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ANUCIOS

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Abacate (Persea gratissima)

Abacate

Persea gratissima

Muito conhecido pelo seu fruto saboroso, nutritivo e usado em formulações cosméticas, trata-se de uma árvore frondosa que possui muitas propriedades medicinais, principalmente no tratamento de pele.
Descrição : Planta da família das Laureáceas, também conhecida como abacado e pera de advogado, o nome do gênero persea deriva do herói e semideus grego Perseu. (Santtorus, 160)
Trata-se de árvore grande, de até 20 metros de altura, muito elegante, de caule pouco reto, tendo a extremidade superior dos ramos e os brotos amarelo-tomerosos ou quase glabos, suas folhas são pecioladas, alternas, muito polimorfas, acuminadas, agudas ou agudo arredondadas na base, penivervadasa, mais ou menos reticuladas; duas flores são pálidas ou branco esverdeadas, muito pequenas, com periano quase sempre persistentes, dispostas em corimbos cotonosos; o fruto é uma baga ovoide ou piriforme, de tamanho variável, medindo até 20 centímetros de comprimento, contendo polpa verde, finíssima, comestível, envolvendo a semente, que é grande e globulosa, de cotilédones canosos e hemisféricos.
Utilização: Toda a planta.
Habitat: Nativas da América Tropical, México e América Central inúmeras variedades são cultivadas pelo mundo inteiro, Desenvolve-se em todo Brasil.
Origem: Sua origem é controvertida, muitos acreditam que tenha vindo da Pérsia, outros que seja originária das Antilhas e até mesmo do México. (Gonçalves, 155)
Plantio
Multiplicação: Reproduz-se por semente (ou mudas);
Cultivo: Plantio das sementes ou mudas o ano todo.
Não tem preferência por solos, desde que seja corrigido o PH.
Não se adapta em solos úmidos nem rasos.
Possui diversos cultivares que se adaptam em diversos climas.
Necessita de pelo menos 2 plantas para efetuar a reprodução das flores.
Colheita: Colhem-se os frutos quando maduros e as folhas mais verdes o ano todo.
Benefícios do abacate para a sua saúde:
Das folhas extrai-se remédio para reumatismo, rins, bexiga, também serve para a limpeza do fígado, que pode estar saturado de gordura e toxicinas, devido a insuficiência hepática e retenção da bile.
A polpa do abacate pode ser usada como uma manteiga vegetal e no preparo de vários pratos, bem como uma máscara facial, amaciante para mãos e pele em geral e pomada cicatrizante de feridas.
A fruta também é apontada como emenagoga.
É um bom digestivo, o chá de suas folhas secas deve ser tomado depois das refeições, sem açúcar.
A hidratação com o creme de abacate para o cabelo é um estimulante para o crescimento capilar.
Propriedades : É excitante vesicular, balsâmico, carminativo, estomáquico, vulnerário, afrodisíaco, diurético, emenagogo e anti-sifílico.
Princípios Ativos:
Sacarina gordurosa e cerácea, resina cristalizada, substância albuminoide, e da perseita cristalizada é extraído um açúcar especial, carboidratos, substâncias amargas, perseitol, óleos essenciais, óleo fixo, mucilagens, taninos , pigmentos, carotenóides (amarelos) e clorofila (verdes);
O extraído óleo da polpa possui glicerídeos de ácido oleico (ácido graxo monoinsaturado) 61% a 95%; 10% de compostos insaponificáveis, esteróis e ácidos voláteis, vitamina D (excede a quantidade da manteiga ou ovos).
As sementes do abacate possuem ácidos graxos, álcoois, compostos insaturados excepcionalmente amargos.
As folhas do abacate possuem 3% de óleo essencial de estragol e anetol.
Efeitos colaterais:
Reação alérgica ao abacate - isoladas à boca ou à garganta (síndrome da alergia oral: coceira na boca, garganta e língua inchada), mais raramente acompanhadas de outros sintomas como dificuldade de respirar, constrição torácica, cólica abdominal e diarreia.
Sensibilidade alérgica cruzada existe entre o abacate e melão (tipo Cantaloupe), pêssego, banana, castanhas, tomate, batata e kiwi.
Sensibilidade cruzada também foi observada em pacientes com alergia ao látex da borracha natural e abacates.
Este tipo de sensibilidade cruzada também é chamada de síndrome látex fruta ou alergia látex fruta.
O mecanismo inflamatório mediado pelo IgE mostrou-se similar em produzir reações alérgicas ao látex, banana e abacate.
Modo de usar :
Antidiarréico, após cada evacuação : 4g de folhas frescas (1 colher de sopa para cada 1/2 xícara de água) em infuso para uso interno.
Como diurético : A dosagem é 2 vezes ao dia, sendo que, a última, deve ser tomada antes das 17:00 horas. A dose não deve ser excedida sob pena de queda acentuada da pressão arterial.
Articulações com osteoartrite : 30g de folhas frescas + 60g de sementes raladas na hora para 11 de álcool de cereais a 63° e após filtragem, acrescenta-se 4 pedras de cânfora. Essa tintura pode ser aplicada diretamente sobre partes doloridas.
Ativar as funções hepáticas e biliares : O infuso para é feito com folhas novas e tomado em jejum e 30 minutos antes do almoço.
Desintoxicação do fígado : faça um chá das folhas secas e tome-o em goles, de hora em hora, durante todo o dia, repetindo por 15 dias.

