, batata-doce, cenoura (Figura 1), couve, espinafre, pimentão, tomate, salsa e feijão-vagem.


Figura 1. Cenoura: hortaliça rica em vitamina A (a vitamina da beleza)

   A vitamina C, fundamental para aumentar a resistência do organismo às infecções, principalmente aos resfriados, é encontrada, especialmente nas frutas. As hortaliças (batata-doce, brócolis, couve, couve-flor, espinafre, ervilha, pimentão, quiabo, repolho, tomate e vagem) também possuem quantidades razoáveis de vitamina C. O organismo humano necessita de 75 mg de vitamina C por dia. 
   A vitamina B estimula o apetite, auxilia no crescimento, facilita a digestão, ajuda no funcionamento normal dos nervos e fortalece a pele e os cabelos. É encontrada em quantidade suficiente para completar as necessidades diárias do organismo humano, nas hortaliças: agrião, alface, beterraba, cenoura, couve-flor, ervilha, espinafre, pimentão, quiabo, repolho e feijão-vagem. 
    A vitamina E, importante para prevenir distúrbios cardiosvasculares e neurológicos, além de acelerar a cicatrização de ferimentos e aumentar a fertilidade, é encontrada, principalmente nas hortaliças alface e repolho . 
   A vitamina K, essencial para a biossíntese de vários fatores necessários para a coagulação do sangue e para a mineralização dos ossos, está presente nas hortaliças alface, couve, couve-flor, ervilha, espinafre, repolho e tomate. 
   Os sais minerais, reguladores que o organismo necessita em pequenas quantidades, como o cálcio, essencial para a formação de ossos e dentes, está presente em teor considerável nas hortaliças brócolis, couve, couve-flor e rabanete; o ferro, existente nas hortaliças couve, espinafre e beterraba faz parte do sangue, sendo que sua participação na dieta alimentar diária previne a anemia. As proteínas são essenciais para formação e renovação dos tecidos.       
   As proteínas controlam o crescimento, a digestão, a absorção, o transporte, a manutenção da pressão e a formação de anticorpos para defesa das doenças. Quando a necessidade não é suprida, o corpo retira o que precisa dos tecidos, enfraquecendo-se e diminuindo a resistência. Embora existam em outras fontes (proteína animal, levedo de cerveja, gérmen de trigo, gergelim e em todas as sementes que contém óleo), são encontradas em quantidades razoáveis nas hortaliças ervilha, brócolis, couve-flor, beterraba, feijão-vagem, espinafre, batata e batata-doce. 
    Os carbohidratos são responsáveis pela energia e pela força para as atividades mentais e para o trabalho. Porém, o que se consome em excesso é armazenado, dando início ao processo de obesidade. As hortaliças batata e batata-doce são as principais fontes. 
   As fibras são as partes de grãos, vegetais e frutas que não são digeridas pelo organismo humano, passando quase intactas pelo sistema digestivo e são eliminadas pelas fezes. Sem fibra suficiente, o processo digestivo pode ficar lento e a constipação (intestino preso) pode ocorrer. As fibras são importantes para regular a digestão e para prevenir doenças como diverticulite, arteriosclerose, apendicite, varizes, hemorróidas e certos tipos de tumores intestinais, além de auxiliar no controle das taxas de colesterol e glicose. Uma dieta rica em fibras e pobre em gorduras pode reduzir o risco de certos tipos de câncer, doenças do coração e diabetes de adulto. Alimentos ricos em fibras podem, ainda, ser úteis no controle de peso, prevenindo e tratando a obesidade. Os alimentos ricos em fibras saciam mais (ficando mais tempo no estômago) do que os alimentos refinados e, com isso, a tendência é ingerir menos calorias. Estão presentes em quantidades razoáveis nas hortaliças abóbora, almeirão, alface, aipo, agrião, chicória, cebola, couve, espinafre, jiló, pimentão e cenoura crua. Estima-se que um adulto deve ingerir 5 a 8g de fibras por dia, obtidas com o consumo diário somente de hortaliças. Existem certos alimentos que, em termos de nutrição, são mais completos do que outros. São alimentos que estão repletos de vitaminas, minerais e antioxidantes que beneficiam a saúde. Por isso, um grupo de 20 são chamados de "superalimentos". Dentre estes, destacam-se 12 hortaliças (pimenta, tomate, brócolis, cebola, batata-doce, cenoura, morango, agrião, couve-de-bruxelas, repolho, alho e espinafre) e cinco frutas (kiwi, manga, castanha-do-pará, oliva e laranja). Estas hortaliças e frutas fazem parte de uma lista dos melhores alimentos para uma vida saudável, publicada pelo World Câncer Research Fund - WCRF-UK, uma entidade com base na Inglaterra, dedicada unicamente à prevenção de câncer pelo uso de dietas saudáveis associadas a estilos de vida. 