Farmacológia
Um número limitado de estudos indica que o abacate reduz o colesterol e melhora o quadro lipídico.
O abacate também aparenta reduzir os sintomas da osteoartrite.
Derivados da semente supostamente possuem atividade anti-tumorigenica em roedores.
Os abacates são frequentemente incluídos em dietas saudáveis e evidência de pesquisas sugere que o abacate é muito eficaz na modificação do perfil lipídico.
O óleo do abacate foi usado extensivamente por sua suposta habilidade de acalmar e cicatrizar a pele.
Este uso é baseado no índice elevado de hidrocarbonetos na polpa e no óleo, que é provavelmente benéfico à pele seca.
Um flavonol condensado isolado da semente foi relatado de ter atividade anti-tumorigênica em ratos e ratos de laboratório.
Diversos compostos insaturados alifáticos e oxigenados encontrados na polpa e na semente do abacate mostraram, in vitro, uma atividade forte contra bactérias grampositiva, incluindo Staphytococcus aureus.
Em ratos, o abacate mostrou ter um efeito protetor na mucosa gástrica e também mostrou supressão experimental de danos hepáticos.
O mecanismo exato destas medidas protetoras está sendo investigado para uma potencial aplicação humana.
Interação medicamentosa:
Uma diminuição no efeito do anticoagulante da warfarina foi relatada em 2 pacientes após ingestão de abacate.
Os pacientes experimentaram uma queda no seu INR durante o consumo de abacate (100 e 200 g diariamente).
Quando o abacate foi eliminado da dieta a anticoagulação adequada foi restaurada.
Um paciente comeu abacate outra vez e experimentou uma nova diminuição no INR, que novamente aumentou quando o abacate foi eliminado da 


quinta-feira, 15 de junho de 2017

Controle Biológico da Broca das Cucurbitáceas




As broca-das-curcubitáceas como são conhecidas, atacam as folhas, brotos novos, ramos e , principalmente, os frutos do pepineiro. Os brotos novos atacados secam e os ramos ficam com as folhas secas. Nos frutos abrem galerias e destroem a polpa, acarretando seu apodrecimento e inutilização. A espécie D. nitidalis ataca os frutos de qualquer idade, enquanto D. hyalinata ataca as folhas e a casca dos frutos.


Dados biológicos


Diaphania nitidalis:

É uma mariposa de 30 mm de envergadura e 15 mm de comprimento. Tem coloração marrom-violácea, com asas apresentando uma área central amarelada semitransparente, e os bordos marrom-violáceos. A fêmea efetua a postura nas folhas, ramos, flores ou frutos, e suas lagartas, que são esverdeadas, atingem 20 mm de comprimento. Estas lagartas alimentam-se de qualquer parte vegetal, mas dá preferência aos frutos. Após o período larval, que é de, aproximadamente, 10 dias, transformam-se em pupas sobre folhas secas ou no solo, passando ao estágio adulto após 12 a 14 dias. O ciclo completo é de 25 a 30 dias. Estes insetos atacam com maior intensidade de setembro a maio, diminuindo no outro período do ano.



D. hyalinata: Tem as mesmas características da espécie anterior quanto aos hábitos e ocorrência.

Controle

As lagartas de D. hyalinata são controladas mais facilmente, pois tem o hábito de se alimentar das folhas, enquanto as lagartas de D. nitidalis concentram seu ataque nas flores e nos frutos, onde penetram rapidamente. Por essa razão é de controle mais difícil.
Com o objetivo de restringir ou até abolir a utilização de agroquímicos que são utilizados indiscriminadamente em lavouras de pepino para conserva, visando o controle de brocas, a Estação Experimental de Itajaí desenvolveu trabalho de controle da broca, utilizando um produto conhecido como Bacillus thuringiensis var. kurstak (Dipel PM), com resultados surpreendentemente positivos.
Alguns procedimentos devem ser adotados pelo produtor para que tenha êxito:
a) a área do plantio deverá estar isenta de plantas hospedeiras das brocas, como abobrinha, abóboras, melão melancia e outras cucurbitáceas.
b) Aplicar o Bacillus thuringiensis em toda a planta logo no início do ataque das lagartas. Usar a dose de 1 grama/Litro de água, acrescido de 1,5 ml de Agr`óleo (espalhante adesivo).  Repetir a cada cinco (5) dias, sempre no final da tarde. Caso chova no dia seguinte ao da aplicação, repete-se a pulverização.
c) Utilizar pulverizador exclusivo para produtos biológicos. Evitar contaminações do Bacillus thuringiensis com produtos químicos.

Conservação do produto

Armazenar o produto longe de produtos químicos, protegendo da luz solar e do calor.
Depois de aberto o pacote para o uso, fechar bem e guardar dentro de lata fechada para se evitar umidade, luz e calor sobre o Bacillus thuringiensis.


Resultados de pesquisa

Para os resultados do controle das brocas com aplicação de Bacillus thuringiensis, chamamos a atenção para o controle observado durante o cultivo de outubro a dezembro. A baixa porcentagem de frutos brocados neste período foi em face do escape promovido pelo pela época desfavorável ao desenvolvimento da broca, saída de inverno (Figura A).
Observa-se que no cultivo de março a maio, mais da metade dos frutos da testemunha foram brocados, por ser uma época muito favorável às brocas, saída de verão (Figura B).
Utilizar-se de períodos de escape é uma estratégia inteligente, e que o produtor deve aproveitar.

Controle de brocas de pepineiro (Marinda) com Bacillus thuringiensis var. kurstak, por meio de aplicações de Dipel PM 1g/L, em intervalos de 5, 7 e 9 dias.  Figura A: Cultivo de outubro a dezembro; Figura  B: Cultivo de março a maio.





Fotos dos adultos e lagartas das brocas do pepineiro 

Diaphania nitidalis




Diaphania hyalinata




domingo, 11 de junho de 2017

Óleo de Copaíba (Copaifera officinalis L)



Crescem na Amazônia, nas bacias do Orenoco e do rio Amazonas algumas espécies de árvores que quando tem o seu tronco cortado, ou perfurado, segregam uma resina ou líquido transparente. Dessa resina se obtém o chamado "bálsamo de Copaíba", que já era empregado medicinalmente no século XVII, na América, para combater doenças venéreas que hoje chamamos DST' s.

Esse bálsamo contém um óleo essencial e uma resina onde predomina o ácido copaíbico, que é eliminado pelos rins, atuando como anti-séptico (já comprovado científicamente pela Fiocruz, RJ) e antiinflamatório sobre as mucosas genitais e urinárias. O balsamo também é eficaz no tratamento da blenorragia e também é utilizado  em casos de bronquite. A ela é também atribuída a propriedade anticancerígena. O uso do bálsamo da copaíba não deve exceder a 1 colher de sobremesa/dia, (5g) duas vezes, sendo desaconselhável seu uso por mais de 10 dias seguidos, devido ao possível aparecimento de problemas cutâneos (erupções) e também transtornos digestivos.

fruto da Copaíbeira
Da família das leguminosas, a Copaibeira - Copaifera officinalis L. - é uma árvore que predomina nas regiões tropicais da América do Sul, especialmente no Brasil, na Colômbia e Venezuela, ocorrendo também nas Antilhas. Tem belo porte, atingindo até 20 metros de altura, com flores brancas que crescem em espigas. Seu fruto é uma vagem oval que contém uma única semente.Sua madeira é amplamente empregada na construção civil na fabricação de vigas, caibros e ripas, batentes e janelas. Seu nome de origem vem do tupi que significa "árvore de depósito". É também conhecida como Copaíva.

 Ameaçada pela biopirataria
 A biopirataria,  prática ilegal de exploração, manipulação, exportação e comercialização de recursos biológicos de um país a outro, está ameaçando espécies da amazônia, dentre elas a Copaíba que teve sua patente registrada pela empresa francesa Technico-flor(1993),  e no ano seguinte na Organização Mundial de Propriedade Intelectual. Uma empresa norte-americana (Aveda) tem uma patente de Copaíba, registrada em 1999. Saiba mais sobre a biopirataria  no site Amazonlink.org no link http://www.amazonlink.org/biopirataria/copaiba.htm.

É preciso tornar a biopirataria um crime ambiental
A Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI) vem mostrando crescente preocupação sobre o tema do patenteamento na área de biotecnologia. A OMPI é uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU) e tem como responsabilidade a administração de assuntos ligados à propriedade intelectual.
A grande questão, que tem a chancela de especialistas em meio ambiente e em propriedade  intelectual, é a definição de formas para proteger os recursos naturais, como plantas e microorganismos. Isso evitaria o patenteamento de plantas naturais da Amazônia, como o cupuaçu, a andiroba, a ayahuasca (Santo Daime) e a copaíba, por empresas americanas, japonesas, francesas e inglesas. A empresa japonesa Asahi Foods Co. Ltd., por exemplo,registrou patentes do óleo da semente do cupuaçu e do cupulate (chocolate de cupuaçu) nos Estados Unidos, Japão e Europa. A denúncia foi feita no ano passado pela ONG Amazonlink.
Detentor de 22% da biodiversidade do planeta, o Brasil tornou-se há muito tempo alvo dos denominados "biopiratas", que entram e saem do país levando nossas riquezas biológicas e ganham fortunas em cima de produtos gerados com nossas plantas. Essa preocupação é global. Durante a Convenção de Biodiversidade, realizada no ano passado, em Haia, Holanda, representantes de cerca de 180 países assinaram um acordo mundial para impedir que fabricantes de remédios e empresas da área de biotecnologia se apossem de conhecimentos sobre plantas medicinais de países em desenvolvimento e obtenham lucros com a patente dos produtos. Estima-se que no mercado mundial de medicamentos, 40% dos remédios são provenientes de fontes naturais. Cerca de 25 mil espécies de plantas são usadas para a produção.

Benéficios

O óleo de copaíba que é extraído da árvore de mesmo nome, a copaíba, tem revelado diversas propriedades benéficas e medicinais para o corpo humano. Hoje veremos tudo sobre o óleo de copaíba, seus benefícios e também para que serve. Listaremos seus incríveis benefícios para o corpo e sua evidente ação anti-inflamatória no organismo.

Quais são os benefícios do óleo de Copaíba?
O óleo de copaíba conta com ácido canrenoico e também cariofileno, que são as duas propriedades mais importantes nos seus benefícios para o corpo. Graças a estas duas propriedades, o óleo de copaíba é um poderoso anti-inflamatório natural e também antibiótico.



Para que serve o óleo de Copaíba?
Por ser um evidente e poderoso anti-inflamatório e antibiótico natural, o óleo de copaíba é indicado para o alívio de dores musculares, ativação da circulação, desintoxicação do organismo, antisséptico, expectorante, laxante e etc. Além disso, o óleo de copaíba também é muito indicado para tratamentos capilares e da epiderme.
De uma forma simples, o óleo de copaíba é indicado e serve para os seguintes casos:

Alívio e relaxamento de dores musculares
Ativação da circulação sanguínea
Anti-inflamatório para as mais variadas inflamações do corpo, aliviando inchaços por exemplo
Antibiótico natural poderoso
Tratamento rejuvenescedor da pele e cabelo
Laxante natural e também eficiente diurético
Combate a irritação da pele
Tratamento de artrite
Como fazer uso do óleo de copaíba
A administração do óleo de copaíba pode ser feita de forma segura se o mesmo for utilizado de forma externa sobre a pele ou mesmo cabelos. Como veremos adiante, é recomendado que sua ingestão seja feita apenas sob a orientação médica.

Com o óleo de copaíba em mãos, é possível aplicar de 2 a 3 gotas sobre o local onde deseja-se alcançar os benefícios desejados. Em casos de irritação na pele, é possível aplicar o óleo diretamente sobre a área afetada uma vez ao dia, durante uma semana.

Para o tratamento de fortalecimento e rejuvenescimento capilar, 3 a 4 gotas do óleo podem ser aplicadas diretamente sobre o cabelo, massageando o couro cabeludo por cerca de 5 minutos após o banho diariamente, por, pelo menos, duas semanas.