.Terapia ocupacional
   Cada vez mais tem sido importante a ocupação para as pessoas de todas as faixas de idade viverem mais e melhor. A horta, quando conduzida com prazer, é uma terapia eficiente para afastar problemas como estresse, depressão e outros. A violência e a dependência química podem começar com a ociosidade – especialistas que trabalham com meninos e meninas e seus relacionamentos com o crime acreditam que um período na escola é pouco para mantê-los longe da violência e dos vícios. No resto do dia é preciso ocupá-los com atividade saudáveis. A ocupação do tempo ocioso na condução de uma horta em instituições de caridade, penitenciárias, instituições de saúde (Figura 2) e outros é essencial para as pessoas sentirem-se úteis e melhorar a auto-estima.


Figura 2. Horta orgânica do CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, em Urussanga, SC, conduzida pelos usuários e voluntários
  
    Segundo especialistas, o contato com plantas funciona muito bem como terapia ocupacional porque a grande dificuldade, especialmente do idoso, é não ter o que fazer. Quando assume a responsabilidade de cuidar de uma planta, a pessoa se sente muito bem porque vê os resultados. O fato de preparar o solo, semear, observar o crescimento, colher e consumir hortaliças e frutas frescas, saudáveis, sem adubos químicos e agrotóxicos, é uma experiência fantástica. Além disso, proporciona salutar exercício ao ar livre, atividade importante para prevenção de doenças. 

 . Educacional
   Além de produzir hortaliças para auto-abastecimento, a horta pode contribuir para integrar os objetivos do processo ensino-aprendizagem na escola, incentivando alunos e professores com relação à participação, à preservação ambiental e à mudança de hábitos e de atitudes relacionados à educação alimentar de alunos e suas famílias.


Figura 3. Horta escolar

. Econômica 
    A horta doméstica ou comunitária objetiva também aumentar a renda da família ou de grupos de famílias ou, ainda, reduzir custos com sua alimentação e nas instituições que prestam serviços à comunidade, pois tudo que é produzido não se compra, evitando-se a saída de dinheiro. Na escola, além da importância educacional, a horta orgânica visa também melhorar a qualidade da merenda, acrescentando mais vitaminas e sais minerais, além de reduzir a despesa com a compra de alimentos. O aspecto econômico mais importante que não é contabilizado, mas deve ser levado em conta, é a saúde. As vitaminas, os sais minerais e as fibras, presentes em quantidades suficientes nas hortaliças, previnem as doenças e, com isso economiza-se com médicos e medicamentos.

. Medicinal 
   As hortaliças, além de serem reconhecidas pelo valor nutricional, possuem propriedades terapêuticas (Tabela 1). O consumo de hortaliças tem sido fortemente relacionado com a diminuição de riscos de doenças degenerativas. O licopeno (carotenóide), fitoquímico encontrado em algumas hortaliças, destaca-se pela eficiência como antioxidante natural e sua possível ação contra os câncer de próstata, de estômago e de pulmão. Pesquisa realizada na Alemanha e publicada no Journal of Nutrition, sugere que o licopeno pode trazer benefícios contra a hiperplasia benigna da próstata (BPH), a qual afeta mais da metade dos homens na faixa etária dos 50 anos. A fonte de licopeno mais conhecida é o tomate, mas também é encontrado na goiaba vermelha, no mamão vermelho, na melancia e na pitanga. Trabalho publicado na Revista Instituto Adolfo Lutz revela que a melancia tem conteúdo de licopeno semelhante ao encontrado no tomate e maior do que no mamão. Pesquisa feita nos Estados Unidos e publicada no Journal of National Câncer Institute, envolvendo 1300 voluntários e seus hábitos alimentares, sugere que o consumo regular de brócolis e couve-flor reduz o risco do homem desenvolver formas agressivas de câncer de próstata. Outra pesquisa realizada no mesmo país revelou que o consumo regular de alho, cru ou cozido, pode diminuir pela metade o risco de câncer de estômago. Os sucos de frutas e de hortaliças podem ser uma excelente forma para evitar os problemas do mal de Alzheimer, doença neurológica, progressiva e incurável que causa perda de memória e pode levar à morte. Os últimos estudos em animais evidenciam que os antioxidantes polifenóis, presentes na casca de hortaliças e frutas, neutralizam as decadências intelectual e física, típicas do envelhecimento. 
    De acordo com médicos naturalistas, a berinjela é excelente para a pressão alta, ajuda a regular os níveis de colesterol e triglicerídios, além de outras propriedades terapêuticas. Para baixar a pressão, recomenda-se bater no liquidificador uma berinjela pequena com um copo de água, coar e tomar em jejum todos os dias; essa receita ainda é indicada para quem faz regime de emagrecimento podendo-se, neste caso, acrescentar suco de laranja.