Dica:
Você pode adquirir cremes hidratantes ou mesmo sabonetes que possuam o óleo de copaíba em sua composição, desta forma a aplicação será muito mais fácil. No caso do sabonete, você poderá utilizá-lo diariamente no banho. As pessoas mais dadas ao artesanato podem inclusive fabricar os próprios sabonetes com óleos de copaíba, neste caso basta adicionar cerca de 10 a 15 gotas por sabonete.

Onde adquirir o óleo de copaíba
Ainda não é muito comum encontrar o óleo de copaíba em supermercados, embora alguns já ofereçam este produto em seus departamentos de higiene. O óleo de copaíba é facilmente encontrado em farmácias e lojas de produtos naturais ou de manipulação. Em geral pode ser adquirido em um pequeno frasco ou mesmo grandes recipientes diluídos.

Contraindicações do óleo de copaíba
Em questões gerais, o óleo de copaíba deve ser administrado diretamente sobre a pele para tratar as mais diversas questões já indicadas. Há casos em que o óleo de copaíba deverá ser ingerido para que tenha efeitos mais evidentes no organismo. Neste caso, no entanto, é importante observar que a recomendação de um médico é importante, pois a ingestão deliberada e sem acompanhamento médico do óleo de copaíba pode ser perigosa, pois altas quantidades de óleo são tóxicas para o organismo.
Portanto, antes de iniciar qualquer tratamento com o óleo de copaíba é importante que um médico seja consultado e receite a ingestão do óleo caso julgue necessário.




quarta-feira, 7 de junho de 2017

O Poder das Frutas: Receitas Diet



Para combater o cansaço, aprenda a incorporar mais frutas em sua rotina, principalmente as energéticas, aquelas que possuem alto teor calórico e são capazes de aumentar a sua disposição e fortalecer o seu organismo. 
Ricas em açúcares naturais, essas frutas são perfeitas para quem pratica algum esporte ou possui uma rotina intensa de trabalho . E acredite, o que não faltam são opções acessíveis. A banana, por exemplo, disponível o ano inteiro, é rica em vitaminas e minerais. Já a maçã, além de ser fonte de frutose, produz um tipo de ácido que é extremamente eficiente na produção de energia para o corpo.


Receita de iogurte de banana diet

Rende 4 porções (1 porção – 49,7 cal)

Ingredientes

3 bananas prata pequenas (150 gramas)
2 colheres de chá de gelatina (8 gramas) derretida com 4 colheres de sopa de água
1 xícara de água (200 ml)
1/2 xícara de iogurte natural dietético ( 100 gramas)
2 colheres de chá de suco de limão (10 ml)
4 envelopes de aspartame (4 gramas)

Preparo

Bata no liquidificador todos os ingredientes. Reparta em 4 taças e leve à geladeira por 1 hora.

Obs.: 1 porção desta receita equivale a 1 porção de fruta



Receita de iogurte de ameixa fresca vermelha diet

Rende 3 porções (1 porção – 46,4 cal)

Ingredientes

5 ameixas (140 gramas)
2 colheres de chá rasas de gelatina (8 gramas) derretida com 4 colheres de sopa de água
1/2 xícara de água (100 ml)
1/2 xícara de iogurte natural dietético (100 gramas)
8 envelopes de aspartame (8 gramas)

Preparo

Bata no liquidificador todos os ingredientes. Reparta em 3 taças e leve à geladeira por 1 hora.

Obs.: 1 porção desta receita equivale a 1 porção de fruta.



Receita de iogurte de abacaxi diet

Rende 4 porções (1 porção – 56,1 cal)

Ingredientes

2 fatias de abacaxi (200 gramas) cozido com 1/4 de xícara de água, até secar
1 colher de sopa rasa de gelatina (12 gramas) derretida com 5 colheres de sopa de água
1 xícara de iogurte natural dietético (200 gramas)
4 envelopes de aspartame (4 gramas)

Preparo

Bata no liquidificador todos os ingredientes, reparta em 4 taças e leve à geladeira por 1 hora

Obs.: 1 porção desta receita equivale a 1 porção de fruta








domingo, 4 de junho de 2017

Pixirica (Leandra australis)



Introdução

É a nossa "blueberry" da mata Atlântica. 

Os frutos são ricos em antocianinas, um poderoso antioxidante.

Características

As plantas de L. australis são arbustos pequenos, comuns em beira de estradas, caminhos e trilhas, e possuem folhas ovais com uma coloração verde escura característica, e venação basal ou curtamente suprabasal. As inflorescências possuem indumento vermelho escuro a nigrescente, e flores com corola alva e estames amarelos. Pode ser confundida com L. xanthocoma, que difere pelos estames maiores (anteras com até 5,0 mm compr.) e ovário com 4 lóculos (CAMARGO, 2008, p. 43).

Porte

0,5-3,0 m alt.

Caule

Ramos jovens cilíndricos, com indumento estrigoso a hirsuto, tricomas 3,0-4,5 mm compr., e estrelado, ambos moderado a denso.



Folhas

Folhas com pecíolos 0,8-2,4 cm compr.; lâmina 6,510,5 X 3,0-6,0 cm, membranácea, oval, ápice agudo a acuminado, margem denticulada, base obtusa, nervuras 5 a 5+2 basais a curtamente suprabasais; face adaxial com indumento estrigoso, moderado a denso, tricomas 2,0-3,3 mm compr., face abaxial com indumento pubescente, esparso a moderado, tricomas 1,5-2,0 mm compr., e estrelado, moderadamente denso. Panículas 10,516,5 X 4,5-8,5 cm; brácteas 2,0-4,3 X 0,61,0 mm, lineares a lanceoladas, ápice aristado; bractéolas 0,81,5 X 0,4-0,6 mm, oblongas a lanceoladas, ápice aristado (CAMARGO, 2008, p. 42).



Flores

Flores 5-meras, hipanto 3,5-4,3 X 2,0-3,0 mm, campanulado, indumento hirsuto, moderado, e estrelado, esparso; cálice com tubo 0,3-0,5 mm compr., lacínias internas 1,01,5 mm compr., triangulares, ápice agudo, lacínias externas 2,3-3,0 mm compr., lineares, ápice aristado; pétalas 3,3-4,3 X 1,01,4 mm; estames 10, com conectivo 2,5-3,8 mm compr., dorsalmente espessado, inapendiculado; antera 2,5-3,8 mm compr., amarela; ovário 1,8-2,6 X 1,31,7 mm, 3-locular, ápice glabro, estilete 7,010,0 mm compr., glabro (CAMARGO, 2008, p. 42).



Frutos

Frutos 5,0-6,0 X 4,0-4,5 mm, 150-300 sementes, 1,01,2 X 0,5-0,7 mm, piramidais a reniformes (CAMARGO, 2008, p. 42).

Frutas pilosas, cremosas, micro sementes quase invisíveis. Pura, é doce doce, sem nenhuma acidez, com gosto de açúcar. 

Cultivo

Na sombra fica densa e produz pouco, no sol fica desgalhada e produz muito, muito.


Colheita

As frutas amadurecem de um dia para o outro.
Partes utilizadas

Frutos

Armazenamento

Tem boa duração pós-colheita, não murcha nem embolora, apenas fica meio opaca por estar na geladeira.

Dispersão

Zoocórica.

Utilização

Os frutos maduros são ricos em antocianinas, que são um importante composto alimentar.

São comestíveis e popularmente chamados de tinge-língua, por causa da coloração roxo-escura dos frutos. 

Servem para o fabrico de geleias, sucos, sorvetes, licores e polpa congelada.

Uso culinário

O único problema é que a casca da fruta é grossa, como a de uma jabuticaba. Quebra tranquilamente nos dentes, mas para geleia a textura fica pedaçuda. 

O ideal foi fazer uma geleia com as frutas inteiras, amassar de leve com a colher de pau e passar pela peneira. O resultado foi um azul-celeste muito bonito.

Habitat

Planta heliófita, ruderal, desenvolvendo-se em orla de matas e capoeiras na Mata Atlântica, na Floresta Ombrófila Mista, Floresta Ombrófila Densa e Floresta Estacional Semidecidual.

Dist. Geográfica

(Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro), Sul (Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul) (SOUZA, 2010).

Observações

Existe outra espécie chamada popularmente de "pixirica", também da família das Melastomatáceas e comestível. É o fruto da Clidemia hirta. Essa sim é mais saborosa, com sabor mais pronunciado. 

Cresce em locais úmidos e sombreados, ou seja, predomina aqui no sudeste na Mata Atlântica.