Figura 4. Beringela e cebola: excelentes para regular o colesterol 



Figura 5. Agrião, alho e rúcula: indicados para diabete


Figura 6. Beterraba: essencial para o combate da anemia



Tabela 1. Propriedades medicinais, parte utilizada e uso das principais hortaliças.

 1 As mulheres grávidas devem consumir pouco o agrião, pois pode provocar o aborto.
 2 A coloração rosa ou avermelhada na urina ou nas fezes depois de comer beterraba é normal um a dois dias após, pois a betacianina, pigmento vermelho das beterrabas passa pelo sistema digestivo sem ser decomposta.
3 Não se recomenda para quem sofre de ácido úrico, gota e cálculos renais. 
Fonte: Irmão Cirilo (1997) e Irmã Eva Michalak (1997).








terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Amendoeira, As plantas curam


Amygdalus communis

Descrição : Planta da família das Rosaceae, também conhecida como amêndoa doce.
Possui flores brancas ou roxas. As sementes são cobertas de uma película castanho amarelada ou vermelha; sabor doce e sem odor.

Origem : Originária da África e bem adaptada nos Estados do Sul.

Parte utilizada: Amêndoas, óleo das amêndoas.

Indicações: Inflamações da pele, calmante da tosse.

Propriedades medicinais: antiespasmódica, emoliente, laxante, purgativa.

Contraindicações/cuidados: consultar seu médico, visto serem as amêndoas laxativas.

Modo de usar:
- Decocção de dez amêndoas doces (sem cascas). Mergulhá-las em água fervente por 30 segundos, esmagá-las em um pilão. Colocar em uma xícara de leite e ferver por um minuto. Filtrar e adoçar com mel. Beber em seguida. Repetir a dose duas vezes ao dia: brônquios (catarro, inflamações), pulmões (inflamações), tosse e bexiga (inflamações);
- leite de amêndoas: esmagar em pilão 100 g de amêndoas doces, sem casca, com algumas gotas de água e uma colher de açúcar, até ficar uma pasta homogênea. Colocar num tecido e torcer coletando o líquido. Adicionar um litro e meio de água, 100 g de açúcar, algumas gotas de flor de laranjeira. Tomar duas ou três colheres de sopa durante o dia: brônquios (catarro, inflamações), pulmões (inflamações), tosse e bexiga (inflamações);
- Pó para lavagem : 150 g de farinha de amêndoas doces, 100 g de pó de sabão branco, 15 g de borato de sódio, 75 g de alúmen em pó, 60 g de farinha de mostarda, 50 g de tanino. Misturar e amassar bem. Colocar uma pitada de pó em uma bacia com água quente e massageando bastante a pele: curar ou prevenir frieiras;
- 60 g de óleo de amêndoas doces: beber: intestinos (prisão de ventre), laxativo.

Nota: para crianças e idosos ou pessoas delicada, reduzir a dose à metade;
- emulsão ao ovo: uma gema de ovo, 50 g de óleo de amêndoas doces. Bater com um garfo, por cerca de dez minutos. Adicionar, 50 g xarope de alteia (vendido em farmácias) e 10 g de água de flor de laranjeiras. Ingerir em pequenos goles, durante uma hora: rouquidão;
- Infuso das amêndoas a 5% dose máxima diária: 50 ml;
- Óleo de amêndoa : aplicação sobre o local da inflamação.
- emulsão de óleo de amêndoa, gema de um ovo, açúcar e água: peitoral para infecções pulmonares, tosses antigas. Tomar entre uma colher de chá a uma colher de sopa 3 vezes ao dia.


quinta-feira, 21 de dezembro de 2017

AMEIXEIRA PRETA, As plantas curam



Prunus domestica

Descrição : Planta da família das Rosaceae. Pequena árvore ou arbusto, de folhas alternas, flores branco esverdeadas.

O fruto e drupa violácea, roxo escura, amarelada ou amarela, seu peso é de aproximadamente 0,777 a 0,886.

Esta pequena árvore é cultivada há muitos séculos em virtude de produzir fruto carnoso, saboroso e suculento ("ameixa", "prince", dos franceses); dela existe hoje numerosas variedades hortícolas, algumas de fruto bastante doce e mais próprio para ser comido cru (mais de 10% de matérias pépticas), principalmente as denominadas Ketcher, Mirabela e Rainha Cláudia, que são as mais comumente cultivadas no Brasil.