domingo, 28 de maio de 2017

Manejo de Pragas e Doenças em Cultivo Orgânico



 Normalmente, quando se considera o solo como um “organismo vivo” e tratando-o com métodos ecologicamente corretos, associados ao uso de práticas preventivas, não ocorrem doenças e pragas.  Estas quando surgem, são um sinal de desequilíbrio e indicam problemas no manejo do solo. Por outro lado, quando se pratica a agricultura moderna que prioriza o uso da monocultura (cultivo de apenas uma espécie), o uso intensivo de mecanização, adubos químicos e agrotóxicos em solos desequilibrados, favorecem o surgimento de inúmeras pragas e doenças que se não forem controladas podem prejudicar parcialmente ou totalmente a produção de alimentos e, o que é pior, contaminam o solo,  rios, lagos, córregos,  e ainda trazem sérias consequências  à saúde do agricultor e consumidor. Um exemplo das sérias conseqüências à saúde humana do uso crescente e abusivo de agrotóxicos na agricultura são os casos de intoxicação e mortes registradas no Centro de Informações Toxicológicas – CIT, situado no Hospital Universitário da  Universidade Federal de Santa Catarina em Florianópolis, SC. No período de 1990 até 2007, o CIT detectou 9.300 intoxicações de agricultores e 233 mortes em Santa Catarina (Fonte: www.cit.sc.gov.br). Estima-se que para cada notificação oficial ocorrem pelo menos 10 casos que não são registrados, devido a dificuldade de diagnosticar corretamente os casos de intoxicação.
     A agricultura orgânica, por sua vez, trata o solo como um “organismo vivo”, ou seja, revolvendo o solo o mínimo possível, sem uso de agroquímicos e priorizando a adubação orgânica, adubação verde, rotação, sucessão e consorciação de culturas, cultivo mínimo, plantio direto e outras que visam o equilíbrio do solo, favorecendo o desenvolvimento dos cultivos e os  inimigos naturais e desfavorecendo o surgimento de pragas e doenças. A ocorrência de insetos-pragas e doenças são a conseqüência e não a causa do problema. Por isso, em agricultura orgânica tratam-se as causas para que os resultados sejam os mais duradouros e equilibrados possíveis. Adotando as práticas recomendadas no cultivo orgânico e os métodos de prevenção, dificilmente os cultivos são atacados por pragas e doenças. A prevenção é a maneira mais fácil de manejar as pragas e doenças. Os principais métodos que previnem o aparecimento de pragas e doenças são:                        
Escolha correta da área – a área deve ser bem drenada e ensolarada, pois os raios solares auxiliam no manejo das doenças e pragas. Terrenos sujeitos a neblinas devem ser evitados;                                  
Destruição dos restos culturais:   deve-se sempre, antes de iniciar o cultivo, retirar da lavoura os restos do cultivo anterior (ramos, folhas e frutos)  e  fazer compostagem  (processo de fermentação através de camadas alternadas de resíduos vegetais e esterco fresco de animais),  para evitar possíveis doenças, especialmente se forem verificados focos de plantas murchas ou amarelecidas. Recomenda-se também destruir plantas que apresentam sintomas durante o cultivo. Esta é uma prática importante, especialmente para as espécies das famílias botânicas das solanáceas (batata, tomate, pimentão, beringela e fumo), cucurbitáceas (abóbora, abobrinha, moranga, melão,  melancia e pepino) e brássicas (repolho, couve-flor, couve e brócolis), cultivos mais sensíveis às doenças e pragas;                               
Adubação equilibrada:  a adubação orgânica, com base na análise de solo e nos nutrientes do adubo aplicado, é muito importante, pois as plantas bem nutridas possuem mais resistência às doenças e pragas. O excesso de nitrogênio resulta na produção de tecidos jovens e suculentos, atrasando a maturidade da planta. Por outro lado, plantas mal supridas com nitrogênio tem um fraco crescimento e amadurecimento precoce dos tecidos. Em ambos os casos, a planta se torna mais susceptível ao ataque de doenças e pragas. Em relação ao potássio, geralmente, tem-se demonstrado seu efeito benéfico na redução da severidade de inúmeras doenças.Todavia, o excesso do potássio causa desequilíbrio nutricional e aumenta a severidade,  de  doenças foliares. A sarna da batata é um exemplo de  doença favorecida pelo excesso de cálcio;   
Uso de material de propagação sadio e variedades resistentesé importante, sempre que possível, utilizar cultivares resistentes com sementes e materiais propagativos (tubérculos, ramas, estolhos, bulbilhos e etc.) livres de  pragas e doenças. O plantio de ramas de batata-doce sadias é uma opção para evitar a doença “mal do pé”.  O tomate do tipo cerejinha  e tipo italiano são considerados mais resistente às pragas e doenças que os tomates de mesa tipo Santa Cruz e tipo Salada. O híbrido de repolho Fuyutoyo é considerado resistente à podridão negra. O híbrido de couve-flor Júlia F1 é resistente à alternariose.  As variedades de batata Epagri 361 Catucha  e SCS 365-Cota (Figura 1) são resistentes à requeima (sapeco) e pinta preta. A variedade de batata-doce Princesa é resistente ao “mal-do-pé” e a Brazlândia Roxa é tolerante aos insetos que causam perfurações nas raízes. A variedade de feijão-vagem Preferido é tolerante à ferrugem e antracnose, enquanto que a Favorito tolera a ferrugem e oídio.  As cenouras do grupo Brasília são resistentes ao sapeco;
Rotação e consorciação de culturas : o cultivo intensivo da mesma espécie na mesma área esgota o solo e ainda aumenta a ocorrência de pragas e doenças, especialmente no solo. A rotação e consorciação de culturas, além de melhorar o solo, desfavorece o surgimento de pragas e doenças e ainda, podem servir de abrigo para os seus inimigos naturais. Para o sucesso destas práticas, deve-se seguir dois princípios básicos: - não cultivar, no mesmo terreno, plantas da mesma família botânica, pois estão sujeitas às mesmas pragas e doenças. É o princípio de “matar de fome” os insetos, os fungos e as bactérias que atacam as plantas cultivadas. Ex.:onde se cultiva batata, não deve-se plantar fumo,tomate e pimentão, pois todas estas espécies pertencem a mesma família botânica, sabidamente as que mais possuem problemas de doenças e pragas;     -as espécies a serem incluídas no sistema de rotação devem ter diferentes exigências nutricionais e com diferentes sistemas radiculares para não esgotar o solo e também para explorar ao máximo os nutrientes que estão nas camadas mais profundas.


 
 













segunda-feira, 22 de maio de 2017

Folha-da-Fortuna, Saião-roxo (Kalanchoe pinnata)



Introdução

Pode ser confundida com o Saião (Kalanchoe laciniata; K. brasiliensis) ou outras "Folhas-da-Fortuna", plantas do mesmo gênero que podem formar mudas adventícias em vários pontos das bordas das folhas.

Este último erro também é muito freqüente em sites estrangeiros, onde várias espécies de Kalanchoe aparecem erroneamente como K. pinnata.

Folhas

As folhas são muito variadas, podendo ser simples, tendendo ao formato oval e arredondado na base, ou então, nas folhas mais velhas, serem compostas imparipinadas. 

As suas bordas são serrilhadas, como na maioria das plantas do gênero. 

Nestes pontos da borda, podem surgir mudas adventícias, assim como em suas parentes, mas, diferente destas, as mudas só surgem se as folhas caírem ao chão, e quase nunca enquanto ainda estiver na planta.

Flores

Os botões flortais têm a inusitada característica de ?estourarem? se pressionados, pois são hermeticamente fechados até a abertura da flor. 

As suas flores de coloração rósea apresentam-se em cachos no ápice da planta, sendo que a maior parte dela fica escondida dentro das sépalas.

Após o florescimento, a planta normalmente morre, mas às vezes pode rebrotar, ou mesmo persistir. 

Frutos

Os frutos são constituídos de cápsulas semelhantes às de outras Kalanchoe, porém maiores. As sementes são minúsculas, como as de eucalipto.

Pragas / Doenças

A planta é extremamente resistente, mesmo sendo comestível. Alguns animais, como gafanhotos, grilos e lesmas grandes são capazes de se alimentar de suas folhas, mas sempre em pequenas quantidades. A planta é muito atacada por pulgões, que podem até deformar algumas folhas, mas sem danos maiores que este. Animais maiores, como galinhas e outros herbívoros domésticos, são capazes de matar esta planta. A espécie persiste no meio, reproduzindo-se assexuadamente, pelo que normalmente nunca precisa ser replantada. Por vezes se percebe também partes maiorees de folhas comidas, sobretudo nas grandes folhas velhas próximas do chão - possivelmente ação de animais mastigadores, como lesmas, grilos ou baratas.

Por ser muito atacada por pulgões, a planta também atrai bastante os seus predadores, sobretudo as joaninhas. Tesourinhas (o inseto), teias de aranha, vespinhas minúsuclas e outros pequenos predadores de pulgões também podem aparecer. Se a FDS ou jardim forem ecologicamente diversificados e saudáveis, estes animaizinhos por si só conseguem manter os pulgões sob controle. Muitas vezes os pulgões se instalam dentro de suas flores (que lembram pequenos balões) e lá eles conseguem ficar a salvo de predadores, aumentando em número absurdamente. Porém, a planta parece não sofrer com isso, e, quando a flor morre, os pulgões têm de sair e enfrentar o mundo de qualquer jeito.

Além dos pulgões, também cochonilhas e ácaros podem atacar seus brotos, deformando-os. Porém, são menos comuns. Lagartas-minadoras (larvas de certas mariposas que comem as folhas por dentro) também podem ocasionalmente aparecer, mas são muito raras. Semelhantemente a tais mariposas, na Ásia esxiste uma bela espécie de borboleta (Talicada nyseus) cuja lagarta se alimenta de folhas desta planta e de outras do gênero Kalanchoe. A borboleta põe um ou mais ovos nas folhas, e quando as lagartas nascem entram nos tecidos das folhas, comendo-as por dentro. Depois de grandes, saem e fixam seu casulo no caule, até virarem uma nova borboleta. Aparentemente, esta praguinha não ocorre aqui no Brasil.

A espécie também pode ser atacada por doenças causadas por fungos, especialmente se elas ficam em local de pouco sol e muita umidade, ou em solos muito pobres. Alguns destes fungos são bem conhecidos de agrônomos e agricultores, pois causam doenças em plantas de cultivo. Os fungos que mais comumente causam problemas são Botrytis, Cercospora, Cladosporium, Rhizoctonia, Fusarium. Partes mortas/apodrecendo grandes nas folhas costumam ser causadas por Botrytis; já pontos doentes isolados nas filhas são sinais de Cercospora e/ou Cladosporium. As plantas deste gênero podem ainda ser atacadas por doenças causadas por vírus e bactérias, sendo que existe um vírus específico delas, o vírus do mosaico do Kalanchoe, que cujas manchas aparecem nas folhas. Na prática, podem ser atingidas por todas as doenças que afetam os Kalanchoe de floricultura, mas são bem mais resistentes.

Formas de Reprodução

Estaquia

Reprodução

Pode ser obtida facilmente através de estaquia de folhas. Plantas arrancadas com ou sem raiz também dão boas mudas.
Polinização

É pouco comum que suas flores sejam polinizadas em nosso meio, mas não tão raro quanto em outros Kalanchoe.

Propriedades

Analgésica, antialérgica, antiartrítica, antibacteriana, antidiabética, antifúngica, antiinflamatória externa tópica, antilítica, anti-séptica, bactericida, calmante para erisipela, cicatrizante, depurativa, diurética, emoliente, hemostática, imunosupressiva, imunoestimulante, refrigerante intestinal, resolutiva, tônica pulmonar, vulnerária.[4]

O extrato bruto das folhas possui substâncias biologicamente ativas com evidente atividade anti-tumoral.

Toxidade

Não encontrados na literatura consultada.

Indicação

Abscesso, afta, afecções respiratórias (xarope), cálculo renal, calo, cefalalgias, contusões, coqueluche, dor de cabeça, edemas erisipelosos das pernas, enxaqueca, estomatite, febre, feridas, flegmão, furúnculos, frieira, gastrites, impetigo, ingurgitamento linfático, oftalmia congestiva, picada de insetos, queimadura, tuberculose pulmonar, úlceras digestivas, verruga.

Contra-indicação

Não encontrados na literatura consultada.

Utilização

O suco extraído das folhas de Bryophyllum Caylcinum Salisb(Crassulaceae) possui uma atividade anti-histamínica H1 periférica. 

A histamina endógena interfere na liberação de LH e FSH. 

Concluiu-se que o suco das folhas de B. Calycinum e a DPD aumentou a receptividade sexual em ratas e prejudica o desempenho sexual quando o mesmo tratamento é aplicado em ratos(AU).

Uso medicinal

Modo de usar:
- cataplasma: aquecer a folha e colocar sobre o local afetado (furúnculo, dor de cabeça); fazer uma pasta com a folha e colocar sobre a região machucada (queimaduras, ferimentos, cicatrizante).
- suco: bater no liqüidificador 1 folha com 1 xícara de água. Tomar duas vezes ao dia, entre as refeições (úlceras e gastrites). 

Suas folhas são usadas no tratamento de feridas, contusões, furúnculos, abscesso e outras doenças de pele, picada de inseto e em doenças do trato respiratório (Silva et al, 2001).[3]

Receitas:

- Colírio de Corama p/ conjuntivite;

Esquente a água; coloque a folha na água quente e deixe por uns 10 minutos. Retire a folha, deixar esfriar um pouco, enrolar a folha e apertar para que o suco saia. Pingar 2 gotas de manhã, 2 à tarde e 2 à noite; Serve também para retirar a carne crescida do olho, neste caso, usar durante mais de uma semana, sem parar nenhum dia.

- Puxar furúnculos

Aquecer a folha na água quente até ela amolecer. Untar com óleo preferencialmente de andiroba ou copaíba; colocar ainda morno no local do furúnculo e deixar fixo o maior tempo possível.

- Xarope para combater a tosse, bronquite e asma.

Alternar camadas de folhas de corama e rodelas de mangará de banana. Cobrir as camadas com açúcar. Esta primeira fase não leva água. Deixar cozinhar em fogo baixo sem mexer para não açucarar. Colher o xarope quando a folha de corama estiver bem cozido.

Colocar um pouco de água na panela e levar ao fogo. Quando levantar a fervura, retirar coar e colocar junto com o primeiro xarope. Crianças até 3 anos; Uma colher das de sobremesa 5 x ao dia, crianças maiores e adultos; 1 colher de sopa de 3 a 5 x ao dia.