Origem : Originário do Cáucaso

Citemos ainda Ledeb: "pequena árvore da mesma família, originária do Cáucaso; a ameixeira-de-Porto Natal (Carissa carandas, L.), grande arbusto da família das Apocináceas, originário da índia, Java e Timor; a ameixeira-do-Brasil (Ximenia americana, L.), arbusto da família das Alcáceas, cultivada em quase todos os Estados; a ameixeira-do-Japão (Prunus trijlora, Roxb.), árvore da família das Rosáceas, originária da China e da Birmânia, e que apresenta diversas variedades hortícolas, entre as quais podemos enumerar as seguintes: Abundance, Botan, Burbank, Chabot, Doris, Jedo, Kanawa, Kelsey, Mihodo, Nagassaki, Satauma, Wicsson, etc.".

Parte utilizada : Fruto.

Plantio : Multiplicação: reproduz-se por sementes; A ameixeira presta-se às mais caprichosas formas, de modo que seus cultivadores conseguem simultaneamente torná-la uma árvore elegantíssima e muito produtiva." (Pio Correia.)

A ameixeira exige climas temperados sofrendo bastante com os ventos frios, na época primaveril. Multiplica-se por enxerto, de borbulha ou garfo, férteis e profundos.

Cultivo: Plantio de setembro a outubro em solos férteis, compactos e permeáveis, em climas frios e em locais altos;

Colheita: colhem-se as folhas após o 3o ano, o ano todo, principalmente as folhas mais velhas, devendo-se retirar os pelos da parte inferior da folha. Os frutos são colhidos de julho a setembro e retiradas as sementes (4 a 5) que são ricas em princípio ativo. As folhas, depois de secas à sombra, são acondicionadas em vasilhames na ausência de ar.

Habitat: É comum no Sul e nas regiões altas e de clima ameno do Sudeste.

História: Trazida por colonizadores europeus e asiáticos, bem adaptada a regiões altas e de climas amenos brasileiros, hoje é encontrada facilmente no comércio e cultivada em larga escala.

Propriedades medicinais: Esses frutos encerram uns 20% de nitrogênio e são laxativos quando ingeridos em maior quantidade, pelo que não convém às pessoas que sofrem de afecções intestinais; eles prestam-se especialmente para marmeladas, compotas e passas ("ameixa passada" — "Pruneau" dos franceses), e, assim preparados (44% de glucose e 13,43% de matérias extrativas não azotadas) têm consumo mundial relativamente enorme, entrando também nas confecções de numerosos pratos de sobremesa.

Indicações: resfriado, rouquidão, vermes, tosses, como expectorante; prisão de ventre, como laxante; em carências nutricionais, como nutritivo, aperiente e repositor mineral e vitamínico; constipação intestinal: como laxante.

Os árabes empregavam-na como laxativo. E. J. Roques recomenda a compota de ameixa ao hemorroidário e ao hipocondríaco. "Por seu teor em açúcar e hidrates de carbono torna-se a ameixa um auxiliar alimentício que substitui os azotados, quando forem contraindicados.

Deste modo, a ameixa pode ser desassombradamente usada pelo reumático, pelo gotoso, pelo arterioscleroso, etc., empregada nos casos de medicamentos diuréticos." (Eurico Teixeira.)

Princípios ativos: Açúcares; Mucilagens; Pectina; Ácidos orgânicos; Sais minerais; Vitaminas. A análise química dessa fruta, quando fresca, revelou isto: água, 82; açúcar, 3,5; hidrates de carbono, 4,5; albuminoides, 0,5; ácidos, 1,5; cinzas, 0,6; celulose, 5. Frisemos que a ameixeira silvestre, muito conhecida no Ceará, planta rica em tânico, e empregada para lavagem de feridas, ainda não foi estudada pelos botânicos.

Contraindicações/cuidados: Em pacientes com história de diarreia frequente.

Efeitos colaterais: Aumento do número de evacuações ou diarreia pastosa em intestinos com tendência à diarreia.

Posologia:

Adultos: 1 a 2 frutas frescas (repositor) 30 minutos antes das principais refeições ou 3 frutas secas maceradas em água por 12hs e fervidas por 3 minutos, tomadas em jejum (laxante). Xarope frio: 3 frutas secas fervidas em 250ml de água por 3 minutos, acrescidas de 1 colher de sopa de mel. Tomar 1 colher de sopa de 6 em 6 horas.

Crianças acima de 6 anos tomam metade da dose.

CHÁ DA AMEIXA

Modo de preparar

Colocar três ameixas, sem sementes, em um copo de água.

Amassar bem as ameixas.

Deixar em maceração durante a noite.

De manhã ferver por três minutos.

Deixar esfriar.

Quando e como usar

Indicação: Prisão de ventre ocasional.

Modo de usar:

Depois de frio, tomar o macerado em jejum e comer as ameixas.

contraindicação

Não consta da literatura consultada. Porém, não se deve ultrapassar a dosagem.

Forma do Chá : Maceração

Forma de Uso : Oral

Partes Usadas : Fruta