- Suco das folhas para curar Gastrite;

Bater no liquidificador 2 a 3 folhas de corama junto com um copo pequeno de água; Coar e beber o suco de manhã (em jejum ) e à noite durante 30 dias.

Recomenda-se observar um intervalo de 30 minutos depois do suco para tomar o café da manhã.

- Suco das folhas para combater caspa a seborréia e fortalecer os cabelos.

Bater no liquidificador 5 a 10 folhas de corama.
Molhar os cabelos e passar o suco da planta deixando por uns 20 minutos.
Enxaguar. Repetir o tratamento 2 x por semana.

Dist. Geográfica

Planta nativa da África Tropical, atualmente ocorre em todos os trópicos.

A folha-da-fortuna (Kalanchoe pinnata) é uma planta medicinal também conhecida como flores-da-fortuna, folha-da-costa, erva-da-costa, folha-grossa, folha-da-vida, coirama, coirama-branca, coirama-brava, roda-da-fortuna, saião, saião-roxo, amor-verde, paratudo, planta-do-amor, sempre-viva, air plant e leaf of life (inglês), hoja del aire (espanhol), dentre outros inúmeros nomes populares. o gênero Kalanchoe inclui os sinônimos botânicos Kalanchoe brasiliensis, Bryophyllum calycinum, B. germinans, B. pinnatum, Cotyledon calycina, C. calyculata, C. pinnata, C. rhizophilla, Crassuvia floripendia, Crassula pinnata, Sedum madagascariense e Verea pinnata. Pertence a família Crassulaceae. Benefícios da folha-da-fortuna Os indígenas utilizam a folha-da-fortuna para realizar diversos tratamentos, tais como inflamações. A infusão das folhas era um popular tratamento para a febre. O suco da folha misturado com óleo de coco ou óleo de andiroba é considerado pelas tribos africanas como uma eficiente loção para aliviar enxaquecas e dores de cabeça. Ao longo do Rio Pastaza, no Equador, nativos usam uma infusão das folhas da folha-da-fortuna no tratamento de ossos quebrados e hematomas internos. No Peru, tribos indígenas misturaram a folha com aguardente e utilizam a mistura para ajudar nas dores de cabeça. A raiz é também preparada como uma infusão e usada para a epilepsia. Outras tribos na Amazônia espremem o suco de folhas frescas e misturam com o leite da mãe para curar dores de ouvido. Na Amazônia, uma xícara de uma infusão de folhas-da-fortuna duas vezes ao dia é geralmente usada para infecções respiratórias, tosse e febre. A folha é bastante suculenta e a deve ser macerada para obter um suco, que é colocado diretamente em cortes, arranhões, queimaduras e outras condições de pele. O uso tradicional da folha-da-fortuna para doenças infecciosas (interna e externamente) é apoiado por pesquisas que indicam que as folhas da folha-da-fortuna possui atividade antibacteriana, antiviral e antifúngica. A folha e suco da folha demonstraram possuírem propriedades antibacteriana Staphylococcus aureus, Escherichia coli, Shigella, Bacillus e Pseudomonas, incluindo várias estirpes de bactérias resistentes a múltiplas drogas. Um extrato de água de folhas de folha-da-fortuna ajuda a prevenir e tratar a leishmaniose. O suco da folha tem atividade anti-histamínico e anti-alérgica. Composição da folha-da-fortuna A folha-da-fortuna é rica em alcaloides, triterpenos, glicosídeos, flavonoides, esteroides e lipídios. As folhas contêm um grupo de substâncias químicas chamadas bufadienolides, que são muito ativas e têm suscitado o interesse dos cientistas. Elas são muito semelhantes em estrutura e atividade com dois outros glicosídeos cardíacos, a digoxina e digitoxina (medicamentos utilizados para o tratamento de insuficiência cardíaca congestiva e condições relacionadas). Os bufadienolides da Kalanchoe pinnata têm demonstrado em pesquisas clínicas propriedades antibacteriana, câncer, antitumoral preventiva e ações de inseticida. Os componentes químicos encontrados na folha-da-fortuna incluem: ácido araquidônico, astragalina, ácido beénico, amirina beta, benzenóides, beta-sitosterol, bryophollenone, bryophollone, bryophyllin, AC bryophyllin, bryophyllol, bryophynol, C bryotoxin, bufadienolides, ácido cafeico, campesterol, cardenolidas, ácido cinâmico, clerosterol, clionasterol, codisterol, ácido cumárico, epigalocatequina, ácido ferúlico, flavonóides, friedelina, glutinol, hentriacontano, isofucosterol, kaempferol, ácido oxálico, o oxaloacetato, o ácido palmítico, patuletin, peposterol, fosfoenolpiruvato, ácido protocatecuico, pseudotaraxasterol, piruvato, quercetina, esteróides, estigmasterol, o ácido succínico, o ácido siringico, taraxerol e triacontano. 

Contraindicações e efeitos colaterais da folha-da-fortuna A folha-da-fortuna não deve ser utilizada durante longos períodos de tempo ou por pessoas com um sistema imunitário reduzido. 

História e curiosidades A Kalanchoe tem sua origem na África e Ásia, porém foi distribuída pelo homem no mundo todo. A Kalanchoe pinnata é uma planta perene que cresce de até 1,5 metros e pode ser considerada como herbácea ou semiarbusto, devido ao tamanho que pode atingir. Suas folhas possuem formato oval e arredondado na base e suas bordas são serrilhadas, seguindo a maioria das plantas do gênero. Nas bordas podem surgir mudas adventícias, no entanto, tais mudas só aparecem quando as folhas caem no chão. Os seus botões florais são hermeticamente fechados até a abertura de sua flor. A Kalanchoe pinnata = Bryophyllum calycinum faz parte da Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS).